Let Me Tell You escrita por Miyu


Capítulo 3
pe esquerdo


Notas iniciais do capítulo

capitulo longo porque nao posto a muito tempo D:
DESCULPA! eu tinha que estudar e estava sem tempo mas bem, esta ai.
musica do capitulo: http://www.youtube.com/watch?v=j2WWrupMBAE



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Domingo 8:30

Despedi me de todos os meus amigos que estavam perto e do meu vizinho que desde que se mudou tem sido muito simpático com meu pai. Despedi me rápido pois detestava drama, mesmo assim, não pude evitar uma ou duas lágrimas vindas de bisca.

Entrei dentro do carro quente pela exposição ao sol e coloquei o sinto. Meu pai colocou as malas no banco de trás e levou-me ate a estação de comboio.

Hoje estava realmente quente e ainda era de manha, não sei como vou aguentar cinco horas de viagem.

Despedi-me do meu pai que me deu um beijo carinhoso na testa.

Já dentro do comboio vi que todos os lugares estavam ocupados, não queria acreditar que iria fazer a viagem em pe com duas malas bem grandes para carregar.

Fui andando ate meio do vagão para ver se achava um lugar no mínimo para colocar uma mala, quando um garoto de cabelos brancos tocou meu braço:

–penso que não há mais lugares vagos e suas malas são bem pesadas. Quer que eu as coloque aqui? –sorriu apontando para os pes onde o senhor de idade que sentava ao seu lado levava uma pequena mala de documentos.

–muito obrigada! Realmente não tive muita sorte…- agradeci o máximo que podia sem exagero e sorri de volta para o garoto com cabelos de neve.

Ele colocou as duas malas deitadas uma ao lado da outra perto de seus pés. Deixei me ficar perto do banco dele agarrando a uma barra de ferro destinada para pessoas que tal como eu não tiveram a sorte de ter um lugar para sentar confortavelmente com a mão direita, e com a esquerda o bilhete.

Depois que o segurança validou meu bilhete na maquina relaxei meus ombros.

Olhei para o relógio, eram nove e meia, já deveria estar longe de casa. A primeira paragem era a uns metros de onde estávamos disse a voz feminina do comboio. Quando este parou na primeira paragem o senhor de idade com ar conservador que sentava perto do garoto que mais tarde vim a saber se chamar lyon saiu.

Me aproximei e perguntei se poderia me sentar no lugar agora vazio e seu sorriso mostrou um “sim” mudo.

–para onde você vai garota da garoa? –perguntou de forma carinhosa.

–Toki, e você garoto da neve? –perguntei dando lhe um apelido pela cor do cabelo como ele fez.

–Toki também. Porque sou garoto da neve? – perguntou fazendo espaireça facial.

–pela sua cor de cabelo e de pele… e eu? Porque sou garota da garoa? Fique sabendo que não gosto de chuva. –respondi de forma obvia.

–porque dentro dos seus olhos há muita garoa. –ele ficou em silencio por alguns minutos e eu também, no fundo eu sabia que nos meus olhos havia muita garoa.- bem, a viagem vai ser bem longa, posso saber seu nome real? –perguntou quebrando o silencio

–Juvia loxar, e o seu?

–lyon, lyon fullbuster.

Depois de dizer meu nome falamos coisas básicas como “que idade tem?” ficando a saber dos seus 17 anos.

Bebemos café quente de lata quando a empregada veio perguntar quem gostaria de tomar um café.

A meio do caminho pensava que ia derreter com tanto calor que sentia. Depois de algum tempo falando lyon notou meu português “das cavernas” como ele apelidou. Desde que era mais nova sempre dizia “juvia” no lugar de “eu” e assim ficou ate hoje porem sempre tento corrigir esse pequeno grande erro que uma vez e outra ainda dou. “juvia tem um bom português, hm.” Pensei.

Senti meu telemóvel vibrar em minha perna e vi que era um numero fixo que eu não conhecia mas poderia ser algo importante então atendi.

–shin-chan! Eu estou no medico e não poderei ir te buscar a estação porem o filho da doutora Ull ira te pegar ai. Tudo bem assim? –“shin-chan”? pelo apelido soube logo que era minha tia Nanago… sempre me chamando de “shin”.

–meu nome e juvia tia, por mim tudo bem so não me deixe sozinha porque eu não conheço nada em tokio. –respondi com ironia na voz

–vou dar seu numero de telemovel ao gray para ele poder te ligar e perguntar onde você esta. Japao tem as ruas todas iguais por isso não te vais perder. –como ela tem razão.. Japão e todo igual, pensei me sentindo um poço onde era atirado toda a ironia e humor negro que há nesse mundo “com ruas todas iguais onde ninguém se perde”. Ao pensar em poço lembrei da samara o que me fez balançar a cabeça de forma negativa tentando afastar os pensamentos ruins.

–sim tudo bem tia, de meu numero para o garoto.

Dito isso ela desliga me deixando no vácuo.

Lyon jogava algo com um bichinho virtual e eu olhava para a janela e via casas passarem rapidamente e o céu limpo, sem qualquer tipo de nuvem. Não tinha um paisagem bonita e verde como nos livros que leio.

Liguei meu fone e fiquei ouvindo musica e falando com o lyon que por sinal era uma boa pessoa, soube que ele trabalhava aos fins de semana ajudando um canil na sua cidade natal sem receber nada em troca, “ só por poder ajudar algum ser vivo já e gratificante para mim”.

Cheguei a tokio já pela tarde e morrendo de fome, o comboio parou e peguei minhas coisas, era agora que iria começar uma nova vida.


Dizem que da sorte pisar primeiro com o pé direito porem ao sair de dentro dele alguém me deu um encontrão e cabei pisando com o pé esquerdo, realmente não tenho sorte nenhuma.

Ouvi um grito de uma voz masculina chamar meu nome e quando me virei era lyon já a uns metros dizendo:

-ate um dia garota da garoa! Tente ver o sol! –ele sorria e colocava as mãos ao lado da boca tentando direccionar o som para mim e eu gritei um “a gente se ve por ai!” pulando para ele ouvir no meio da multidão.

Meu estômago roncava pedindo comida, não comia nada deste a pequena lata de café quente e as malas estavam bem pesadas. Encostei me a parede daquela enorme estação e sentei me ao lado das malas pensando em comida. Nesse momento senti me a maior morta de fome ft. Esfomeada do mundo.

Acordei do meu labirinto de pensamentos com uma moeda a cair me nas mãos. Abri os olhos e vi um garoto em pé olhando fixamente para mim, será que era um tarado? Em tokio tem a cada 100 metros um placa de aviso de perigo de ser atacado por um tarado.

-e a juvia? –perguntou o dono da voz grossa e fria.


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