Happiness escrita por MissLerman


Capítulo 9
Capítulo 9 Time to Say Goodbye


Notas iniciais do capítulo

Hello meus amores. Olhem eu aqui de novo. Bem, primeiramente, desculpas. Sei que faz tempo que não posto, mas é que eu to sem tempo HEUHEUH livros para ler, vestibulares, e ainda Festival de Dança. Poisé, ta tenso. Mas prometo não demorar tanto. Meu festival é mes que vem, e acho que, assim que ele passar, as coisas ficarão mais tranquilas. Enfim, aproveitem o capítulo (:



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Malas prontas. Sermão de mãe escutado. Percy pronto e arrumado sentado ao meu lado. Sim, estávamos indo para Londres. Após várias conversas com minha mãe sobre "nunca abrir a porta do seu quarto para garotos que podem não estar bem intencionados", ela finalmente cedeu e conversou com meu pai, explicando-lhe a situação. Meu pai, para minha surpresa, aprovou a ideia de imediato; ficando desgostoso apenas com a ideia de sua filha querida estar levando com ela um garoto. Contei para Thalia no mesmo dia, e para minha não surpresa ela quase surtou de tanta felicidade, assim como eu. Me surpreendi com a rapidez com que ela me respondeu, considerando a diferença de fuso horário.

Os pais de Percy, ao contrário dos meus, não pareceram tão seguros. Sally e Paul apareceram em casa um dia antes. Por sorte, Percy me alertara para não mencionar nada sobre sua busca por seu pai. E eu, para prevenir, alertei minha mãe logo após. Quando eles perguntaram porque estávamos indo para Londres, disse apenas que queria matar a saudade de alguns amigos e que, como Percy sempre tivera vontade de ir pra lá, o convidei para que fosse comigo. Afinal, qual é a graça de passar horas dentro de um avião sozinha? 

Depois de um tempo, e um empurrãozinho, Sally e Paul concordaram. Porém deixaram bem claro que nos queriam em quartos separados. Juro que ainda não entendo essa ideia que os adultos tem de que, sempre que dois adolescentes estão juntos, eles certamente irão transar. Errôneo, ao meu ver. Percy e eu... Não, nunca. 

Uma semana depois, estávamos a caminho do aeroporto. Minha mãe fez questão de buscar Percy. Quando chegamos, notei que Percy parecia não ter dormido bem, estava nervoso, frequentemente respirava fundo. Pensei em questioná-lo, perguntando se alguma coisa estava errada. Porém, pensando em sua situação e toda a excitação que ele provavelmente estava sentindo naquele momento, achei justificável seu estado.

O caminho até o aeroporto foi silencioso, não ousamos falar uma palavra sequer. E, penso eu, que não havia nada para ser falado; ainda mais com minha mãe tão próxima. Levávamos roupas para duas semanas, pois este fora o tempo que nossos pais permitiram-nos ficar fora do país. Meus pai nos esperaria no aeroporto de Londres, mas, a julgar por sua ligeira falta de pontualidade, eu duvidava que ele já estivesse lá nos esperando.

- Chegamos. - minha mãe anunciou.

Pelo retrovisor, meus olhos encontraram os de Percy. Sorri, e ele sorriu de volta. Porém ainda conseguia sentir uma certa apreensão em seu rosto. Algo o estava incomodando.

Assim que minha mãe estacionou, descemos e fui até o porta-malas tirar as bagagens de lá. Londres era mais gelada, por isso avisei para que Percy levasse blusa. Estávamos no outono, quase inverno, porém nunca se sabe. Até botas minha mãe me persuadiu a colocar na mala. Estava levando livros também, para o caso de, em algum momento, não ter o que fazer. Jonathan Kellerman, meu autor preferido.

Percy estava ao meu lado, segurando sua enorme mala preta, tão grande como a minha. Olhei para seu rosto e o vi preocupado. Seus olhos estava secos, e sua testa franzida. Não estava sorrindo. E eu nunca o vira daquele jeito.

- Tudo bem, Percy? - pergunto me aproximando dele.

Ele apenas ergueu os olhos, ainda preocupado. Respirou fundo novamente.

- Não, exatamente. É só que... Será que não foi loucura isso? Quero dizer, ir para Londres atrás de um cara que eu sequer tenho certeza se ele é ou  não meu pai... Talvez não devêssemos.

- Ei... - o interrompi - Não fale assim. Vai ficar tudo bem. E outra, se ele não for seu pai, pense pelo lado bom, pelo menos você vai conhecer Londres. E, se der tempo, podemos ir para mais alguns países. Paris é uma cidade linda.

Percy sorriu ligeiramente. Podia ver que ainda estava preocupado, porém agora estava sorrindo. Seus cabelos pretos me pareciam um tanto compridos, quase lhe cobria um pouco os olhos. "Precisa de um corte" pensei, e depois sorri. 

Entramos naquele enorme aeroporto e notei que tínhamos que embargar logo. Corremos para a área de embarque, esperando que nossa vez chegasse para despacharmos as malas. Entreguei meus documentos para minha mãe e ela fez o que tinha que ser feito assim que a moça nos chamou ao balcão. Percy tinha seus documentos em mãos e esperava. Só não consegui entender porque ele não lhes entregara para minha mãe, assim despacharíamos mais rapidamente. Ele ficou segurando-os o tempo todo, como se fossem um tesouro ou algo parecido.

Me perguntei se havia algo errado com eles. Algo ilegal.

Mas, quando a mulher nos encaminhou para o embarque, logo após conferir seus documentos, imaginei que poderia ser mais um de suas muitas manias. Ou talvez sua foto na carteira de identidade estivesse horrível. Eram situações plausíveis.

Nosso voo finalmente foi anunciado. Dei um abraço em minha mãe, que disse ao me abraçar:

- Boa viagem, Annabeth. E lembre-se, se eu descobrir que você e Percy aprontaram, você volta imediatamente. 

Claro, dona Atena sempre sendo dona Atena. Não pude deixar de achar graça. Ela também deu um abraço em Percy, creio que também lhe disse algo como "nada de perversões perto da minha filha seu moleque" ou algo do gênero.

Percy e eu então terminamos de nos despedir e corremos para embarcar. A moça confirmou nossos bilhetes e entramos por uma passarela enorme. Não conversamos enquanto estávamos caminhando. Assim que entramos no avião e encontramos nossos lugares, juntamente com a janela, meu lugar preferido, Percy disse:

- Acho que vou vomitar.

Foi então que reparei que ele parecia um tanto verde. Mas, para nossa sorte, aviões sempre dão saquinhos para viajantes sem muita resistência. Porém, tinha absoluta certeza que essa vontade de vomitar repentina de Percy era mais por ansiedade do que por medo de voar.

- Calma, eles logo vão distribuir aqueles saquinhos para vômito. Não precisa ficar nervoso, Percy, vai dar tudo certo. - digo, encorajando-o.

Percy olhou para mim, ainda com a cara um tanto verde, mas agora com um ligeiro sorriso.

- Você me parece feliz. Lembra do meu primeiro dia de aula? Você me parecia mais deprimida do que aqueles cantores que ficam na mídia por dois meses, lançam uma música, e desaparecem porque não conseguem manter o sucesso.

Dei risada com aquela comparação.

- Talvez eu estivesse mesmo um tanto deprimida. - eu disse ainda rindo um pouco.

- Não gosta de Nova York?

- Não que eu não goste... É só que eu sinto que Londres é a minha casa, entende? Passei 15 anos lá e de repente meus pais se separam, foi um choque e tanto.

- Entendo o que quer dizer. - Percy responde, abaixando sua cabeça e encarando o chão.

- Não tem vontade de voltar para a Austrália? - pergunto.

Percy levantou seu rosto e olhou para mim. Não parecia mais tão abatido. 

- Tenho, mas apenas para visitar, rever meus amigos. Não sei, acho que Nova York é mais a minha cara. Nunca gostei desse clima de calor o ano todo. 

- Não teve nenhuma namorada por lá? - digo rindo, esperando que ele levasse na brincadeira, como normalmente faz. Porém, seu rosto apenas endureceu. Seu sorriso se fechou instantaneamente. Pensei comigo que talvez tivesse acabado de falar alguma completa idiotice. 

- É... É, eu tive sim. - Percy respondeu mexendo em seus cabelos e encarando o chão.

- Posso perguntar o que aconteceu? 

Tentei ser o mais delicada possível. Mas era visível que aquele assunto era delicado para Percy. Senti meu coração apertar por imaginar que algo terrível poderia ter acontecido com ela.

- Digamos que ela não era uma garota de um cara só. Ela ficava comigo e ficava com outros. Até que eu peguei ela com outro. Ano passado, um dia antes do meu aniversário de... 17 anos. - ele disse. 

Não quis cavar mais fundo nesse assunto. Senti-me mal por ver que Percy ficara realmente abatido quando toquei no assunto. O que eu poderia falar? Bem, meu último quase namoro terminou justamente pelo mesmo motivo. Não disse nada, apenas sorri para ele. Não sabia ao certo o que ele sentia, então era um tanto difícil de encontrar palavras certas. 

Suspirei e apenas coloquei um de meus fones, entregando o outro para Percy. Ele sorriu e aceitou. Coloquei para tocar "Somebody That I Used to Know". Percy pareceu aprovar minha escolha, então apenas sorriu. E, para a minha surpresa, deitou-se em meu ombro. Não ia tirá-lo de lá, então apenas continuei escutando minha música e esperando que o avião decolasse. Sem demoras, adormeci.


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Notas finais do capítulo

Siiiiim, acabou-se. Bem sweets, até mais. Não posso prometer dia certo para postar, mas darei um beijo. Até maix NHAC :3



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