Nascido Do Sangue escrita por Viúva Negra


Capítulo 93
Dezoito Anos


Notas iniciais do capítulo

Hey! Primeiro capítulo do ano e... já está na reta final, pessoal, espero que estejam gostando :)



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Algumas semanas seguintes, numa noite, o jovem Damian estava sentado diante do fogo dançante da lareira enquanto o amigo libertino gargalhava entre beijos e carícias com duas prostitutas em seus braços. Damian parecia não ouvir os sons ao seu redor, estava hipnotizado pelas chamas e entre a luz alaranjada podia ver apenas o doce e tétrico semblante de Rosalind chorando lágrimas de diamantes.

Só queria poder vê-la, tocá-la, senti-la trêmula e frágil em seus braços como uma coisinha amedrontada, queria saber se estava triste pela morte de Tristan, os jornais diziam que o rapaz ainda não fora encontrado, os empregados sussurravam e por detrás das portas de madeira que davam para a cozinha, Petrescu podia ouvir os burburinhos. Quando eles iam às feiras para comprar alimentos e produtos para a casa, as pessoas comentavam, a comuna lamentava e o que dantes era uma dúvida, estava virando uma certeza em relação ao herdeiro Dumitrescu.

Damian queria dizer à Rosalind, queria que ela pudesse ouvir de seus lábios, a intensão não fora aquela, os eventos eram confusos e agora, não se poderia mudar o passado. Será que ela entenderia? Será que ela o ouviria? E se tudo mudasse? E se agora pudessem finalmente ficar juntos, sem ninguém para incomodá-los?

Rosie seria a senhora Petrescu, a mansão pertenceria a ela, tinha a absoluta certeza de que adoraria o luxo, o conforto, principalmente o jardim. Tomariam o café da manhã e o chá da tarde debaixo daquele pessegueiro, ela lhe faria uma torta usando os pêssegos mais brilhantes e maduros, ambos adormeceriam diante da lareira flamejante durante uma noite de inverno, o qual já se aproximava.

Tais pensamentos fizeram Damian abrir um enorme sorriso, sorriso este que Benjamin não podia ver, pois estava envolvido com as duas garotas que trouxera para a mansão há algumas horas e que Petrescu recusara com profunda seriedade e desaprovação.

Grigore chamava pelo garoto, mas ele não parecia reagir, então aproximou-se do ouvido de uma das mulheres e sussurrou algo inaudível pela outra nem pelo menino. A mulher sorriu e foi em direção ao rapaz envolvendo seus braços pálidos entre seu tronco retraído beijando sensualmente seu pescoço, entretanto, o ferreiro continuava sem nenhuma reação.

___ Por que não nos divertimos um pouco, querido?___ falou a mulher aparentando ter uns dez anos a mais que o ferreiro, quase a mesma idade de Andreea.

Ele então livrou-se dos braços da meretriz e levantou-se indo em direção a porta, porém foi impedido pelo amigo que entrou em sua frente.

___ Meu de tineri, vă rog, não se vá.

___ Preciso me deitar.

___ Então leve uma das garotas com você.

___ Preciso me deitar sozinho.

___ O que há com você, prietenul meu?

___ Não há nada, eu só preciso... Eu só...

O adolescente suspirou tristemente, Grigore levantou o rosto do jovem e sorriu tentando lhe transmitir confiança ao fitar seus olhos de safira, assim como os dele.

___ Precisa de distração, precisa se divertir! Viva um pouco.

___ Eu já não vivo há tanto tempo, Ben.

___ Finja que esta noite é uma nova oportunidade para você... Como se estivesse nascendo para uma nova vida! Afinal, não é toda a noite que um garotinho faz 18 anos.

Benjamin começou a sentir-se satisfeito quando Damian o encarou com uma expressão de crença em suas palavras persuasivas e em sua voz penetrante, um sorriso pueril estava pronto para delinear aqueles lábios lascivos e rúbidos.

___ Quando a noite é jovem e o silêncio vem, você está livre e seguro para voar... Pode fazer qualquer coisa, ser o que quiser! A escuridão irá encobrir todos os nossos crimes e paixões enquanto a lua vela nossas ações... Sem dor, sem mágoa... Sem medo!

Ben estendeu o braço e uma das prostitutas pousou a pequena a ebórea mão sobre a dele, começou a puxá-la suavemente para perto de Petrescu, até que o ferreiro a envolveu próxima a seu corpo, ainda sem tirar seus olhos dos do lorde.

___ Sem dor... Sem mágoa... Sem medo!___ pronunciou Benjamin mais uma vez, desta vez fora como um sussurro autoritário, porém suave como uma brisa noturna.

Damian pegou a prostituta pela mão e gentilmente a levou para o quarto principal.


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