- Não seja tão confiante, Flame. Se eu quisesse ficar com você já o teria procurado a muito tempo. É verdade que gosto de alguém, mas isso não é da sua conta.

- Não quis que ficasse brava comigo, mas precisa entender que eu faria qualquer coisa para te der de volta.

- Então comece me ajudando a voltar pro quarto, tenho certeza que o médico não ficará nada feliz ao saber que fugi.

Novamente ele a carregou nos braços e não demorou muito para que tentasse roubar um beijo, mas dessa vez ele realmente apanhou. O problema é que Marceline não foi a única a ficar irritada com isso.

- Você de novo Flame? Quando vai deixá-la em paz?! -gritou Simon.

- Paz?! É você quem a impede disso! Não vê que Marcy nunca o amou?

- Não sabe o que está dizendo! Ela me ama muito, não é mesmo Marceline?

A garota que já estava sentada no chão e não mais nos braços do seu amigo permaneceu calada, deixando Simon com o coração em pedaços. Percebendo isso, Flame tomou uma atitude. 

- Você é cego, Simon. Olhe pra ela. Não é claro que ela gosta de outro?

O professor não conseguiu se segurar. Levantou a cabeça e partiu para cima do garoto, e segurando seu pescoço ele disse:

- Não se meta na minha vida, Flame. Muito menos na vida da Marceline. Sabe que não gosto de você, mas agora passou dos limites.

Dito isso ele o soltou e ajudou Marcy a se levantar, no entanto ela conseguiu ficar de pé sozinha, apesar de sentir muita dor.

Não estavam tão longe do quarto mas quando chegaram, Simon fechou a porta e esperou para que ela se sentasse na cama.

- Sabe, eu...

- Já sei o que vai dizer. Irá me cobrar amor, carinho e blá blá blá. Mas minha cabeça está confusa, não sei de quem eu realmente gosto. Sei que tenho fortes sentimentos por você e não é só isso. Também tem o Finn e agora o Marshall...

- Marshall? Então é ele que a está deixando assim?!

- Em partes. Está acontecendo muita coisa e eu não tenho certeza de nada. A única coisa que posso te pedir é que fique do meu lado, mesmo com o Flame literalmente pegando no meu pé. 

Simon riu. Ele realmente a amava muito, o suficiente para tentar entender o que se passava dentro dela. Era difícil ouvir que a possibilidade de ser correspondido não eram grandes, talvez até mínimas, mas sabia esperar.

- Eu estou aqui agora, não estou? -dizia ele- vou estar até você não querer mais a minha presença. Até lá terá de me aturar.

Marcy riu e pediu que ele e sentasse ao seu lado. Começou a mexer em sua mão por longos minutos, até que quebrando o silêncio, disse:

- Talvez eu o ame, Simon...

- Talvez é uma palavra muito complexa. Que tal dizer: "Quero que fique aqui comigo pra sempre, e quero que a gente se case e tenha muitos filhos".

- Você é engraçado Simon, me faz rir em situações das quais deveria passar com lágrimas nos olhos.

- Só estava tentando arrancar um sorriso seu... Ele é tão bonito.

- Parece que conseguiu.

- Consegui, não é? Mas não foi nada fácil, é muito dificil te agradar.

- Uma massagem me agradaria muito, o que acha?

- Acho que você está abusando de mim, isso sim!