Natural escrita por shadowangel


Capítulo 2
Capítulo 01




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Grã-Bretanha, 958 d.C.

Domenic Van-Guintenever

Aqueles eram dias frios e estranhos. O inverno tinha se apresentado rigoroso  e o monastério não foi construído para ser um lugar confortável. Cravado entre montanhas, existia sempre um vento gelado soprando pelos corredores e passando pelas frestas das pesadas portas. As paredes de pedra rústicas e negras contribuíam para deixar o local com aparência ainda mais úmida.

Domenic passou pelos corredores, caminhando rapidamente. Por debaixo de seu hábito de monge, ele apertava o papel que ansiava para ler. Há muito, muito tempo não recebia uma carta, muito menos tinha notícias de casa. Sentia-se esquecido pelo resto do mundo.

A ansiedade tinha sido algo que ele pensava que podia controlar, mas agora constatava que estava errado. Entrou em sua cela que, sem janelas, tinha apenas uma simples cama e uma pequena cômoda com uma lamparina em cima. As chamas fracas não faziam um bom trabalho em manter o local iluminado. Aproximando o papel da pouca luz, não precisou de muito esforço para reconhecer a letra desenhada de sua mãe, em uma pequena nota.

“Querido Domenic, preciso de você aqui. Seu pai jaz enfermo, temo que não suporte por muito tempo. Quero todos os meus filhos comigo. Estou enviando, junto com esta carta, o documento escrito pelo Abade com a sua liberação. Venha imediatamente. Amor, Leah.”

Domenic sentiu seu coração disparar e uma alegria atípica correr por seu corpo e mente. Saber que seu pai estava doente em nada lhe perturbou. Há quase dez anos não voltava para casa, e como tinha vinte anos de idade, significava que não encontrava seus familiares desde que ainda era criança. Não tinha a menor ideia de como eles estavam nem que aparência seus irmãos tinham tomado. Era como encontrar com estranhos. Talvez por isso, sentiu uma ponta insegurança, mas nada o fazia hesitar quando se tratava em nunca mais voltar para o monastério. Nem mesmo as notícias sobre guerras e perseguições que chagavam todos os dias, e o seu total despreparo para qualquer ataque que fosse.

Seu pai, William Van-Guintenever, era um nobre proprietário de terras, detentor de muitas riquezas e poder. Como um verdadeiro senhor feudal, era um homem duro e severo, temido, respeitado e odiado, na mesma proporção, por todos que estavam à sua volta. Sua influência se estendia por todas as esferas do governo e isso incluía a igreja, principalmente.

Quando Domenic era ainda bebê, foi prometido à vida monástica, como uma oferta viva para remissão das atrocidades cometidas por seu pai, assim ele pensava, e iniciado nos ritos religiosos desde a primeira infância. William proclamava a todos que seu puro filho se tornaria santo, como se seu dinheiro conseguisse comprar status também nos céus. O mais estranho, era que todos tomavam isso como uma verdade absoluta, tanto que ninguém conseguia olhar para Domenic sem ver nele a figura de alguém especial. Quando atingiu idade suficiente, enviou o filho para o monastério, onde este teve uma vida de reclusão, desde então. Apesar de ter deliberadamente o abandonado naquela santa masmorra, William tinha o respeito e a submissão dos mais altos comandantes religiosos da época. Grandes doações às causas da Igreja completavam o papel que ele precisava ostentar: de amigo do clero e uma pessoa muito beata, além de lhe garantir passagem direta ao paraíso. Em tempos de vendas de indulgências, ter seu “santo particular” era privilégio de poucos. Monges, filhos de senhores feudais, eram bastante onerosos, certamente.

Domenic, na verdade, nunca gostou daquela vida, mas não tinha escolha alguma a não ser cumprir seus dias com longos períodos de orações, jejuns e algumas atividades administrativas do mosteiro. Agia de forma mecânica e apática, uma maneira de reprimir toda sua raiva por perder sua juventude assim. Há tempos a esperança em sair dali havia morrido dentro dele. Mas naquela manhã, a notícia relatada naquela carta brilhou como um sol de verão. Sentia um sorriso quase que incontrolável surgir, à medida que juntava seus poucos pertences, em uma simples bolsa de pano. Livros, um pequeno rosário com pedras de ônix e um crucifixo de prata – um presente de sua mãe, pelo décimo aniversário – e uma bíblia escrita em latim. Olhou para tudo que havia reunido e depois observou calmamente aquela cela fria, onde tinha passado mais da metade de sua vida, com uma leve sensação que não retornaria mais ali, apesar de saber que o destino dele para vida religiosa estava traçado antes mesmo de nascer e tentar fugir disso, seria sentenciar a própria morte.

Ele ansiava por mais. Queria conhecer o mundo. Ter uma vida como a de seus irmãos, com direito a festas, mulheres, riquezas, conforto – e, eventualmente, campos de batalha. Queria aprender a lutar e ser forte. Queria poder comer o que quisesse e ir a onde quisesse e quando quisesse. Pequenas coisas pareciam incríveis aos seus olhos. Simples comportamentos que foram suprimidos pela religiosidade. O que podia ser mais frustrante?

Mesmo com seu pai em leito de morte, ele ainda tinha mais três irmãos. Todos eles assumiriam os bens da família, cada um com a sua parte. Certamente, a fatia que lhe caberia da herança, seria destinada às “obras” da igreja. E essa ideia não lhe soava boa. Ele conhecia a fundo os métodos do alto clero e observava bastante o comportamento daqueles que se intitulavam como representantes de Deus. Julgava tudo aquilo repulsivo, mas não podia expressar suas opiniões em voz alta. Como muitos dos que conviviam com ele, se limitava a cumprir longas e dolorosas penitencias por ter tantos pensamentos inadequados.

Isso lhe trazia, em vez de remissão ou culpa, uma necessidade grande de se libertar dali, de conhecer a vida que acontecia do lado de fora daquele lugar quase mal assombrado. Mesmo assim, nunca teve a menor ideia como sair daquela gaiola dourada, onde se encontrava aprisionado.

Apesar de todos os protestos dos monges superiores, que achavam mais prudente ele esperar pelo sol da manhã para viajar, Domenic não hesitou em deixar o monastério naquele mesmo dia. Rumores de guerra e ataques vikings aconteciam a toda hora, mas nada o assustava quando passou a assumir o pensamento de que aquela poderia ser sua única chance de acabar com anos de martírio.

A viagem foi longa e penosa, mas ele conhecia bem aqueles caminhos, graça às brincadeiras de infância junto com seus irmãos. Após horas cavalgando, uma mistura de frio e quente correu por seu sangue ao avistar a suntuosa propriedade do seu pai, que despontava no horizonte. Um imenso castelo de altas e pontudas torres atalaias e grandes janelas, fortemente cercado por assustadoras muralhas, que o protegiam. Era chamado de Fortaleza de GoldenHewlk. O contraste da construção de pedras cor de chumbo com a planície verde era algo ao mesmo tempo bonito e temeroso. Em cima das muralhas e em outros pontos estratégicos de observação, a guarda era realizada por cavaleiros, cujo o brilho do sol refletido nas lanças e nos escudos podia ser visto há uma longa distância, assim como, uma bandeira azul escuro, onde o brasão dourado dos Van-Guintenever dançava com o soprar do vento.

Domenic parou em frente ao pesado portão de ferro forjado onde carrancas douradas de falcões se fundiam com o metal negro. Enquanto aguardava a aproximação do cavaleiro que estava no turno da guarda, observou tudo em volta e percebeu que nada tinha mudado desde a sua partida.

“Sou Domenic Van-Guintenever.” Exclamou para o cavaleiro que o inquiriu de cima da muralha. Sentiu que seu tom saiu extremamente autoritário, bem diferente da voz doce e suave que era obrigado a ter nas poucas vezes que podia falar no mosteiro. “Minha família me aguarda, deixe-me passar!”

O cavaleiro hesitou por poucos minutos olhando fixamente para os olhos extremamente azuis de Domenic, mas logo abriu os portões, deixando-o passar. O barulho das correntes que içavam os portões e o trote do cavalo fizeram com que sua mãe viesse imediatamente para fora. Felizmente não havia nevado naqueles dias, mas apesar do sol brilhar forte, o vento frio lembrava a todos que ainda era o auge do inverno. Rapidamente, outras pessoas correram para o receber.

Domenic se sentiu levemente constrangido com tantos olhares voltados para ele. Mas reconheceu um a um dos seus irmãos, assim como os empregados e algumas primas, primos, tias e tios que sempre viveram por lá, às custas de seu pai. Os olhos de todos eles o observavam, extasiados, provavelmente se perguntando como um monge poderia ser tão bonito, ou talvez, impressionados com a sua imensa aparência com o seu irmão Arthur. Como ele, Domenic era alto, tinha cerca de 1,90m e tinha o corpo esguio. Sua pele uniformemente branca, fazia contraste com seus lisos cabelos extremamente negros. Sobrancelhas grossas, com cílios longos, eram verdadeiras molduras para os seus olhos azuis celeste. O rosto angular e um furo forte no queixo, completavam harmoniosamente a sua beleza.

Ele desmontou do seu cavalo pacificamente, sem se importar com tanta admiração. Definitivamente não era por ele ser alguém do clero, ele concluiu, perfeitamente consciente da sua agradável aparência.

“Domenic!” Sua mãe exclamou com os olhos cheios de lágrimas. William nunca havia permitido que ela visitasse o filho no mosteiro. “Olhe para você! É um homem feito! E que belo homem!” ela bradou de felicidade, enquanto segurava seu rosto com as mãos em concha.

“Ora, ora, mamãe.” Arthur, o seu irmão mais velho respondeu ironicamente, se aproximando, com um sorriso no canto dos lábios. “Até onde eu sei, não podemos dizer que um monge é um homem feito.” Ele sorriu abertamente, olhando para Domenic, que não conseguia esconder seu constrangimento, que durou poucos minutos, até Arthur puxá-lo para um abraço. “Seja bem vindo, irmão.” Ele falou calorosamente. Depois se afastou um pouco e o olhou afetuosamente. “Nossa, acho que você ficou bem parecido com alguém que eu conheço.”

Domenic quase havia esquecido de como ele e Arthur eram unidos. Mas como irmãos, um mais velho e o outro mais novo, eles se protegiam e se completavam, quando crianças. O seu abraço lhe trouxe de volta todas as memórias da infância, de como era bom aqueles tempos e tê-lo por perto.

“Obrigado, Arthur.” Domenic acenou, observando o irmão. Era quase como se olhar no espelho, só que com alguns anos à frente. Ele e Arthur compartilhavam das mesmas feições, dos mesmos traços, exceto que as linhas do rosto de Arthur eram mais maduras, ainda assim, poucas diferenças eram quase imperceptíveis em suas fisionomias. Da mesma forma acontecia com Eliot. Nenhum deles podia negar que eram irmãos. Mesmo Nestor, que possuía cabelos loiros, como os de sua mãe, tinha uma grande aparência com eles. A mesma forma de olhar, o mesmo formato do rosto, o mesmo sorriso perfeito. Voltando-se para os outros dois irmãos que observavam a cena, sem demonstrar qualquer reação. Ele os avaliou por breves momentos.

Nestor e Eliot nunca foram muito amigos dele. Mas aquelas elam birras infantis e agora, não havia mais motivos para que eles cultivassem a antipatia pelo irmão mais novo. Cada um tinha seguido o destino que seu pai lhe dera. Tristes destinos. Nestor tinha se casado à força com uma das filhas de um rico senhor de terras vizinhas, uma maneira convencional de seu pai manter as boas relações. Ter uma mulher terrivelmente feia e mal humorada ao seu lado não podia ser mais prazeroso do que estar condenado a uma rotina religiosa, Domenic pensou. Quanto a Eliot, bem este nunca conseguiu realizar o que mais desejava. Viajar e ter a chance de estudar letras, arte e música. Ao contrário, tornou-se um dos cavaleiros do seu pai e cobrador de impostos, sendo odiado por todos os vassalos, tendo que participar de épicas batalhas para defender as posses da família. Algo comum para a época, mas penoso para alguém que tinha a alma sensível de um artista.

Após a rápida tensão inicial, os irmãos o cumprimentaram com uma alegria quase espontânea. Domenic pensou que teria bastante tempo para se atualizar do que havia acontecido com cada um deles. Olhou e cumprimentou superficialmente os outros que o observavam e foi ver seu pai. Passou pelas suntuosas salas do castelo, percebendo que tudo tinha ficado mais rico e deslumbrante desde a última vez que estivera ali. Pesadas cortinhas e enormes tapeçarias adornavam o ambiente, deixando tudo confortável e aconchegante. Entrou nos aposentos onde seu pai dormia. Aproximou-se da cama e o fitou por um longo tempo, estudando suas feições, percebendo o quanto ele tinha envelhecido. O vigor tinha deixado sua pele e os cabelos grisalhos competiam com fortes linhas de expressão na tarefa de demonstrar como o tempo tinha lhe feito mal. Domenic o olhou em silêncio até que o doente homem abrisse seus olhos. Ele não parecia surpreso por ver o filho ali ao seu lado.

“Veio encomendar a minha alma?” Ele resmungou em meio a uma tosse.

“Não papai. Vim apenas lhe ver. Apenas isso.” Domenic respondeu baixo e respeitosamente, sem o encarar, sentindo o mesmo temor que tinha quando ainda era criança e estava diante dele.

“Já fez o que pretendia. Volte ao mosteiro, de onde não devia ter saído. Não quero passar minha eternidade no purgatório por sua causa.”

Aqueles eram tempos difíceis. A crença que se podia comprar a redenção era pregada pelos altos cleros, e como seu pai tinha muitas riquezas, grandes ofertas lhe davam a ilusão de que estaria longe do inferno. Domenic abominava secretamente essa prática, mas como um membro praticante da igreja, não podia propagar suas ideias abertamente, ou seria acusado de heresia. E os hereges tinham destinos terríveis.

“Eu voltarei o mais breve possível.” A voz de Domenic ressoou baixo, enquanto ele escondia os sentimentos gerados por aquela mentira. Ele não pretendia voltar.

William não lhe respondeu mais nada. Virou o rosto para o lado oposto ao de Domenic. Era claro que não era bem vindo.

Percebendo que não adiantaria estar ali por mais tempo, saiu da presença de seu pai quase que incógnito. Sua mãe o acomodou em seu antigo quarto, que não sofrera modificações desde sua última estada ali. Uma bela escrivaninha de carvalho com uma confortável poltrona junto à lareira de pedra e o chão coberto de tapetes, garantiam o ar aconchegante. Bem melhor do que a cela em que dormia no mosteiro. Junto à parede, a enorme cama dossel o lembrou de como a viagem havia sido desgastante e de como ele estava cansado. Dormir parecia a melhor coisa a se fazer.

***

“Vamos! Acorde!” A voz grave de Arthur bateu como verdadeiro tambor em seus ouvidos. “Nunca pensei que um monge dormisse tanto!”

Domenic se esforçou para abrir os olhos, diante da claridade que invadia o quarto enquanto seu irmão escancarava as cortinas. Não fazia ideia de quanto tempo tinha dormido, só sabia que queria dormir mais. Arthur se aproximou da cama, puxando o cobertor de pele.

“Não acredito que você ainda dá trabalho para acordar, Domenic! Já amanheceu há um bom tempo, provavelmente já passou da hora de você rezar o primeiro rosário do dia. Os céus devem estar sentindo falta das suas orações.” Uma pequena risada sarcástica indicou que ele definitivamente não falava sério.

“Não tenho motivos para levantar agora.” Ele resmungou, puxando de volta o cobertor.

“Ora, ora.” Arthur fingiu surpresa. “Posso apostar que essa não seria uma resposta bem vinda, se fosse falada dentro do mosteiro.” Seu tom era de uma extrema zombaria. “Após tantos anos de clausura, pensei que você já estava acostumado a abdicar das mazelas humanas. Dentre elas, a preguiça.”

Assumindo que não conseguiria se livrar de Arthur, Domenic sentou-se, ainda sonolento, observando seu irmão que lhe sorria.

 “O que você quer, Arthur?” Ele sabia que o irmão estava sendo irônico por isso não se preocupou em responder às suas provocações, antes tentou descobrir o quê ele pretendia o acordando tão insistentemente.

 “Nossa, quanto mau humor. Vejo que poucas coisas mudaram em você. Quero apenas aproveitar seu breve retorno para conversarmos. O nosso pai já ordenou a sua volta ao mosteiro.”

“Eu sei que ele quer que eu volte e-“

“Não, não...” Arthur o interrompeu incisivamente, perdendo completamente o tom amistoso. “Ele já ordenou que você voltasse. Acho que amanhã, no máximo você deverá partir. Ele não quer você aqui.”

Domenic sentiu a raiva arder dentro de si. Por que tudo tinha que ser assim? Por que ele tinha que se submeter a tudo aquilo, trancafiado em um mosteiro?

“Que inferno!” Domenic falou baixo, sem perceber que seus pensamentos escaparam.

“Domenic!” Arthur o repreendeu. “Você é um monge! Espero que lembre de se confessar por isso. Acho que, no seu caso, a penitência é dobrada, não?”

“Ora, Arthur, não sejamos hipócritas. Ambos sabemos que não sou monge por vocação.” Domenic finalmente desabafou, sentindo que o irmão o compreenderia. Agora, diante dele, era como se os anos não tivessem passado. Ele podia sentir que amizade entre eles ainda era forte, apesar de toda distância e do tempo.

“Nossas vontades não importam para o nosso pai. Eu reconheço que tive a sorte de ser o filho mais velho e isso me trouxe várias vantagens. Ainda assim, sofro com sua severidade. Nestor e Eliot, então... nem se fala. São tratados como um objeto, como propriedades dele. Assim como você.”

“Você acha que ele vai morrer?”

“Sinceramente, não sei, o velho é forte como um carvalho. A maioria das pessoas deseja isso. Porém já adianto que, se acontecer, eu assumirei em seu lugar e não pretendo mudar muita coisa. A nossa família é muito rica e tradicional, temos muitas terras e isso graças à mão de ferro com que nosso pai governou tudo. Não é fácil lidar com servos e vassalos, sabemos disso.”

“Você não tem medo? Digo, terá que assumir uma postura cruel diante deles e eu sei que você está longe disso, como o nosso pai é. As coisas podem sair do controle.”

Arthur sorriu e, em um claro sinal de deboche, se curvou, fazendo o sinal da cruz. “Eu confesso meus pecados. Sim, eu tenho de medo se ser mau. Tenho medo de gostar do poder. Quanto eu terei que doar às obras de caridade da santa e amada igreja, para me redimir?”

“Pare com isto, estou falando sério.” Domenic replicou, sem achar qualquer graça. Arthur sempre foi espontâneo e divertido, mas havia momento para tudo.

“Esta não é uma conversa que devemos ter aqui. Anda, troque suas roupas. Vamos cavalgar pelas propriedades.” Arthur ordenou, voltando a ficar sério.

“Não está muito frio para isso?”

“Frio? Um Van-Guintenever nunca sente frio.”


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