Laura e Edgar- Um romance desde o Início escrita por Nanda


Capítulo 72
Na Cozinha!




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Edgar continua enfurecido com Joaquim e o mantém imobilizado no chão...

Edgar: Como ousa me dizer algo assim? Além de atacar minha mulher tem o desplante de dizer que Melissa não é minha filha... vamos... quero explicações... (apertando mais o pescoço de Joaquim)

Laura: Edgar... para com isso... vamos embora daqui.... isso já passou da conta... (puxando Edgar)

Edgar (olhando  firmemente  para Joaquim): Nunca mais se atreva a molestar minha esposa e muito menos a falar de minha filha...

Edgar deixa Joaquim  estirado no chão e junto com Laura sai do local. Com a confusão, vários curiosos se reuniram na frente do Arquivo Nacional...

Edgar: Mais isso agora... mais motivo para fofoca... (abrindo a porta do carro para Laura embarcar)

Laura: É... não sei por quanto tempo vou conseguir manter meu emprego assim...

Edgar: Desculpa... mas quando vi o que aquele desgraçado estava fazendo perdi a cabeça...

Laura: Não... não tem de me pedir desculpas... eu que tenho que te agradecer... se não fosse você chegar não sei o que teria acontecido comigo... (pegando um lenço tentando estancar o sangue do corte que Edgar sofrera no supercílio)... deixa eu limpar isso...

Edgar: Não entendo o que aconteceu com o Joaquim... não parece em nada com o colega que tinha em Portugal....

Laura: Talvez só agora ele está mostrando quem verdadeiramente é... (olhando para o lenço encharcado com sangue)... não está adiantando... vamos lá para minha casa... vou tentar te fazer um curativo...

Edgar: Não... vamos para minha... não quero que Daniel me veja assim... não quero assusta-lo...

Laura: Tem razão... 

Edgar: Com isso acabamos não indo no cartório... 

Laura: Vamos amanhã... é minha folga... e depois de hoje... acho que não devem estar fazendo muita questão que eu apareça lá... por agora vamos para casa...

Edgar: Certo... para nossa casa... e você... como está? Ele te machucou?

Laura: Um pouco... mas estou bem... 

O carro segue pelas ruas secundárias da cidade. Em pouco  tempo estão entrando na casa de Edgar. Ele se acomoda no sofá... ao acalmar-se e seu corpo esfriar após tanta movimentação começa a sentir a dor dos golpes que recebera...

Laura: Como você está?

Edgar: Bem... com um pouco de dor... por todo o corpo... não estava mais acostumado...

Laura: Acostumado?

Edgar: Sim... faz tempo que não luto com alguém...e nesse caso, nem luta foi... foi briga mesmo... aaaiii

Laura: Eu vou ver se encontro alguma coisa para usar nos seus machucados... já volto...

Laura vai a cozinha... procura entre os armários a caixinha de remédios que tinha guardada quando morava naquela casa... não encontra nada... não tendo outra opção se vê obrigada a fazer uma salmoura... em pouco tempo volta à sala com uma bacia de louça e algumas toalhas...

Edgar: O que é isso?

Laura (molhando uma toalha): Salmoura...  não encontrei mais nada que pudesse usar... vai arder um pouco...

Edgar: AAAAAAIIIIIII... para Laura... isso tá doendo...

Laura: Só mais um pouquinho... pronto... deixa ver... vou ter de colocar mais um pouco... aguenta... isso.... bom menino (dando um beijinho na testa de Edgar)

Edgar: Estancou?

Laura: Sim... até que enfim.. onde mais sente dor? Aqui (dando um beijinho no ombro de Edgar) aqui (beijando sua mão) ou aqui (beijando seu queixo)

Edgar: já estou melhor... tenho uma ótima enfermeira... (dando um beijinho nos lábios da moça)... Laura... está um pouco tarde... acho melhor telefonar para Matilde e avisar que está aqui... 

Laura: Tem razão... ela e o Daniel devem estar preocupados... 

Laura telefona para casa e avisa Matilde... lhe diz que teve um contratempo, sem entrar em detalhes, e pede para que cuide de Daniel aquela noite, pois não sabe ao certo a que horas irá retornar.... Feito o telefonema, senta-se ao lado de Edgar e começam a conversar...

Edgar: Agora me deixa ver você... ele te machucou? Como está teu pulso?

Laura: Um pouco dolorido... mas vai passar...

Edgar: Deixa eu ver teus braços... se aquele desgraçado deixou alguma marca em você não sei o que  faço com ele... nunca pensei que um dia ia usar a luta pra isso...

Laura: Você lutava?

Edgar: Acho que nunca te contei isso... sim... eu praticava luta greco-romana... mas tem muitos anos que parei....

Laura: Algo novo sobre o Dr. Edgar Vieira...  nunca imaginei... que mais você fazia que nunca me contou?

Edgar: Não são tantas coisas assim... fiz esgrima... tiro ao alvo...

Laura:Estou ficando com medo de você... tudo isso é muito violento...

Edgar: São apenas esportes... nunca precisei usar nada disso para me defender ou atacar alguém... hoje abri uma exceção... mas o Joaquim mereceu...bati e não me arrependo de um único golpe...

Laura:  Mas ele também te bateu...Queria poder te cuidar melhor... mas não encontrei mais nenhum unguento, bálsamo... nada... nem a caixinha de remédios está mais na cozinha... quando morava aqui tinha comprado várias coisas... naquela  época que você começou a jogar futebol... lembra? Iam ser úteis agora... pelo menos tirariam  a dor e diminuiriam o inchaço das pancadas...

Edgar: Bom... eu ainda devo ter alguma coisa... 

Laura: E onde estão?

Edgar: No quarto...vem (dando a mão a Laura)... vamos ver se encontramos algo que possa ser usado... 

Eles sobem as escadas... Laura sente algo estranho... emociona-se... há tantos anos não vai até o piso superior daquela casa... Edgar abre a porta e Laura entra no quarto seguida por ele, que envolve sua cintura por trás... Laura olha para tudo... está exatamente como se lembrava...

Laura: Há quanto tempo não entro aqui...

Edgar: É... para mim foi uma eternidade...

Laura: Está tudo igual...

Edgar: Eu quis manter exatamente do jeito que você deixou... fazia com que eu me lembrasse de você... apesar de que lembraria mesmo que tudo estivesse diferente... essas paredes sabem o quanto sofri pela sua ausência aqui... tudo ficou tão triste... acho que hoje até a janela está feliz por que você voltou...

Laura: E eu senti tanta falta daqui... mas principalmente de estar aqui com você...

Edgar: Eu estava aqui o tempo todo... te esperando...

Eles se aproximam mais e beijam-se... de início com delicadeza mas aos poucos aumentando a profundidade e intensidade... Edgar ajuda Laura a despir-se com cuidado e acariciando cada parte de seu corpo que é revelada... ele é ajudado na mesma tarefa por ela, que beija  seus ombros e seu torso nu ... aos poucos paletó, colete, camisa, blusa, saia e todas as outras peças de roupa vão emoldurando o cenário do que vai acontecer ali... depois de tantos anos estão ali... naquela casa... naquele quarto... naquela cama... amando-se... sem reservas... sem pressa... desfrutando lentamente daquele momento... 

Após amarem-se ambos ficam um tempo abraçados e logo adormecem... após algumas horas, Laura desperta... sente sede... olha para Edgar que ressona serenamente a seu lado na cama... sem fazer ruído levanta-se e coloca a camisa dele, que estava no chão,  fechando apenas alguns botões...e desce as escadas... caminha um pouco pela casa.. olha alguns retratos expostos na sala... vai ao escritório e por fim segue para a cozinha...

Neste ínterim  Edgar desperta-se e de olhos ainda fechados procura por Laura na cama e percebe que não está... senta-se olhando a seu redor e não vê sua esposa em parte alguma... levanta-se... coloca a calça de um pijama e resolve descer para o primeiro piso da casa para procurar por ela... 

Edgar desce as escadas.. olha pela casa e não vê Laura em parte alguma... até que percebe alguma movimentação na cozinha... vai até lá... para na porta e respira aliviado... está ali... tomando água em frente a pia.... fica ali admirando Laura sem que ela note sua presença... está linda... os cabelos soltos lhe caem pelos ombros e aquela camisa.... solta... entreaberta... as pernas nuas...o deixam louco... Edgar chega mais perto dela e a abraça por trás, afastando seus cabelos para um lado e beijando seu pescoço...

Edgar: Senti sua falta...

Laura: Só vim tomar um pouco de água... você quer?

Edgar: Não... tudo o que  quero tenho aqui... nos meus braços... você está linda...  nunca pensei que uma camisa minha podia  ficar tão bem... (afastando a camisa e beijando o ombro nu de Laura)

Laura: Edgar... você está muito assanhado... 

Edgar: E você não gosta? (mordendo sua orelha e abrindo um dos botões da camisa, acariciando seu seio)

Laura (gemendo): Adoro... vai me  levar lá para cima..

Edgar: Não... (virando Laura , envolvendo sua cintura com uma das mãos, acariciando seu rosto e olhando ardentemente para ela)... tenho outros planos... aqui mesmo...

Ele beija Laura com sofreguidão... ela lhe retribui enquanto o abraça...ele aperta o  corpo de Laura, enquanto a força  contra a pia... as carícias  de ambos vão se tornando mais fortes... Edgar tira Laura daquela posição e sem se soltarem vão andando em direção a mesa... ao passarem pelo guarda louça acabam esbarrando e derrubando a linda sopeira de porcelana que vai ao chão estilhaçando-se por completo... sem deter-se nisso Edgar senta Laura na mesa... termina de abrir os botões daquela camisa... suas mãos percorrem com maestria todo o corpo de sua amada, que se entrega completamente aos carinhos dele... ela lhe envolve a cintura com suas pernas e o beija intensamente enquanto desamarra o cordão do pijama de Edgar.... arranha suas costas, enquanto ele aperta suas coxas e morde delicadamente seu pescoço... ele a faz deitar  na mesa... inclina-se e beija seus seios... percorrendo sua barriga até chegar a sua virilha... Laura geme..... não aguenta mais... parece que vai explodir.... está ofegante... deseja ardentemente ser sua... e ele assim o faz... a toma ali... na mesa....

Após esse acesso de paixão, ambos estão exaustos... Edgar pega Laura em seu  colo e sobe as escadas... voltam para o quarto... ele deita Laura e acomoda-se no leito, e dormem profundamente, aninhados um nos braços do outro...

No dia seguinte, o sol já vai alto.. Laura e Edgar ainda estão dormindo, quando são acordados por fortes batidas na porta de entrada...

Edgar estranha aquelas batidas... não espera nenhuma visita.. ainda mais aquela hora da manhã...  veste-se apressadamente e vai atender a porta...

Edgar: Você? Como se atreve a vir aqui?


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