–Manter curso, não piso naquela maldita ilha nem que me paguem, quer dizer talvez, se a quantia for boa - disse ele rindo.

Will e Jennifer riram das palavras de Barbossa era realmente estranho vê-lo falando isso, eles continuaram conversando e Will a contou sobre os outros mundos, e como tudo era lindo e sobre a vez que foram resgatar Jack no baú de Jones em um modo mais detalhado que ela nunca ouvira ninguém contando, seus olhos brilhavam escutando toda aquela aventura ela desejava ter participado disso.

Jack acordou assustado de um pesadelo, caiu exatamente de sua cama, estava suando frio, sonhara com Jones e seu trato cada palavra que ele disse era tudo tão recente e ele estava pensando nisso, porque estava pensando nisso?Era só mais uma pessoa, ele ganharia o navio e a imortalidade, depois tudo aquilo não faria tanta diferença,não é?

Ele se levantou e sentou em uma mesa cheia de mapas pegou uma garrafa de rum e começou a beber, de repente olhou bem para o lado escuro da cabine estava bem mau iluminado mas ele via uma silhueta, alguém estava lá e então ele ouviu:

–Sparrow!- era a voz de Angélica.

–MEU DEUS - disse Jack com um grito- VOCÊ ME ASSUSTOU,POR ACASO ESTA ME PERSEGUINDO?APARECE DO NADA NOS LUGARES FALANDO COISAS SEM SENTIDO.

–Jack por favor, algo o incomoda esta explicito, Jones não veio te dar um aviso ele veio fazer barganha um bom negócio.

Jack engoliu seco, como ela sabia daquilo tudo?Será que alguém havia contado a ela?

–Você esta louca, eu disse o que aconteceu foi só um aviso, mais nada, agora por favor se retire da minha cabine e vá fazer algo de útil em meu navio - disse ele segurando o braço dela e a levando até a porta.

Antes de chegarem a porta Angélica rapidamente se virou selando os lábios de Jack com um beijo.

–Ainda quer que eu saia daqui?

–Eu...eu...não sei, acho que eu bebi muito rum não estou em condições de responder.

Ela a beijou de novo andando para o centro da cabine.

–Que desculpa mais esfarrapada, será que todo esse tempo sem mim não foi suficiente pra pensar em uma melhor?

–T-t-alvez.

–Jack me diga, Jones não veio lhe dar um aviso não é?- disse ela sussurrando em seu ouvido.

–N-não..O QUE EU ESTOU FAZENDO?O QUE VOCÊ ESTA FAZENDO?SAIA DA MINHA CABINE AGORA! - gritou Jack.

–Ai, que estressado -disse ela sendo empurrada por Jack para porta.

Angélica saiu da cabine deixando Jack atordoado, ele se sentou na sua mesa dizendo:

–Mas que mulher demoníaca! - disse ele respirando fundo e logo depois soltando o ar.

Ele deu mas uns goles na garrafa de rum, depois mais uma garrafa, e outra, e mais uma, até que então ele dormiu embebedado.

Angélica saiu em passos fortes da cabine e acabou esbarrando em Bootstrap, ele olhou pra ela com um sorriso dizendo:

–Tudo bem com você?

–Eu pareço bem? - disse ela revirando os olhos.

–Opa, calma - riu ele - o que houve, posso saber?

–Mais cedo Jones veio com o Marie Celeste ao encontro de Jack e eles foram conversar na cabine, ele disse que Jones apenas veio dar um aviso mas duvido muito, ele esta aprontando alguma.

–Não é só você que acha isso, agora fiquei preocupado.

–O Jack é totalmente imprevisível, nunca sabemos o que ele fará em seguida mas isso esta me perturbando...

–Descanse um pouco - disse ele - trato de ficar de olho em Jack.

Então Angélica foi dormir com o resto da tripulação, os três navio estavam calmos, calados e a neblina pairava sobre o convés, Bootstrap estava no timão do Holandês eles haviam chegado a Bahia Naufrágio.

Bootstrap acordou as tripulações, Will pensava em Elizabeth ele queria vê-la mas sabia que teria que resolver a questão da coorte primeiro, ele queria ver ela saber que ela estava bem, queria saber que o sentimento por ela havia mudado, ele não tinha certeza de como havia e nem se teria sido pra melhor ou pior, isso ele iria descobrir quando a visse. Eles desembarcaram na Bahia Naufrágio onde a coorte se reunia, logo ao porto estava o pai de Jack, observando os navios.

Ele subiu a bordo do Pérola e disse:

–Jack...o que veio fazer aqui?

–Nós precisamos convocar a coorte, Jones esta de volta.- interviu Jennifer

–Pelo que eu saiba a canção não foi cantada.

–Pro inferno com sua cançãozinha de ninar!Não ouviu o que eu disse?Jones esta de volta.- resmungou Jennifer.

–Olha, não sei quem você é, mas não é tão simples. A coorte só pode ser convocada quando a canção é cantada, ou seja, as noticias correm ou acha que eu vou de navio em navio chamando eles?Por favor.

–Mas Jones esta de volta, quer dizer, não há outro jeito? - disse Will

–Há, mas é impossível.

–Talvez nós consigamos, estamos falando de Jones diga por favor, precisamos da coorte para tomar uma decisão - disse Barbossa.

–A Pietra de los Sueños , ela tem o poder de invocar a coorte seja lá onde os piratas estiverem os navios aparecem no horizonte quando ela é usada, a ultima vez que a vi era uma criança, e ela não tem só esse poder, ela tem muito mais...mas emfim a pedra a muito se perdeu, ninguém sabe onde esta.

Will tirou algo pequeno que estava preso em sua cintura, um tempo depois o pai de Jack percebeu o que era, era uma bússola.

–E isso ajuda? - disse Will - não é uma simples bússola, aponta para o que você mais quer.

–Talvez. Nunca ouvi falar, mas não custa tentar, como eu disse é o único jeito.

–Então veja pra onde aponta Will - disse Jennifer

–Não dá, eu sei que não vai apontar para o lugar porque realmente não é o que mais quero - Will dizia a verdade, ele queria saber se Elizabeth estava bem, era o que mais queria. - tente você.

–N-não posso, gaguejou ela - Ela também não podia, a bússola apontaria para outra coisa e ela não queria correr o risco de todos saberem o que era. - Barbossa?!

–E sempre sobra pra mim - disse o pirata bufando e pegando a bússola.

Ele a abriu e seu ponteiro girou, meio confuso mas até que apontou pra uma só direção, a direção que Barbossa mais temia e menos queria seguir, a bússola apontava para Isla de Muerta, Barbossa deixara a bússola cair no chão.

–Me recuso a seguir o destino que ela aponta.

–Então, meu caro Barbossa quer dizer que a nossa pedra esta na Isla de Muerta? - Jack riu - não me diga que tem medo de uma ilha?

–E-eu não tenho é só que...

–Que...? - disse Jack rindo.

–TUDO BEM EU VOU A ESSA MALDITA ILHA.

–Ele tem medo de levar outro tiro lá - Jack continuou rindo - mas minhas mãos estão e continuarão limpas lhe asseguro.

–Você?É inofensivo, minhas preocupações são outras. - disse ele olhando pra Angélica.

–Porque eu faria isso? - disse ela nervosa.

–Vá saber.- respondeu Barbossa.

–Vocês vão ficar tagarelando aqui, ou vão em busca da pedra?Pelo que vi a ilha esta quase submersa!- disse Calipso impaciente.

–Ah sim, descansaremos um pouco e depois iremos - disse Angélica.

–Ótimo - disse Calipso.

Todos desembarcaram, e entraram no forte para se acomodar menos Will, ele não podia ir em terra. Então ele pediu a Calipso para ir atras de Elizabeth que agora morava na Bahia e assim foi feito, ela foi.

Will andava de um lado para o outro inquieto esperando Elizabeth, então uma mulher de cabelos loiros caindo sobre os ombros, um sorriso grande, olhos brilhantes com um garoto que aparentava ter 9 anos ao lado dela chegava ao convés do navio, era ela, era Elizabeth, mas quem era o menino ao seu lado?Will ficava intrigado se perguntando, mas nada disso importava naquele momento, ele abriu uma grande sorriso e e então foi até sua amada e lhe deu um beijo, foi um beijo calmo, doce, quente mas perfeito.

Ele lembrava de tudo de cada momento, quando ele a deixou na praia com suas ultimas palavras "Fique de olho no Horizonte" quando ele a seu o baú com seu coração, lembrava de tudo mas lembrava principalmente do sorriso dela, o sorriso mais doce de todos que nem anos e anos longe dela poderiam apagar de sua memória.

Na rosto de Elizabeth caiam lágrimas, ela não poupou nenhuma e nem se importava, eram lágrimas de alegria, era como se tudo tivesse voltado ao normal ela queria passar cada momento, todo momento possível ao lado dele.

E então ele disse:

–Elizabeth, é mesmo você?

O coração dele explodia de felicidade assim como o dela também, eles finalmente haviam se reencontrado.

–Sim, eu senti tanto sua falta - disse ela o abraçando, ela lembrou de antes quando o abraçava esperava escutar as batidas de seu coração e um peito quente mas não havia som estava silencioso, mas nada disso importava era ele ali naquele momento na frente dela.

–Eu também, senti muita sua falta - disse ele com uma lágrima caindo pelo rosto mas logo disfarçou e a secou - e quem é esse pequeno garoto? - perguntou Will radiante.

–Will, esse é seu filho Johnny Turner.