The Killer (romione) escrita por Nicole Marcon


Capítulo 1
Killing my Dream - Capítulo Único.




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Era uma noite escura e chuvosa. Todas as pessoas estavam dentro de suas casas, com medo do próximo assassinato que era cometido todos os dias por um mesmo assassino: Ronald Weasley.

Sangue frio corria em suas veias, e as pessoas das quais era designado para matar eram pisadas como formigas. Tinha fama por sempre cometer mortes dolorosas, envolvendo tortura e muito sangue. Vários pedidos eram enviados para ele todos os dias, e ele só atendia aos mais difíceis, um ou dois por dia.

Suas pegadas na calçada de pedra eram apagadas pela chuva. O ruivo andava pela rua com as mãos nos bolsos do moletom, o capuz cobrindo sua cabeça. Sirenes de polícia eram ouvidas, mas ele nem ligava. Tinha o disfarce perfeito, que era mostrar a face que ninguém reconhecia ser do assassino.

– Boa noite, Severo. - disse.

Sua voz era forte e derrubava qualquer alma fraca que tivesse por perto. Era firme e potente, mas ao mesmo tempo silenciosa e inerte.

– Boa noite, Weasley. Temos um pedido para esta noite.

O ruivo olhou nos olhos de Severo Snape, que logo compreendeu. Deu espaço para Ronald passar.

Ele pegou então a folha de papel levemente amarelada e queimada nas pontas, e leu o pedido.

Por dentro, Ronald desmoronava e se quebrava em mil pedaços. Por fora, continuava indiferente.

– O marido pediu o assassinato. Segundo o próprio, arrumou outra paixão que oferece mais vantagens e satisfações, se me entende, e não quer terminar a relação, pois certamente a garota o denunciaria. Ele agride ela.

Agora, cinzas eram recolhidas por trabalhadores dentro de sua alma. Hermione, sendo agredida. Horror.

– Ela está em casa. - continuou Snape - McLaggen, o marido dela, saiu para levar as crianças em uma casa de diversão. A casa fica na rua Street Valley, número trinta.

Um silêncio percorre o local. Após trinta segundos, o ruivo cuspe:

– Vou executá-la. - falou, sem deixar rastros de medo na voz.

Ronald se armou com duas facas e uma arma.

Enquanto Severo queimava o papel, o ruivo seguia para fora do pequeno compartimento, saindo em um beco.

A chuva se intensificara nos dez minutos que precisou para ler o pedido de assassinato. Agora, um verdadeiro temporal acontecia na grande cidade.

Com os mesmos passos silenciosos, Ronald começou sua caminhada rumo Street Valley. Meia hora de onde estava.

Aproveitou para relembrar a infância e adolescência que passara ao lado de Hermione Granger.

"- Vem me achar! - gritava um garoto ruivo de no máximo oito anos, escondido da amiga.

– Não adianta, Rony! Não vou entrar nesse matagal! Pode sair daí! - resmungou a pequena Hermione, os cabelos longos e cacheados esvoaçando com a brisa da tarde. Ela estava de braços cruzados e com o pé esquerdo batendo em movimentos repetidos no chão.

– Aah, assim não vale! - reclama Ronald, saindo do seu esconderijo.

– Não vale é você se esconder em um lugar onde minha mãe me proibiu de ir!

– Tá bom, tá bom... Mas só continuo brincando se você contar de novo.

– Tudo bem, eu conto, mas não vale se esconder no matagal e nem passar da casa amarela.

– Tá, pode começar a contar!"

A alma de Ronald sorria, mas sua expressão facial não mudava desde que o sangue frio começara a correr nas suas veias.

" - Rony, você pode me alcançar aquela flor ali? - perguntava uma Hermione de onze anos apontando para uma flor vermelha que estava em um galho no alto de uma árvore. Se aproveitar da altura avançada do amigo era comum.

– Claro, Mione! - disse o ruivo, ficando na ponta dos pés e pegando a linda flor. - Você vai me dar a flor?

Rony entregou a flor para ela que, antes de se virar e sair correndo, revelou:

– Não, é para o Córmaco!

O ruivo ficou parado onde estava, observando sua paixão de infância sair correndo ao encontro de outro garoto. A partir daquele dia, odiaria Córmaco McLaggen para sempre."

Ronald contraiu os lábios. Sentia pesar na alma, coisa que há cinco minutos atrás não seria capaz de sentir.

" - Rony, eu sempre vou te amar... - dizia uma Hermione de agora catorze anos - Eu prometo!

– Eu também, Mione. - fala Rony, agora com quinze anos de idade. Ele e Hermione estavam abraçados no sofá da casa do ruivo, assistindo a um filme romântico.

– Promete? - diz ela, com uma cara séria.

Rony encosta sua testa na dela, e diz, com um sussurro:

– Eu prometo.

Em seguida, ele pega o rosto da morena com as duas mãos e lhe dá um grande e suave beijo nos lábios. Ela corresponde, passando as mãos nos cabelos ruivos dele."

Agora Ronald sorria. Não o sorriso falso que sempre dava a todos, do qual somente puxava os lábios para o lado esquerdo, mas um sorriso que mostrava os dentes. Era uma pena que o sorriso estava coberto pela sombra do capuz, pois era lindo.

" - Hermione, não estou entendendo! - dizia o Ronald de dezessete anos, os olhos já sem brilho e sem vida.

– Só vou dizer mais uma vez - falou a morena, com cara de medo e terror - Eu... Eu vou ficar com o Córmaco.

– Mas você jurou, Hermione, você prometeu que me amaria para sempre! - lágrimas frias rolavam pelas bochechas do ruivo.

– Eu... Rony, aquela história de você ter matado um gato me deixou assustada...

– Foi um acidente!!

– Você ter esfaqueado um gato não pode ter sido obra de um acidente! - agora, ela tinha mais segurança na voz - Desculpe, mas Córmaco vai ser o pai dos meus filhos e vai acordar todos os dias do meu lado.

– Hermione, você pode não me amar mais, mas eu continuo ouvindo sua voz em tudo e vendo o seu rosto em todos! Por favor, me dá só mais uma chance!

– E se essa chance acabar com você enfiando uma faca na minha garganta?

– Eu nunca faria isso com você!

– Fez com o gato, e aposto a minha vida que faria de novo.

Ronald abraçou Hermione com força, suas lágrimas deixando marcas no suéter da garota.

Aquele último abraço sugou toda a esperança e sentimento que restava em Ronald.

Sim, odiaria Córmaco McLaggen pelo resto da sua vida."

Lágrimas de culpa e arrependimento rolavam pelo rosto do atual Ronald, se misturando com as gotas da chuva que lhe caiam sobre a face.

Olhou para cima: chegara ao local.

Dava para saber só de ver os leves movimentos de dança que uma silhueta feminina fazia, a sombra se refletindo na cortina bege da casa.

Ronald pulou a cerca e começou a escalar a parede de pedras.

Chegando na sacada onde a cortina revelava os movimentos da silhueta, o ruivo respirou fundo.

Abriu a cortina. Alguns milissegundos se passaram até a morena se dar conta de que alguém a espionava.

Hermione deu um grito agudo, que foi abafado pela mão de Ronald.

– Calma... - dizia ele, desajeitado, segurando a boca dela com uma mão e os cabelos com a outra. O corpo dele era prensado contra o dela na parede, pesando nos braços da morena.

Quando Ronald olhou nos olhos dela, pôde ver o antigo brilho que antes aparecia quando estavam juntos. E então soube que poderia soltar sua boca.

– Não vou te matar, fica tranquila.

– É isso que todos os assassinos dizem! - sussurrou Hermione.

Era tão bom ouvir aquela voz outra vez. A voz doce, aconchegante e bondosa de sempre.

– Vou te soltar, O.K.? - disse o ruivo, desajeitado. - O.K. Três, dois... Um.

Ele, de vagar, soltou-a. Primeiro os braços, depois o corpo.

Um trovão seguido de um relâmpago explode do céu.

Hermione chorava.

– Calma, Mione... - o brilho nos olhos do ruivo voltava a cada toque, uma parte da sua alma encontrada a cada segundo ao lado dela.

– O que veio fazer aqui? Ah, por quê ainda pergunto, vai me matar, né? - ela dizia, mais gritava do que dizia.

– Era o planejado, mas eu nunca teria coragem.

Hermione o encara nos olhos.

– Então... Era verdade? Aquilo que você me disse, alguns anos atrás.

– Você lembra?

– Não consigo esquecer.

– Então me diga o que mais eu disse naquele dia.

A morena fez uma cara de desconfiada.

– Você disse que... Que sempre iria me amar.

O ruivo assentiu com a cabeça e esperou cinco segundos para ela pensar no que disse.

– Agora me diz: se eu não continuasse te amando, eu teria te soltado, como fiz há um minuto?

– N-não...

Hermione abaixou a cabeça.

– Córmaco mandou o pedido de assassinato. - jogou. Era melhor que ela soubesse por ele do que por outros.

– É possível. Foi a primeira pessoa que pensei quando você me prendeu.

Mais silêncio. A chuva tinha enfraquecido, mas continuava trovejando.

– Eu não esperava isso. É melhor eu ir embora, mesmo...

– Não, Rony, espera. - a morena segurou seu braço. Ronald se virou no mesmo instante.

– O que? - murmurou.

– Eu... Eu também continuo te amando. Ouço sua voz em tudo e vejo seu rosto em todos.

Ele hesitou.

– Verdade?

– Acho que a promessa, na verdade, nunca foi quebrada.

Rony olha no fundo dos olhos de Hermione. Sente que ainda falta um pedaço do seu coração, e então a beija.

A beija com tamanha profundidade que pode sentir sua alma. Sente seu coração, desvenda seus pensamentos.

A morena retribui com tal entusiasmo que tira seus pés do chão.

Explosões aconteciam dentro dos dois, explosões que limpavam cada fragmento ruim e lembrança dolorosa.

O ritmo é acelerado e desejoso, uma sintonia agradável no ambiente.

No minuto seguinte, a porta do quarto é aberta e uma bala lançada pela arma de Córmaco atinge a cabeça dos dois, deixando seus corpos inertes e estirados ao chão sobre uma imensa poça de sangue.


"O amor é paciente e benigno, não arde em ciúmes; O amor não se ufana, não se esnobece; O amor não é rude nem egoísta, não se exaspera e não se ressente do mal. O amor não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade. Está sempre pronto para perdoar, crer, esperar e suportar o que vier." A Walk To Remember



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