Saí procurando Silena pelos corredores da escola.Onde ela estava? Cara, essa garota não para no lugar? Vida de popular é assim sempre por aí. Mas, eu precisava falar com ela e... Quem era aquele garoto ao lado de Percy Jackson?      Eu e Percy nunca nos demos bem. É, pelo menos não desde a quarta série, quando ele me encharcou com água da privada, desde aí sinto apenas raiva dele. Mas aquele garoto, sei lá, parecia diferente, não tinha nada a ver com o idiota Percy Jackson. Era bonito, tinha olhos claros e penetrantes; cabelos louros radiantes e um sorriso encantador. Não parecia com nenhum outro garoto da escola, ou da cidade de Manhattan (http://www.percyjacksonmovies.com/wp-content/uploads/2012/06/Grey-Damon.jpg).     Era incrivelmente lindo, e estava me fazendo... Ei, para, eu sou Clarisse La Rue, e eu não me interesso por um qualquer, ainda mas alguém que eu nunca havia visto na minha vida, e ele estava andando com o detestável Percy Jackson, por mais que parecesse não podia ser diferente. Ele deve ser só mais um daqueles mimadinhos, aqueles por quem eu nunca iria me interessar.       Já havia me esquecido do real motivo porque estava ali. Estava procurando Silena... Meu Deus me esqueci de tudo, estava completamente desligada, e se Silena tivesse me visto olhando para aquele garoto por alguns “breves segundos”? Ela iria vir com aquele papo de: Uhh, garoto bonito! Você tem que falar com ele menina, já deve ter muitas garotas de olho nele, aja rápido se não quiser perde-lo, não dê mole, vá em frente, num momento de distração tudo pode acontecer. E isso me irritava muito mesmo, até porque eu nunca estava afim de ninguém.      Ta, eu tinha que sair correndo daqui antes que... Ops, já era. Ela já tinha me visto, e alguma coisa me dizia que ela já estava lá a muito tempo, e que lá vinha histórias amorosas chatas.       Ok, vou fingir que nada aconteceu e sair caminhando, sei que se fizer isso vai ser pior, mas nesse momento não estou querendo escutar mais frases “românticas” de Silena. Ela herdou esse dom amoroso de sua mãe: Afrodite, uma mulher muito bonita e encantadora, uma verdadeira dama que consegue muito com seu charme e que é admirada por homens do mundo todo. Já eu, apenas puxei o lado brutal de meu pai. Não, conselhos amorosos não. Ela estava chegando cada vez mais perto.       - Olha Cla! Garoto novo? – Sim, ela me chamava de Cla por mais estúpido que isso fosse. – Si cúpido ataca novamente! – disse ela pondo a mão na boca para esconder o riso.      - Não é nada disso aí que você tanto pensa, ele apenas é bonito e só. Nada a ver com essas suas “idéias”. -  Falei do jeito mais calmo e tranquilo que consegui dramatizar .      - Bonito? Fala sério Srta Clarisse La Rue, você não consegue esconder nada de mim. – Pelos menos ela pensava isso, mas aquela coisa o Luke eu nunca tinha contado pra ela com medo de perder a amizade. Apenas uma pessoa sabia disso, e não fui eu que contei, ela descobriu. Como? Eu não sei. Seu nome era Bianca Di Ângelo...    - Ahh, quer saber? Não estou nem um pouco interessada nele! E se quiser fique com ele, faça o que bem entender, eu não ligo! – O tom calmo na minha voz sumiu de vez, Silena estava me irritando e eu não sabia mais o que fazer.     Ele apenas riu, como se eu fosse uma tola ali na frente. O que me deixou ainda mais furiosa.    - Você não me entende mesmo né? Silena Beauregard!    Apenas fui embora sem dizer mais nenhuma palavra.     E então comecei a pensar: quem era ele? Parecia diferente de tudo e de todos naquele lugar. Tinha um ar de popular, mas não parecia se encaixar em qualquer grupo desse lugar.     Senti um arrepio, ele parecia estar perto. Ah, perto demais eu diria.       E esse foi o esbarrão mais estranho de todos os tempos. E diria também o mais constrangedor de todo o mundo.  Mochilas, livros, cadernos, canetas e outro monte de coisas espalhadas pelo chão. Que horror! Que vergonha!       Levanto-me e vejo seu rosto quase colado no meu. Isso me fazia deli... Não, sempre blecautes, tinham que ser esses malditos blecautes!      - É... Desculpa? Oi? – Ele disse meio constrangido.      - Sério que esbarrão mais humilhante!        - Desculpa, me perdoe. – Seu rosto estava passando de envergonhado para sorridente. – Ah, esqueci de me apresentar! Prazer, Chis Rodriguez!      Chis Rodriguez, minha cabeça girava com esse nome. Não pelas mesmas causas de antes... Eu conhecia esse nome. De onde eu não sei, mas eu conhecia.     - Ah, claro! Prazer, Clarisse La Rue!        - Clarisse? Já devo ter ouvido falar sobre você aqui.       - Hã? O que? Sobre mim?       - Sim, Percy me falou sobre você. Disse que era uma garota violenta e irritante.      - Ele disse isso? Há, eu mato aquele desgraçado!       - Ei ei, calma garota, fica tranquila. – Seu tom era calma, mas isso só me fez ficar ainda mais irritada.       Mega furiosa lhe dei um tapa na cara.      - Uhh, violentinha.      - O que você quer dizer com isso? Hein? Explique!     - Calma, nada. – Ele disse com um olhar brincalhão.      - Ah, me poupe desses seus enigmas, sério, não to mais te suportando!     - Agora eu é que não to entendendo mais nada, porque você não ta me suportando? – Ele tava tentando encenar uma cara de confuso, mas não me pegava nessa.     - Pra com isso! Você é que ta me confundindo!     - Olha aqui, eu não to confundindo nada garota!   Seu tom pareceu grosseiro, ele não estava contribuindo para minha felicidade, estava mais irritada que o normal.   - Escute! Pode logo abaixar esse tom comigo se não quiser levar um murro na cara, e pode acreditar, não tenho pena de ninguém. Se você é um idiota o problema é seu! Agora não venha querer tirar uma de play boyzinho comigo! Agora vê se vai embora porque esse corredor é pequeno demais pra nós dois!   - Quer saber? Eu não vou, vou ficar bem aqui, na sua frente.    Ele só poderia estar me provocando porque né.  - O que mesmo você ta achando que eu sou?      - A garota mais incrível que conheci aqui.    - Espera um pouco. Você nem me conhece! Esbarrou comigo, falou piadinhas sem graça, coisas que eu não entendi, veio tirar uma de espertinho e agora diz que sou incrível?    - É...     Antes que ele pudesse falar alguma coisa gritei.    - Cala a sua boca seu bad boyzinho metido e insuportável, não ta vendo que eu to falando?    Já em meu momento de fúria extrema, dei um soco em sua cara com a maior força que pude reunir. O murro foi tão forte que o deixei caído no chão com o olho roxo. Então saí caminhando como se nada tivesse acontecido.   - Cla você ta aí! Tava te procurando! Mas já vi que se virou muito bem sem mim. – Disse Silena com um sorriso pateta apontando pra Chris Caminhando normalmente.   - Ah, me deixa Silena.    Nesse momento eu não queria falar com ninguém, me dia não havia sido um dos melhores e não estava disposta a me irritar mais. Iria pra casa tentar esfriar a cabeça. Mesmo sabendo que ver meu pai e minha madrasta novamente não iria melhorar em muita coisa, pelo menos ainda tinha Beckendorf que me entendia um “pouco”. Mas não precisava de ninguém, hoje não foi um dos melhores dias pra mim...