Anima Dead- Fic Interativa escrita por Guilherme Lopes


Capítulo 34
Earl Braxton- Capitulo 2-Quarentona.


Notas iniciais do capítulo

Aqui vai o segundo capitulo do fanfarrão Earl Braxton, um personagem que eu pessoalmente achei interessante.



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Earl


04 de julho


Eu não tenho família, e só uma amigo para confiar mesmo. Viajo junto com esse pessoal, bem armados e cheios de comida, isso é uma coisa que gosto. Nesses dois meses aprendi que a cabeça dessas criaturas é o ponto fraco, já era uma coisa obvia mesmo já que eu cresci assistindo os filmes de John Romero. Que não são filmes tão bons assim mas dão pro gasto e eu cagava de medo quando criança. Mas nunca imaginei que essa merda fosse acontecer de verdade um dia.


Já é manhã, eu já acordei a um tempinho, estou vestindo minha jaqueta de couro preta preferida e uma touca preta, meus cabelos são longos e loiros. Minha barba está enorme, porra, deve ter até aranhas aqui nessa merda. Meus óculos escuros maneiros estão guardados no bolso da jaqueta. Carrego meu machete na cintura, uma webley revolver que achei em uma cabana a um tempo atrás no coldre por dentro da jaqueta, tenho até bastante munição para minha pistola, não sou muito bom com armas de fogo, me viro melhor com essa belezura de machete.

Gaspar está conversando com Dracula e Jimmy, eles estão reunidos perto do jipe com um mapa da região estendido no capo do carro. Chego até eles e vejo Raj, o indiano estranho. Ele está comendo um enlatado, indiano maldito acabando com minha comida! Entro no meio da panelinha e fico ouvindo a conversa dos três. Jimmy está dizendo:


– Blackwood’s parece ser uma boa opção. – Velho escroto. Mas é um bom palpite.


– Mas temos Sunville no caminho também. Então temos que optar por uma das cidades. – Diz o militar maluco Gaspar. Drácula fica observando os pontos rabiscados no mapa, eles rabiscam todos os lugares que passam, parecem crianças com uma caneta e uma revista cheia de pessoas loucas por um bigode estampado no rosto.


– Olhe. – Digo já me intrometendo na conversa, claro. Todos prestam atenção. – Sunville é uma cidade de merda. Blackwood’s é uma boa opção porque as casas são fortes e lá tem uma fábrica de bolinhos de morango, que por sinal são deliciosos. – Todos estão sérios, porra, eu também to falando sério.


– Earl. Não estamos interessados em bolinhos. – Diz Drácula fechando o mapa. O acampamento já foi desmontado. – E então Gaspar? Acho que é uma boa ideia mesmo ir para Blackwood’s.


– Afirmativo. Avise os outros Jimmy. Estamos indo para Blackwood’s agora. – Jimmy sai como um cachorrinho mandado para avisar os outros babacas. O cegueta e sua namorada gostosa entram no Mustang de Drácula, um belo carro. Cada um toma seus postos. Volto para minha moto, Bill estava polindo o guidom com um pano especial. Ele ama essa merda de moto. Como alguém pode amar uma moto assim não é Angel? Faço carinho em minha moto e subo nela. É hora de cair na estrada.


A neve deixa minha moto mais lerda e ela perde um pouco da potência. Essa moto consome muita gasolina, parece um camelo louco no deserto sem beber agua a uma semana. Como sempre vejo a caminhonete com os mantimentos a minha frente, lá atrás estão o cabeça de macarrão e sua namorada gostosa também. Puta merda cara, preciso transar.


Algumas horas depois-


Já estamos na estrada a umas boas horas, se não fosse por essa merda de neve já estaríamos em Blackwood’s há muito tempo. Vejo o comboio parando mas os motores continuam ligados. Todos estão pegando suas armas, olho para Bill sorrindo. Já sei o que isso quer dizer.


– É hora da porrada. – Digo para Bill retirando uma mão do guidom e pegando meu machete, Bill saca sua escopeta de cano serrado. Paro a moto perto da caminhonete. Desço e vou até o jipe de Gaspar, ele está levantado encima do banco e do seu lado está seu namorado Drácula. Ambos com seus rifles apontados para uma ponte coberta por neve e com uns vinte mortos caminhando. Olho para trás e todos estão com suas armas empunhadas.


– Não vamos desperdiçar munição. Atirem na cabeça! – Grita Gaspar dando o primeiro tiro que vara a cabeça de um desgraçado, ao soar do primeiro tiro vários são disparados em seguida. Três se aproximam enquanto os corpos vão caindo na ponte. São muitos disparos, os filhos da puta querem acabar com diversão? Com o machete decepo a cabeça de um que se aproximava, me armo para atacar o segundo mas ele leva um tiro e o sangue mancha minha jaqueta nova, olho para o desgraçado que atirou e vejo Kim, bem, ela sujou minha jaqueta mas é gostosa, essa eu deixo passar. Quando me viro para pegar mais um deles percebo que estão todos mortos. Bando de putos!


Volto para minha motocicleta puto. Só matei um dos desgraçados. Que merda! Bill guarda sua arma e sorri enquanto passa por mim em sua moto. Todos já estão atravessando a ponte em seus veículos, acelero e vou os seguindo.


Falta pouco para essa merda de cidade.


–--------- Horas depois


Já está anoitecendo. Mas finalmente chegamos nessa merda. A cidade é escura pra caralho. Fica em uma parte alta e ainda não tem energia, todos ligam os faróis de seus veículos, ligo também o meu farol e vou dirigindo com cautela seguindo a caminhonete de Jimmy. As ruas estão com alguns zumbis caminhando sem rumo. Não mostra muita ameaça, passamos em frente a um mercado de esquina, uma clinica médica e todos param em frente a uma muralha de três metros, feita a mão com certeza. Gaspar, Drácula, Bill e eu descemos e ficamos observando a muralha. Que merda é essa? Quem construiu isso no meio da rua? Uma luz muito forte é emitida em nossa direção, todos ficam assustados, menos eu, claro. Em seguida uma voz bem aguda é ouvida do topo da muralha:


– Algum de vocês está infectado? – Todos ficam se entreolhando por um tempo e quietos.


– Não, estamos em perfeitas condições! – Grita o cabeça de macarrão encima da traseira da caminhonete. Tá frio pra caralho aqui.


– Vocês estão em quantos? – Bem. Somos eu, Bill, Gaspar e sua namorada Drácula, cabeça de macarrão e a namorada gostosa, cegueta e a namorada também gostosa, o moleque estranho, o velho tarado, a gostosa solteira e o indiano. Bem acho que só.


– Somos doze pessoas. – Diz Drácula. A luz se apaga e um portão se abre em nossa frente, é um portão de madeira escura. Entramos com nosso veículos. O portão se fecha depois de todos entrarem.

Pelo visto eles pegaram um pedaço da cidade e fecharam com essas muralhas, lá tem algumas pessoas nos observando nas calçadas, deve ser umas trinta pessoas aqui. Alguns estão armados, são os guardas. Eles parecem simpáticos, mas foda-se. Um homem negro, com o cabelo afro meio grande e barbudo aparece. Ele cumprimenta a todos.


– Sejam bem vindos a resistência de Blackwood’s. Meu nome é Jack, sou o líder. – Todos cumprimentam Jack menos eu. Fico encima de minha motocicleta pronto pra cravar meu machete na cabeça do primeiro filho da puta que mostrar algum sinal suspeito.


– Meu nome é Gaspar. Sou o líder desse pequeno grupo. – Quem elegeu esse cara o líder? – Estamos na estrada há dois meses.


– Dois meses ai fora? Vocês são fortes mesmo hein! – Ele diz meio espantado. As pessoas ainda estão curiosas. Tem algumas crianças também, odeio crianças.


– Nós damos o nosso melhor. – Jack observa que temos um bom equipamento e mantimentos na caminhonete. Ele coça seu afro escroto.


– Mas agora encontraram um lugar para ficar. Vocês nos pegaram de surpresa, tínhamos acabo agora pouco de comemorar o quatro de julho. E ai vocês apareceram e nos pegaram de bom humor!


– Você nos deixa ficar aqui? Só precisamos de alguns dias e depois vamos embora. – Diz Drácula.


– Podem sim. Claro amigos! Tem uma casa para vocês todos. – Depois do papo com o negro ele nos apresenta a casa. É uma casa de dois andares grande, como tem várias casas muitas ficam desocupadas. Ele nos ofereceu ela como moradia, agora não sei se é temporário ou não. Os veículos ficaram em frente a casa. Tenho que ficar de olho na Angel. Todos entram com suas lanternas acesas e vão escolhendo os quartos. São quatro quartos, dois banheiros, uma sala de estar, cozinha, sótão e porão.


– Eu fico com o sofá da sala. – Diz Gaspar jogando sua mochila do lado dele e já deitando.


– Eu e Nancy vamos ficar com um quarto lá encima então. – Diz Drácula levando a gostosa pelo braço para o quarto. Filho da puta, vai transar e eu não! O cegueta leva sua namorada para o porão. O indiano, o velho tarado e o moleque estranho vão para um quarto. Pego meus pertences e vou para o sótão. Bill preferiu ficar por lá também em um dos quartos. Hoje todo mundo vai transar. O sótão é mais escuro que o normal, jogo minha mochila perto da janelinha, lá tem vários trapos e caixas, deviam ser coisas dos moradores daqui. Os ratos estão todos mortos e essa porra fede pra caralho. Deito nos trapos e meus olhos vão se fechando com facilidade. Me cubro com os trapos, tenho que lavar essa jaqueta com sangue de viadinho.

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05 de julho


Acordo com o sol bem fraco penetrando a janelinha. Me levanto rapidamente. To morrendo de fome, daria tudo pelos bolinhos de morango. Desço a escadinha, a maioria ainda está dormindo, passo em frente aos quartos e ouço alguns gemidos bem baixo vindo do quarto do cabelo de macarrão, tá transando o desgraçado! Desço as escadas e escuto alguém bater na porta. Me dirijo até ela, passo por Gaspar que está dormindo no sofá perto das vidraças. Abro a porta e vejo uma mulher loira de cabelos enrolados, com um vestido curto vermelho, ela tem olhos verdes, ela aparente ter uns quarenta anos, mas é bem gostosa. Ela é uma quarentona gostosa. A mulher traz uma caixa com donut’s e ao me ver me olha de cima em baixo, me dá um sorriso e diz:


– Uau! Você está em forma mesmo. – Isso foi uma cantada? Cara, essa eu não deixo escapar.


–Digo o mesmo sobre você. – Ela sorri.


– Eu trouxe esses donut’s como sinal de boas vindas para seus amigos. – Ela me entrega. Fico observando seus peitões.


– Eles agradecem. – Digo enquanto como um donut, que por sinal está delicioso. Ela fica na porta me olhando enquanto como. Paro de mastigar e falo de boca cheia:


– Qual é?


– É que estão todos dormindo e eu não consigo esperar até que acordem. Você pode fazer companhia para mim? Quero conhece-los melhor.


– Tá certo. – Fecho a porta e vou andando com a tia gostosa, ela senta em um banco na calçada, sento do seu lado comendo os donut’s. – Como se chama?


– Sandy. E você é?


– Earl. – Digo de boca cheia. Ela dá uma risada baixa.


– Que nome bonito Earl. – Porra, essa mulher tá me dando mole. Vou ser direto.


– Você é casada? – Ela sorri e abre sua boca a tapando com uma das mãos. Em seguida dá uma risadinha e responde:


– Como você é direto. E para responder sua pergunta eu sou sim. – Merda. – Mas porque a pergunta?


– Porque eu to louco pra transar. – Ela ri novamente e joga seus cabelos para trás os arrumando, mania de mulher.


– Entendo. Mas olhe. – Ela me lança um olhar cheio de malicia, to vendo que essa quarentona é safada. Ela olha ao redor, estão todos dormindo. – Eu também estou louca para transar. E não é com meu marido.


Porra, que dia de sorte do caralho. Mas será que é uma boa ideia?



Escolhas:

1- Aceitar a proposta de Sandy e transar com ela em um lugar escondido.

2- Negar a proposta e ajudar o grupo a reformar a casa que recebe.

3- Negar a proposta e encher a cara com Bill no sotão.


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Notas finais do capítulo

Armas:
Machete
Webley Revolver (6/6)

Itens:
Munição para Webley (36 balas)
Enlatados x4
Cervejas x3 caixas (Carrega na bolsa da moto.)
Cartela de cigarros (Oito)
Lanterna
Gasolina (Um galão, também leva na bolsa da moto.)