Paintball Vorazes escrita por William José


Capítulo 2
Capítulo 2 - Mais que um jogo


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem, devo postar mais agora. É menor que o outro e mais monótomo também, mas ação toda hora não é bom, afinal deixa a narrativa cansativa.



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Antes de ser atropelada, Júlia estava sofrendo perigo de morte. Enquanto tinha uma arma apontada e engatilhada em sua direção, Júlia, junto com Ana, viu resquícios de tinta escaparem do uniforme do portador da pistola.

O atirador caiu de joelhos, em prantos. E Júlia pode ver o atirador que matou o atirador. Um garoto maior, que estava chegando cada vez mais perto. Ela era ameaçador.

- Mas já? – a pergunta de Ana parecia simples, mas era complexa. Aquele garoto ameaçador parecia um profissional. E devia demorar bastante até um profissional surgir.

Antes da primeira palavra da resposta do garoto ser ouvida, três bombas explodiram em cima da mesa de armas. Mais da metade dos jogadores haviam sido eliminados e por pura ganância.

- Fora! – gritou uma voz robótica pelo sistema de áudio do colégio, que não pertencia nem a Jorge, muito menos de Eliane. Júlia não estava gostando como aquilo estava se distanciando de Jogos Vorazes e virando um filme de guerra. – Dos 240 que iniciaram a competição, calculamos que menos de 50 pessoas restam válidas na arena. Retornaremos em breve com mais um anúncio.

- Isso foi estranho – Ana disse com indignação.

Júlia ouvia o eco eterno de um relógio contando os segundos até a sua morte simbólica. E a de Ana também.

- Armamento, agora! – Júlia estava elétrica, irritada e ansiosa pelo prêmio. Queria ganhar demais.

A mesa de armas estava encharcada em tinta e havia criado um campo de proteção em volta de si mesma. Ninguém ousava se aproximar.

Júlia e Ana levantaram-se e correram em direção a mesa. O caminho estava vazio e pintado.

As duas alcançaram a mesa e começaram o armamento. Cada uma pegou quatro armas de mão, uma equivalente à uma metralhadora, um pote de bolinhas de tintas e um cinto cheio de cápsulas já cheias para as armas.

Se houvesse uma comparação válida ao estado das meninas, era Sylvester Stallone em Rambo.

...

Júlia e Ana estavam presas na biblioteca. Armadas até os dentes e agora eram somente sombras na escuridão. Para evitar suspeitas e chamar vítimas, a porta estava aberta, as janelas, fechadas como de costume.

Um ágil vulto fugiu do inferno que os corredores viviam e entrou na biblioteca. Júlia viu o vulto e fez um sinal com as mãos para Ana, que estava amedrontada no chão.

Os passos do vulto eram demais para ser uma pessoa. Os barulhos dos passos raramente encaravam pausas. Eram 3 pessoas. Em aliança.

De repente, a mente de Júlia se encheu com tantos palavrões que limpava o seu repertório de mal educação.

As luzes se acederam e Júlia e Ana saíram das sombras. Ambas com uma arma em cada mão, apontadas para os vultos. Eram dois meninos e uma menina.

O trio aparentava ter a mesma idade de Júlia e Ana e deveriam estar na outra turma.

- Olá – disse um dos garotos. Esse era incrivelmente bonito em relação ao outro. – Não é o seu dia de sorte, suponho.

- Errado – disse Júlia – Como vai o seu dia? Tão bom quanto o meu e o da minha parceira?

- Bem, nós estamos caminhando num arco-íris de tinta. – a garota inimiga estava bem desafiadora. A menina era loira e tinha grandes olhos azuis, tão bonita quanto o garoto, aos olhos de Júlia.

- Vocês não precisam nos matar. Nós podemos se juntar e sair massacrando, até termos certeza que somos os últimos. – Ana estava desesperadamente assustada e voraz para sobreviver.

- Eu não acho que você entende como um filme de ação funciona. Se eu me juntar a vocês, vocês eventualmente irão me matar, e de um jeito que eu não possa controlar. Porque, seu eu vou morrer no filme, tem que ser épico. – Júlia julgou a explicação do outro garoto como estranhamente lógica. Se houvesse alguma dúvida, não era sobre se aquele garoto mais estranho era um fã de cultura pop, e sim, porque andava com o deslumbrante casal maravilha.

- Faz sentido – Ana exclamou aquilo com olhos brilhantes, que para Júlia, pareciam de apaixonada.

- Ana, deixa que eu lido com a conversa suja. – Júlia parecia um chefe de polícia de filme – É o seguinte, putos! Eu tenho munição até os dentes. Vocês não. Vocês, andando em três, chamam muita atenção, não desperta medo...

- Mas vocês estão em duas. Se três não é bom, dois é pior. – a lógica do garoto Olho-Azul era óbvia, porém clara.

- Sim, exato. Já 5 pessoas, juntas, desafiam a ordem, sacudem o sistema e dá enfartes d emedo alheio. – Júlia ficava mais convincente a cada segundo. Mais voraz. Mais sagaz. – Eu tenho que vocês precisam, e vocês tem o que nossas duas alianças. Então? Vocês vão fazer isso do jeito certo ou o que?

- Precisamos conversar. – a garota loira parecia desafiada

- Usem o tempo que precisar. Mas lembrem-se: a cada segundo, o jogo fica perto de terminar.

...

Tediosos minutos se passaram enquanto o trio conversava. Pelo que Júlia e Ana ouviram, a ovelha negra do grupo, tinha uma lógica maior, e subitamente, havia decidido que nesse jogo, seria melhor andar em bando.

- Prazer, meu nome é Vitor, essa é Vitória. Nós somos gêmeos. Esse é Vinicius. Se vamos ficar tanto tempo assim juntos, precisamos se conhecer...

- Eu sugiro uma cópia de Clube dos Cinco, aqui nessa biblioteca. – Júlia se assustara. Vinicius estava sugerindo uma cópia de um filme. - As mesas estão bem alinhadas...

- Ele gosta bastante de cultura pop. – Vitória disse algo que não precisara ser dito. – Quais são os seus nomes?

- Eu sou a Ana, e essa é a Júlia. Bem-vindos a bordo da aliança mais decadente!

...

Enquanto Júlia, Vitor e Vitória dançavam em cima de uma mesa, ao som de “We Are Not Alone”, Ana decidiu perguntar a Vinicius porque mudou de ideia em relação a aliança.

- Sabe, eu sempre relacionei todo cenário possível, para homenagear um filme, ou ter uma cena digna, sendo inicial, final ou perdida no meio da história. Mas assim como todo grande acontecimento, no seu planejamento original, ficava fora de contexto. Por exemplo, olhe essa cópia de Clube dos Cinco: nenhum de nós está de castigo e nenhum de nós está aqui por diversão. – Aquele papo furado de Vinicius estava levando nada a lugar nenhum – Quando vocês nos ofereceram a aliança, me deram a chance de contextualizar a minha incrível e épica morte.

Ana estava com dúvida da aliança agora: Vinicius soava como o louco mais lúcido existente, e isso nunca é bom.


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Notas finais do capítulo

Escrevam, reviews e favoritem, a sua opinião é muito importante para mim e para futuras melhorias, desde que seja decente e bem expressa. E de qualquer jeito, obrigado por ler!



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