Intermissão escrita por Miss Stilinski


Capítulo 12
11.


Notas iniciais do capítulo

AAAAAAAAAAAAAAAAH, MINHA PRIMEIRA RECOMENDAÇÃO! Morrida, sério. Amei sua recomendação, hermosa. Esse capítulo é dedicado a você, Kálita :D



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Naquela noite, Will invadira os sonhos de Ane. Sonhos que sua mãe a censuraria por tê-los — se, contasse; esse sonho nunca aconteceria. A garota afastou esse pensamento e os sonhos de sua cabeça. Já se sentia péssima por er traído Embry e se sentia mais arrasada ainda ao traí-lo em sonhos também.


Ela se arrumou lentamente para escola. Já estava cansada do ensino médio; não via a hora daquele maldito último ano acabar para se livrar de Will e suas gracinhas. Poderia viver — não totalmente feliz — melhor sem ter de vê-lo a olhando se reconhecê-la. E Embry seria a pessoa perfeita para isso, ele seria mais saudável para ela.


Sabia que estava usando-o e de uma maneira horrorosa. Porém, na opinião de Ane, não era totalmente uma mentira o que ela sentia por Embry. Quantas vezes precisaria se lembrar que, Embry, sempre a fazia melher? Quantas vezes ela tinha de parar e pensar que sentia falta de Embry toda vez que este a deixava? Como admitira a si mesma milhares de vezes: Embry já fazia parte dela. E Ane nunca negaria isso.


Ane desceu as escadas com a mochila nos ombros. Estava no penúltimo degrau, quando ouviu o som inconfundível de risadas. Ane estranhou... seu pai saía mais cedo do que ela para ir trabalhar e sua mãe trabalhava em uma loja de tintas, só ia ia para o trabalho depois do almoço... Quem estaria ali, com Susana?


Ane desceu o último degraus e se encaminhou, devagar, para a cozinha. Quase gritou ao ver Embry sentado à mesa, com um copo de suco na mão, sorrindo para a mãe dela. Não que importasse, mas o que ele estava fazendo ali?


A garota pigarreou para anunciar sua presença. Susana e Embry olharam para a porta da cozinha.


— Ah!, que bom que acordou, Ane — sorriu a mãe. — Estava fazendo o seu café; já ia te acordar.


Ane nada disse, apenas olhou para Embry, com indagação nos olhos. O garoto se encolheu; Susana olhou de Ane para Embry e deste para a filha novamente.


— Embry me disse que são amigos — justificou Susana. Ane olhou para Embry e, parecendo sair do transe, sentou-se ao lado de seu “amigo”.


Susana serviu o café de Ane e a garota começou a comer. Vendo que seria falta de consideração com Embry, Ane finalmente falou:


— Ah, mamãe. Embry está sendo modesto. Nós não somos só amigos... somos mais do que isso.


— Quê? — exclamou Susana surpresa, se voltando para a filha. — Como assim?


— Estamos namorando, mãe — respondeu Ane. Embry a olhou com admiração, enquanto Susana permanecia em seu lugar.


— E por que não me contou? — perguntou a mãe de Ane, escolhendo as palavras para não mencionar o nome de Will.



Ane deu de ombros, não tendo mais desculpas para dar à mãe; Embry, então, apressou-se a responder.


— Nós meio que oficializamos ontem. Eu estava com vergonha de vê-la...


Susana piscou, mas ficou em silêncio, absorvendo a notícia.


— Então — Ane quebrou o silêncio constrangedor — o que vocês tanto riam?


— Ah, nada demais — Susana disse saindo de seus devaneios. — Algumas confusões que ele, Jacob, Seth e Quil já se meteram... — ela se virou para Embry — porquê não vem jantar esta noite conosco, Embry? Seria ótimo se viesse.


Embry pareceu surpreso com o convite, porém sorriu com entusiasmo:


— Se Ane concordar...


— É claro que eu concordo — disse Ane rapidamente, revirando os olhos.


— Então eu venho — confirmou Embry sorrindo.


— Está combinado — Susana sorriu também e voltou a limpar a pia. — Vejo você às sete — disse de costas.


Ane terminou de comer e foi escovar os dentes; quando voltou, se despediu da mãe e arrastou Embry para fora de casa. Ane estava com as chaves de seu carro “novo” e abriu a porta para Embry entrar.


Depois de entrarem no carro, Ane deu partida em direção a escola. Ela pensava em Embry e Will, dois garotos que Ane não conseguia viver sem. E isso era estranho.


Eles seguiram em silêncio. Será que Embry ainda estava chateado? Será que ele não queria mais ficar com Ane? Será que ele decidira ver que os dois não poderiam ficar juntos? Será que ele desistira dela? Ane ficou com medo só de pensar. Ela precisava de Embry tanto quanto ainda mava Will.


Ane mal registrou que já havia passado dos portões da Forks High School. Ela estacionou na vaga de sempre, olhou em volta e, por incrível que pareça, viu que o estacionamento estava parcialmente cheio. Ao olhar em volta, seus olhos se encontraram com os de Embry.


— Cheguei cedo hoje — comentou Ane, corando.


— Acho que vai ser legal jantar com seus pais hoje — disse Embry pensativo. — Fiquei bastante surpreso quando disse que somos namorados.


— E por quê eu não admitiria isso?


Embry balançou a cabeça, sorrindo.


— Eu gostei. — Falou Embry. — Muito, para falar a verdade — acrescentou ele. — E isso não é uma coisa boa.


Ane revirou os olhos e pegou o rosto de Embry nas mãos, para que este a olhasse.


— Eu estou com você, não é? É isso que importa — e o beijou.


Não era tão... intenso quando p beijo de Will. Mas o beijo de Embry conseguia acender algo em Ane, que nem mesmo a garota sabia de onde vinha aquele desejo de ter apenas os lábios de Embry nos dela.


Uma das mãos de Embry estava enrolada nos cabelos flamejantes de Ane enquanto a outra estava apertando a coxa da garota. Ane sentia a língua de Embry percorrer sua boca lentamente; ela sugou levemente os lábios de Embry, que reprimiu um rosnado no fundo da garganta, girando a perna de Ane com rapidez, fazendo-a passar para o banco do carona em dois segundos.


Ane sentia a temperatura do carro aumentar. Ela só não sabia se era ele, ela ou os dois. A única coisa que Ane sabia naquele momento, era a sensação das mãos de Embry em seus quadris, espalhando o fogo pelo corpo todo dela. O beijo era tão intenso, que Ane puxou os cabelos de Embry, arrancando — de ambos — um gemido de prazer. Parecia que não existia mais nada além deles dois e o beijo.


Então uma batida rude no vidro do carro despertou os dois. Totalmente vermelha, Ane se separou de Embry e voltou para o banco do motorista. Embry e Ane estavam ofegantes, quando escutaram uma voz aborrecida reclamar:


— Isso aqui é um colégio — rugiu Will. Se ele fosse humando, Ane sabia que ele estaria vermelho. — Vão para um motel, se querem realmente fazer isso. Nem eu nem ninguém é obrigado a olhar essa pouca vergonha.


Embry soltou um rosnado; Ane colocou a mão no peito do garoto.


— Controle-se — pediu Ane. Embry assentiu, tentando não se transformar em um lobo gigante dentro do carro. — É melhor sairmos do carro.


Os dois saíram e viram Will parado ao lado do carro, com os dentes à mostra. Ele aprecia mais assustador do que era; geralmente, Ane esquecia que ele era um vampiro, mesmo com ele agindo como um cretino. Agora ele parecia mais com aqueles vampiros que apareciam nos filmes do que com o idiota que, esse ano, ele costumava ser.


Ane engoliu em seco e tentou arrastar Embry até a porta do colégio, mas as palavras de Will fez Ane hesitar.


— Ane, Ane... tsc, tsc, tsc — Will balançou a cabeça em desaprovação. — Já esqueceu de nós? Juntos? — Ane aprou, a respiração e o coração acelerados. —Achei que eu e você...


Ane, por um momento, achou que Willa havia voltado ao normal. Mas, ao virar para trás e vê-lo com os olhos frios e distantes, uma raiva a cegou de tal forma que ela voltou até Will.


— Cala a boca! Cale já sua maldita boca! — berrou Ane furiosa. — Você é um idiota. Ouviu? Não aconteceu NADA entre eu e você. E nem quero que aconteça. Sabe por que? — Ane não esperou pela resposta. — Por que você é mau, frio e estúpido. Eu não quero nada com você. Eu já tenho namorado e o nome dele é Embry!


Will pareceu momentaneamente surpreso. Seu sorriso diabólico, porém, surgiu nos lábios.



— Você não pareceu lembrar...


— Eu já não disse para você calar a boca? — interrompeu Ane. Will piscou sem demonstrar nenhuma emoção. — Se você disser mais alguma coisa, eu vou... eu vou... — As palavras de Ane perderam. Não tinha nada para fazer contra um vampiro. Ela era uma simples humana.


Will percebeu isso e sorriu mais uma vez. Como vê-lo sorrir daquele jeito partia ainda mais o coração de Ane! Ele se aproximou de Ane, ficando tão perto, que Ane podia contar as dardas que ele tinha nas bochechas.


— Vai fazer o quê? — sussurrou ele, o hálito gélido batendo no rosto de Ane. — Sabe que não pode fazer nada contra mim. Mas... eu lhe dou duas opções: ou você fica comigo e mantenho minha boca fechada, oou fica ele com ele — Will usou o seu tom mais repulsivo — e eu coloco minha boca no trombone, dizendo tuo. Então, quem você escolher?


Ane ficou na ponta dos pés para ficar do tamanho de Will, para olhá-lo de cima.


Ele — ela juntou toda a coragem que tinha para dizer aquilo e não “Você”, como realmente queria admitir. Mas, como ela precisou se lembrar mais uma vez, ele não era mais o seu William.


Pela primeira vez. Will pareceu realmente vacilar. As palavras dela o atingiram como uma dor física. O modo com ela dissera “Ele” com tanta certeza, doeu tanto que partiu seu coração há muito parado.


Sem dizer uma palavra a mais, Ane puxou Embry para longe de Will, não querendo escutar a voz de seu ex-namorado, antes que ela mudasse de ideia e se jogasse nos braços dele.


Enquanto caminhavam, Ane tentava controlar sua respiração. Embry estava ao seu lado, absorvendo a discussão entre Ane e Will. Ele não acreditava que ela o havia escolhido — embora seu subconsciente disse que tudo aquilo era temporário.



Nessie os esperava, como sempre, na porta da escola. Ela estava com uma expressão preocupada no rosto; andava de um lado para o outro, provavelmente pensando em Ane, que suspirou ao ver a a amiga daquele jeito. Será que ela tinha visto a “conversa”? E Jacob só a observava.


Quando Ane e Embry se aproximaram, Nessie — abandonando toda a sua fachada — correu até Ane, a sacudindo pelos ombros.


— Onde você estava, Ane? — perguntou Nessie, ainda sacolejando a garota. — Quer me matar de susto?


— Pa-para... Nessie! — tentou dizer Ane, seus cabelos vermelhos caindo em seus olhos. — AI!


Nessie, percebendo que estava sacudindo a amiga forte demais, soltou Ane, que esfregou os ombros.


— Como você quer que eu responda, se estava me sacudindo? — indagou Ane, irritada.


— Desculpe — disse Nessie envergonhada. — Então, onde você estava?


Ane olhou em volta e depois olhou para Nessie.



— Depois eu conto — Ane suspirou. — Não quero falar sobre isso agora.


Nessie abriu a boca, mas tornou a fechá-la e assentiu solenemente, olhando para o lado. Will acabara de passar sem demonstrar nada. Nessie ouviu Ane suspirar.


— É melhor entrarmos, Ness — disse Ane.


— Huhum — concordou a outra.


Ane foi até Embry e o beijou delicadamente nos lábios. Inconscientemente, ambos sorriram ao se lembrarem do beijo que deram no carro.


— Até mais tarde, An — disse Embry carinhosamente. Ane sorriu.


— Vejo você no jantar — falou Ane; Embry fez uma careta.


— Sobre isso...


— O quê? — perguntou Ane preocupada, mas Embry riu.


— ... como é que eu devo me vestir? Sabe, olha só para mim, sou um monstro gigante!


Ane riu alto e passou a mão no rosto do namorado.


— Põe uma calça jeans e uma blusa social, Embry. — Respondeu Ane sorrindo com carinho. — Mas eu não me importo de vê-lo apenas de shorts.


Embry sorriu, malicioso.



—Tudo bem. Calça jeans e camisa social, entendi — confimrou Embry com a cabeça. — Vejo você no jantar, linda.


—Obrigada pelo elogio, Embry. Até mais tarde — Embry deu um selinho em Ane e logo depois, a garota entrou no colégio.


(…)


Depois de contar parcialmente o beijo no carro (depois de Nessie querer mais detalhes e Ane se recusar a dar), Ane chegou na parte em que Will os pegara no carro na discussão que tiveram. Nessie ouvia tudo com atenção.


— E ele queria que eu escolhesse: ele ou Embry — ia dizendo Ane. — É lógico que eu queria o escolher, mas... ele não é mais a pessoa que costumava ser. E o Embry me faz bem e eu gosto dele. Isso é possível?


Nessie suspirou e olhou para Ane.


— Ane, e se... — Mas Nessie não terminou a frase, olhava por cima do ombro de Ane.


— O quê? — perguntou Ane e olhou para trás. O que viu fez seu coração parar de bater por um segundo e seus olhos ficarem marejados.



Will agarrava — para qualquer um ver — Deisy de uma maneira que ele nunca fizera com ela. De uma maneira nada provocante e apaixonante. Era como se ele estivesse tentando apenas provar alguma coisa.


— Ane. Ane? — chamou-a Nessie. — Não ligue para ele, Ane. Ele acha que eu não sei o que está fazendo.


— Como assim?


— Bem — começou Nessie, hesitando —, sabe o que eu posso fazer, não é?


Ane assentiu.


— Pode mostrar os seus pensamentos do seu ponto de vista — respondeu Ane.


— Uma vampira amazona, lá da América do Sul, ensinou a minha mãe a fazer o que eu faço. — Explicou Nessie. — um tempo atrás, quando a situação entre Jacob e eu não estava muito boa, eu fui para o Brasil passar um tempo lá. E Zafrina, uma amazona que vive lá, me ensinou a fazer o oposto que eu faço, ou seja, posso ler os pensamentos das outras pessoas quando quero. É muito difícil, exige muito esforço, mas eu venho utilizando isso com o Will. Claro, eu não consigo ver os pensamentos dele toda hora. Como por exemplo, eu não sei o por que dos Volturi o fizera voltar para cá. Ora, Will é muito poderoso para o tirarem de seu posto.


— Que poder ele tem? — perguntou Ane, preferindo não ver a cena atrás dela.


— Persuasão — respondeu Nessie com simplicidade. — É um dom muito bom. Ele pode fazer as pessoas o obedecerem, fazer o que ele quer. Lembra que eu lhe contei que eu quase aceitara a sair com ele? — Ane assentiu. Como poderia esquecer? — Então, ele usou os seus poderes em mim. Em todo caso, ele quer lhe causar ciúmes.


Ane deu uma olhadela para trás, Will ainda se enroscava com Deisy na porta do refeitório. Os olhos de Ane, mais uma vez, ficaram marejados.


— Bem — disse Ane limpando os olhos —, ele está conseguindo.



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Notas finais do capítulo

Espero que gostem e...
Comentem!



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