A Semideusa Perdida escrita por Bel Di Angelo


Capítulo 8
Capítulo 8 - O Bilhete da Profecia


Notas iniciais do capítulo

Gente, me desculpem pela demora. Eu achei que não tinha ninguém lendo minha fic. Obrigada pelos views! Até lá em baixo.



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8 – O BILHETE DA PROFECIA

POV. May

O.k., tal vez estes tenham sido as horas mais angustiantes da minha vida. Assim que embarcamos, senti a tensão de estar numa coisa que sairia do chão tipo... Muito. Pegamos os assentos e me colocaram ao lado de Henry, oque foi uma péssima ideia. Pude sentir seu nervosismo, antes mesmo das luzes se ascenderem, ele já estava apertando os cintos ao máximo.
– Há, qual é? Isso não aperta mais um pouco não? E porque essas coisas são feitas de pano? - Henry reclamava.
Peter ia junto a Carol enquanto nosso sátiro acompanhava a Filha de Afrodite. Ela parecia levantar a auto estima de Max com elogios, ele começou a revelar alguns segredinhos sobre os colegas, pude ouvir ela falar algo do tipo: Fale mais de você !. Seu charme era tão forte q tive vontade de abrir a boca e começar a falar sobre mim, sorte que eu não costumo ser muito aberta com gente desse tipo.
– Então, - Disse Henry nervoso - Q-qual seu nome mesmo?
– May.
– Então... Medo de altura? - Ele engoliu em seco. - Eu tenho.
– Bom... É mais medo da proximidade com o céu mesmo.
– Hum... - Ele examinou a janela - Fale um pouco de você.
– Eu... Nasci em nova york, minha mãe é médica e... Bom, não tem muito tempo pra mim.
– Hum, eu sou do Texas, minha mãe é engenheira mecânica, está sempre na oficina.
– Não tenho muito oque fa... - Mal terminei a frase, os motores tremeram anunciando a decolagem.
O garoto de Hefesto me abraçou em mim e encostou a cabeça no assento. Empurrei-o um pouco.
– Não gosto muito de contato físico.
– T-tá. Barulho de máquina me acalma. - Ele encostou a cabeça no encosto sentindo as vibrações.
A aeronave inclinou-se e decolou.

POV. Lilly

= Não! - Eu gritava desesperada para aquela mulher horrível - Porquê tia Vallery?
– Ah, não se faz de vítima garotinha mimada! Seu pai merece alguém melhor.
Aqueles cabelos ruivos longos... Aquela voz cínica... Vallery. Minha madrasta, casou-se com meu pai, David Jordan quando eu tinha uns quatro anos.
– Tia Val, porque você está fazendo isso? Se queria minhas bonequinhas Era só pedir emprestada.
– Calada! - Gritou ela arrancando a cabeça da boneca/noiva. - Assim que você for para um orfanato, esta mansão, este dinheiro e seu papai David será meu!
Não! Eu queria chorar, meu pai tocou a campainha. Vallery começou a se cortar com as unhas. Já sei, lá vem teatro.
– David! Socorro! A Lilly me atacou de novo! Olhe. - Ela estendeu os braços com os cortes de unha. - Ela também destruiu algumas bonecas e eu tentei impedir.
Tia Val desabou em lágrimas de pura mentira. Meu pai brigou comigo, tentei protestar e chorar. Mas ele me disse suas últimas palavras antes de me mandar para o internato:
– Li, esta não é a primeira vez. =
Acordei num solavanco com a turbulência aérea. Max me fitava, juntamente com os outros. Pela primeira vez me senti desconfortável por ser o centro das atenções. Eu tinha que tentar disfarçar aquela situação de alguma maneira, com aquela tal de Persuasão da qual Max me falara, as coisas ficam bem mais fáceis.

– Oque estão olhando? – Eu disse piscando meus olhos – Tem algo errado comigo?

– Tirando sua falsidade? Sim, seu rímel está borrado – Carol retrucou, Peter a encarou como se os dois já tivessem conversado sobre aquilo.

Levei as mãos ao rosto limpando o rímel borrado por lágrimas. Aliás, eu odeio esse carinho entre Peter e Carol, eles tem tudo certo para se odiarem, então porque mesmo assim se amam? Pelo que Max me disse, eles tiveram uma porcaria de uma relação importante no passado. Quer saber, foda-se. Aquele sátiro burro se negou a falar sobre o passado de Carofresca.

– Foi só um sonho – Eu disse secamente – Defeitos são defeitos, os meus são poucos comparados aos de vocês.

– Olha aqui filha de Afrodite, eu só te trago aqui porque sou obrigada, então comporte-se se não quer... – Ela estendeu a mão de onde pendia um relógio.

Max me falara sobre ele. Aquele estúpido relógio tomava forma de espada nas batalhas.

– Não tenho medo. Este cara fedendo a bode, a garotinha mau humorada de jaqueta, o medrosinho e você não me assustam nem um pouco – Lancei um olhar sedutor à Peter – Apenas alguém aqui é quente o suficiente pra me assustar.

Pude ver a fúria nos olhos de Carolina.

– Ahn, obrigada – Disse Peter – Mas se não for te doer muito, respeite os meus amigos.

Neste momento, suas mãos correram pelo corpo de Carol abraçando sua cintura. Ela fez o mesmo e ambos permaneceram abraçados. Max e Henry pareciam estar com um tom de “Awwwwn, que fofos”. May não expressava nada claramente, mas eu diria que ela estava feliz por dentro. Aquilo não podia estar acontecendo. Pela primeira vez eu estava sendo rejeitada por um garoto. O Pior é que eu sei que sou muito mais bonita que essa nerd. Eu simplesmente não pude responder. Não tinha oque dizer agora. Estava perdida.

O sinal do aperto de cintos se ascendeu, o piloto anunciou o pouso.

POV. Peter

Assim que desembarcamos e pegamos nossas poucas coisas, senti logo o clima chuvoso, neblino e frio da cidade. Como filho de Apolo, a falta de sol não me faz muito bem. Mas era como se nada importasse, aquele abraço impulsivo que eu dei em Carol no avião... Pude senti-la, seu cheiro era o melhor, algo como livros novos, não sei. E oque mais me surpreendeu foi que ela retribuiu meu abraço, sentir suas mãos envoltando-me foi maravilhoso. E claro, aquela chata da Lilly continua tentando se jogar pra cima de mim. Só de pensar que eu fui idiota de querer algo com ela me dá raiva. Aquela garota não chega nem aos pés de Carolina, uma garota linda, inteligente, sensível, forte, guerreira... Ela é perfeita pra mim.

– Quando a alma pura se revelar maligna – Disse Carol – Então, eu tive um sonho gente... Eu vi uma garota, ela era baixa, tinha cabelos loiros e ... Bom, estava escuro, não pude vê-la com clareza, mas ela parecia estar cansada. Ao seu lado tinha um caixão dourado com figuras desenhadas no ouro. E o local ... Bom, eu conheço.

Ela parou para respirar, nós a olhamos apreensivos. Ela parecia nervosa, como se aquilo não lhe trouxesse boas lembranças. Eu não gostava de vê-la assustada... Me lembra o dia em que nos conhecemos, poderia ter sido um dia maravilhoso se eu, Max, Henry e ela não tivéssemos quase morrido.

– Kerry Park – Ela disse como se cuspisse aquelas palavras – É lá que devemos ir, eu acho.

– Ah, você acha? – Disse Lilly franzindo as sobrancelhas – Você é filha de Atinas! Por mais que eu odeie admitir, você é a mais inteligente de nós!

– Atena, e... Obrigada, mas eu realmente não tenho certeza... A garota do meu sonho parecia tão inocente... Talvez esteja presa ao titã.

– Espera, então você acha mesmo que é o caixão de Cronos? – Perguntei, ela assentiu – Então ele quer voltar, se não impedirmos pode acontecer a terceira batalha dos titãs!

– Cronos? Aquele pai de Zeus, Hades, Poseidon, Hera, Hestia e Deméter? – May Perguntou – Aquele titã que tentou comer os filhos?

– É – Disse Carolina – Bom que você conhece um pouco da história.

– Tá, vamos para lá então! – Lilly exclamou – Porque estão olhando pra mim? Eu sei que sou linda mas... Isso não quer dizer que eu não queira ajudar.

– V-você quer ajudar? – Henry Pareceu confuso – Aceitou a derrota?

Lilly revirou os olhos, em seguida, assentiu.

– Agora eu sei que não posso ter tudo que eu quero. Aliás, posso contar-lhes meu sonho? Minha mãe é a deusa do amor, eu tenho que aceitar que vocês se amam – Carol e Peter coraram - Então... Amigos?

Sorri. Confesso que não esperava isso da Lilly, mas agora sei que podemos contar com ela. Nos abraçamos eu grupo, com exceção de May, que apenas deu um aperto de mão amigável na garota. Partimos para o Kerry Park em silêncio, quando Henry começou: “No dia em que saí de casa minha mãe me disse...”. Max começou a cantar também. Carol e Lilly riram, May deu um breve sorriso. Todos estávamos finalmente nos divertindo juntos.

As garotas da cidade eram realmente lindas, embora a maioria fosse meio pálida devido ao clima da cidade. A filha de Afrodite nos contou seu sonho, Carol hesitou em falar sobre seu passado, disse que ficaria para outro dia.

O lugar escureceu, decidimos que ficaríamos em um hotel barato apenas por aquela noite. Adentramos ao quarto. Tinham apenas três camas com bi cama. As garotas venceram o “impar ou par” e ficaram com as camas. Lilly tirou de sua mochila uma garrafa de vinho francês, hesitamos em provar por sermos muito novos, mas terminamos cedendo. Revelamos que gostávamos um pouco da bebida. Deitamos. Poucos minutos se passaram, quando ouvimos passos pesados no corredor. May levantou-se assustada.

– Morte – Disse ela secamente – Alguém está prestes a mo...

Antes que ela terminasse, ouvimos um grito abafado, em seguida, sangue escorreu por baixo da porta entrando no quarto. Lilly gritou desesperada, quando abrimos, havia um cadáver de um mortal no chão. Junto a ele, estava um bilhete ensanguentado. Eu, com lágrimas nos olhos, tomei-o em mãos. Primeiramente, li em voz baixa, em seguida arregalei os olhos. Aquilo era horrível.


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Notas finais do capítulo

Agradecia por lerem. Vou viajar amanhã de manhã e passarei 15 dias fora, acredito que não poderei postar, mas vou tentar escrever pelo ipad. Até mais!
P.S.: Só posto o próximo com um comentário!



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