Ele observava a casa de longe. Era dia 31 de dezembro, dia do seu aniversário, mas quem se importava? A casa parecia estar em festa, as luzes estavam acesas, ouvia-se risos e taças que brindavam. Aqueles eram os trouxas que Tom mais detestava no mundo inteiro, ele odiava saber que tinha o mesmo sangue deles. Aqueles trouxas miseráveis e inúteis.

Ele adentrou o terreno onde ficava a mansão dos Riddle. Olhou ao redor para garantir que o velho que cuidava da casa não pudesse  vê-lo. Sentia um pouco de ansiedade, mas sabia que aquilo deveria ser feito. Respirou fundo, continuou andando, ouviu as vozes cada vez mais altas. Parou diante ao portal, e dentro da sala de jantar viu seus avós e seu pai, celebrando a passagem de ano.

– Será que posso me juntar a festa, família? – a ultima palavra foi dita cheia de rancor, ressentimento e principalmente ódio.

– O que está fazendo aqui? Saia já daqui! – Tom Riddle, o pai de Tom Servolo Riddle, disse olhando para o garoto a sua frente, tão parecido na aparência consigo, estava paralisado. Aquele garoto o enchia de medo.

– E quem é que vai me obrigar, papai? – o mais novo retrucou ironicamente. Ele olhava para aqueles trouxas, patéticos. Não mereciam estar vivos, não conseguia suportar a idéia de ter o sangue de uma família trouxa correndo em suas veias, logo ele, o herdeiro de Slytherin.

Tom pegou sua varinha, a família Riddle olhava para ele assustados, ele gostava de ver como ele era tão superior à aqueles pobres trouxas, tão amedrontados. Um sorriso maléfico brotou em seu rosto, a luz verde da maldição da morte saiu de sua varinha, e ele olhou para sua “família” que jazia no chão, todos mortos. Logo em seguida sentiu como se todo seu corpo queimasse e logo em seguida caiu no chão, fraco. Mais um pedaço de sua alma estava a salvo, a sua 2º horcrux estava pronta.

Ele se levantou, e sorriu satisfeito consigo mesmo. Saiu da casa, andou alguns metros e parou em uma rua mais vazia. Desaparatou de volta a Hogsmead e com muito cuidado voltou para dentro do castelo de Hogwarts tentando não ser visto, o que era fácil, já que estavam todos estavam dormindo; como era uma data comemorativa, o castelo estava bem vazio.

Tom andava pelos corredores rumo ao Salão Comunal da Sonserina, quando Alvo Dumbledore, seu professor de transfiguração, apareceu na sua frente com aquele seu sorriso sempre gentil, que irritava Tom extremamente.

– Senti sua falta no banquete, Senhor Riddle. – Dumbledore olhou para o garoto a sua frente de forma desconfiada. Ele sabia muito bem o que Tom é capaz de fazer, definitivamente não confiava no garoto como os outros professores. É um excelente aluno, sem dúvida, mas Dumbledore sentia que o garoto era mais do que a simpatia que ele espalhava por Hogwarts.

– Não estava me sentindo muito bem, Senhor. Desculpe-me pela ausência. – disse com um sorriso simpático, olhando diretamente nos olhos de Dumbledore.

– Ah claro, eu entendo. Muito bem, acho que está na hora de retornar a sua sala comunal. E, aliás, feliz aniversário, Senhor Riddle.

– Obrigado Senhor.

E ambos seguiram seus caminhos. Riddle foi direto para sua cama assim que entrou no dormitório. Ele se sentia satisfeito, seu plano estava correndo como planejava, logo seria imortal, seria o bruxo mais poderoso que o mundo mágico e não mágico já haviam visto.

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O tempo passou rápido em Hogwarts, logo as provas finais começaram e o dia de voltar pra casa chegou. Todos os alunos de Hogwarts estavam felizes para voltar pra casa e ter um tempinho para esquecer um pouco das aulas, menos Tom Riddle.

Ele odiava as férias, odiava voltar para aquele orfanato trouxa. Lá ele não podia ser quem ele realmente é, lá é somente mais um garoto sem ninguém no mundo. Ele odiava aquele lugar, odiava as férias. Queria poder passar as férias também em Hogwarts, mas não podia. Infelizmente a viagem de volta passou mais rápido do que ele desejava, já estava de volta ao orfanato.