O Clube Dos Cinco escrita por Tatita


Capítulo 9
Trust In Me!


Notas iniciais do capítulo

Sei que já tá chato eu falar dos leitores, mas eu nunca vou me cansar de agradecer o carinho de vocês! Como sempre, agradeço as lindas que comentaram o cap anterior: Carol Dantas, Myca, Triz Stoll, QueenMason, Ana Clatonator Forever, Clove,
Isabell Espasande, My, Little Rambin, Cecília B M, cintiacullen, Milkmilena, Maymellark, Marizinhha, Mary Ludwig, AnaCM, Stella Sinner, Dani Nyah, e também a Paula Muniz (minha leitora de MBFF) que adicionou aos favoritos e claro, as lindas do twitter: Brubs, Lara2, Hele, Lara1 e Rachel! Espero que gostem (tem revelação aí) e nos vemos nas notas finais o/



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/343930/chapter/9

– CAPÍTULO OITO –

"TRUST IN ME!"

Glimmer não tivera nem tempo de responder; quando percebeu, Marvel estava lhe beijando e ela correspondeu, seus lábios buscando os dele com avidez, a mão dele mergulhando na onda macia de seus cabelos.

E então, como um golpe de sanidade, Glimmer afastou-se de Marvel bruscamente; com a mão livre, ela juntou toda a sua força para socá-lo no ombro.

– Não se atreva a botar suas mãos em mim outra vez! – ela disse com raiva.

Mesmo na escuridão, ela podia imaginar Marvel dando um sorriso cínico.

– Estou louco pra fazer isso – ele disse com deboche. – Aliás, estou louco pra fazer algo com você que eu nunca fiz nesse depósito.

– Eu não vim aqui pra isso! – Glimmer repetiu brava, o coração batendo descompassado.

– Ah, qual é, Glimmer? – Marvel a provocou, aproximando o rosto do dela entre as sombras. – Aproveita que não tem ninguém olhando. Nenhum dos seus amiguinhos vai te julgar agora.

Glimmer ergueu o rosto, como se fosse beijar Marvel de novo, mas sua mão foi mais veloz e cortou o ar, esbofeteando-o com o celular, que logo depois caiu no chão.

– Quebrou a unha, princesa? – ele perguntou debochado, mesmo sabendo que Glimmer tinha absoluta razão no que fizera.

– Melhor não ter quebrado meu iPhone! – ela reclamou, pegando o aparelho do chão. – Que droga!

– Por acaso você trabalhou pra comprar isso? – Marvel prosseguiu com o deboche. – Não. Claro que não. Deixe-me adivinhar: presente do papai no Natal!

Glimmer riu sem emoção.

– Pois fique sabendo que o presente do papai filmou a sua conversa com o diretor – ela disse triunfante e cinicamente –, então, o que acha de mostrar um pouco de respeito e calar a boca?

Ela nem precisava pedir; saber que a conversa comprometedora de Snow poderia ter sido gravada, deixou Marvel literalmente sem palavras.

###

Depois daquele rompante de Clove, Cato foi até o fundo da biblioteca; arrastando uma cadeira, ele sentou-se de frente a garota, enquanto ela ainda não o encarava, a cabeça abaixada sob o capuz preto.

– Quer conversar? – ele perguntou, apreensivo pela resposta dela.

– Não – a voz de Clove saiu abafada.

– Por que não? – Cato insistiu.

Clove ergueu a cabeça, recostando-se na cadeira. Peeta, que os observava de longe, desviou o olhar.

– Vai embora! – foi o que ela disse, olhando fixo nos olhos de Cato.

– E pra onde quer que eu vá? – indagou ele, tentando entender. – Ainda estamos em detenção...

– VAI. EMBORA! – Clove repetiu, fazendo um esforço descomunal para segurar as lágrimas nos cantos dos olhos.

Cato se levantou, emburrado; um segundo depois, ele tornou a sentar-se a frente de Clove.

– Qual é o seu problema? ME DEIXA EM PAZ! – ela pediu, realmente perturbada.

Qual é o meu problema? – Cato devolveu a pergunta, inclinando o rosto a centímetros do dela e a verdade saiu num jorro de palavras claras: – Eu estou há horas tentando ser legal com você, mas você não deixa!

– E você tá tentando ser legal comigo por quê? – Clove perguntou em desafio. – Porque eu não fui capaz de me jogar nos seus braços e admirar seus músculos assim que você entrou na biblioteca? – ela indagou com cinismo, mas bem que poderia ter gostado daquela possibilidade. – Vai à merda!

– Tá vendo? – Cato pontuou, parecendo magoado. – Você não consegue passar um minuto sem dizer algo que não agrida os outros.

– Eu conversei com você no corredor – Clove disse indignada – e isso é muito mais do que você merecia, campeão.

Cato tinha gostado de Clove, do jeito dela, desse contraste que ela tinha, comparada a outras garotas, à atitude que ela mesma fizera piada. Mas se já era árduo conquistar a confiança dela, que dirá seu coração.

– E você ainda acha que EU tenho problemas – Cato disse, balançando a cabeça num gesto de descrença.

– TODO MUNDO TEM PROBLEMAS! – Clove gritou de novo. – O seu problema é fazer tudo o que mandam você fazer! Você diz o que mandam você dizer, como na hora que o velho perguntou das armas e você negou tudo!

– Ótimo! – Cato respondeu debochado. – Você tá reclamando porque perdeu uma grande oportunidade de mostrar a sua faca pro diretor? Parabéns!

Clove ficou sem argumentos, porque Cato havia feito exatamente o que ela havia suspeitado; ele omitira os fatos para que ninguém, principalmente ela, não se prejudicasse.

Vendo que Clove o encarava em silêncio, Cato relaxou a postura tensa.

– Hey, o que foi? – ele perguntou, baixando o tom de voz. – Fala pra mim. O que aconteceu na sua casa... É sério? É muito sério? Pode confiar em mim. É com os seus pais?

– Eles não são meus pais... – as palavras escaparam de Clove antes que ela pensasse em guardá-las.

– Os Kentwell? – indagou Cato, tomando cuidado por ver que ela estava começando a se abrir com ele.

– Não diz mais esse nome, por favor. – ela tornou a pedir.

– Ok, desculpe.

– Eles nunca agiram como se fossem... – Clove prosseguiu, sem medo, sem reservas. Em algum canto de sua mente, ela sentiu que podia confiar em Cato. – Eles me ignoram. Eles sempre fizeram muita diferença entre mim e o Larry.

– Larry? – Cato perguntou, não gostando da familiaridade daquele nome.

– Meu irmão, ou o que ele deveria ser. – ela explicou. – Você o conhece. Ele é da sua turma. Ele é um cara legal.

Clove não percebeu, mas por dentro, Cato sentiu o sangue gelar. Se o Larry da sua turma em questão era o Larry irmão da Clove, ele estava definitivamente ferrado.

– Você lembra dele, não é? – Clove indagou e Cato assentiu rapidamente. – Ele é até um bom garoto, perto dos pais que tem.

– O que essa gente fez com você? – Cato quis saber, afastando a imagem de Larry da sua cabeça.

– Além de me ignorar? – ela forçou um riso. – Eles destruíram todas as pistas que eu tinha pra encontrar a minha família. A única coisa que eu sei é que o nome da minha mãe de verdade é Nora e que ela estudou aqui antes de eu nascer, há dezesseis anos.

– Se ela é desse tempo, o nome dela deve estar em algum arquivo ou anuário – Cato falou, encorajando-a.

– Eu já cheguei muito perto, mexendo nos arquivos da escola – Clove comentou. – Mas o Snow me pegou e o resto da história você pode imaginar... Detenção e essa merda de vigilância redobrada na sala dele...

Cato assentiu em conformidade, comovido por Clove ter lhe contado mais do que o motivo de ela estar em detenção ali. Se estivesse no lugar dela, talvez não tivesse coragem de fazer o mesmo. Não por ser algo tão pessoal, mas por vergonha dos reais motivos que o levaram até aquela detenção.

Percebendo que Cato estava pensativo, Clove disse:

– Aposto que a minha história não é o que você esperava ouvir...

– Não. Não mesmo – Cato concordou. – Eu pensei que tivesse a ver com os seus desenhos... – e diante da cara de espanto de Clove, ele acrescentou: – Eu vi quando caíram da sua bolsa...

– Um monte de rabisco – Clove falou com descaso.

– Os desenhos são bons – Cato argumentou, surpreso por ela não se dar tanto crédito. – Você é boa nisso, Clove.

E pela primeira vez, Clove se permitiu sorrir; um sorriso sincero para Cato.

Naquele momento Clove até poderia ter perguntado o motivo de ele estar ali, o que ela queria tanto saber. Só não fez isso porque algo chamou sua atenção antes: uma garota desconhecida acabara de entrar na biblioteca, e o garoto do pão não pôde suprimir um sorriso de orelha a orelha ao perguntar:

– Katniss?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Oi pessoal! Espero que tenham gostado! Um pouquinho de Glarvel feels (trocando farpas) e um drama (que eu adoro) de Clato! O que vocês acham que o Cato fez pro irmão da Clove, hein? E, finalmente, o Peeta vai ficar feliz, agora que a Katniss apareceu! ♥
Mais uma vez, aos leitores fantasmas, não sejam tímidos, ok? Eu amo receber e responder comentários! Vocês não sabem o quanto isso me motiva e me ajuda :D
Sabem aquele aviso sobre a fic ser única e exclusivamente minha? Então, por favor, respeitem! E aos meus leitores, peço que recusem e denunciem se virem qualquer tipo de plágio.
Beijos a todos os que leram, e um super obrigado adiantado a todos os que além de ler vão clicar no botãozinho para comentar! Por favor, deixem reviews! Qualquer que seja a opinião de vocês sobre a fic, vou adorar ler!