O Clube Dos Cinco escrita por Tatita


Capítulo 13
About Nora Reynolds


Notas iniciais do capítulo

Pessoas lindas que lêem, comentam, recomendam e favoritam OCD5! 132 leitores, nunca pensei que teria uma fic tão lida! E estou muito feliz de ver que vocês não me abandonaram! ♥ Capítulo dedicado às lindas que comentaram o cap anterior:
Isabell Espasande, Ana Clatonator Forever, Milkmilena, Pietra Nebun, Marizinhha, Clove, QueenMason, Mary Ludwig, Triz Stoll, Pollianna Grp, tetsfuhrman, Myca, My, Glimmer Rambin La Rue, cintiacullen, Gisele_Potter, Stella Sinner, Maymellark, May Malfoy (bem-vinda) e FoxFace (bem-vinda) e claro, as minhas lindas do twitter: Brubs, Lara2, Hele, Lara1 e Rachel! Como sempre espero que vocês gostem (tem algumas coisas sobre a Nora!) e nos vemos nas notas finais o/



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– CAPÍTULO DOZE –

ABOUT NORA REYNOLDS

– Histórico de doença mental. – disse Peeta, deixando todos apreensivos.

Um silêncio frio invadiu o ambiente. Clove olhou para Peeta sem acreditar, depois seu olhar recaiu sobre a pasta que ele tinha em mãos.

– Deixe-me ver – Clove pediu a Peeta e ele lhe entregou a pasta.

Os demais permaneceram quietos, enquanto Clove respirava fundo, buscando coragem para enfrentar o que estava prestes a ler. Era irônico que ela tivesse procurado tanto por alguma informação, e agora que finalmente havia conseguido pôr as mãos naquela pasta, seus olhos tremiam diante dos papéis.

Quando firmou o olhar, Clove observou a foto 3x4, colada exatamente ao lado das informações pessoais: Nora Reynolds era uma garota de maria-chiquinhas  negras, olhos cinzentos e pele pálida. Ainda que não fosse proposital, Clove se perguntou se essas seriam as únicas semelhanças com a sua suposta mãe.

O ótimo histórico escolar de Nora Reynolds a surpreendeu. Nenhuma advertência durante o ensino fundamental, nem mesmo uma nota baixa. Mas, observando melhor o histórico de Nora durante o ensino médio, Clove notou que as coisas tinham mudado significativamente, começando pela lista de suspensões, detenções e advertências; frequentes reclamações de alunos quanto ao comportamento de Nora, relatado como ameaças e até agressão física. A participação dela no Clube de Desenho e Artes da escola fora banida pelos mesmos motivos.

A última informação, que Peeta havia mencionado, pareceu saltar diante sua visão: 16 de Fevereiro de 1996. Nora Reynolds fora afastada da escola permanentemente depois de agredir o Professor Thomas Kentwell com um apagador.

"Thomas Kentwell." – Clove pensou, ao ler o nome de seu "pai" naquela ficha. 1996 era o ano que ele havia pedido demissão da Panem High School por motivos que ninguém sabia. Definitivamente, encontrar o nome de Thomas justamente naquele arquivo não poderia ser coincidência. Mesmo estando à beira das lágrimas, ela continuou lendo.

Após diagnóstico do Hospital Psiquiátrico Saint Roman, onde fora confirmado o histórico de doença mental, Nora fora impossibilitada de voltar ao convívio social.

O arquivo de Nora Reynolds terminava ali.

Doença mental. Thomas Kentwell. As informações pareciam não se juntar, mas no fundo Clove já sabia como relacionar os fatos. Uma discussão de seus "pais" veio-lhe à mente:

– Eu vesti, cuidei e alimentei a vergonha que aquela Nora deixou, Thomas – a Sra. Kentwell gritava. – Mas só o meu Larry merece ser amado.

Há algum tempo atrás, aquele diálogo nunca faria sentido para Clove. Agora fazia. Ela nunca entendera o ódio que a sua "mãe" Kentwell nutria por ela, mas as coisas nunca estiveram mais claras. A verdade era que Marcyn Kentwell jamais conseguiria amá-la como filha... Se ela fosse a filha bastarda de Thomas com uma ex-aluna. Uma ex-aluna com problemas mentais...

Clove sentiu a sala de Snow girar e a sua visão ficou turva, seu corpo estava quase desfalecendo, mas alguém havia se postado prontamente ao seu lado, impedindo-a de cair. Forçando os olhos, ela conseguiu ver que era Cato.

– Pega água! Rápido! – era a voz de Glimmer, Clove identificou. De relance, pode vislumbrar Marvel saindo da sala.

Peeta ligou um ventilador, fazendo o ar circular no ambiente enquanto Cato acomodava Clove na poltrona de couro de Snow.

– Você tá bem? – Cato perguntou preocupado, ainda mais quando Clove fez que não com a cabeça.

A última coisa que Clove queria era demonstrar fraqueza, mas foi impossível.

– Queda de pressão, tenho certeza – Glimmer parou à sua frente, tendo um sachê na mão. – Isso aqui vai melhorar, abre a boca – ela pediu, mas Clove afastou-se desconfiada. – Calma, é sal – a loira explicou. – Eu sempre ando com alguns sachês na bolsa, no caso de baixar a pressão.

Menos desconfiada, Clove assentiu e Glimmer lhe deu o sal.

– O Snow também não ajuda, deixando a sala dele sempre fechada – disse Peeta, abrindo mais algumas janelas.

– Melhor chamar outra ambulância, princesa – Marvel, que voltava com garrafas de água, disse para Glimmer; ela lhe deu um olhar feio.

– Se não quiser ajudar, saia; é o melhor que você faz! – Glimmer disse impaciente; pegando uma das garrafas de água, ela abriu e derramou um pouco do líquido em sua echarpe.

Como resposta, Marvel levantou as mãos, fingindo abstenção. Ele viu Glimmer colocar a echarpe molhada na nuca de Clove.

– Pronto. Daqui a pouco você melhora – a loira disse em afirmativo.

Clove franziu os lábios, tentando dizer "obrigada". Mas se estava difícil coordenar seus pensamentos, que dirá suas palavras. A única certeza que tinha naquele momento, era que Cato permanecera ao seu lado e ainda segurava sua mão.

Quando finalmente sentiu-se bem para poder falar, Clove se dirigiu à Glimmer:

– Obrigada.

Glimmer assentiu em silêncio. Depois tornou a falar:

– Ela era mesmo a Nora que você procurava? – a loira perguntou, refletindo a curiosidade dos demais.

– Acho que sim. – respondeu Clove. – O nome Thomas Kentwell não estaria na ficha dela por acaso, estaria?

Peeta lembrou-se do nome que lera na ficha de Nora. Mas Cato pareceu um tanto assustado ao indagar:

– Você conhece? – ele perguntou a Clove, mesmo sabendo a resposta. Lembrava vagamente do olhar sinistro do Sr. Thomas Kentwell durante uma situação que ele se esforçava para esquecer.

– É o meu pai. – Clove confirmou, sem notar o aparente nervosismo de Cato e atropelou-se nas palavras: – Ele foi professor aqui e pediu demissão no ano em que a Nora foi afastada da escola por problemas mentais. Ela agrediu o Thomas com um apagador. Louca ou não, com certeza ela teve motivos pra isso, talvez eu tenha sido o motivo disso, o motivo pelo qual a minha mãe nunca gostou de mim... Pelo menos o Larry continua sendo o meu irmão...

Diante do sofrimento dela, Cato queria dizer que não, que a mãe dela não era aquela Nora, que ainda haveria outras Noras; mas em todos aqueles arquivos não havia nenhuma descrição que pudesse confirmar isso.

– Ao menos você gosta muito dele, não é? – Cato indagou. – Do Larry...

– Muito – Clove respondeu direta.

E, percebendo que o único afeto sincero que Clove tinha pela família era o irmão dela, Cato decidiu que seria errado omitir para ela o que havia acontecido entre ele e Larry.

Afastando-se de Clove bruscamente, e sabendo que ela iria odiá-lo por isso, Cato reuniu coragem para dizer:

– Tem uma coisa sobre o Larry que eu preciso te contar.


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Notas finais do capítulo

Oi pessoal! Mais um suspense porque eu sou dramaqueen! Claro, tivemos alguns pontos sobre a Nora: considerem um bônus porque eu não revelei TUDO sobre a mãe da Clove ainda! Deixei um Clato feelings pra vocês aproveitarem, porque agora vamos ver como a Clove vai lidar com o que o Cato vai contar, quem viu o filme pode ter uma ideia, mas garanto: vai ser bem pior [I AM DRAMAQUEEN].
Mais uma vez, aos leitores fantasmas, não sejam tímidos, ok? Eu amo receber e responder comentários! Vocês não sabem o quanto isso me motiva e me ajuda :D
Sabem aquele aviso sobre a fic ser única e exclusivamente minha? Então, por favor, respeitem! E aos meus leitores, peço que recusem e denunciem se virem qualquer tipo de plágio.
Beijos a todos os que leram, e um super obrigado adiantado a todos os que além de ler vão clicar no botãozinho para comentar! Por favor, deixem reviews! Qualquer que seja a opinião de vocês sobre a fic, vou adorar ler!