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Cinco anos atrás...

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– Bella!

– Edward, chega! Eu não quero mais isso, eu não quero ter de passar o resto da minha vida com alguém que eu sei que não me levará a lugar nenhum! – gritei já sem paciência alguma. Como Edward não consegue entender o que lhe digo a essa altura do nosso relacionamento?!

– Bella, você não sabe o que está dizendo meu amor. Eu sei que essas ultimas semanas te fizeram refletir sobre mudar muitas coisas, mas o nosso relacionamento não é uma delas – Edward me dizia tentando controlar-me.

– O nosso relacionamento é a mudança principal para a minha vida. Sem você entre eu e o meu futuro, sei que tudo será melhor!

– Bella… – ele disse se aproximando, segurando meu rosto entre suas mãos e me encarando do modo que ele, e somente ele, consegue para me fazer voltar a mim, mas o problema está na questão em que eu já estou sã de tudo. – Você tem certeza de que é isso que você quer? – ele perguntou e eu conseguia ver uma dor indescritível ardendo em seu olhar.

– Sim – respondi confiante, mesmo que por dentro eu tenha tremido por uma fração de segundos e uma faísca tenha parecido se acender em meu estômago.

E abaixando a cabeça, ele se afastou me deixando pegar o trem que me deixaria longe de si. Mesmo ontem quando o abandonei no altar, ele foi até mim, mesmo sabendo que seria um desperdício. Mesmo hoje sabendo que eu iria partir, ele veio até mim, e novamente foi um desperdício. E assim a última coisa que vi antes de encostar minha cabeça nos braços e fechar os olhos foi a sua imagem na estação de trem e parecia que eu estava vendo a tristeza personificada caminhando para o horizonte.

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Mesmo tendo me afastado de Edward há um ano, eu não entendo porque ainda me sinto como no dia em que o abandonei: com aquele pequeno tremor no corpo e aquela faísca acendendo-se no me estômago. É como se o meu próprio corpo me dissesse dia após dia que deixá-lo naquela estação de trem fora o maior erro de minha vida.

Confesso que esse um ano me fez crescer mais do que eu pensei ser possível. Me fez ver o mundo e as pessoas com um outro olhar. E fez também com que eu conseguisse me ver de um jeito diferente.

E aqui estou eu, deitada em uma cama de hotel esperando pela morte mais do que merecida a mim ou talvez pela coragem de voltar e encarar a verdade nua e crua que eu sei que está me esperando. O que vier primeiro.

De repente escutei batidas fortes na porta. Depois do susto, me perguntei quem seria e levantando devagar eu fui até a porta. No momento em que a abri senti como se o meu corpo todo fosse desmoronar. Edward estava parado na minha frente com o olhar mais devastador que eu já havia visto. E sem esperar nenhum movimento da minha parte, ele se aproximou sedento e tomou meus lábios para si.

Aquela textura que eu achava já ter gravada em minha mente e aquele cheiro que tantas vezes já dominou meus sonhos estavam ali em contato com minha pele novamente. Parecia ter-se passado mil anos desde que eu o tinha em meus braços como no momento. E então não era preciso dizer mais nada, nossos corpos falariam por nós.

A porta foi fechada de um modo que eu nem mesmo sei como e logo seu corpo estava com o meu sobre a cama de solteiro no quarto pequeno. O barulho das nossas respirações ofegantes e lamurias era apenas o que se escutava enquanto nossos corações pareciam ir remendando-se a cada toque proferido um sobre o corpo do outro.

Suas mãos devastavam meu corpo por inteiro, procurando saber se era a realidade. Minhas mãos faziam o mesmo assim como meus lábios que beijavam seu rosto e boca a todo instante. Eu nunca imaginaria que poderia sentir tanta falta deste homem.

E entre as lamurias e gemidos, e guinchos da cama sob os nossos corpos, estávamos então nus e fervorosamente desejando estar finalmente conectados ao outro, e que deste instante em diante seja então pela eternidade.

– Nunca mais faça isso comigo – Edward sussurrou ofegante depois que, suados e desesperados pela paixão, chegamos ao ápice.

– Nunca – foi a única palavra que consegui dizer para concordar com ele e mantê-lo comigo ali até o momento em que o meu coração percebesse o ultimo e mais precioso fato: eu não vivo sem Edward Cullen.