A Volta da Garota Sobrenatural escrita por Hunter Pri Rosen


Capítulo 9
Capítulo 9 - Voltando


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo, sociedade!

Preparem-se porque a fic tá acabando e daqui pra frente, cada mergulho será um flash! Oi?

Espero que gostem e obrigada por estarem acompanhando e curtindo!

Lá vai...



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Sam abriu os olhos e levou as mãos à cabeça enquanto viu Dean pular da cadeira e correr até a janela gritando:

– Meu bebê! – ao ver que o Impala estava estacionado no mesmo lugar que ele tinha deixado suspirou aliviado - São e salvo...

– O que eu perdi? – indagou Garth acordando.

Kevin também despertou em seguida e todos olharam para Castiel sentado em uma das cadeiras com um olhar vago. Ficaram esperando que ele explicasse o que estava acontecendo, mas ele não disse nada.

– Onde está Mia? – perguntou Sam tentando chamar a sua atenção.

Castiel não respondeu.

– Cas... – tentou Dean se aproximando dele – Onde está a sua garota?

– A caminho de São Francisco. – respondeu ele por fim depois de um tempo.

– Por que a minha cabeça está rodando? – reclamou Kevin.

– Espera um pouco, ela nos dopou? – desconfiou Sam.

– Garota idiota... Ela vai se matar... – temeu Dean – Cas, como você deixou ela ir embora?

– Ela não me deu escolha... - respondeu o anjo.

Dean estranhou aquela resposta, então pensou um pouco e perguntou:

– Você está querendo dizer que ela te mandou para Far Far Away?

– Eu não entendo essa referência, Dean... Mas acho que pode-se dizer que sim. - respondeu Castiel.

– Ok, então temos um problema aqui. – recomeçou Dean – Nós temos que ir para São Francisco a tempo de impedir que aquela garota se mate, dar um jeito no Crowley, salvar alguns universitários... – Dean parou ao ver Castiel se levantando.

– Eu encontro vocês lá. - avisou o anjo.

– Cas, espera... – pediu Dean, mas já era tarde. Ele tinha desaparecido. – Eu não acredito que ela nos deu o... Boa noite Cinderela... E ainda partiu o coração do Cas...

Dean parou de resmungar quando viu Sam atender o celular que tinha tocado.

– Oi, Sam. – disse Mia do outro lado.

– Mia... Não faça isso... – pediu Sam.

– Escuta. Eu não tenho muito tempo, meu caminhão quebrou e eu tenho que arranjar outro jeito de... - começou a explicar a garota.

– Caminhão? – indagou Sam confuso.

Dean pegou o celular da mão dele e perguntou surpreso:

– Você roubou um... Caminhão? Garota, você pode ser presa, sabia?! Como você pode ser tão inconsequente...

– Sério? – interrompeu Mia - Falou o cara que frauda cartões de crédito desde o jardim de infância.

Dean não esperava que Mia dissesse aquilo e ficou um pouco sem reação antes de tentar justificar:

– Bem, caçar não é exatamente uma carreira lucrativa. Além disso, tudo o que fazemos é pedi-los. Não é nossa culpa se nos mandam os cartões...

– Dean, me escuta. – recomeçou Mia – Eu só estou ligando pra dizer que... Olha, eu sinto muito, ok? Mas eu tenho que fazer isso e vocês não me deram outra escolha. Então... Sobre o boa noite Cinderela... Me desculpe.

– Mia, você ainda tem tempo de desistir disso. De nos deixar ajudar. – propôs Dean mais calmo – Nos diga onde você está, nós chegaremos aí o mais rápido possível e poderemos enfrentar isso juntos... Como uma família.

Ela encostou a cabeça no orelhão enquanto pensava. Era difícil fazer aquilo, mas ela sabia que era o certo. Não tinha volta.

– Mia? - chamou ele.

– Não vai dar, Dean. E por favor, não deixe aquele anjo nerd vir atrás de mim. – disse ela desligando.

– Ela desligou na sua cara? – quis confirmar Sam tentando disfarçar um sorriso.

– Calado. – resmungou Dean.

Então Garth levantou e disse com uma certa animação:

– Então, São Francisco? Aqui vamos nós!

Enquanto isso, Mia tentava roubar outro carro. Dessa vez teve mais sorte. Conseguiu um Mustang 65. Estava ficando boa nisso. Talvez pudesse investir nisso no futuro. Se tivesse futuro... Começou a dirigir e não parou mais até chegar em São Francisco no fim da tarde do dia seguinte. Ficou olhando para o campus sem descer do carro. Era estranho ver aquele lugar de novo. Parecia que tinha estado ali há séculos. E parecia que ela não pertencia mais àquele lugar. Desceu do carro. Entrou na república e foi até o quarto que dividia com Melissa. Mas a sua amiga não estava lá. Ao invés disso, encontrou o quarto completamente revirado. Teve medo. Era irônico, mas a sua única saída era confiar na palavra de Crowley. No que ele disse sobre não machucar ninguém contanto que ela trouxesse o que ele queria. O que a fazia lembrar que ela não trouxe absolutamente nada do que ele queria. Ao contrário, ela trouxe um ritual para mandá-lo para o Inferno. Se aquilo não desse certo e se o ritual não a matasse, com certeza Crowley a mataria.

– Ele fez uma bagunça por aqui. – observou uma voz familiar.

Mia se virou e viu que era Castiel parado diante da porta.

– Você é inacreditável... – limitou-se a dizer ela enquanto ia até o guarda-roupa.

E quando ela o abriu e todas as suas roupas caíram no chão Castiel completou:

– E pelo visto ele fez uma bagunça no seu guarda-roupa também.

– Ah! Isso? Não. Na verdade, ele está sempre assim... - confessou a garota que não era a pessoa mais organizada do mundo.

Mia pegou uma mala e começou a arrumar as suas roupas dentro dela. Olhou para Castiel. Aquilo era constrangedor. Depois do que ela tinha feito, ele estava ali. Parou de dobrar as roupas e pediu:

– Me desculpe, ok?

– Pelo quê? Por me mandar para... Far Far Away? - deduziu o anjo.

Ela sorriu e depois retomou o que estava fazendo e prosseguiu:

– Por que você está aqui? Quero dizer, depois do que eu fiz? Aliás, por que você está sempre comigo? Perdendo o seu tempo angelical com uma ex-universitária sem nenhum futuro, viciada em cafeína, com ligações sobrenaturais e agora... potencial ladra...

Castiel a interrompeu se aproximando e segurando as suas mãos. Com isso, a peça de roupa que ela segurava caiu dentro da mala. Mia o olhou e sentiu um leve tremor. Droga...

– Eu não estou perdendo o meu tempo com você. – esclareceu ele - Agora me responda: por que você está fazendo as malas se você acha que vai morrer esta noite?

– Porque eu... – Mia parou para pensar e percebeu que aquilo era muito idiota, mas então deu-se conta de algo que a deixou surpresa - Porque eu ainda tenho esperança...

– Eu também tenho. - afirmou ele e depois de alguns instantes prosseguiu - Mia, eu continuo achando tudo isso perigoso demais e queria te forçar a desistir de prosseguir com essa ideia, mas Samuel Colt disse que o ritual pode te matar, não que ele irá. Você é forte e eu confio em você. Se tem alguém que pode fazer isso, essa pessoa é você.

Mia colocou a mão na testa de Castiel e perguntou estranhando tudo aquilo, mas também se enchendo de esperança:

– Você está bem? Por acaso caiu de alguma nuvem enquanto vinha pra cá?

– Mia, você não deveria brincar com essas coisas... Você ainda pode morrer... E se isso acontecer... - disse o anjo.

– E mesmo assim você vai me deixar fazer isso? Me desculpe, mas você tem que entender a minha surpresa. Tem certeza que você está bem? - quis confirmar a garota.

– Se eu continuar me opondo, você vai me afastar de novo. E então eu não poderei te proteger. Você não me dá outra escolha, a não ser ficar ao seu lado. - expôs ele.

Mia sorriu. Com Castiel ao seu lado, sentia que ela podia fazer qualquer coisa. E ele estava certo. Nada era definitivo em relação aquele ritual. Ela podia sobreviver. Mas e aquele pesadelo? O que queria dizer, então? Por que a esperança e o mau pressentimento estavam brigando dentro dela? Qual venceria no final?

– Mas tem uma coisa que eu preciso te pedir. - lembrou ele – Não morra. Eu posso te curar, mas eu não sei se dessa vez eu conseguirei te trazer de volta se você...

– Entendi. Combinado. Não morrer. - garantiu Mia.

Ficaram em silêncio de repente.

– Ah... E sobre aquela conversa... – recomeçou Mia, mas parou ao perceber que estava sozinha no quarto.

Em seguida, entendeu por que Castiel tinha desaparecido. Melissa estava entrando no quarto.

– Mia?! Por onde você andou?! Com quem você estava falando? - quis saber ela.

– Com um amigo imaginário. - respondeu a outra abraçando Melissa com uma força descomunal. - Graças a Deus você está bem! Eu tive tanto medo dele ter feito alguma coisa com você...

– Ele quem? Mia... Você está me sufocando... E que bagunça é essa? - estranhou Melissa.

Mia soltou amiga e pediu:

– Desculpa...

– Quem é ele? Do que você está falando? O que diabos está acontecendo aqui? - perguntou Melissa novamente indignada e preocupada.

– Ninguém. Ele não é ninguém. - mentiu a garota.

– Mia o que você está dizendo não faz o menor sentido... Por favor, me diz o que está acontecendo aqui. Por que a mala? Você está pensando em ir embora? Em sair da faculdade? - pressionou Melissa cada vez mais confusa.

Mia sentiu que não conseguiria fugir daquelas perguntas. Mas não podia contar a verdade. Além de Melissa provavelmente não acreditar, aquilo ainda a colocaria em perigo. Mia pegou na mão dela a fazendo sentar em uma das camas e então sentou-se ao seu lado.

– Você confia em mim? - recomeçou Mia.

– O quê? - indagou Melissa.

– Você confia em mim? - insistiu ela.

– É claro que sim. Que pergunta é essa? - continuou a outra.

– Mel, eu gostaria de ter tempo para explicar, mas eu não posso. Eu não posso te contar aonde eu estive desde que eu sumi, isso colocaria você em perigo... - começou a explicar Mia.

– Perigo? Mia, no que você se meteu? - preocupou-se Melissa.

– É complicado... - respondeu ela sem saber como explicar.

– Mia, o que está acontecendo?- insistiu Melissa.

– Eu preciso que você confie em mim. Eu não posso explicar por que, mas depois dessa noite, eu não poderei mais voltar... - avisou a garota.

– Por quê? OK... É complicado. Mas complicado como? - quis entender Melissa.

– Caso de vida ou morte. - respondeu Mia por fim.

– Oh, meu Deus! Mia você está bem? Aqueles caras estão te obrigando a fazer alguma coisa? Eles são sequestradores?! - apavorou-se a outra.

– Que caras? – estranhou Mia.

– Seus convidados. – tentou explicar Melissa.

– Meus convidados? - repetiu a outra sem entender.

– É... Eles estão lá fora. E me pediram para te avisar, pra você autorizar a entrada deles... Mia, você está bem? - disse Melissa.

Mia levantou e foi até a janela.

– Inacreditável... – murmurou ela ao ver Sam, Dean e Garth no estacionamento ao lado do Impala. Kevin deveria estar escondido em algum lugar para não chamar a atenção de Crowley.

Ao vê-la na janela, Dean deu um sorriso irônico e acenou. Mia fechou a cortina com raiva.

– Mia, pela última vez, o que está acontecendo? O que vai acontecer essa noite? Por que você vai embora? - intimou Melissa.

– Eu não posso explicar. Por favor, apenas confie em mim. Ninguém vai se machucar essa noite, eu prometo. Tudo vai ficar bem. Só me prometa que você vai tomar cuidado. Não fale com estranhos. Não fique sozinha. Não confie em ninguém... - respondeu Mia.

– Mas você disse para eu confiar em você... - lembrou a amiga.

– Sim. Em mim. Só em mim. E nos meus... Convidados. E eu quero que você também fique com isso... - disse Mia tirando o amuleto do pescoço e entregando para a amiga.

– Certo... O colar esquisito. - deixou escapar Melissa.

– É um amuleto de proteção... - esclareceu Mia.

– Pelo visto ele não funcionou com você... - deduziu a amiga.

– Quem sabe ele te dá mais sorte... - supôs a outra.

Mia abraçou Melissa que começou a chorar dizendo:

– Eu vou sentir sua falta...

– Eu também. - retribuiu Mia.

– Prometa que pelo menos esta festa... Esta noite... Sua despedida... Vai ser inesquecível. – pediu Melissa.

– Prometo. – garantiu ela, em seguida se afastou e disse – Bem, agora eu tenho que ir... Autorizar a entrada dos meus... Convidados. Nos vemos na festa.


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Notas finais do capítulo

Duas observações básicas:A princípio, os irmãos Winchesters iriam dirigir um Mustang 65 e não o Impala. Achei interessante colocar isso na fic.Segunda coisinha: a frase sobre os cartões de crédito foi realmente dita pelo Dean na 1ª temporada. E eu lembro que quando eu li pela primeira vez aquelas benditas frases, eu estava num laboratório da facul e não aguentei e caí na risada com minhas amigas. Obviamente, eu não lembro de nada da aula.Em breve o próximo capítulo com a festa propriamente dita. Cabeças irão rolar? Maybe...