A Volta da Garota Sobrenatural escrita por Hunter Pri Rosen


Capítulo 5
Capítulo 5 - O inimigo do meu inimigo


Notas iniciais do capítulo

Ok. Parei com o lance de dar nomes para os capítulos a la House of night kkkkk

Divirtam-se e não deixem de comentar, pleaseeee!

Lá vai...



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– Há quanto tempo ela está assim? - perguntou Sam para Castiel enquanto os dois observavam Mia da porta do quarto.

– Desde que ela viu o fantasma de Ric... ir. – respondeu ele.

– Você tentou falar com ela? – indagou Sam.

– Várias vezes. Mas ela não responde. Eu acho que ela está em choque. Em negação... - disse o anjo.

– Você acha? - indagou o Winchester mais novo.

– Eu estou pensando... Se não seria melhor que ela esquecesse isso... – refletiu Castiel.

– Não, Cas. Sem intervenções daquele tipo. – desaprovou Sam.

– Mas eu não sei como ajudá-la... – admitiu Castiel.

– Que tal parando de especular sobre a minha saúde mental. - sugeriu Mia virando-se para eles - Eu estou bem. Eu não estou em choque ou em negação. Não se preocupem.

– Ótimo, então o que você está pensando em fazer agora? – quis saber Sam.

Mia andou até eles e respondeu:

– Agora? Um café seria ótimo.

Mia passou pelos dois e desceu até a sala. Enquanto devorava o café da manhã feito por Dean percebeu que todos a observavam. Tomou mais um gole de café e disse:

– Eu estou bem, caras. Parem de me olhar assim...

– Você não parecia bem ontem a noite. - lembrou Castiel.

– Claro! Porque ontem a noite eu não estava bem, gênio. Mas agora eu estou. Eu superei aquilo... Está tudo bem. Eu juro. - garantiu a garota.

Mia tomou mais um gole de café e Castiel a observou. Depois franziu o cenho e disse:

– Você está mentindo.

– Sério? Então, somos dois. Ou quatro. – disse ela olhando para Sam e Dean.

– Mia, vai com calma. - pediu Dean.

– Olha, eu sei que ele está escondendo alguma coisa e eu sei que vocês sabem o que é. Então, eu proponho o seguinte: ou vocês me contam o grande segredo e em troca eu abro o meu coração para vocês ou vocês continuam mentindo, eu não abro o meu coração, nós encerramos o assunto e seguimos em frente. O que vai ser? - intimou a garota.

Sam e Dean olharam para Castiel e depois para Mia. Como ninguém se manifestou, ela disse:

– Ótimo. Então temos um acordo aqui. Agora vamos conversar sobre o que realmente importa. O Inferno. O Kevin descobriu quais são os outros dois testes para fechá-lo?

– Ainda não. - respondeu Dean.

– Ótimo. Então, eu acho que precisamos de um plano B. - disse Mia levantando e indo até uma das estantes.

– Plano B? - interessou-se Sam.

– Vocês têm um acervo sobrenatural aqui. Já passou pela cabeça de vocês que algum desses livros pode conter alguma dica, algum feitiço, ritual, qualquer coisa que possa ajudar? – especulou ela.

– Como o quê? Como deixar um demônio entediado? - zombou Dean.

– Não exatamente. - disse ela enquanto pegava um dos livros e mostrava para eles - Seria mais: Como exorcizar um demônio.

– Nós sabemos como exorcizar os filhos da mãe, o problema é que o Crowley não é qualquer demônio. Ele é mais poderoso...- disse Dean.

– Se ele não é um demônio qualquer, então o exorcismo também não pode ser o convencional. Tem que ser especial. E em algum desses livros deve haver algum ritual que sirva para o desgraçado. - refletiu Mia.

– Faz sentido. - concordou Sam se levantando e indo até uma das estantes.

– Mesmo que isso seja possível, mesmo que nós mandemos ele para o Inferno, ele vai voltar. - ponderou Castiel.

– Nossa! Você sabe como animar as pessoas... – ironizou Mia.

– Cas, está certo. Crowley é o Rei do Inferno. Ele não vai esquentar lugar lá embaixo. – concordou Dean - Isso foi a coisa mais estranha que eu já disse...

– Nem todo mundo gosta de ter um Rei. - sugeriu Mia.

– Como assim? - perguntou Dean.

Sam colocou alguns livros em cima da mesa e deduziu o que Mia queria dizer:

– Nem todos os demônios gostam do Crowley. Meg por exemplo. Muitos demônios adorariam prendê-lo lá embaixo e torturá-lo. Dificultar a sua saída... Isso pode dar certo.

– Quem é Meg? - quis saber Mia.

– Uma vadia de olhos pretos. Sem ofensa, Cas... - esclareceu Dean se arrependendo em seguida.

Mia observou Castiel e deduziu:

– Você e ela tiveram alguma coisa. E ela é um demônio... Deus, não se fazem mais anjos como antigamente...

– Cuidado, Mia. Parece até que você ficou com ciúme. - provocou Dean.

– Muito engraçado, Dean. - tentou disfarçar ela e depois colocou mais um livro sobre mesa - Quer saber? Talvez essa Meg possa ajudar? Se ela não gosta do Crowley...

– O inimigo do meu inimigo é meu amigo. - completou Sam.

– Meg não é de confiança. Acredite. - advertiu Dean. - Ela não vai nos ajudar a fechar o Inferno.

– Ela não precisa saber dos detalhes. – sugeriu Mia.

– Ela já deve saber dos detalhes. - disse Castiel.

– Não se trata de fechar o Inferno. – continuou ela enquanto se aproximava dele - Ainda não. É só para mandar o Crowley pra lá por um tempo.

– Exato. Para ganharmos tempo. Até descobrirmos como fechar o Inferno. – completou Sam.

– Ela não vai ajudar. – afirmou Castiel.

– Então nós mentimos para ela. Dizemos que se nos ajudar, ela fica fora quando todos os outros demônios forem mandados para dentro. – sugeriu Mia.

– Não sabemos se isso é possível. – disse Castiel.

– Não precisa ser. Basta ela acreditar que é. – rebateu Mia.

– É muito perigoso. - advertiu ele.

– Ela é só uma. Nós somos quatro. – rebateu Mia.

– Espera um pouco - pediu Dean olhando para Mia - Você não está pensando em invocar a desgraçada, está?

– Na verdade, eu estava pensando em mandar uma mensagem pelo Facebook. – ironizou ela - É lógico que eu estou falando em invocar a desgraçada. Nós fazemos a armadilha do diabo, a invocamos e fazemos a proposta.

– Parece que alguém andou lendo. - observou Dean.

– Ok, mas não podemos invocá-la aqui. - advertiu Sam - Ela saberia a nossa localização e outros também saberiam.

– Então onde? – animou-se Mia.

– Tem um galpão abandonado há alguns quilômetros daqui. – respondeu Sam.

– Humm, clássico... – refletiu ela - Então, o que estamos esperando? Vamos. - disse enquanto pegava a bolsa.

Logo deixaram a casa e quando Castiel abriu a porta do Impala, Mia parou sentindo algo estranho. Lembrou das vezes em que viajou ali com os Winchesters. Mas teve a sensação de que faltava alguma coisa. Entrou. Segundos depois de ter fechado a porta, Castiel já estava ao seu lado no banco de trás. Sam e Dean na frente. Dean ligou o rádio. Estava tocando Hells Bells do AC/DC. Aquilo era familiar, mas faltava alguma coisa. Alguma coisa não se encaixava. Dean a observou pelo retrovisor e indagou:

– Mia? Tudo bem?

– Sim, tudo perfeito. - mentiu ela.

Sam tinha mentindo quando disse que o galpão ficava perto dali. Dean já estava dirigindo há duas horas. Não ter dormido naquela noite começava a fazer efeito. Mia sentia que seus olhos estavam ficando cada vez mais pesados. Encostou a cabeça na janela. E acordou no ombro de Castiel.

– Desculpe. - disse a garota se afastando constrangida.

– Está tudo bem. - disse ele tentando disfarçar um sorriso.

– Certos hábitos não morrem... - observou Dean.

– Certos hábitos? Como assim? - quis saber ela.

– Nada... Modo de dizer... - tentou consertar ele.

Mia olhou pela janela e avistou o galpão no meio do nada. Logo desceram do carro e entraram no lugar. Sam ensinou Mia a fazer a armadilha do diabo. Depois pegou algumas velas em uma das bolsas e outros itens que ela ainda não sabia o que eram e fez um tipo de ritual. Mia lembrou do que leu no diário de John Winchester. Aquele era um ritual para conjurar demônios. Dean abriu o diário e leu alguma coisa em latim. Uma chama saiu do recipiente onde Sam tinha colocado os ingredientes do feitiço e em seguida apagou. Todos ficaram em silêncio esperando que Meg aparecesse.

– Ela não vem. - disse Mia dando as costas para a armadilha.

Parou quando ouviu uma voz feminina dizer:

– Olá, Clarence. Sam. Dean.

Mia virou e Meg a encarou:

– Olá... Mia.

– Você sabe quem eu sou. – estranhou ela.

– Eu e cada demônio que ouviu falar sobre a garota que pode ver Cães do Inferno. A garota que ajudou os Winchesters a matar dez exemplares deles, quando só era necessário um para completar o primeiro teste. É, eu ouvi falar de você. - confirmou Meg.

– Eu também ouvi falar de você. A vadia de olhos pretos que infernizou a vida de Sam e Dean por anos. – provocou ela.

– Ah... Isso são águas passadas, não é meninos? - perguntou ela olhando para Sam e Dean.

Eles não responderam. Mia continuou:

– Eu não sei se John Winchester pensaria assim.

– Mia... - interrompeu Dean - Nós também não esquecemos.

– Ok. - cortou Meg - Vocês me chamaram aqui para conversar sobre o passado ou o quê?

– Nós temos uma proposta para fazer. - disse Castiel.

Meg o olhou com certa malícia e disse:

– Eu estou ouvindo, Clarence.

Mia revirou os olhos e se afastou um pouco. Aquilo a deixava enojada... Não era ciúmes. Não era.

– Existe alguma forma de exorcizar o Crowley? - perguntou Dean.

Meg começou a rir e só depois de alguns instantes conseguiu responder:

– Eu já vi vocês fazerem muitas coisas estúpidas, mas exorcizar o Crowley? Além disso, vocês esperam mesmo que eu ajude vocês a mandarem o Rei para a masmorra quando vocês querem mandar todos os demônios, inclusive eu, para lá e fechar o Inferno de vez?

– Nós nem sabemos se isso vai dar certo. - tentou Sam.

– Bela tentativa. Eu ajudo vocês e depois vocês me mandam pro Inferno. Eu acho que eu passo. – recusou ela.

Mia observou Meg com atenção e depois deduziu:

– Então tem um jeito.

Meg ficou visivelmente tensa e Mia adorou. Resolveu continuar até descobrir o que queria:

– Se não houvesse um jeito, você simplesmente diria. Mas você está se justificando. Porque existe um jeito.

– Nossa! Com essa inteligência toda eu não entendo como você ainda não conseguiu deter o Crowley. – zombou Meg.

– E agora você está fugindo do assunto. Típico de quem está se sentindo encurralada. - provocou Mia.

Sam e Dean a olharam com certa admiração.

– Que seja. - disse Meg - Continuamos na mesma. Eu não vou contar nada. Vocês me mandariam para o Inferno na primeira oportunidade.

– Talvez nós te mandemos para o Inferno agora mesmo. Se você não falar. - rebateu Mia caminhando para mais perto da armadilha do diabo. - Ou... - insinuou pegando a faca da Ruby no bolso do casaco - Talvez eu te torture um pouco com isso. Se você não falar.

Dean riu baixo e Mia o olhou sem entender:

– O que foi? - perguntou ela.

– Ãn? Nada. É que você está parecendo... o Jack Bauer. - respondeu o Winchester mais velho.

Mia voltou a olhar para Meg e intimou:

– E então? Como vai ser?

Meg ficou calada por alguns instantes e depois respondeu:

– Vai em frente. Eu não direi nada.

Sam interveio dizendo:

– Talvez tenha um jeito de você ficar de fora quando nós fecharmos o Inferno.

– Eu não posso apostar meu pescoço nisso. Além do mais, mesmo que isso seja possível, eu duvido que vocês não me trairiam. Eu não voltaria do Inferno e não poderia me vingar. Tudo resolvido. - expôs Meg.

– Pensando por esse lado... - observou Dean - Eu não tiro a sua razão.

– Nós te damos a nossa palavra. - prometeu Sam.

– Não! Sammy! – desaprovou Dean.

– Muito gentil, Sam. Mas eu duvido que exista um jeito de ficar de fora. E mesmo que houvesse, eu não confiaria em vocês. Sem ofensa. - relutou ela.

– Então você prefere morrer aqui? - indagou Mia - Sim, porque se você não contar como nós fazemos o maldito exorcismo, das duas uma: ou nós vamos te exorcizar ou vamos deixar você apodrecer neste galpão.

– Vocês não fariam isso... - duvidou Meg.

– Ah eu não apostaria o seu pescoço nisso. - acrescentou Dean.

Todos mantinham os olhos em Meg esperando que ela se decidisse. Como ela não disse nada, Mia abriu uma das bolsas e pegou o diário de John Winchester.

– O que você está fazendo? - desconfiou Meg.

Mia abriu em uma página que continha um ritual de exorcismo em latim. Começou a ler. Meg sofria a cada palavra pronunciada. Aguentou o quanto pode, até que desistiu dizendo com raiva:

– Samuel Colt! Ele criou o ritual certo para demônios como o Crowley!

– Obrigada! - agradeceu Mia fechando o diário.

Mas ao passar perto de Meg, Mia se distraiu e pisou acidentalmente na armadilha do diabo. Meg viu que um trecho tinha sido apagado e aproveitou. Tudo aconteceu tão rápido que Mia quase não pode respirar. Ou pensar. De repente, aquele demônio tinha a empurrado com uma força descomunal contra a parede e começou a erguê-la pelo pescoço.

– O prazer foi meu! - disse Meg.

Mia sentiu que seus pés começaram a sair do chão e de repente Meg estava do outro lado do galpão jogada no chão. Mia passou a mão pelo pescoço e tossiu. Estava dolorido. Olhou para o lado e viu Castiel. E então entendeu o que ele havia feito. A salvado de ser estrangulada. Sam e Dean correram até Meg, mas ao se aproximarem uma fumaça preta começou a sair de sua boca. Ela se foi. Enquanto isso, Castiel ajudou Mia a levantar.

– Obrigada. - disse para ele.

Em seguida deixaram o galpão e entraram no Impala.

– Mia, você está bem? - preocupou-se Sam.

– Sim. Acho que sim. - respondeu a garota.

– Eu tenho que admitir que você deu um show lá dentro. - elogiou Dean.

– É, mas o final não me valorizou muito. - disse ela com certo esforço sentindo a garganta doer.

– Não importa. Eu percebi que você tem... Potencial. Talvez um dia você possa ser uma boa caçadora. - incentivou Dean.

– É verdade, Mia. Você mandou muito bem. - reconheceu Sam.

– Bem, eu estou tentando aprender com os melhores. - disse ela devolvendo o elogio e olhando para Castiel perguntou - E você? Algum elogio?

– O que você fez foi perigoso. – reprovou ele.

– Isso não é um elogio. – estranhou Mia.

– Você se arriscou e está se arriscando demais. – reforçou ele.

– Continua não sendo um elogio. – observou ela.

– Ela podia ter te matado. – lembrou ele.

– Ok, sem elogios. - disse Mia e depois de uns intantes em silêncio, provocou - A sua namorada tem mesmo um gênio muito difícil...

– Ela não é minha namorada. - corrigiu Castiel.

– Ah! Mas obviamente vocês tem alguma coisa. - disse Mia sentindo um inexplicável... Ciúme. - Ou tiveram, sei lá.

– Ah! O Cas adora ter "coisas" com mulheres geniosas, não é mesmo Cas? - provocou Dean - Especialmente ao som de músicas românticas como aquela... Eternal Flame.

– Do que diabos vocês estão falando? - quis entender Mia.

– De nada. - esquivou-se Castiel. - Como está o seu pescoço?

– Bem, a sua namorada fez um estrago, mas eu vou sobreviver. Não se preocupe. - respondeu Mia.

– Por que você fica dizendo isso? Ela não é minha namorada. Ela não significa nada para mim. - esclareceu o anjo.

– Tudo bem, entendi. Não precisa ficar nervoso. - disse a garota.

– Eu não estou nervoso. Você é que parece estar com... - começou a dizer Castiel.

– Com o quê? Se você disser ciúme eu juro que eu chuto o seu traseiro angelical pra fora desse carro! - ameaçou ela.

– Por que você está nervosa? – quis saber ele.

– Eu não estou nervosa! Ou com ciúme! A propósito, eu nem deveria estar me explicando. – disse Mia encostando no banco e cruzando os braços enquanto olhava pra fora. Sam riu e todos olharam para ele.

– Qual é a graça? - perguntaram Mia e Castiel ao mesmo tempo.

– Exato! Vocês são engraçados. Eu quero dizer, vocês são engraçados juntos. – observou Sam.

– Como assim "juntos"? - perguntou Mia olhando para Castiel e depois para ela mesma - É melhor não explicar. - dispensou.

Houve um momento de silêncio constrangedor e Mia teve vontade de sair dali imediatamente. Por sorte, Dean a salvou dizendo:

– Então Samuel Colt, hein? Como vamos fazer para encontrar o ritual que ele escreveu?

Sam percebeu um entusiasmo no olhar de Dean e o cortou imediatamente:

– Nem pensar, Dean. Nós não vamos viajar no tempo como daquela vez só porque você gosta do Clint Eastwood.

– Vocês viajaram no tempo? - surpreendeu-se Mia.

– Quem é Clint Eastwood? - não entendeu Castiel.

– Sim! E tirando a parte em que nós quase não conseguimos voltar foi bem divertido. - empolgou-se Dean.

– Você não achou a parte daquela mulher te beijar divertida. - lembrou Sam rindo - Como era mesmo o nome dela?

– Nossa, Sammy... Você sabe como cortar o meu barato... - reclamou Dean.

– E por que vocês quase não conseguiram voltar? - quis saber Mia.

– Ah! Porque o Cas não estava nos seus melhores dias. Mas aí ele fez uma endoscopia na alma do Bobby e conseguiu tirar a gente de lá bem a tempo. - contou Dean.

– Jura? E quando exatamente foi isso? - incentivou Mia.

Sam percebeu as intenções dela, mas não conseguiu alertar Dean que respondeu:

– Ah! Isso foi há uns dois anos.

– Nossa! Mas eu pensei que vocês tinham conhecido o Castiel há pouco tempo. E por isso ele não estava com a gente quando aquilo tudo aconteceu há dois meses... – questionou ela.

– É... Há pouco tempo... - tentou consertar Dean sem êxito.

– E ele te resgatou do Inferno antes disso também, não foi? - quis confirmar ela.

Todos ficaram em silêncio e Mia terminou:

– Pra quem se conhecem há tão pouco tempo, vocês têm muitas histórias. Atemporais, diga-se.

Mais um momento de silêncio constrangedor e Sam recomeçou:

– Os Homens das Letras devem ter guardado isso em algum daqueles livros.

– Ok, então nós vamos simplesmente mudar de assunto? – indagou ela.

– Se este ritual realmente existe – continuou Dean tentando desviar do assunto que Mia tinha levantado - e foi criado por Samuel Colt, os Homens das Letras devem ter registrado em algum lugar.

Mia desistiu. Passou a viagem inteira sem dizer mais nada. Quando chegaram em casa, Dean ficou parado observando o lugar. Ele e Sam se olharam preocupados e pegaram as armas. Saíram do Impala.

– Eu tenho certeza que eu não deixei aquela luz acesa. - afirmou Dean.

Começaram a entrar devagar, mas o barulho de alguma coisa caindo lá dentro os apressou. Mia e Castiel entraram logo atrás…


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Notas finais do capítulo

Sim, eu era fã de 24 Horas e de Sir Jack Bauer (um cara que dá choques num aparelho de telefone num momento de tensão merece todo o meu respeito).
Sim, eu não gosto da Meg. Ela não desce.
Inté o próximo capítulo!