Outro Lado Da História escrita por Franxx


Capítulo 1
Único


Notas iniciais do capítulo

Agradecimento especial A TODAS(OS) fãs de Fraxus que continuam a falar comigo. Vocês me inspiram a continuar criando histórias com estes dois.
Boa leitura.



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Que cara estranho.

Era esquisito vê-lo agir daquela forma. Já haviam vários rumores de que ele era gay, mas a cada dia que se passava tinha ainda mais certeza. Os surtos e chiliques que foram “carinhosamente” apelidados pela Evergreen de "ataques de fangirl" não me deixam dúvidas a respeito do assunto. Algumas vezes era engraçado, mas na maioria acabavam por me fazer passar vergonha em público.

- Laxus está tudo bem? – ele me perguntou incansavelmente depois que voltei para a guilda, mas de certa forma não conseguia apelar vendo aqueles olhos azuis tão preocupados.

- Sim. – Me limitava a responder, até que Bickslow perdesse a paciência e o mandasse ficar calado.

Normalmente seguíamos para missões e logo tratei de continuar este ritual quando as coisas se estabilizaram na guilda. Nós três fomos até uma cidade distante, a qual nem me preocupei em decorar o nome e executamos o trabalho. Dinheiro fácil, para ser mais específico.

Sempre que terminávamos uma missão acabávamos por nos divertir ou mesmo passar um dia inteiro dentro de um bar, bebendo ou até mesmo paquerando as mulheres do lugar, exceto ele. Freed sempre dava um jeito de escapar, ficando no hotel onde estávamos ou mesmo quando ia para o bar, ficava em um canto isolado e eu juro que se ele tivesse batom, ficaria passando.

- Vai ficar no quarto de novo? – perguntei na entrada do hotel. Ele tinha um saco cheio de livros em mãos e apenas afirmou que sim. Percebi que ele tinha uma expressão triste, mas tenho de dizer que ele sempre fazia essa cara quando íamos para algum bar. Nem me dei ao trabalho de responder. Lhe dei as costas e segui para meu destino, ainda refletindo no porquê ele tinha de ser tão estranho.

Aquele bar tinha muitas coisas boas, inclusive mulheres. Mulheres novas, coradas e com corpos que faz qualquer homem delirar, apesar que tenho certeza que Freed bocejaria em frente à elas. Bebemos muito, tanto eu quanto Bickslow e Evergreen que logo traçaram um jeito de sumirem com alguma aventura que seria apenas por uma noite. Não perdi a oportunidade é claro, mas não me orgulho em dizer que dormi com duas mulheres naquela noite.

Levantei de madrugada, na casa de uma das duas que estavam ao meu lado. Me vesti e saí, deixando ambas dormindo. O efeito da bebida já havia passado, mas por alguma tentação eu apenas tinha em mente, desde que abrira os olhos, a expressão triste que Freed ostentara quando disse que ficaria no hotel.

Tsc.

Saí daquele hotel, que obviamente não era o meu e logo procurei o caminho do meu verdadeiro quarto. As ruas, assim como os corredores do hotel estavam vazios, mas logo dei um jeito de pegar uma garrafa de rum, afinal não estava nem um pouco a fim de dormir naquele momento. Caminhei até meu quarto, mas ao passar em frente à porta do quarto ao lado, precisamente o do esquisito, resolvi chamá-lo. Por quê? Até hoje me pergunto isso.

Não sei dizer se era o rum fazendo efeito, apesar de que eu não fico bêbado fácil, mas minhas atitudes naquela madrugada me fazem repensar sobre o assunto. Bati forte na porta dele, não ficando satisfeito até que ele a abriu.

Chega a ser fofo lembrar dele naquele momento. Com uma expressão sonolenta, porque mulherzinhas dormem cedo, ele abriu a porta devagar, esfregando um dos olhos. Questionou o que havia acontecido, falando até mesmo devagar por conta do sono. Não pude segurar a vontade de rir que me deu naquele momento. Empurrei a porta, junto com ele e entrei, antes de levar a garrafa na boca de dar um longo gole, o que me leva a crer que colocaram algum líquido de “seja descarado” naquela bagaça.

- O que estava fazendo? – perguntei, olhando-o da cabeça aos pés. Ele usava um pijama de seda branco e com a falta de claridade chegava a parecer uma camisola a longa camisa que tapava seu tronco.

- Estava dormindo ... – ele esfregou os olhos de novo e depois que fez isso, acendeu a luz do abajur. – Você está bêbado?

- Admita logo que você estava se masturbando.

Certo, eu confesso que não sei por que fiz aquela pergunta. Estava meio “atentado” naquele momento e convenhamos que o rum não sossega ninguém. Cheguei a assustar ao fazer aquela pergunta e talvez se não o tivesse visto ficar vermelho, eu teria pedido desculpas e teria saído dali.

- O que? – ele praticamente deu um salto, arregalando os olhos. 

Aquilo foi hilário.

- Vem cá, quero cheirar sua mão! – coloquei a garrafa em cima do criado-mudo ao lado da cama, antes de me aproximar dele. Ele até tentou fugir, mas para pegá-lo bastou apenas três passos.

Ele se contorceu, pedindo ainda de voz baixa para que eu soltasse seus pulsos, aquilo me fazia rir, mas tanto eu quanto ele mantínhamos o tom de voz baixo, afinal todos ainda estavam dormindo. Tenho que confessar, para um homem que gosta de homens ele até que se debate bastante, mas força física ele tem pouca. Facilmente coloquei ele virado de costas para mim e o senti estremecer quando passei os braços envolta de seu corpo, antes de forçar sua mão para cima, até que eu pudesse cheirá-la.

Cheiro de creme para corpo. Que baitolag...

- Hum ... parece que você não brincou com você mesmo hoje!

- La-laxus me solta! – ele disse de cabeça baixa, mas não foi o suficiente para que eu o soltasse.

“- Laxus me solta! Laxus não fique dormindo com qualquer uma! Laxus não faça isso ...” – me senti na obrigação de retrucar tudo o que ele sempre falava, chegando ao ponto de até colocar a língua pra fora ao falar. Odiava a forma que ele sempre cuidava de mim, chegando a me dar sermões que nem mesmo o velhote me dava.

Ele se aquietou, sabe Deus por quê. De costas para mim, ele se manteve parado e abaixou mais o rosto. Virei o corpo dele e puxei seu rosto para cima com força. Estava muito a fim de mostrar para ele quem tinha que obedecer naquele time, mas não me pergunte por que de repente eu tive essa vontade.

- Você parece mulher... – disse apertando o maxilar dele e virando seu rosto para os lados. Nem mesmo sinal de barba existia naquele rosto que era mais liso e fino do que muitas mulheres com que eu já havia dormido. Ele apenas me olhava de forma triste e não emitia ruído nenhum. Vi suas bochechas corarem e ele desviou o olhar. – Você é homem mesmo?

Apenas o vi engolir em seco, antes de puxá-lo pelo rosto e o jogá-lo na cama. Ele até tentou fugir mais uma vez, mas consegui contê-lo com uma mão segurando seus pulsos e com a outra enfiei a mão por baixo de sua blusa. Não havia sinal de seios ali, mas pude sentir ele estremecer quando minha mão alcançou sua barriga. Freed praticamente implorou para que eu o soltasse, mas como já expliquei eu estava “atentado” demais para escutar seus lamúrios. Desci a mão até o meio de suas pernas e apertei ali forte, sentindo o volume que comprovou que ao menos genitália masculina ele tinha.

- Hum ... tem algo aqui. Mas que você gosta de homens eu tenho certeza. – ri , esticando o corpo. Vi ele se encolher na cama, puxando as próprias roupas. Ele chegou a gemer baixo ... SÓ DE ENCOSTAR A MÃO NELE! Deviam ver como ele gemeu quando transamos pela primeira vez.

O fitei por um longo tempo, enquanto ele ainda segurava suas roupas, como se tivesse medo de que eu as tirasse. Por algum motivo ele se mantinha quieto e não olhava no meu rosto.

- Você é gay, não é? – questionei mais uma vez, dessa vez sério. Estava cansado daquele maldito jogo e das desculpas idiotas que ele dava quando alguém o questionava sobre o assunto. Ele se encolheu ainda mais e olhou para porta.

- Me responda! – falei mais alto, o puxando pelo cabelo. Jamais deixaria que ele fugisse, muito menos naquele momento.

- Por favor Laxus ... me solte! – disse com voz chorosa. Freed colocou as mãos sobre as minhas, no intuito de soltá-las, repetindo para que eu o soltasse.

Tive vontade de rir. Era patético ver como um mago tão forte podia ser tão fraco fisicamente. Puxei os fios de sua franja com mais força e o impulsionei para trás para que ele caísse deitado. Era divertido fazer aquilo, tenho de admitir. Estiquei meu corpo, ficando de quatro por cima, dele. Queria provocá-lo ... queria me divertir com ele.

Sempre tive a curiosidade de saber a diferença. Saber se o beijo de um homem era diferente comparado ao de uma mulher e nada mais propício que fazer isso com um cara que só tem genitália masculina, pois até mesmo a alma daquela criatura era feminina. Me deitei por cima dele e vi o desespero crescer em seus olhos conforme aproximei meu rosto rápido do dele, surpreendendo-o. Acabei por abafar palavras de protestos e ele se aquietou de uma vez quando uni meus lábios aos dele. Não senti muita diferença. Para mim era bastante comum, exceto pelo fato de que não havia seios para que eu pudesse apertar naquele momento e corria o risco de sentir alguma coisa crescer na minha barriga.

Mas fazer aquilo foi como tacar fogo em álcool.

Freed deve ter sei lá .... empolgado, soltado a franga, pois ele enlaçou meu pescoço com os braços e me puxou forte para ele, demonstrando que eu estava terrivelmente enganado com relação à força física que ele possuía. Praticamente fui forçado a deitar em cima dele, enquanto ele enfiava a língua na minha boca. Aquilo foi engraçado, pensando hoje, mas na época tudo que senti foi o desespero quando me dei conta de que estava sendo agarrado e beijado por um homem.

Puta que pariu!

Com muito esforço, consegui me soltar dos braços dele. Ele me agarrava com força e meu coração chegou a acelerar pelo desespero, antes que eu caísse para trás sentado na cama, tentando entender onde estava com a cabeça para sequer estar naquele quarto. Chegou a me dar raiva aquela atitude, mas senti todos meus músculos relaxarem quando olhei para seu rosto.

Freed levou as mãos até o rosto de uma vez e começou a soluçar. Cheguei a pensar que ele estava fingindo, mas senti meu coração apertar no peito ao ver lágrimas escorrerem por seu rosto.

- Me desculpe ... me desculpe! - ele repetia entre soluços, antes de se sentar na beirada da cama, claramente arrependido. Chegava ao ponto de apertar os próprios olhos e a cada segundo parecia que ele chorava ainda mais.

Não tem homem no mundo que não fique incomodado ao ver uma mulher chorar. Ele não era uma, mas naquele momento eu o enxerguei dessa forma. Senti meu coração bater forte e tive de segurar a vontade de abraçá-lo pára que ele parasse.

- Pare de chorar e olhe para mim. - ordenei como sempre fiz. Não consegui ser sensível depois daquele susto. O vi balançar a cabeça para os lados, ainda mantendo as mãos no rosto. - Eu lhe dei uma ordem. Se não me obedecer vou ter de tirar suas mãos do rosto à força!

Ele deve ter noção do perigo, ou é muito passivo, pois rapidamente tirou as mãos do rosto. Soluçou algumas vezes, antes de levantar os olhos e direcioná-los para mim. Mais lágrimas escorreram por seu rosto e se eu não tivesse segurado suas mãos, ele teria tapado o rosto mais uma vez.

- Não preciso mais de resposta para saber que você gosta de homens e agora não tenho dúvidas que você se sente atraído por mim.

Falei uma porção de coisas e cheguei a fazer comentários racistas que não valem a pena ser citados aqui. Já estava arrependido de ter entrado naquele quarto, situação que piorou quando o vi chorar ainda mais. 

- Eu fico .... agradecido por cuidar de mim, mas sou homem e sei me virar sozinho. - ele assentia e pedia desculpas a cada palavra que eu dizia. - Acho válido lembrar de que você não é uma mulher e não me sinto atraído por você.

Na época eu não sentia. Hoje praticamente tudo que ele faz me deixa louco.

- E-eu sei que não sou ... - ele gaguejou e soluçou várias vezes. Freed podia não ser mulher, mas age como uma perfeitamente. - Mas eu te amo, independente disso.

Sim, aquilo me abalou. Cheguei a arregalar os olhos ao receber aquela resposta direta. Estiquei o braço e voltei a pegar a garrafa de rum, dando um longe gole ainda em choque, antes de respirar fundo. Vi os olhos dele me seguirem e pelo amor de Deus, ele ainda soluçava.

- E o que você quer que eu faça a respeito? - apertei a garrafa forte, chegando ao ponto de gaguejar para falar.

Ele virou os olhos para o lado. Parece que não tinha pensado no assunto e fitou o vazio, totalmente confuso. Droga ... ele fala essas coisas e depois não sabe o que fazer?

- Bom ... pelo o que vi a minutos atrás parece que você tem um forte desejo por mim. Por acaso quer transar comigo?

Joguei o corpo para frente e vi a cara do pânico estampado no rosto dele. Era óbvio que ele queria meu corpo nu e ver aquele desespero todo era divertido. Foi a única forma que encontrei para cortar o clima pesado daquela situação. A ideia era, ele dizer que gostava de mim ... sei lá ... bem pouco e mandar eu me ferrar por dizer aquelas coisas, mas aquele desespero acabou por se inverter.

Demorou alguns segundos, mas Freed respirou fundo, balançou a cabeça positivamente e fechou os olhos, gaguejando, antes de falar que queria MUITO fazer sexo comigo.

Senti meus músculos travarem com aquela resposta. Recuei o corpo para trás e o olhei da cabeça aos pés. TRANSAR COM UM HOMEM? Arregalei os olhos e fiz cara de nojo, mas aquilo pareceu não deixá-lo abalado, pois ele enxugou as lágrimas com a manga da blusa e esticou o corpo para me abraçar. Deve ter feito isso por vergonha, pois até hoje não consigo entender de onde ele tirou coragem para dizer aquilo.

Apenas lembro de arregalar os olhos naquele momento. "Puta que pariu, o que eu faço agora?", era o que eu pensava, sentindo a respiração dele bater contra meu pescoço. Tinha de manter a calma ou acabaria dando uma surra nele por ser tão cara de pau.

- Eu vou te machucar se fizer isso. - disse tentando, fazê-lo desistir da ideia, mas aquele maldito parecia até mesmo ter treinado respostas.

- Eu não me importo. Se para estar com você preciso me ferir, estou estou disposto a suportar toda dor do mundo.

Aí eu tive certeza de que ele queria meu corpo nu ... e se bobiar ... COM MORANGOS!

Forcei minha mente a bolar uma saída naquele momento. "Pense Laxus .. pense!", mas nada me vinha à cabeça. Freed subiu as mãos pelo meu pescoço e para minha surpresa comecei a arrepiar quando eles passou os dedos entre meus cabelos, antes de puxar meu rosto para que me beijar. Ele nem mesmo sabia fazer aquilo, mas podia sentir o quanto estava se empolgando a cada minuto que ficava perto de mim. Freed tremia como se eletricidade percorresse por seu corpo e ... É ... FOI ESSA A IDEIA!

Com muito esforço consegui ter uma ideia. Nem sequer pensei em consequências, apenas coloquei na cabeça que tinha de sair daquele lugar, antes que ele jogasse alguma runa depravada em mim. 

Passei os braços envolta da cintura dele e o puxei para meu colo, dando a ideia de que estava disposto a transar com ele. Segurei seu queixo e sorri, trazendo seu rosto para bem próximo ao meu. Minhas mãos foram subindo por suas costas e ele fechou os olhos, conforme seu rosto se aproximava do meu. Meus lábios encostaram sobre os dele de leve e fiz com que uma corrente elétrica passasse por todo seu corpo colado ao meu. Senti ele tremer e arquear o corpo de leve, antes que perdesse as forças e o corpo magro caísse sobre o meu. Ele estava desmaiado.

AMÉM, eu pensei naquela época. Hoje odeio quando ele desmaia.

Soltei um suspiro de alívio quando tive a certeza de que ele não acordaria. Com cuidado, o tirei dos meus braços e coloquei seu corpo deitado em frente a mim. Respirei fundo ao fitar sua expressão calma e serena, me lamentando por ter entrado naquele quarto e dito tanta besteira. Fiquei de pé e o tomei em meus braços para deitá-lo da forma correta. Ele não demoraria a acordar e tinha plena consciência de que era melhor que eu não estivesse ali quando isso acontecesse.

- Idiota. - disse baixo ao me lembrar de cada palavra que ele havia dito antes de desmaiar, sentindo o coração pesar dentro do peito. Depois de cobrí-lo peguei a garrafa em cima do criado e terminei de bebê-la, antes de sair daquele quarto e fechar a porta.

Fiquei tão assustado que nem consegui dormir o resto da madrugada.

-x-

O dia seguinte foi bastante preocupante. Freed custou a acordar e passou mal por dois dias inteiros. Ninguém conseguiu entender porque ele passou mal de repente, mas nós dois ficamos de boca fechada. Devido a consciência pesada, acabei por passar estes dois dias cuidando dele, enquanto o restante da equipe voltou para a guilda. Freed nunca pareceu tão feliz. Obviamente questionou o que havia acontecido, mas dei um jeito de inventar alguma história, que para minha surpresa, ele aceitou numa boa.

Logo já estávamos na porta de nossa guilda e tenho de dizer que no tempo em que fiquei junto à ele, fui agarrado e beijado várias vezes e por muito pouco não perdi o controle e dormi com ele.

- Agora me escute ... - segurei o queixo dele, trazendo sua atenção para mim. Desde aquela noite ele estava eufórico demais. - Não conte a ninguém o que houve entre nós e .... - mas que merda, ele já estava se aproximando de mim de novo. - Nada de beijos em público! Entendeu?

Tive de segurá-lo pelos ombros. Freed balançou a cabeça positivamente e se desviou das minhas mãos. Antes que eu pudesse xingá-lo, ele já enlaçara meu pescoço com os braços e me beijava.

- Você escutou o que eu disse? - disse em tom autoritário, empurrando-o.

- S-sim! - ele tinha um sorriso bobo no rosto. Esse sorriso estava estampado na cara dele fazia dois dias. - Não há ninguém perto de nós agora!

Balancei a cabeça e levei a mão até o rosto. Normalmente perderia a paciência com alguém tão meloso, mas por algum motivo não conseguia ficar bravo com ele. Acabei por rir ao ver que suas bochechas estavam coradas e resolvi provocá-lo. Olhei para os lados, antes de pegar sua mão, puxando-o conforme caminhava. Ele acompanhou meus passos sem dizer um única palavra. Contornamos o lugar e pude sentir seu corpo mexer de susto quando o joguei contra a parede dos fundos da guilda, antes de passar meus braços envolta de seu corpo.

- Vou te ensinar a beijar direito.

Ele até tentou dizer algo, mas desistiu até mesmo de se mexer quando comecei a beijá-lo. Pude sentir a dificuldade que ele sentia conforme minha boca se conectava ainda mais à sua, mas rapidamente senti sua apreciação.

E foi basicamente assim que nossa história aconteceu. Levou um tempo enorme para que eu aceitasse minha aparente homossexualidade e até mesmo tomasse Freed como meu. Foi complicado, nojento, revoltante ... várias coisas ao mesmo tempo. Porém com o passar dos dias, aprendi a aceitar aquele amor diferente e extremamente gay. Ainda tiro sarro da cara dele, não posso negar, mas acredito que isso faça parte, afinal, não é todo dia que um homem abre mão de sua própria masculinidade para ficar com a pessoa que ama.

E também ... não é todo dia que eu falo numa boa que acabei me tornando gay.


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Notas finais do capítulo

Era pra sair um lemon aí, mas quando eu vi a quantidade de coisas que escrevi achei melhor não escrever :T
Laxus sem vergonha, boca sujaaa :B
Sempre o vi como um cara mais machão, sério, que deve bater muito o pé antes de aceitar o verdadeiro amor e muito menos esse lado do amor :'D
Na minha concepção, ele parece ser bem mais palhaço quando quer x]
Beber rum pode te fazer sair do armário (?)
Sexta, no Globo repórter!
PS: eu estou escrevendo as outras fics. NÃO ME MATEM D:
Obrigado por lerem =)