Um grito!

O silêncio...

E o incessante pingar no tapete...

A dor!

O espanto!

A perda.

A culpa...

E o incessante pingar no tapete...

A fúria o dominou...

Poucos segundos bastaram...

Ela não se calava... Ela tinha que se calar...

Ele a ouviu... A espada...

Sua espada falou...

E ele a ouviu...

Ambos sedentos... Ambos queriam...

Ambos ouviram...

O incessante pingar no tapete...

Seus olhos se arregalaram quando ela caiu

Inerte e inexpressiva...

Já não falava... Já não respirava...

Mas uma lágrima solitária

Brilhava em seu rosto.

Ela caiu...

E o sofá a abrigou.

Agonizante... ela gritou...

Surpreso... Ele gritou...

Um novo golpe... Um esguicho de sangue...

Veio o silêncio...

E a culpa...

Sua mão pendeu...

E de seu corpo o sangue verteu...

Incessante a pingar no tapete...