Milhares de perguntas se passavam na cabeça de Claire, que ainda estava observando a foto, que como todas as outras do mundo bruxo, se mexia. Demorou um pouco para que Claire acreditasse, mas definitivamente aqueles cabelos ondulados e aquele olhar confiante eram de Lewis, o que a fez chorar.

Claire chorou por vários minutos, que para ela, pareceram horas. Ela agora acreditada em Lucy e Daniel mas, o que estava fazendo-a sofrer era a culpa, por tê-los deixados lá, sem dar mais chances para eles se explicarem melhor.

Quando já estava amanhecendo, o trem começou a diminuir a velocidade, o que fez Claire fechar o caderno e coloca-lo de volta dentro do casaco. Quando o trem parou totalmente, a menina desceu e deparou-se com Dumbledore, que disse docemente:

– Seja bem-vinda.

– Obrigada. - respondeu Claire, ainda secando algumas lágrimas.

– Vejo que a Senhorita teve uma noite… Digamos… Difícil, não é?

– Sim…

– Bem, vamos entrar no castelo. Acredito que a Senhorita adoraria uma xícara de chocolate e uma boa cama para descansar.

Dito isso, Dumbledore começou a andar em direção ao castelo e Claire o seguiu. A menina nunca havia feito aquele caminho andando, mas ela sentia-se familiarizada com o lugar. Quando eles adentraram o castelo, Dumbledore disse:

– Pode ir para seus aposentos. Os demais alunos foram dispensados. O chocolate estará lá.

– Dispensados? - perguntou Claire.

– Uma longa história que acredito que a Senhorita não iria gostar de ouvir. Agora vá, descanse.

Claire obedeceu e foi para a sala comunal nas masmorras. Quando ela abriu a porta do dormitório, para sua surpresa, o chocolate realmente estava lá, juntamente com alguns muffins.

Claire bebericou o chocolate e mordeu um pedaço do muffin, mas ela não sentia-se com fome. Então ela deitou-se e adormeceu, como nunca antes havia feito.

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Após vário pesadelos relacionados a morte de sua mãe e a de seu irmão, Claire despertou; ela tentou abrir os olhos em vão, pois eles ainda estavam pesados. Quando ela virou-se para o outro lado da cama, Claire sentiu-se como se estivesse sendo observada e, finalmente, conseguiu abrir os olhos. Para sua surpresa, Jonah estava lá, sentado na cama ao seu lado:

– Bom dia! - disse ele, sorrindo.

– Jonah! Que bom te ver, estava tão preocupada! - disse Claire, sentando-se na cama.

Jonah levantou-se e sentou-se ao lado de Claire, colocando seus braços ao redor da menina:

– Sinto muito pela sua mãe e seu irmão.

– Obrigada… Você esta bem? - respondeu Claire.

– Estou. Você precisa de alguma coisa? - disse Jonah, carinhosamente.

– Não, só gostaria de ir ao banheiro.

– Então vá, pois tem uma visita para você na Sala Comunal.

– Visita?

– Sim.

– O.K… - disse a menina levantando-se e, virando-se para Jonah, disse - Te amo.

– Eu também te amo, amor. - respondeu Jonah docemente.

Claire entrou no banheiro, lavou o rosto e escovou os dentes, ansiosa para ver a tal visita. Quando ela saiu do banheiro, Jonah ainda estava sentado na cama.

– Você vem? - perguntou Claire a ele.

– Não, acho que a visita é meio particular.

Sem dizer mais nada, Claire saiu de seu dormitório e andou em direção a Sala Comunal. Quando ela adentrou na Sala, foi surpreendida por sua visita e sorrindo, disse:

– Que bom ver vocês por aqui!