Rachael Sincera escrita por Monica Romero


Capítulo 45
Capítulo 45


Notas iniciais do capítulo

Estou recebendo tãos pouco comentários :(
Obrigada quem ainda comenta, vc me ajudam a continuar a fic!
Boa Leitura...



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A chuva começa cair do lado de fora da minha garagem.
Olho para Jorge com um olhar cético. O que ele quis dizer? Foi o que eu entendi?
Viajarei para a Espanha? Vingarei a Espanha?
Quem eu quero enganar. Sei exatamente que não é isso. Eu não sei se quero que seja isso.
–O que disse?
Tenho que perguntar. Não pode ser verdade. Não pode ser. Porque se for verdade... E se for verdade?
–Voltarei para a Espanha.
Droga Jorge. Se sabe falar português por que complica tudo falando sempre em Espanhol?
Olho para seu rosto e começo a rir.
Mas vejo em seus olhos que tudo que ele disse é verdade.
Por um momento penso em fazer uma homenagem a Dançando na Chuva. EU NÃO TERIA QUE FALAR A VERDADE! Eu não precisaria dizer que nunca gostei dele como ele gosta de mim. Eu não precisaria contar que o trai. Não precisaria contar que... Não ele já sabe que sou burra o suficiente para não entender espanhol.
Mas então se for verdade...
Caio de joelhos e começo a soluçar.
EU PODERIA TER FICADO COM DANIEL!
Que droga! Sempre tenho que acabar com qualquer felicidade que apareça. Destruir tudo. Como se eu fosse masoquista.
Daniel e eu poderiamos ser um casal.
Jorge me levanta e me abraça. Um abraço verdadeiro.
Não, eu não poderia aceitar Daniel. Quem ama não te faz de idiota, ou tenta te fazer de idiota.
Além do fato de ter minha melhor amiga. Assim como eu não mereço um traste daqueles, Raquel muito menos. Ela sempre foi uma pessoa boa demais para ser comparada comigo. Raquel sempre foi um exemplo (menos no quesito bom gosto, tenho suspeitas que ela seja masoquista).
Jorge me abraça forte e o sinto reprimir um soluço.
Eu o faço sofrer. Se eu contar a verdade ele vai sofrer ainda mais.
É realmente isso que eu quero? Ficar com ele por piedade? Mas não é exatamente o que eu tenho feito?
Ele não me merece. Nunca mereceu.
–Desculpe... Desculpe... Desculpe... -Sussurro várias vezes a palavra. -Por favor, me perdoe.
–O que está dizendo Rachael?
–Espero que um dia você seja capaz de me perdoar.
–Pelo que?
Choro. Não quero contar não posso contar.
–Só peço que seja capaz de me perdoar.
É o melhor que pode acontecer. Eu não preciso mais imaginar uma morte iminente para nenhum dos lados para resolver essa situação. Ele pode ser feliz e nunca descobrir a verdade. Vamos terminar como bons amigos.
–Te amo. Rach. Eu te amo.
Existe outra resposta para essa afirmação além de "eu também"?
Não posso mais mentir pra ele.
Então finjo soluçar mais alto e mais desesperadamente.
–Perdoe-me. -Diz ele - Não consegui lhe hablar antes, estoy sabendo a pueco mais de uno mês, mas vai ser daqui a três dias.

–--------

Aquele dia passei o resto da tarde com Jorge.
Ele me levou para o parque. Estavams mais molhados que qualquer outra pessoa.
Descemos do ônibus apostando corrida.
Brincamo no balanço.
Subimos em árvores.
Derrubamos um ao outro na lama.
Dançamos na chuva. Jorge segurou firme meus braços entrelaçados com os dele e rodamos até eu cair na lama.
Não nos preocupamos com qualquer reação que nossas mães poderiam ter quando chegasse-mos em casa. Não nos preocupamos com as pessoas que passavam por nós murmurando loucos.
Outras pessoas passavam por nós sorrindo. Talvez invejando nossa alegria, nossa juventude. Felizes por ver o amor jovem.
Talvez estávamos mais patéticos do pensávamos. Mas Jorege não. Ele sempre foi lindo. Mas ele estava extraordinário. Eu nunca gostei de ver fotos minhas quando eu estava toda molhada, sempre me achava feia. A maioria das pessoas ficam feias. Mas Jorge não é a maioria das pessoas.
Ainda me pergunto o que ele vê em mim. Lembro que ele disse que ama o meu jeito, meu sorriso e minha personalidade, minhas convicções e meu orgulho. Mas foi naquele dia que percebi que somente ele poderia me amar daquela maneira. Que por maisque eu tenha meus defeitos ele encontrou algo para amar em mim.
Quando a chuva parou deitamos no chão olhando para o céu. Em direções opostas e somente as cabeças uma do lado da outra.
Era fascinante olhar para seus olhos azuis.
Seria nossa última tarde juntos. Amanhã ele terminaria de arrumar as coisas da mudança e depois, no dia seguinte, teria uma festa. Que acabaria a meia noite, pois seu vôo será o das duas da manhã, então ele teria que arrumar suas coisas e fazer o check-in.
Prometi a mim mesma que aquela tarde seria sem mentiras.
Apenas Jorge e Rachael aproveitando seus últimos sorrisos.


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Notas finais do capítulo

Comentem o q acharam.
Bjo



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