Rachael Sincera escrita por Monica Romero


Capítulo 30
Capítulo 30


Notas iniciais do capítulo

Eu falei q tinha escrito bastante.
Boa Leitura...



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Sou uma pessoa que se julga muito. Me culpo muito. Mas acho que isso é bom.
Sempre que isso ocorre um sentimento de culpa me devora dia e noite e me consome.
Sinto necessidade de escrever. Eu preciso escrever. As letras são o meu refúgio, um lugar onde eu descubro quão belo e profundos são os sentimentos dos homens.
Não me considero uma pessoa emotiva. Tenho emoções muito intensas, isso é verdade, mas também sou uma pessoa guiada pela razão.
Não sou o tipo de pessoa que desculpa facilmente os outros, mas me importo com os sentimentos deles. A coisa mais dificil para mim mesma é me perdoar. As pessoas não deveriam confiar em mim, eu não confio. Sou uma pessoa cruel mesmo não querendo.
Acredite eu quero sempre ser melhor a cada dia, mas vejo que me decepciono com facilidade.
Muitas pessoas contam com pessoas especializadas para desabafar. Eu guardo sentimentos para mim mesma, os outros não conseguem me entender e não vou dar a eles essa capacidade. Eu escrevo. Escrevo para desabafar. Acho que não sei fazer nada melhor do que isso, acredito no poder das palavras, elas curam a dor que sinto e me revigoram.
Por mais que o ontem tenha nos machucado temos de continuar.
Vivo dia pós dia me culpando por machucar os outros. Não queria machucalos.
Não gosto de magoar as pessoas. Eu sou muito boa nisso, mesmo não querendo. Fico constrangida em encontrar novamente a pessoa e meu orgulho tão idiota me impedir de me desculpar.
Sou uma pessoa muito orgulhosa, mais do que deveria. Muitas vezes isso me ajuda, mas também me machuca. Eu me importo com as pessoas, de verdade, quero fazer desse mundo um lugar melhor, a vida de cada uma ser melhor. Posso não aparentar com minha maldade e orgulho expostos, nem mesmo ser delicada na escolha de palavras ou momentos apropriados, mas me importo de verdade com todos ao meu redor.
Às vezes imagino que tipo de garota eles vêem em mim. Imagino ser uma garota frivola. No maximo diriam que sou engraçadinha.
Sinto-me encurralada nas atuais formas que estou usando para esconder meus sentimentos, minha dor. Distribuo sorrisos e tento ser agradável, mas imagino que muitas pessoas somente tem de me suportar como se eu fosse uma carga. De que elas só fingem gostar de mim.
É triste você ter de pensar nisso.
Os adultos sempre falam que adolescentes não passam problemas, mas acho que o vazio que sentimos nessa faze é facilmente esquecido. Com o tempo perdemos cada vez mais a identidade de nosso ser pelo caminho que traçamos, deixamos requicios que são aos poucos apagados pela memória. Logo isso é preenchido. Assim é que amadurecemos. Vivemos morrendo, morremos para viver.
Não quero parecer frivola ou que pensem que sorrisos são faceis de se conseguir, mas sempre que estou no momento eu não dou espaço para minha conciência falar e geralmente percebo que é tarde demais.
Não quero viver morrendo. Não gosto de acordar sem ter certeza do que sou.
Em alguns momentos sou romântica, alegre e animada em outros sou séria, carrancuda, raivosa e triste.
A maior parte do tempo o silêncio tem sido minha resposta. Eu não entendia como uma pessoa gritava em silêncio, mas hoje eu sou essa pessoa.
No final somos todos explosivos, uma granada prestes a explodir. Não importa nossa opinião atingimos os outros.
Mas a vida continua. Não são de lágrimas que se faz pão. Sabemos que temos de continuar, por mais triste que seja temos que erger a cabeça e nos surpreender.


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Notas finais do capítulo

Comentem opniões :)
Bjo



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