O Prometido escrita por Hal Hudson


Capítulo 26
Como assim g......?


Notas iniciais do capítulo

Bom gente, cá estou eu de novo o/
Bom, o capítulo promete muita coisa...
Só isso pra dizer, aproveitem.



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Naquela segunda, papai e Ártemis faltaram. Como história era a última aula e não havia quem substituí-la, nós fomos para casa mais cedo.

Cheguei em casa cantarolando junto com o fone: Didn’t expect you.

Destranquei a porta da sala e entrei. Cannon estava dormindo no primeiro degrau da escada e nem se deu o trabalho de ir lamber meus tênis.

Who I am, who I am, who I am? Ohhhhh – Terminei de cantar e pausei a lista de reprodução.

Fui para a cozinha achar alguma coisa pra comer. Na mesa tinha um bilhete com a letra do papai:

Filho, fui pro Olimpo terminar o teto do templo. Ártemis veio comigo. Eu deixei feijão de molho, se quiser cozinha ele. Tem queijo e presunto na geladeira pra um sanduíche.

Papai.

Amassei o papel e joguei na lixeira. Pluguei meu celular no rádio e continuei a ouvir música enquanto fritava alho e cebola em uma panela e colocava o feijão para cozinhar na pressão.

Fui fazendo o arroz com tomate enquanto cantava Ron Pope bem alto. Erika tinha me viciado bonito em Ron Pope.

– C’mon wait for me and I’ll try! – Cantalorava enquanto esperava o arroz ficar pronto.

 Quando o feijão cozinhou, eu fui preparar uma panela para temperar um pouco dele.

Coloquei alho, cebola e azeite em uma panela e deixei dourar. Depois coloquei duas conchas cheias de feijão e um pouco do caldo e de calabresa que estavam na panela de pressão. Coloquei uma folha de louro e caldo de carne e deixei por uns minutos.

 Fiz salada de alface e comecei a comer. Não sobrou nada nas panelas.

Terminei de comer, escovei os dentes, despluguei o celular do rádio e fui tocar piano. As notas vinham do cosmos e se enlaçavam dos meus dedos para as teclas de osso polido do instrumento com uma velocidade espantosa. Papai odiava quando eu tocava muito rápido, pois sempre açoitava as teclas sem querer.

Terminei a última nota ofegante, suado e descabelado, uma visão terrível. Fui tomar um banho merecido. Tinha criado um novo instrumental!

A água morna que caía em minha cabeça era revigorante. O leve pinicar da esponja me fazia sentir humano novamente. Era estranho ser imortal. Até a água era diferente, mais aconchegante que o normal. Pelo menos o banho tirou a aula de química da cabeça.

Flashback on:

A Profª Magali estava nos passando um texto sobre separação de misturas. Eu copiei normalmente, até um pouco lerdo. Quando terminei o texto fui levá-lo para ela vistar e ela ainda estava na metade do texto.

– Mocinho, eu devo te lembrar que ainda não passei nem metade do texto. – Ela disse em tom azedo.

–Mas eu terminei o texto! – Exclamei mostrando as três folhas do fichário que estavam na minha mão.

A professora pegou as folhas e as estudou. Erika ficou olhando para mim com uma cara estranha. A professora arregalou os olhos ao ver o texto.

– Não é possível! – Ela arquejou. – Está igual ao livro, e ainda tem uma anotação que nem eu me lembrava!

 Todos da sala olharam para mim. – O Hal? Esperto? Cadê a câmera? – Jake brincou.

A professora ainda olhava pra mim, impressionada. Ela marcou um ponto positivo no diário e me mando sentar. Erika se virou e falou:

– Hal, você brilhou prateado!

– Eu sei, é a imortalidade, ainda não me acostumei.

Erika arregalou os olhos e rabiscou em um papel:

Como assim?

Virei o papel e rabisquei:

O anel de noivado tinha um treco maluco que me fez imortal.

Ela murmurou um “Ah!” meio alto e a professora voltou ao texto.

Flashback off.

No outro dia, terça-feira Art foi pra escola. Ela estava pálida, parecia preocupada. Quando eu perguntei o que estava acontecendo ela falou que depois da aula falava.

Comecei a criar suspeitas sobre isso.

Minha primeira aula foi Educação Física. A Profª Joice pediu pra gente correr pelo quarteirão por meia hora e eu comandei a fila de panacas corredores. Ela ficou pasma quando meu viu parar de correr sem ter uma gota de suor, sem estar ofegante e sem estar fedendo.

A segunda aula foi de História. Papai ia dar aula sobre línguas mortas. Ártemis se sentou do meu lado e ficou trocando bilhetes com a Erika. A filha de Atena ficou branca de uma hora pra outra e me encarou com um olhar ensandecido.

Papai entrou na sala e deu um bom dia bem animado. Começou a escrever na lousa:

Runas, letras mortas ou algo mais?

– Ok gente, runas são rabiscos sem noção que minha vó tinha num livro. – A classe riu. – Sério agora, runa é a especificação para os símbolos usados pelos Vikings como alfabeto...

– Ou para turbinar um Caçador de Sombras. – Completei docemente.

A sala riu.

– Ok então, senhor Caçador de Sombras, pode vir aqui escrever uma runa pra gente?

– Claro velhote. – Respondi com o queixo levantado.

Me levantei e fui para a lousa, peguei a caneta de papai e fiz um raio meio tosco.

Papai avaliou coçando o queixo – Era pra ser uma runa, não uma homenagem ao sogrão.

– É uma runa sim, vi no livro. – Peguei o livro da Erika, que quase mordeu meu braço, folheei e encontrei uma imagem no começo do capítulo sobre os Vikings.

– Ponto positivo Sr. Hudson. – Papai disse me enxotando para minha carteira – Vá namorar.

Nessa hora, Ártemis se levantou rígida, correu até a lixeira e vomitou lá. Fiquei perplexo, os olhos esbugalhados, o rosto branco.

Erika foi ajudá-la. Ela abraçava a barriga enquanto Erika a abraçava pelo ombro e a conduzia para a enfermaria. – Matthew, eu vou levá-la pra enfermaria ok?

Papai saiu do torpor. – Claro, claro, leve-a. Hal, vá junto.

Assenti e ajudei-a passando seu braço por volta do meu pescoço. Juntos, eu e Erika levamos a deusa para a enfermaria.

– O que aconteceu agora? – Perguntei abobalhado.

Erika revirou os olhos. – Não é óbvio Hal?

Art parou perto de outra lixeira e vomitou novamente. – Alguém me ajuda caramba!

– Pera, Erika, leva ela pra enfermaria, eu vou pegar um cantil de néctar pra ela no meu armário. – Disse.

Erika assentiu e eu me desvencilhei da deusa, agora pálida como papel. Saí correndo para meu armário e o abri. Tirei uma garrafinha de energético com um líquido semelhante a suco de maçã. Néctar. Aproveitei e peguei umas barras de cereal e chocolate pra emergência e disparei para a enfermaria.

Ártemis estava muito branca. As veias do seu pescoço se destacavam em azul, roxo e dourado na pele pálida. Destampei a garrafa de néctar, levantei a cabeça da minha deusa com uma mão e com a outra dei a bebida dos deuses como em uma mamadeira. Ela bebeu tudo.

A cor foi voltando para seu rosto. Ofereci uma barrinha de granola e ela a devorou em uma dentada. Comeu o resto e pediu para Erika pedir para pedir pro Apolo buscar uma garrafa de néctar no armário dele. Erika saiu me olhando feio. O que aconteceu com ela?

– Que houve Mô? – Perguntei preocupado.

Ela sorriu – Pensei que o primeiro seria menos agressivo, errei.

Ela passou a mão na barriga. Estanquei.

Olhei da sua barriga para seus olhos. Abri um sorriso. Eu seria pai? Eu, Haley Hudson, filho de Afrodite seria pai?

– Eu vou... Mesmo...? – Apontei pra sua barriga sem conseguir formar uma frase completa. Lágrimas queriam sair. Ártemis já chorava.

Ela assentiu – Vai sim, meu herói. Vamos ser pais.

Não aguentei mais, cobri minha deusa de beijos. Choramos feito bebês. Apolo chegou com um mega sorriso.

– Vou ser tio? – Perguntou ansioso.

– Não – Ela disse – Vai ser o padrinho.

Apolo abriu um sorriso de orelha a orelha.

– E a Erika vai ser a madrinha – Disse quando a filha de Atena chegou. Ela travou na porta.

– Eu te mato seu desvirtuador de deusas virgens! – E me abraçou. – Parabéns.

– Então, já sabem o que vai ser? – Apolo perguntou puxando Erika para ele.

Dei de ombros – Por mim é um casal.

Di arregalou os olhos – Luna e Luan?

Sorri sacana – Com certeza!

Erika abraçou a barriga – Gente, eu não tô bem.

E vomitou na lixeira da enfermaria. Lixeiras são úteis! Meus deuses!

– Ih! Mais uma! – Exclamei. Apolo arregalou os olhos.

– Ma-mas foi nossa primeira vez! – Ele gaguejou.

Pus minha mão no ombro dele – Amigo, foi nossa primeira vez também!

Apolo virou para a irmã – Mana, quer ser a madrinha?

Ela assentiu rindo – Claro!

Erika bebeu o néctar na garrafinha que estava na mão de Apolo. Ela se levantou – Hal, você é o padrinho.

– Ook!

– Hal, to com desejo – Ártemis falou manhosa.

– De quê? – Respondi com a boca cheia de chocolate.

– Quero chocolate na boca – Ela respondeu vergonhosa (fingimento).

Me aproximei da maca lentamente e a beijei. Nossas línguas batalharam enquanto eu pedia passagem. A língua dela roçava levemente o céu da minha boca, me dando calafrios pela espinha. Me separei ofegante. Ela gargalhava alegremente.

– Eu te amo – sussurrei ao seu ouvido.

– Eu te amo mais – Ela sussurrou de volta.

Paft! – Ai! Minha testa! – Papai apareceu derrapando pelo corredor. Ele abriu um sorriso bobo – Vou ser vovô mesmo?

– Vai, vovô e tio – Disse sorrindo.

Papai olhou para Erika e arregalou os olhos – São mais irresponsáveis que eu! Que orgulho! – Ele fingiu secar lágrimas.

Nós caímos na gargalhada. Foram suspeitas duplas. Agora era só esperar nove meses pra ser mais feliz ainda.


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Notas finais do capítulo

Então, gostaram? Comentem seus liandos! E bem, eu preciso de ideias pra segunda temporada, porque eu travei no sexto capítulo e tá muuito difícil destravar ¬.¬'
Masenfim, espero que tenham gostado, se não tiverem gostado me avisem e eu tento melhorar, se tiverem gostado me digam e eu mandarei um abraço e um beijo do Alê -q
Até mais minhas amoras