A turma S\A estava toda em seu furgão. Fred dirigindo, Daphne ao lado, Velma na janela e Salsicha e Scooby atrás, comendo uns salgadinhos, quando Daphne sussurra:

 -Tinha alguém lá.

 -Como disse? Pergunta Velma

 -Tinha alguém lá. Repete Daphne com mais clareza.

 -Onde?

 -Atrás da janela Fred, nos olhava sem parar, não consegui ver quem era.

 -Não tinha ninguém atrás da janela.

 -Eu sei o que eu vi Fred.

 -Então apenas você viu alguém na janela, como uma pessoa que abre o seu terceiro olho?

 -Oi? Pergunta Daphne de forma meio irônica.

 -Alguns acreditam que algumas pessoas conseguem enxergar com seu terceiro olho, um olho que vê coisas que os outros dois não vê, segundo eles, eles podem ter clarividência ou ver gente que não esta mais entre nós.

- Cruzes! Indagou Salsicha rapidamente.

 -Vocês não acreditam mesmo nisso, não é.

 -Por mais que eu sempre esteja do lado da ciência Fred, há muitos depoimentos provando a existência do sobrenatural, gente que quase morreu e viu lugares lindos na hora da quase morte ou alega começar a ver gente morta por todo lado. 

 -Mas eu não sofri nenhum acidente, porque vejo coisas nenhum de vocês veem?

 -Algumas pessoas passam a abrir o terceiro olho com o tempo.

Daphne era sempre a primeira a chegar em casa, sua casa era mais perto comparada a dos outros, quando estavam chegando perto de sua casa, Scooby começa a latir para um ponto fixo no quintal da Daphne:

 -O que é isso Scooby, pare.

 -Um homem.

 -Não tem ninguém ali, Scooby.

 Daphne fica com uma expressão assustada e pálida, ela esta olhando para um lugar fixo, apertando bem forte a mão de Fred que está procurando algo no quintal, por mais que venha muita luz do furgão:

 -Você está vendo alguém Daphne?

 -Tem alguém ali, olhando para a gente, é para ele que Scooby esta latindo.

 -Onde?

 -Bem na nossa frente, acho que agora é realmente oficial, eu vejo certas coisas que outros não podem ver.

 -Descreva o homem.

 -Tudo bem, Velma. Ele esta de terno, tem cabelos apenas do lado e em cima é careca, cabelos brancos, é bem pálido, ele me parece um garçom.

 Então o latido de Scooby finalmente para, e Daphne começa a olhar para todos os lados:

 -Eu acho que ele... Simplesmente sumiu, do nada.

 -Você não vê mais ele Daphne?

 -Não

 -Ô diabo! Além da Daphne começar a ver fantasma, o Scooby também tem que ver. Explica isso meu fio.

 -Tinha um homem.

 -É, os cachorros sempre se mostraram ter uma conexão com o mundo espiritual e não seria diferente com Scooby, ele é um cachorro falante. Explicou Velma.

40 minutos depois...

Daphne estava com seus cabelos ruivos ainda molhados, tinha acabado de tomar um banho, lógico que foi depois de um sermão de seus pais, ela deitou na cama observando cada movimento de seu quarto, pois o dia foi longo e depois de hoje nada voltaria a ser como era antes dela saber um pouco mais da verdade que se escondia dentro de si e da sua Tia Julie. Ela olhou para o seu criado mudo, cujo diário de sua Tia estava sobre ele. Daphne o pegou e começou a ler.

Velma estava em frente a seu computador fazendo uma grande pesquisa sobre mundos espirituais e então depois de uma linha de raciocínio logico ela finalmente descobriu a única pessoa que pode estar assustando Daphne:

  -Gente! Como não percebi isso antes. Disse abismada

Fred estava sentado no sofá, com a televisão ligada, mas sem prestar atenção, pois estava concentrado demais nos seus pensamentos: “Será mesmo que esse tipo de coisa está acontecendo com a Daphne, eu não posso acreditar que uma coisa assim possa acontecer, ainda mais com ela, uma garota meio patricinha, rica que faz parte do Grupo de Teatro, ainda com ela, uma garota linda, a garota que eu mais gosto, que gosto realmente”.

Salsicha estava no seu quarto sentado na cama comendo cereal, ao lado estava o seu cachorro Scooby:

 -Ei Scooby como é que você pode ver fantasma, amigão?

 -Não sei Salsicha.

 -Espera Scooby... Se você vê fantasma e eu não isso quer dizer que... Scooby meu amigo você esta morto e eu estou conversando com o fantasma do Scooby! Oh Diabo! Quando foi que isso aconteceu?

 -Não sei, eu morri. Disse Scooby choramingando.

 -Isso explica ninguém perceber que você é um cachorro falante... Pensando melhor Scooby, eu acho que você não morreu, se não eu não teria visto você e nem a turma né, meu filho.

-Eu não morri, to vivinho. Disse balançando a cabeça freneticamente.

-Vamos celebrar sua vida com um biscoito Scooby. Disse ele com o biscoito na mão.