The Magic Is Our Hope escrita por Liran Rabbit, LWinchester


Capítulo 16
O segredo de Simas e o pedido de namoro


Notas iniciais do capítulo

Coelha aqui! Voltei com mais um capítulo e espero que não tenha sido tão longa assim a demora...

Eu e a Win esperamos que gostem!
Enjoy!



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Pov's Lua

O frio começara a ganhar intensidade e a sensação te ter o feriado e o cheiro de comida natalina me deixavam animada. Parecia que o tempo não tinha passado devagar, tínhamos as aulas normalmente e os duelos pareciam um mero divertimento.

Mas à medida que as semanas iam passando e as correspondências que chegavam, Draco dava um sorriso aqui e outro ali, eu queria saber o que estava escrito nas cartas dele. As minhas vinham sempre um recheio de “estamos com saudades” e “esperamos que o feriado chegue logo”.

Que feriado seria esse? Natal, o que mais poderia ser?

Eu passaria o meu feriado com meus pais, mas eu estava pensando seriamente em um convite que eu recebi de Gina e Rony. Gina tem sido bem legal comigo as ultimas semanas, me ajudando com o quadribol mesmo não sendo da mesma casa que a minha. Ela era boa nisso, e de vez em outra, Harry participava também, mas não contava nada que se pode melhorar meu desempenho, talvez o medo de entregar as táticas do jogo para outra casa lhe passavam pela cabeça.

Essa semana o frio começava a ficar mais intenso e uma coisa que ficou inesquecível foi o meu banho de tempero de salada que todos gostam de relembrar. Até Draco fez uma piada sem graça e quando tinha notado minha cara de brava, não sei se foi por impressão minha, mas ele corou um pouco e riu sem jeito.

Era fim de semana e eu estava com Eduarda no salão, mas minha mente estava em três lugares, no convite que eu recebi dos Weasley, dos Malfoy (sim, recebi o convite por Draco e que era a pedido da mãe dele, Narcisa) e no que aconteceu a mais de um mês, quando aquelas bruxas de “sangue puro” me atacaram. Que eu iria fazer? Poderiam me entregar a diretora a qualquer momento...

– Pelas barbas de Merlin! Lua você está prestando atenção no jogo? – Eduarda me chamou pela segunda vez, tirando-me de meus devaneios.

– Desculpe... Qual foi a sua jogada mesmo? – Olhei pelo tabuleiro, tentando ver se algo tinha de diferente.

– Acabei com um peão seu... De verdade o que aconteceu? - Vi que seus olhos transmitiam preocupação e impaciência. Pensei que quem tinha isso era a Liran...

– Não é nada, é que... Não conte para ninguém okay? – Ela concordou levemente e se inclinou para ouvir. – Faz um mês que eu fui atacada por um grupo de meninas da Sonserina, e agora ela sempre que me veem me olham como se fossem me atacar em pleno corredor...

– Você não falou com nenhum monitor? – Apenas neguei com a cabeça. – Por que não?

– Eu revidei os ataques... – Senti meu rosto queimar e pela inspirada que Duda deu, estava buscando um meio de manter os nervos intactos.

– Duda! Duda! – Olhamos na direção da voz e era Dino.

– Ele explodiu a minha garrafa? – Duda perguntou e Dino apenas concordou, ela murmurou algo e depois se levantou.

– Quer que eu vá com você? – Levantei a varinha e as peças de xadrez se colocaram em ordem.

– Seria um grande favor, não sei mais como falar com Simas, nem sei o que ele está planejando! – E saiu correndo e tivemos que ir até as escadas.

Acho que eu já sabia onde ele estava...

– Dino ele está na sala precisa? – Duda corria a frente de nós dois.

– Ele estava com Neville no momento, estava ajudando com uma coisa, levava uma planta consigo e quando a misturou com o conteúdo da sua garrafa... Puff! - Gesticulou com a mão.

– Neville? Mas o que...?

– Eu também não sei, mas não gosto de como ele está agindo escondido de mim, Me irrita e ele sabe disso! Ah mais nós dois vamos ter uma conversa bem amigável... – Falou em um tom ameaçador e quando chegamos ao andar e ela correu pelo corredor, paramos em frente à parede e só apenas alguns instantes apareceu uma porta.

Quando entramos no local, Simas ficou tão pálido ao ver a garota que quase caiu para trás, ele segurava um pequeno frasco com alguma coisa desconhecida dentro, pela cor não soube o que era.

– Você é meu melhor amigo e chama ela? – Falou bravo com Dino.

– Cara, vocês dois são quase namorados e ainda ficam de briguinha? Ela queria sabe o que estava acontecendo contigo e eu só estou é ajudando, quase que você perde a vida em uma dessas explosões loucas...

– Obrigado Dino! Finalmente, agora você entende Simas? – Duda falou irônica, eu nunca tinha ouvido ela fala daquele jeito com ele e com ninguém.

– Só estava fazendo um favor para uma pessoa...

– Você? A quem é esse favor? – Entrei no meio, perguntando curiosa.

– Quem está do meu lado? – Simas apontou para Neville.

– Que você tá aprontando junto dele Neville? – Olhei para o garoto que parecia confuso e sem resposta para minha pergunta.

– É segredo... – Falou por fim, dando de ombros.

– Você esta mesmo diferente. – Suspirei impaciente. – Duda você ainda vai tomar conta dos três? Ou vem comigo? Tenho que procurar algumas pessoas...

Ela olhava para Simas com um olhar triste, decepcionado. E por fim deu as costas a eles e eu a segui, sem a resposta de que ela iria comigo.

Passamos pelos corredores e encontramos o fantasma da Sonserina, Barão Sangrento. Perguntei a ele se ele tinha visto um aluno de sua casa, Draco, e com um tom de desdém me respondeu.

– Você não se importa se eu...? – Gesticulei com as mãos, mostrando que ia pegar outro caminho.

– Nem um pouco. – Ela riu e tive que rir também. – Valeu por ter vindo comigo, Simas anda meio complicado ultimamente.

– Sei bem como é, mas você me faz um favor? A Liran anda distante e meio nervosa ultimamente também, eu acho que é por causa do Neville, você pode conversar com ela por mim? Por favor...

– Claro que eu falo com ela, mas você sabe como ela é teimosa não é? – Começou a se afastar e ri um pouco com isso. De teimosa ela tem de tudo.

Barão Sangrento disse que ele ia estar aonde mesmo? Ah, biblioteca. Mas o que ele estaria fazendo lá? Talvez algum trabalho.

Quando entrei na biblioteca, tive de desvia de alguns livros que voavam para suas prateleiras. E eu que queria meu quarto assim, com um pouco de magia para os próprios livros se organizarem quando eu cair no sono.

Passei por alguns cantos e não havia lhe encontrado. Vamos Lua pense, onde ele pode estar, em nenhum canto com algo relacionado a magia e... O lugar onde tem livros falando de trouxas talvez. Quando olhei a sessão trouxa, Draco estava com um livro enviado na cara, murmurando cada palavra lida e parecia totalmente concentrado porque nem o livro próximo que tinha caído no chão ele notara, nem os passos que eu dei ele prestou a atenção.

– Draco? – Falei um pouco baixo para que ele ouvisse e pelo visto ele ouviu.

– Eu! – Ergueu a mão como se mostrasse estar presente. Aquilo parecia uma criança não bruxa mostrando onde estava na sala de aula.

– Não é uma chamada, sou eu, Lua. – Aproximei um pouco mais e sentei-me na beirada da mesa onde estavam alguns livros empilhados.

Ele olhou para os dois lados e logo depois olhou para frente, onde eu estava sentada. Ele fechou o livro e coçou os olhos, como se estivesse lendo há muito tempo.

– Desculpe, eu... Eu estava lendo algumas coisas. – Apontou para os livros atrás de mim e levantou o que ele fechará.

– Notei, eu queria falar com você sobre o feriado, do convite que você fez a mim. – Falei um pouco nervosa, não sabia como falar aquilo a alguém nascido bruxo, principalmente a alguém que é a pessoa que eu amo.

– Pode falar. Espera você não vai? Ou você vai passar o Natal com seus pais? – Exaltou um pouco a voz, nervoso e gagueando um pouco.

– Calma Malfoy! – Ergui as mãos em sinal de rendição. Ele se remexeu na cadeira, desconfortável e eu respirei fundo. – Eu queria que você fosse a minha casa e conhecesse os meus pais, ou talvez, eles e eu fossemos a sua casa.

– Isso seria ótimo, mas eu não lhe pedi uma coisa ainda. Acho que eu deveria falar com seus pais e ver como os meus reagiriam... – Falou com um tom vazio.

– Uma coisa que não me pediu? O que seria? – Mostrei minha curiosidade e falei ansiosa esperando a resposta.

– Não é nada! A ruiva não falou pra você não né? – Cochichou, como se alguém estivesse ouvindo.

– Sobre você me pedir em namoro, é ela me falou sim... – Falei rindo um pouco e notei que suas bochechas ganharam um tom rosado.

– Não ria... É constrangedor demais... – Desviou o rosto.

– É fofo, mas eu fim falar outra coisa. Eu fui convidada a passar o natal na casa dos Weasley também, e... Eu tenho que tomar três decisões e vim perguntar se eu tomasse uma delas você estivesse a favor, que é eu ir a sua casa ou você ir a minha.

O silêncio se pendurou depois que eu terminei de falar, ele ainda tinha o rosto virado para o lado, ou para a janela, da qual olhava pensativo e eu olhava os detalhes das prateleiras, com um interesse súbito.

– Você vai passar o natal com eles? Não tenho nada contra, mas você vai? – Falou por fim, quebrando o clima.

– Não sei... Eu ainda vou pensar, e quando o fizer, mandarei uma carta aos meus pais. – Suspirei e me sentei ao lado dele. – E você Draco? Falou com seus pais ultimamente? Falou que tem uma amiga trouxa?

– Apenas com a minha mãe... Eu ia querer falar com meu pai pessoalmente sobre você e tudo que aconteceu sabe? – Apenas concordei e ele deu um suspiro cansado.

– Você ainda vai me pedir em namoro? – Falei manhosa e isso deixou Draco olhando estranhamente para mim e com um toque de vermelho.

– V-você nem devia falar assim... E-eu... – Ele levantou, derrubando alguns livros que estavam no colo. – Namora comigo Lua Winchester?

– Uau! – Olhei para ele enquanto o mesmo começava a ficar serio, e por mais que tentasse um sorriso de canto aparecia.

– Aceita? – Ficou com o rosto bem próximo do meu e logo sussurrou ao meu ouvido. – Hein Lua Winchester?

– Draco... Estamos na biblioteca... – Sussurrei de volta, afastando-o um pouco, mas ele voltou e me deu um selinho.

– Quem liga? – Puxou-me pela cintura.

– Acho que você está tendo más influências... – Dei uma risada e afastei-o um pouco, o ouvindo reclamar. – Chega okay? Agora eu tenho que ver se tem alguma para me ajudar a terminar um resumo da lição, dois pergaminhos inteiros.

– Posso te ajudar se quiser. – Deu uma piscadela.

– Nem vem docinho. Sei bem o que você vai aprontar... – Afastei um pouco e andei até outra sessão para pegar algum livro.

– Não vai fugir de mim! – Me surpreendendo por trás, abraçou-me e me girou um pouco. Por conta da surpresa eu dei um grito, o que chamou a atenção da mulher que passava ali por perto.

– Senhorita Winchester! Isso é uma biblioteca não uma casa de ópera Trouxa! - Repreendeu.

– Desculpe... Isso não vai se repetir... - Nunca olhar para os meus pés pareceu tão atraente.

– Não...? – Draco sorriu travesso. Eu não acredito que ele disse isso!

–Não, não vai se repetir! Pode apostar! -Cruzei os braços.

–Ótimo, agora vão namorar no armário de vassouras! Ora, esses alunos... - Sai resmungando.

– Fale por si mesma... – Sussurrei.

Não consegui dizer mais nada, apenas respirei fundo e sai daquele lugar, eu sempre gostei daquela biblioteca, mas nesse momento aquele lugar me deixou com os nervos a flor da pele.

–Hey! Como vai Éowyn? Faz um tempinho que não conversamos... Seus dias são tão simples, se divide em voar, dormir, entregar e receber minhas cartas e comer... Inclusive os biscoitos que a Liran gosta de ti engordar! Hunpf

Ela deu pio. Será que isso significa que ela gosta dos biscoitinhos contrabandeados pele a ruiva?

– Não importa de qualquer forma, acho que não vou passar o Natal em nossa casa, Draco não vai ter um Natal com o pai, acho melhor irmos até a Mansão Malfoy, não que eu vá me sentir a vontade, mas é uma questão de bom senso porque eu não vou abandonar meu namorado... Hey eu disse “meu namorado”, você me ouviu senhorita empenada? Tenho que contar para papai e mamãe, eu acho que eles vão estranhar essa ideia, acho que eles iam se sentir melhor n’A Toca com os Weasley´s, eu que ficaria louca com tanta gente ruiva! Imagina só! Talvez eu faça uma pequena fuga e vá até a casa dos Diggorys, eu ainda me sinto ligada ao Cedric, ele foi o primeiro amigo neste castelo, a anãzinha sem senso de direção... Okay, eu vou até a Mansão Malfoy, mas e a senhora Malfoy? Ela não vai gostar de mim e tem o pai dele, droga... O que eu faço?

– Bom dia, Lua! - Era Luna.

– Ah, alô Luna! - Abracei-a. A ídolo da Liran, ela realmente admira a loira. -Você passar o Natal com Draco, certo?-na lata.

– Isso é complicado. - Bagunçando minhas vestes. - Eu não sei se é uma boa ideia, tenho medo de não gostarem de mim e principalmente dos meus pais não forem com a cara do Draco.

Se bem que a Liran iria adorar, tenho certeza que ele quer dá uns bons socos nele, ou mesmo chamuscar as madeixas loiras dele.

– Papai costuma dizer que evitamos o termo: complicado. Porque temos medo de enfrentar a realidade ou os zonzobólos que costumam perturbar nossa mente, eu posso ti ajudar, mas o seu medo faz parte de você!

Tirando a parte dos zonzos... Zorro alguma coisa, ela realmente me fez sentir melhor. Ela saiu pulando pelos os corredores.

–GOMES! EU VOU PASSAR O NATAL COM O LOIRO! - E essa sou eu gritando, eu vou morrer de vergonha, mas vou seguir o estranho conceito filosófico do sr.Lovegood.


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