My Dark Side escrita por Kelly


Capítulo 17
Humanidade


Notas iniciais do capítulo

Novo capituloooo :3



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Anteriormente em My Dark Side:

–Por favor, diz-me que ele conseguiu, Cassie! - exclamou Bon e eu respirei fundo - Nós não conseguimos, certo?
–Bonnie... - sussurrei, olhando-a e vendo tudo desfocado pela água nos meus olhos - Jeremy... ele... morreu.
Ter de repeti aquilo magoou-me mais do que ignorar, mas eu já tinha uma pequena ideia disso. Percebo o lado de Bon, é horrível quando perdemos alguém e ter de repetir é... muito mais doloroso. Dói duas vezes o que só deveria doer uma.

Atualmente em My Dark Side:


~dia seguinte~

–Eu devia estar aí! - exclamei para o telemóvel.
–Cassie, eu quero a cura. - explicou Rebecka.
–E Elena precisa dela. - avisei preocupada, e apenas ouvi um suspiro- Onde estão?!
–Eu quero a cura para poder estar contigo, acompanhar a tua vida. - confessou a minha mãe, baixo.
Olhei o espelho e notei os olhos iguais aos de Rebecka. Percebi a sua parte, mas Elena tem as emoções desligadas, Elena precisa daquela cura para ser salva, é a única maneira.
–Onde estão? - perguntei, novamente, obtendo desta vez uma resposta.
Stefan saiu com Damon para encobrirem os corpos das bruxas mortas. Caroline está com Bonnie, então vou aproveitar. Agarrei a minha mala no quarto, caminhei até à rua. Olhei à minha volta, fixando depois o carro do Stefan. Antes de abrir a porta, com magia, olhei a mansão dos Salvatore. Entrei no carro e arranquei. Eu vou salvar a minha prima.

~horas depois~

Entrei no café, que Rebecka mencionou na mensagem e olhei em volta. Avistei Rebecka, Elena, de costas, e ... Katherine. Senti uma raiva crescer dentro de mim e lembrei-me da noite em que Jeremy morreu, ela merecia morrer mas não seria eu a fazê-lo. Ela irá ser morta pelo próprio veneno. Aproximei-me.
–Olhem só, chamaram reforços. - acusou a vampira irónica.
Rebecka e Elena olharam-me, a primeira sorriu fracamente e a segunda fuzilou-me com o olhar. Katherine ia fugir, mas a minha mãe espetou-lhe um garfo na mão.
–Não vais a lado nenhum. - avisou ela.
–Já me tinha esquecido do teu charme... - disse Kath para Becka.
–Estou surpresa por te lembrares de mim, já que estavas tão ocupada tentando matar a minha filha. - acusou Rebecka.
Eu sentei-me ao lado de Elena, que sorriu irónica. Eu rolei os olhos, esperando encontrar a cura.
–Cada minuto a mais a falar é mais um minuto que Stefan e Damon ganham.- avisou Lena.
Olhei para a minha mãe confusa e ela olhou-me significativamente: Elena não sabe que quero a cura para ela e não para Rebecka. A vampira original agarrou a cara de Katherine voltando-a para si.
–Onde está a cura? - perguntou, tentando coagi-la.
–Eu tomo verbena. - respondeu Kath sorrindo.
–Então irei poder torturar-te. Divertido! - exclamou ela, largando a face da outra.
–Para que querem a cura? - perguntou a vampira.
–Para que a queres tu? - perguntei de volta.
–Já sei: matar Niklaus. - respondeu Becka, por Katherine.
–Passei 500 anos a fugir dele. Não tenho nem intenção de chegar perto. - explicou e olhou-nos - Mas ele deve estar ansioso por pôr as mãos nela. Eu dou a cura e ele dá-me a liberdade.
–Que coitada. - ironizou Elena - E a parte em que nos enganas e alguém morre?
–Não quero enganar ninguém. - respondeu ela e eu neguei com a cabeça - Sei que não acreditam, mas é verdade. As pessoas mudam, não sabem quem sou.
Eu olhei nos olhos dela, bem no fundo e ela olhou-me desconfiada.
–Eu sei exatamente o tipo de pessoa que tu és. - acusei com o tom determinado- És como a tua irmã.
Katherine riu alto e aproximou o seu rosto do meu.
–Tu não fazes ideia de quem era a Gisela.- disse Kath- Ninguém sabe.
–Sei mais do que tu pensas, Katherine.- avisei.
–Então é porque tu és tal e qual ela. - disse Kath sorrindo.
Rebecka na sua velocidade vampírica retirou o telemóvel de Katherine e passou-o para Elena.
–Pode haver algo que nos ajude. - disse a minha mãe, enquanto Elena procurava algo no telemóvel.
Vi a expressão de Katherine mudar e sorri. Foste apanhada. O meu telemóvel começou a tocar, então retirei-o da mala, lendo: Damon. Deixei tocar e depois coloquei no silêncio, a esta altura já devem ter dado por minha falta, obviamente. Mas não posso deitar tudo a perder agora.
–Quem é Em? - perguntou Elena, para Katherine.
–Um amigo. - respondeu, olhando para baixo: mentira.
–Aqui diz que se vão encontrar às 14h. - leu Lena e Katherine engoliu em seco- Acho que terei que encontrar Em.
Rebecka sorriu e Katherine não.
–Vou precisar do teu bracelete, relógio, brincos.. - avisou Elena e retirou o garfo- Entrega-os!
Katherine deu a Elena tudo o que ela foi pedindo, mesmo contra a sua vontade. Já tinha passado 30 minutos e então Elena saiu do café indo encontrar Em.
–Sempre tive inveja da lenda que Katherine Pierce é. - comentou Rebecka.

Elas continuaram a "não conversa" e eu olhei o meu telemóvel e vi diversas mensagens de Damon e Stefan que perguntavam onde estou e umas quantas chamadas de ambos, também. Torci mentalmente para que eles não me encontrassem. Rebecka olhou-me preocupada.
–Que se passa? - perguntou e eu enterrei a cara nas minhas mãos.
–Stefan e Damon. - respondi e ela olhou-me desconfiada.
–O que têm eles? - perguntou confusa.
–Descobriram que não estou na mansão. - respondi e ela arregalou os olhos.
–Eles não sabem que estás aqui!? - exclamou Rebecka e Katherine riu.
–Ups.... -sussurrou a vampira, irónica- A mãe vai dar um sermão!
Tentei ignora-la e voltei a guardar o telemóvel. Senti alguém do meu lado direito e depois uma sombra, em pé, do meu lado esquerdo. Rebecka olhou-me como: "foste apanhada" e Katherine rolou os olhos.
–A camarada chegou... - disse ela irónica.
Olhei para a direita, vendo Damon que sorriu irónico, e depois para a esquerda, vendo Stefan sorrindo como Damon.
–Boa, apanharam a Katherine... E Elena? - perguntou Damon.
Stefan e Damon começaram a conversar com Rebecka, ou a "não conversar" e eu peguei na minha mala, levantando-me discretamente e saindo do café. Quando cheguei à rua corri para o local do encontro de Elena.

Pov. Autora

–Sabes, Rebecka, que se algo acontecer à Elena... não tens chances de ter a cura e acompanhar a vida da Cassie...certo? - avisou Stef.
–Tudo bem. - concordou a loira, avisando sobre o local.
Damon levantou-se e olhou para o lugar a sua esquerda: a Cassie desapareceu.
–Onde está a loirinha? - perguntou Damon e Stefan olhou à volta.
–Como ela fugiu - perguntou Rebecka preocupada.

–A questão é... onde está... - corrigiu Stefan.

Pov. Cassie

–Ei, cuidado com o meu braço! - exclamei.
Um Homem bem vestido puxava-me pelo braço, assim como a Elena. Eu tinha encontrado Em e pelo visto ele tinha descoberto que a minha prima não é, de todo, a Elena. Eu não sabia quem ele era, mas a pessoa no outro lado do telemóvel, pelo que percebi: Stefan, conhecia.
–Ouve com cuidado, Stefan. - pediu Em- Se alguma coisa acontecer com a Katherine, eu vou acabar com a Elena e com a dollpenganger de Gisela.
O homem desligou a chamada e aproximou-se de nós.
–Não me parece que vás acabar com ela. - disse Elena, olhando-me.
–Desculpa? - disse Em.
–Serias capaz de matar a tua sobrinha? - perguntou a minha prima, rindo.
–Esta rapariga...
–É filha da tua irmã, Elijah. - respondeu Elena.
Eu arregalei os olhos, encostando-me mais à parede e o tal Elijah também estava surpreso.
–Cassie... - sussurrou ele, aproximando-se de mim- A ultima vez que te vi tinhas dias...
–É. - disse apenas, desviando o olhar.
–Parece-me que encontras-te o teu lar. - comentou o meu tio e olhou para o meu pingente- E já deste uma visita ao passado da Gisela.
–Vocês são idiotas. - insultou Elena, caminhando.

–Como? - perguntou Elijah, olhando-a.
–O que aconteceu contigo, Elijah? - perguntou ela- Pensei que fosses um homem de honra e tens ficado com Katherine todo este tempo.
–Bem, esse "homem de honra" sempre teve contacto com ela. - respondeu o meu tio- Ela falou comigo quando soube da cura. Pensamos que poderia ser útil para ambos.
–"Útil para ambos" Por favor... -disse Lena, rindo- Cais-te na armadilha dela como todos aqueles idiotas.
–Tu subestimas-me, Elena.- avisou Elijah - Sei quem é ela e o que fez.
–E achas que ela mudou? Katherine enganou-te. Mentiu-te. - disse ela.
–Ela não mentiu sobre a tua mudança. - acusou ele.
Pensei em fugir durante aquela conversa e ponderei durante uns segundos.
–Mas há mais qualquer coisa.. - refletiu ele - Desligaste. Porquê?
–O meu irmão morreu. - respondeu ela e eu olhei-os- A tua namorada matou-o. E tentou matar a tua sobrinha.
Elijah olhava-a surpreso.
–Ups. - Elena sorriu cínica.
Elena sentou-se e continuaram a conversa, é a minha chance. Peguei nos sapatos de salto que calçava e carreguei-os na mão e então , delicadamente, sai da esquina. A partir daí comecei a correr e corri até me cansar. Sentei-me em outra esquina e descanei, retomando o folego. Já estava de noite e eu sabia que os Salvatore me procuravam, mas eu preciso de liberdade, de me sentir livre para pensar. Caminhei descalça pelo jardim, da cidadezinha. Tenho noção que o meu cabelo está amarrado num horrível frouxo, que os meus pés estão sujos de caminhar no chão, e que o meu coração dói. Jeremy apareceu na minha mente e eu quis apagar mas não consegui. Sentei-me na relva e deitei-me, observando as estrelas, estão lindas mas estariam mais lindas se o meu primo aqui estivesse. Senti os meus olhos pesarem e então caí na inconsciência.

Pov. Rebecka

–Porque não me dás a cura para eu te julgar de longe, Elijah? - perguntei, ansiosa por a tomar.
–E porque a cura te interessa?- perguntou ele e eu baixei a cabeça - Pois, a Cassie. Tive o prazer de a ter como companhia, mas fugiu. É esperta.
Ignorei todos os comentários adicionais e sorri.
–Quero voltar a ser humana. - respondi, largando uma lagrima- Quero acompanhar a vida da minha filha, agora que a encontrei.
–E se ela se ferir e tu não a poderes curar? - perguntou Elijah- Vais sentir-te terrível.
–Talvez tenhas razão. - confessei- Mas eu vou ser uma mãe, Elijah. Ter uma vida simples, como uma pessoa normal, que quando acabe, realmente acabe. á perdi demasiado tempo.
–Eu só não entendo.- disse o meu irmão- Porque não me contaste que ela estava em Mystic Falls? Eu salvei a vida dela, eu salvei-a de Klaus.
–Porque... eu estou demasiado feliz por tê-la, Elijah. - expliquei, arrependida e larguei mais lagrimas- Por favor, só ... dá-me a cura.

~dia seguinte~

Pov. Cassie

Acordei com a incidência do sol e abri os olhos com dificuldade. Olhei à minha volta e... estou num carro cujo condutor é: Damon e o parceiro de rapto: Stefan.
–Bom dia loirinha! - exclamou o mais velho.
–Então, gostaste do meu carro? - perguntou Stefan, olhando-me.
Rolei os olhos e deixei-me cair, outra vez, no banco de trás. Olhei o teto.
–Isto chama-se rapto. - acusei e riram-se.
–Tu fugiste. Que tinhas na cabeça?! - exclamou Damon - Foste de encontro a um original.
–É, também já conheci o meu adorável tio. - ironizei - Ao que parece a Katherine é minha tia.
–Estás bêbada? - perguntou Stefan e eu neguei com a cabeça.
–Isto sou só eu em estado: irónico. - expliquei e espreitei entre os bancos dos dois - Quer dizer, não consegui a cura para a minha prima, o meu primo está morto, Bonnie quase morria e Silas anda por aí.
–Estás bem? - perguntou Damon, agora serio.
–Pronta para morrer. - respondi e encostei-me no banco, calada e com as pernas encolhidas.

~7 dias depois~

Apanhei a bola que Damon lançou e lancei para Stefan.
–Podemos faze-la querer a cura. - sugeriu Stefan.
–Como farás uma vampira fria querer algo? - perguntou Damon, aturando a bola para mim.
–Fazendo-a ligar a humanidade. - respondeu o irmão e eu lancei-lhe a bola.
–E fazer o quê? - perguntei.
–Fazer uma de Lexi e bombardeá-la com emoções até que uma delas funcione? - perguntou, também, Damon.
Eu sabia a historia de Lexi, já tive o prazer de ouvir. Apanhei a bola e lancei para Stef.
–Sim e se não der, tentamos o plano B: trancamos-a e isolamos-a até arranjarmos um plano C. - respondeu ele.
–E o que acontece quando todas as emoções, que ela desligou quando Jeremy morreu, a atingirem? - perguntei preocupada.
–Stefan estará lá para a ajudar superar. - respondeu Damon.
–Certo e como vamos fazer? - perguntei sorrindo, com esperança.
Ambos me olharam e eu olhei de volta.
–Quê? - perguntei confusa.
–Vamos? - perguntou Stefan, com aquele sorriso...
–Oh não, nem pensei! - exclamei - Eu vou participar nisto!

~horas depois~

–Era suposto estar com os Salvatore. - avisei a Caroline, que experimentava vestidos para o baile.
–Passas demasiado tempo com eles, acho que devias vir para minha casa. - retribuiu a minha melhor amiga.
–Bonnie, diz-lhe que aquele lhe fica bem, por favor. - pedi, sincera.
–Ela tem razão, estás linda. - elogiou Bon, sorrindo.
–Acham mesmo? - perguntou Car.
Eu olhei para Bonnie e rimos da cara de Caroline.
–Achamos. - respondi sorrindo docemente.
–Matt, eu e Cassie estaremos com a pessoa mais sexy. - completou Bonnie.
–Sabem, eu adoro bailes de formatura. Amigos e lembranças. - confessou Caroline.
–Sim! - exclamei.
–É péssimo que o meu namorado não possa estar aqui, mas vamos nos divertir muito. - disse ela.
Começamos a sorrir, até que Elena e Rebecka apareceram.
–Soube que apagaram as tuas memorias Bonnie, lamento. E bonito vestido, Caroline. - disse Elena.
–Tu ajudaste-me a escolher quando eramos amigas. Antes de tentares matar a Cassie. - disse Caroline, sorrindo amarelo.
–Sabia que me era familiar. - confessou Lena.

–Tens a cura? - perguntei a Rebecka, puxando-a à parte.
–Não, mas vou ter. - respondeu e eu olhei-a confusa.
–Para ... - sussurrei.
–Elena. - completou Rebecka, embora eu ainda estivesse de pé atrás.
Sorri agradecida e voltamos. Caroline tinha se ido despir e Bonnie foi com ela. Eu caminhei na direção das minhas amigas.
–Cassie. - chamou Elena e eu voltei-me.
–Bom baile. - disse ela, com um sorriso ameaçador- Com o teu vestido à galderia, como usaria a Gisela.
Engoli em seco, respirei fundo e virei as costas indo ter com as minhas amigas, no momento.

~`a noite~

Desci as escadas da mansão e vi Stefan com uma limusina.
–À espera da Elena? - perguntei.
–Também. - respondeu ele e eu rolei os olhos.

–Não preciso de baby-sitter. - avisei, olhando-o nos olhos.
–Sério? Porque a ultima vez que te vi estavas deitada num jardim de uma cidade, a fugir de um original. - respondeu ele.
Elena apareceu e também Damon. Stefan colocou a flor no seu pulso e eu observei-a melhor.
–Esse vestido... - sussurrei.
–Sim, Cassie. É roubado. - completou sorrindo.
–Como foste capaz? - perguntei e Damon agarrou o meu braço.
–Novidade: eu não me importo. - respondeu, entrando na limusina.
Damon estendeu à minha frente uma flor, como a que Stefan deu a Elena.
–Posso? - perguntou Damon.
–Não. - respondi, chateada e irritada com Elena.
Ele agarrou com a sua força vampírica no meu pulso e colocou a flor.
–Au! - exclamei e ele sorriu.
–Olha só, linda. - elogiou e eu sorri irónica.
Fui o caminho todo de costas voltadas para Elena porque esta "Elena" realmente me começa a irritar. Saímos da limusina: Damon agarrou no meu braço e enlaçou no seu, enquanto Stefan fez o mesmo com Elena. Larguei Damon e entrei no baile, que estava um máximo. Fui em direção à mesa de bebidas, pegando num copo com álcool e ia beber, quando ele me foi retirado da mão.
–És menor de idade. - disse Damon, bebendo do copo.
–E tu és velho demais. Aliás, é um pouco assustador.- confessei, sorrindo torto.
–Oh vá lá! - exclamou ele olhando-me - Não seria um baile de formatura se não tivesses um par ligeiramente velho demais para o ensino medio.
–Por favor, Damon, não penses que és o meu par. - pedi, retirando-lhe o copo e bebendo.
–Desculpa. Teu namorado. - corrigiu.
Engasguei-me com a bebida e olhei-o , vendo-o rir. Rolei os olhos.
–Foi algo que eu disse, Cassie? - perguntou, tentando ser inocente.
–Não vou ficar aqui. - avisei e caminhei para o lado oposto.
–Não vais negar que sentes algo por mim, vais? - perguntou e eu voltei-me.
–O que estás a fazer? - perguntei confusa.
Vi Caroline com Elena e decidi caminhar até lá, mas senti uma mão no meu braço. Voltei-me, vendo-me muito próxima de Damon.
–Estar a brincar, certo? - perguntei, olhando para a sua mão.
–Nem de longe. - respondeu e fixou o seu olhar nos meus lábios.
–Que raio se passa contigo, Damon? - perguntei, ignorando a direção do seu olhar.
–Tens razão... - sussurrou e afastou-se - Eu vou continuar a beber.
Eu pisquei confusa e caminhei em direção à meninas.
–Fico bem no vestido? - perguntou Elena.
–Por acaso, pareces uma galderia. - respondi, aparecendo de repente.

–Olha a Gisela chegou! - exclamou Elena.
–Tu... ! - Caroline agarrou-me e olhou para trás de Elena.
–Cassie, que tal dançares comigo? - perguntou Stefan a pedido silencioso de Caroline.
A minha melhor amiga empurrou-me e ele agarrou a minha mão e obrigou-me a coloca-la no seu ombro , a outra ele agarrou.
–Estamos a tentar ser recordativos, lembraste? perguntou Stef ao meu ouvido.
–Então diz-me que houve algum progresso, por favor... - pedi baixo, suspirando.
–Não sei. Acho que está a afetar mais a mim do que a ela. - respondeu e eu sorri triste.
–Como assim? -perguntei, olhando-o nos olhos.
–Todas as vezes que digo para mim mesmo que isto é ela desligada, uma parte de mim parece dizer-me que ela não me ama.
–Nós vamos salva-la. - avisei e ele olhou-me nos olhos.
–Eu sei que já estás sem esperança e tu és a pessoa com mais esperança que conheço. - disse Stefan, fazendo-me girar e voltar ao lugar - Então, porque hei-de ter esperança?
–Porque esperança é a única coisa que resta. - respondi e sorrimos.

~minutos mais tarde~

Sai para apanhar ar e caminhei pelo longo tapete vermelho. Vi algum ajoelhado no chão, algures lá ao fundo. Corri até lá e reconheci Damon.
–Oh meu deus... - sussurrei.
–Cassie... - sussurrou Damon.
Ajoelhei-me e retirei-lhe a estaca de madeira que tinha enfiada na barriga.

–Estás bem? - perguntei preocupada.
–Agora estamos quites. - respondeu e eu sorri docemente.
–Quem te fez isto? - perguntei.
–Silas. - respondeu ele, irritado.
Senti uma onda de poder me atingir e olhei para Damon que colocou as suas mãos nos dois lados da minha cara e encarou os meus olhos.
–Que foi? - perguntei confusa.
–Os teus olhos. Dilataram. - respondeu e eu levantei-me.
–Algo está a acontecer ali dentro, Damon. - expliquei olhando para o edifico onde acontecia o baile.
Eu comecei a caminhar.
–Cassie, não podes ir sozinha! - exclamou Damon, mas eu ignorei.
Corri pelo salão , sentindo um grande vento e tentava me desviar das pessoas. Cheguei a uma "tenda", de onde vinha a onda de poder e entrei.
–Bonnie! - exclamei e vi Elena no chão com uma dor de cabeça.
–Algo está a acontecer comigo. - disse ela e eu assenti.
–Apenas relaxa. - pedi, simulando a respiração - Eu estou aqui. Como estavas para mim. Não vou desistir de ti, Bon.
–Tenho de sair daqui. - avisou ela e saiu da "tenda".
Eu olhei para Elena, que se levantou e olhou-me. April Young entrou na "tenda" e olhou-nos.
–Que se passa aqui? - perguntou ela e Elena aproximou-se.
–Lembraste quando pedi para fazeres a Rebecka ser a rainha?! - exclamou Lena e bateu com a cabeça de April na mesa e depois mordeu-a.
–Para!! - gritei pra Elena, tentando faze-la largar April.
Eu puxei Elena com toda a minha força, mas não foi suficiente. Esta largou April e eu apanhei-a, para aliviar a queda e depois deitei-a no chão. Levantei-me e olhei para Elena.
–Ela devia ter ouvido! - exclamou ela.
Eu aproximei-me até estar bem próxima.
–Não podes fazer isto, Elena! - avisei, ainda surpresa.
–Impede-me então... - disse, desafiando-me e saiu da "tenda".
Eu agachei-me para ver se April estava bem e Matt apareceu, ajoelhando-se ao meu lado.
–O que lhe aconteceu? - perguntou ele.
–Elena aconteceu. - respondi, suspirando - Fica com ela, vou procurar Bonnie e Elena.
Ele assentiu e eu agarrei o meu vestido verde claro, nas pontas, para poder correr. Vi Bonnie no pátio, ao pé do estacionamento, e corri até lá e então vi Elena aparecer por trás de Bonnie. Coloquei-me na frente da Bon.
–Bruxas protegem bruxas. - comentou Elena, irónica - Pena que eu não me importo!
Elena veio para cima de mim e mordeu-me o pescoço, enquanto eu a tentava empurrar, e logo largou-me. Bonnie respirava fundo, e eu sabia que ela se iria descontrolar.
–Bonnie.. - falei e ela olhou-me com tristeza - Controla.
–Eu não consigo... - sussurrou.
Eu levantei-me, com a mão no pescoço e provoquei diversas dores em Elena. Bonnie iria começar a fazer magia, mas eu agarrei a sua mão, fazendo-a ganhar controle, e pareceu-me que absorvi o seu poder, mas não o posso usar: o pingente absorveu. Aproximei-me mais de Elena, por suas costas.
–Estás a matar-me.... Cassie... por favor... - sussurrava Elena, entre os seus gemidos de dor.
Eu retirei a seringa com verbena do sutiã e espetei no seu pescoço.
–"Pena que eu não me importo!" - repeti as suas palavras, vendo ela desmaiar.
Os Salvatore apareceram e olharam-me, e depois para Elena. Bonnie sorriu por ter conseguido controlar.
–De nada! - exclamei, batendo nas costas de Damon e Stefan, quando passei no meio dos dois.
Fui procurar por April e Matt, e encontrei-os no jardim sentados.
–Estás bem, April? - perguntei preocupada.
–Sim, obrigada. - respondeu e eu sorri docemente.
Matt levantou-se e caminhou até mim, um pouco afastados de April.
–Como estão as coisas? - perguntou ele.
–Elena está a dormir temporariamente, Bonnie está sob controle temporariamente... - respondi e suspirei - O que quer dizer que muito possivelmente quando o sol nascer tudo vai desmoronar, outra vez.
–Até lá... tens ... - e olhou no seu relógio - 4h.
–Até lá.. tenho de cuidar de umas quantas coisas. E esta - apontei para April - é uma delas. Vou leva-la para casa.
–Não queres que eu a leve? - perguntou Matt.
–Não, eu levo-a. - respondi sorrindo docemente -A Rebecka?
–Provavelmente foi buscar a cura. Tinha de passar um dia como uma humana. - explicou e eu assenti.
Ela queria aquela cura para ela e quando me disse que seria para Elena, mentiu. Mas no fundo eu sei que Rebecka sabe que iremos achar outra forma de trazer Elena de volta.
–O que é isso no teu pescoço? - perguntou Matt e eu passei lá a mão, retirando-a com vestígios de sangue.
–Nada. - respondi , baixando a cabeça.
Caminhei até April e ajudei-a levantar.
–Vou levar-te a casa. - avisei e ela sorriu.
–Tem cuidado. - pediu Matt e beijou-me a testa.
Caminhei lado a lado com April até casa dela, ode a ajudei a deitar na cama.
–Porque estás aqui? - perguntou ela, olhando-me.
–Porque foste ferida. - respondi, e olhei-a confusa - Como não tens nada , nem uma marca?
–Rebecka curou-me. - respondeu e eu engoli em seco - Ela parece ser boa pessoa.
–Só se for agora, April. - comentei e levantei-me.
–É o agora que importa. - avisou ela e eu sorri - As pessoas mudam, Cassie. Se quiserem.
–Fica bem. - pedi ,beijando o seu rosto - Cuida-te.
–O mesmo para ti. - retribuiu, antes de eu sair do seu quarto.
Sai de sua casa, também, e caminhei pela rua escura. Abri a minha bolsinha e retirei o telemóvel, ligando para Rebecka. Eu estou disposta a perdoa-la, a entende-la, a ouvir a sua historia. Ela não atendeu. Eu tentei de novo e de novo, até que ela atendeu.
–Alô.
–Cassie, aconteceu alguma coisa? - perguntou ela, parecia preocupada.
–Porquê? - perguntei curiosa.
–O quê? - perguntou de volta, confusa.
–Porque curaste a April? - perguntei, explicitamente.
–Porque eu quero provar que sou uma boa pessoa, Cass. - respondeu e eu podia jurar que os meus olhos brilhavam.
–Tu és uma boa pessoa, Rebecka... - sussurrei.
–Obrigada. - agradeceu e eu sabia que ela queria que eu o dissesse.
–Não precisas de uma cura para seres humana. Para seres uma mãe. - avisei e larguei uma lagrima.
–Não sabes o quanto é bom ouvir isso. - confessou e funguei.
–Boa noite. - desejei e ela retribuiu.
Antes de ir para casa passei pelo cemitério, vendo o sol nascer e iluminar o nome das pessoas que não estão mais aqui. As pessoas que fazem falta a tanta gente.


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Notas finais do capítulo

Comenteeeem pessoas sexy's *o*



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