Admirador Secreto escrita por Bia Flor Escritora
Notas iniciais do capítulo
Agradeço muito a quem tem me acompanhado mesmo com minhas faltas... Obrigada de coração :)
Agora o último capítulo da fic. Espero que gostem.
PS: tentei fazer comédia, mas esse não é meu forte... Enjoy!
Ela ainda estava furiosa enquanto caminhava para abrir a porta. Contou até dez e respirou fundo tentando se acalmar. Um desocupado qualquer a havia importunado a manhã inteira impedindo-a de descansar, fazendo uma brincadeira sem graça. E agora, alguém sem ter o que fazer tocava a campainha, impossibilitando-lhe o merecido descanso após um turno cansativo. Quem seria àquela hora? Ela não esperava ninguém. Ainda hesitou um pouco antes de aproximar-se da porta. Quem sabe se ela ignorasse a pessoa não iria embora? No entanto, ela suspeitava que isso não aconteceria.
_ Hoje realmente não é meu dia. Primeiro a ligação e agora a campainha. Quem será em uma hora dessas? Não sabem que eu trabalho a noite? – Sara pensava consigo enquanto lentamente abria a porta. Quem quer que fosse ouviria poucas e boas!
_ Escute aqui! Isso não é hora de bater à porta de uma pessoa que trabalha à noite... – disse ela em um ataque de fúria e as palavras morrendo em seus lábios. Parou surpresa. Estava sem fala.
Quando abriu a porta, parou estupefata, surpresa. A primeira coisa que viu foi o lindo e grande buquê repleto de rosas vermelhas. O ramalhete ocultava o rosto de quem o trazia. Mas não precisava ver para saber quem trazia tão maravilhoso presente. O coração disparado, as mãos trêmulas e as pernas bambas lhe davam a resposta. O conhecia bem demais.
Ele baixou o buquê revelando aqueles lindos olhos azuis que ela tanto amava.
_ Bom dia querida! – Grissom disse com um largo sorriso.
Ela teve vontade de chorar de emoção. Ele a pegara desprevenida. Grissom nunca fora um homem de agir por impulso. Sempre que ele fora ao seu apartamento, ele havia avisado antes. No entanto, estava feliz por aquela mudança.
_ Oh, Gil! Que surpresa você por aqui nesse horário!
_ Eu senti saudades sua, minha querida – ele respondeu enquanto entregava o buquê a ela.
Ela o recebeu e aspirou deliciada, o perfume suave que exalava das rosas. Como se tivesse saído de um transe, ela abriu espaço para que Grissom pudesse entrar.
_ Que falta de educação a minha! Entre Gil! E fique a vontade!
Ele entrou e sentou-se no sofá. Olhou-a cuidadosamente enquanto ela providenciava colocar as flores em um jarro com água. Será que ela descobriu tudo? Só havia uma maneira de descobrir...
_ Querida, quando eu cheguei, parecia que você estava muito nervosa... – ele disse, escolhendo com cuidado as palavras – eu diria até que furiosa. O que aconteceu?
Ela parou um pouco pensando se deveria contar ou não a ele o que havia acontecido. Resolveu pela segunda.
_ Não foi nada – mentiu.
_ Sara, eu te conheço... sei que algo está te incomodando...
_ Não é nada – respondeu ela nervosa.
_ Sabe que pode confiar em mim – ele disse se aproximando mais dela e fazendo uma carícia com o dorso da mão no rosto dela – Você confia em mim, não é?
Ela gemeu de satisfação e assentiu afirmativamente. Suspirando, repondeu:
_ Eu... eu... recebi uma ligação essa manhã... de um desocupado – ela começou receosa pela reação dele, escolhendo com cuidado as palavras. Ela continuou:
_ Foi uma brincadeira sem graça...
_ O que dizia essa ligação? – ele perguntou curioso, instigando-a a continuar.
_ Alguém me ligou e disse que me amava, que era totalmente apaixonado por mim e queria até marcar um encontro comigo...
_ E...
_ E nada! Não dei confiança para a pessoa.
_ Reconheceu a voz dele?
_ Não. Estava camuflada e o número era restrito. Ele ligou a primeira vez e quando vi que o número era desconhecido, desliguei. O desgraçado ligou de novo – ela disse com raiva.
Grissom soltou uma risada.
_ Não vejo graça – ela disse um pouco ressentida.
_ Pelo visto, você tem um admirador secreto querida. Vamos, me diga o que realmente aconteceu, você aceitou não foi? – ele disse provocando-a.
_ Não! – ela negou categoricamente – Não fiz nada disso. Ouvi tudo o que aquele imbecil disse, mas ao fim disse que meu coração já tinha dono. Ele me perguntou quem era e eu disse: “Gilbert Grissom. É ele o homem que amo. Sem ele nada sou”.
Sara ouviu estupefata Grissom proferir as mesmas palavras ao mesmo tempo que ela.
_ Foi você! – ela afirmou – Foi você quem me ligou! Por que você fez isso? Por que fez isso comigo? – ela já estava chorando.
_ Querida... – ele disse envolvendo-a nos braços.
Ela se afastou
_ Me largue! Não quero conversar...
_ Querida, me perdoe... sei que agi como um idiota. Foi uma brincadeira estúpida, eu admito. Quis satisfazer um capricho e acabei magoando você.
_ Por que você fez isso? Você sabe que eu te amo...
Ele suspirou.
_ Meu ego masculino queria ter a certeza de que você me amava realmente, por isso te liguei para testar o seu amor. E mudei a minha voz naquele instante. Te falei coisas que mexem e emocionam o coração. Insisti em te encontrar para te falar dessa paixão. Mas você me respondeu tão decidida que havia em sua vida outro homem. Me falou que tem por ele o maior amor do mundo. Disse tudo e logo revelou meu nome. Só nesse momento, eu tive a certeza absoluta de que você me amava... Me perdoe querida!
Ela não conseguiu se manter indiferente por muito tempo. Por mais que o que ele havia feito fosse uma idiotice, sabia intimamente que ele não queria magoá-la. Abraçou-o e beijou-o levemente nos lábios.
_ Está perdoado, meu admirador secreto – disse num sussurro.
_ Admirador sim, secreto não. Sou seu eterno admirador, querida. Desde quando te vi pela primeira vez.
Renderam-se ao desejo de sentir o sabor de suas peles, de seus lábios. E amaram-se como se fosse a primeira vez.
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