Leigh, Rosalya e eu começamos então à procura de Lysandre. Eu ia atrás deles passando por entre a multidão. Passamos então por uma zona que dava até para ver a lua redonda e brilhante lá no céu. Olhei para ela por instantes e quando fui a olhar outra vez para a frente, para Rosalya e Leigh, já os tinha perdido.
Parei no sítio onde estava. Por dentro começava a entrar em pânico e com dificuldade tentava pensar.
–Pupils? – Chamaram-me.
Olhei para trás.
Pupils: Lysandre! – quase gritei aliviada.
Lysandre: Por onde têm andado? Onde está meu irmão e Rosalya?
Pupils: Temos andado à tua procura… eles acharam que te tinha perdido e… agora perdi-me eu. – admiti.
Lysandre: Toma. – entregou-me uma bebida que trazia – Vamos procurá-los. – decidiu, pegando na minha mão desocupada e guiando-me por entre a multidão.
Percorremos por entre a multidão à procura deles e não os encontrávamos. Parámos por momentos enquanto ele pensava e depois Lysandre voltou a andar, levando-me para trás. Parámos então num parque que lá havia, com várias diversões espalhadas pelo pequeno jardim.
Lysandre: Vou tentar ligar para meu irmão. – disse, largando-me a mão e pegando no telemóvel.
Lysandre marcou o número e esperou mas ninguém atendeu. Um pouco cansada, encostei-me às costas de um banco de jardim que ali havia. Ele começou a escrever algo no telemóvel.
Lysandre: Ele não deve conseguir ouvir… - disse, aproximando-se de mim e apoiando-se também no banco, ao meu lado. Eu olhava-o. Ele guardou o telemóvel e fitou-me.
Pupils: E agora? – perguntei baixinho.
Lysandre: Agora é só esperar que ele veja o telemóvel dele e virá aqui ter. – respondeu ele também num sussurro.
Pupils: hum. – respondi e olhei para a frente.
Dali dava para ver a lua também. Pus-me então a admirar o céu estrelado e a lua cheia.
Lysandre: Pupils?
Pupils: Sim? – continuava a olhar o céu.
Lysandre, novamente com a ponta dos dedos, fez-me olhar para ele. Ele já se desencostara do banco para me fitar também. Meu coração começava a bater com força novamente.
O concerto terminara e começara o fogo-de-artifício. Desencostei-me um pouco do banco para me voltar um pouco para ele. Ele aproximou-se e com a outra mão puxou-me delicadamente para ele. Ele já tirara a mão do meu queixo e poisara-a levemente na minha cara, segurando-a e afastando-me levemente o meu cabelo. Poisei as minhas mãos no seu peito, nunca desviando o olhar do dele. Ele começava a baixar a cabeça, na direcção da minha e eu fechei levemente os olhos. Já sentia a sua respiração quente contra a minha pele quando…
–Lysandre?! Estás aí? – fez-se ouvir ao longe.
Abri os olhos e afastámo-nos rapidamente. O vulto de Leigh e Rosalya já se notava e logo eles apareceram.
Leigh: Encontrámos-vos finalmente!
Rosalya: Por onde têm andado? Desapareceram!
Lysandre: Perdi-me depois de comprar as bebidas e quando cheguei lá, já la não estavam.
Pupils: É… e… eu perdi-me também e Lysandre acabou por me encontrar…
Rosalya: Como te perdes-te se vinhas mesmo atrás de nós?
Pupils: Eu perco-me muitas vezes…
Lysandre: O que importa é que nos encontrámos todos.
Leigh: É verdade…
Rosalya: Então, vamos indo?
Pupils: Sim, vamos…
Olhei para Lysandre e ele para mim. Mesmo na escuridão, notava-se um pouco de cor nas suas faces. Fomos para o carro. Eu ia incrivelmente leve e estranha. “Lysandre quase me beijou…” pensava repetidamente, quase não acreditando.