Sentimentos Cruzados escrita por Pupils Nómada


Capítulo 24
Capitulo 17 parte 2




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O intervalo chegou e custou-me imenso largar o meu desenho. Voltei-o para baixo de modo a que ninguém visse e saí da sala de aula. Ia para o jardim quando Lysandre me chamou. Voltei-me olhando para ele que vinha quase correndo para me alcançar.
Lysandre: Podemos falar?
Pupils: Ia agora ver o jardim… queres vir? Falamos lá.
Lysandre: Está bem então.
Fomos para o jardim. Este encontrava-se vazio. Pus-me a admirar as variadas flores, sentindo-as com o toque.
Pupils: Lysandre… tu… estás chateado comigo? - não o olhei diretamente.
Lysandre: Não.
Pupils: Então porque mal me falavas?
Lysandre: Estava aborrecido por teres feito uma coisa daquelas… e no fim até ficas-te doente.
Olhei para ele.
Pupils: Porque já não estás chateado comigo?
Lysandre: Porque ontem vi uma coisa…
Ele aproximou-se de mim e meu coração dorido começou a bater com rapidez. Ele encostou-se ao muro que ali havia, mesmo ao meu lado. Eu voltei-me de frente pra ele, entrelaçando as minhas mãos atrás das costas.
Lysandre: Ontem vi-te a ajudar a aluna nova no corredor, apesar de nem a conheceres. Uma pessoa qualquer teria ignorado.
Pupils: Não podia ignorar aquilo! Ambre não devia fazer aquilo!
Lysandre: Eu sei… mas com isto vi que estava sendo injusto contigo e que tu apenas querias ajudar.
Mantive-me calada esperando que ele continua-se.
Lysandre: Peço desculpa.
Pupils: Não tem mal! – fiquei atrapalhada e apenas levantei as mãos à minha frente, num gesto de “está tudo bem!”.
Lysandre: És realmente uma rapariga imprevisível… - sorriu.
Pupils: Espero que isso seja bom.
Lysandre: É,… no teu caso.
Pupils: Ainda bem!
Lysandre: Mas demasiado ingénua… e podes-te magoar com isso.
“Já me magoei…”
Lysandre: E eu não te quero magoada.
Silêncio.
Eu olhava para seus olhos quase sem pestanejar e ele olhava-me de volta. Admiti por dentro que adorava aquele seu olhar profundo. De repente ele desviou o seu olhar do meu.
Lysandre: Tens uma aranha no ombro.
Com aquilo, o mundo parou. Parecia que todo o barulho dos alunos, todo o cantar dos pássaros e todo o som do vento estava bem distante. Fiquei rígida e em pânico. Olhei com o choque espalhado por todo o meu corpo para o meu ombro esquerdo. Como ele disse, tinha uma aranha lá.
Pupils: Por amor de Deus, tira-ma Lysandre! – pedi-lhe, olhando para ela especada, quase chorando. – Tira-a de cima de mim…!
Já sentia as lágrimas a quererem sair dos meus olhos e já tremia um pouco. Lysandre aproximou-se rapidamente ao ver a minha reação e sacudiu-a com jeito. Quando vi que ela já não estava em mim, eu afastei-me o mais que pude, sem ficar longe de Lysandre e soltei o ar que tinha prendido num suspiro audível. Eu continuava a tremer.
Lysandre: Tens medo de aranhas?
Pupils: Tenho fobia a aranhas. – com isto meus olhos encheram-se de lágrimas.
Lysandre veio ter comigo e abraçou-me para que eu me acalma-se. Eu tentava controlar a minha respiração e pouco a pouco ficava melhor. Ele afastou-se de modo a ver a minha cara e passou as mãos pelos meus olhos. Eu olhava para o lado para não o encarar. Raramente alguém me via a chorar e eu não gostava quando isso acontecia.
Lysandre: Estás melhor?
Fiz que sim com a cabeça. Ele, com a ponta dos dedos, virou-me a cara de forma a obrigar-me a encará-lo.
Lysandre: Não chores. Ela já se foi.
Pupils: Eu sei.
Lysandre: As aranhas não te fazem mal nenhum…
Pupils: Eu sei mas eu não me consigo controlar…
Lysandre: Porque não gostas de aranhas?
Fiz tempo pensando se havia ou não de responder.
Pupils: Foi que, quando eu era pequena, eu…
O toque da campainha interrompeu-me.
Pupils: É melhor irmos. Eu conto-te noutra altura.
Lysandre: Tens a certeza que tás melhor?
Pupils: Sim, obrigada. Vamos.


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