I Knew you were Trouble escrita por Bia


Capítulo 11
Capítulo 11 - Support group, really?


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem do capitulo!!!



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Pov. Melissa

Realmente não sei o que deu em minha mãe, eu não precisava frequentar uma psicóloga, muito menos um grupo de apoio. Tudo bem que eu ainda estava em estado de choque, e ainda não acreditara no tinha acontecido, mas tinha necessidade de frequentar um grupo de apoio? Acho que não, eu vou ficar bem, é só questão de tempo, porém pra mamãe, não há tempo.

Já se passaram três dias após o acampamento, meus braços ainda estão roxos de tanto que Lucas o apertou. Desde então não falo com Thiago, muito menos com minha mãe. Meu pai me ligou umas duas vezes, mas também não atendi ainda to meio chateada com ele.

O grupo de apoio é ás 9h da manhã, coloco uma calça jeans, uma blusa de mangas cumpridas dos Beatles e uma bota sem salto, com um rabo de cavalo e óculos escuros e um batom vermelho escuro, não muito forte. Estava um dia bem ensolarado.

Chego um pouco mais cedo que os outros. As cadeiras ficavam em um circulo torto, que parecia um ovo. Conforme o tempo foi passando, mais pessoas iam chegando, e metade parecia não querer estar lá, como eu.

Um homem chamado Derek, entra e comanda o grupo. Um garoto olhava fixamente pra mim. Alto, magro, mas musculoso, ele fazia aquelas cadeiras de plástico que estavam lá, parecerem minúsculas. Cabelo loiro, liso e curto. Parecia ter minha idade, talvez um ano mais velho, estava com as mãos dentro da calça jeans escura. Desviei o olhar e comecei a observar as outras pessoas, o local, arrumar meu cabelo e tal. Mesmo assim, dei uma espiada rápida e os olhos dele ainda estavam grudados em mim.

Fui até a roda torta e me sentei em uma cadeira perto da porta, a duas cadeiras do garoto. Olhei de novo, e ele ainda me observava. Isso poderia tá me incomodando, porém ele é, sinceramente, muito gato. Porque, tipo, se um cara que não é gato encara você sem parar, isso é na melhor hipótese: esquisito, e na pior, algum tipo de assédio. Mas se é um cara gato, na boa.

Peguei meu celular para ver as horas, mas acabei ficando uns 10 minutos jogando um joguinho qualquer, até meu celular descarregar. O garoto ainda estava me encarando e senti meu rosto ficar vermelho. Decide olhar fixamente para ele também, simplesmente por estratégia e ignorar o que o tal de Derek estava falando sobre traumas e sei lá mais o que. Depois de um tempo, o garoto sorrio (e que sorriso sexy!) e desviou o olhar.

Finalmente começaram as apresentações, primeiro foi com um menino muito magro que falava sobre o trauma que tem porque sofre bullying.

– Meu nome é Diego, tenho 15 anos e sofro bullying porque sou muito magro. A maioria das pessoas da escola zombam da minha cara, menos um amigo cujo eu confio muito, Josh – E Então ele apontou para o garoto que olhava pra mim fixamente que agora tem nome, Josh!

Mais umas cinco pessoas falaram até Josh, que deu um sorriso meio tímido quando foi falar.

– Meu nome é Josh Lancaster, tenho 17 anos e só estou aqui acompanhando Diego.

– Somente isso? Não tem mais nada, nem um medo, talvez? – Derek insistiu.

– Meu medo? Bom, tenho medo de ser esquecido.

– Alguém gostaria de fazer algum comentário? – Disse Derek.

Não sei por que, sinceramente não sei por que, mas levantei a mão. O que eu estava fazendo? Eu nem queria estar ali.

– Melissa! – E tenho certeza que Derek pensou “A garota nova está se tornando parte do grupo!”

Olhei em direção de Josh, que me encarava. Dava até pra ver através de seus olhos, de tão azuis que eram.

– Vai chegar um dia, em que todos vamos estar mortos. Todos nós. – Eu comecei – Vai chegar um dia em que não vai sobrar nenhum humano sequer para lembrar que alguém já existiu ou que nossa espécie fez qualquer coisa nesse mundo, Não vai sobrar ninguém para lembrar de pessoas importantes da mídia, muito menos de você. Tudo que fizemos, construímos, escrevemos, pensamos e descobrimos, vai ser esquecido e tudo isso aqui – Fiz um gesto abrangente – vai ter sido inútil. Pode ser que esse dia chegue logo, e pode ser que demore milhões de anos, mas , mesmo que o mundo sobreviva a uma explosão do Sol, não vamos viver para sempre. Enfim, se a inevitabilidade do esquecimento humano preocupa você, sugiro que deixe esse assunto pra lá.

Assim que terminei de falar, houve um grande silêncio na sala, mas pude ver um sorriso torto se abrindo de um canto ao outro no rosto de Josh. Era um sorriso sincero.

– Caramba – Disse baixinho – Não é que você é mesmo incrível?

Senti meu rosto corar, então outra pessoa começou a contar sua história, e quando Derek pediu para eu contar a minha, preferi ficar quieta.

Então FINALMENTE a reunião acaba, porém só de pensar que tenho que vim semana que vem, já fico estressada. Josh vem falar comigo.

– Qual seu nome? – Ele perguntou

– Melissa.

– Não, nome completo.

– Melissa Buchmann Johnson.

Parece que ele ia dizer algo, mas Diego chegou e o interrompeu. Eles falaram alguma coisa sobre a reunião ser um tédio ( o que eu concordo), então Josh perguntou para Diego se eu vinha sempre, não consegui ouvir a resposta de Diego, mas provavelmente disse que hoje era meu primeiro dia.

– E então, você poderia passar seu telefone?

– Como sei que você não é um pedófilo? – Disse dando um sorriso irônico

– Posso te garantir que não sou! – Disse dando uma risada, que risada! Dei o numero do meu telefone para ele e anotei o dele, depois ele ficou balançando a cabeça me olhando.

– O que foi? – Perguntei

– Nada – Ele respondeu

– Porque tá olhando pra mim desse jeito?

– Porque você é bonita, e eu gosto de olhar para pessoas bonitas – Ele disse dando um sorriso torto.

Nós nos despedimos e vou para minha casa. Enquanto meu celular carrega, ligo para Thiago, que não atende na primeira vez. Decido tomar um banho e ir até sua casa.


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Notas finais do capítulo

Se alguém já leu o livro "A Culpa é das Estrelas", deve ter percebido que eu me inspirei tipo, MUITO no começo do livro neste capitulo, até cheguei a usar as mesmas palavras em certas partes, mas enfim... O que acharam? haha



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