Strawberry against Blood escrita por Miahh


Capítulo 15
A calma antes da tempestade


Notas iniciais do capítulo

Oiii gente :) Eu vim postar hoje a fic pq amanhã vai ser um dia bem corrido pra mim :)

Bem, tomara que gostem. Ahh, obg pelos reviews, amo vocês *__*



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Corremos com o carro da Van Pelt, em alta velocidade, ignorando todas as regras de transito existentes e até, quase causando um terrível acidente.

Rapidamente, nós descemos do carro e corremos até a porta do quarto. Grace já estava com a arma em punho, enquanto eu batia descontroladamente na porta:

-Abre a porta – Pedi, aumentando a força das batidas. Van pelt me olhou com um misto de confusão e desconfiança nos olhos.

-Era pra ter alguém ai? –Ela perguntou desconfiada.

Eu não respondi, apenas continuei batendo na porta.

-Abre logo a droga dessa porta – Gritei ordenando. Alguns casais que ocupavam quartos ao lado saíram, para averiguar o que estava acontecendo.

Aquela porta não se abria. Um desespero foi tomando conta de mim, algo fora do comum. Eu apenas pensava no que Red John poderia ter feito com ela. Talvez, ela já estivesse morta há tempos enquanto eu fazia papel de bobo na frente de todos.

-Abra essa porta ou quem vai te matar, sou eu – Fiz meu ultimato, já com o sangue fervendo. Todos, até Grace, me olhavam assustados.

Então, como num passe de mágica, a porta se abriu.

Lorelei, com um lindo sorriso no rosto e seus belos cabelos pretos, molhados, disse com a voz levemente rouca:

-Não sabia que teríamos visitas para essa noite, amor.

Suspirei aliviado, como se tirasse um peso das costas.

Mas dai eu lembrei que não estava sozinho lá.

Quando eu olhei para Grace, a ruiva estava boquiaberta, encarando a morena.

-Amor? Lorelei? – A ruiva perguntou surpresa, abaixando vagarosamente a arma – Mas que droga é essa que tá acontecendo aqui?

-Grace, eu acho melhor nós conversarmos melhor lá dentro – Tentei amenizar as coisas, já que a ruiva parecia prestes a explodir.

-Conversar? Eu não tenho nada pra conversar com você, seu mentiroso – Insultou-me – Você está escondendo uma criminosa louca na sua casa, está enganando todo mundo que gosta de você, e você ainda quer que eu converse? Nem pensar.

-Grace, por favor... Você não precisa concordar comigo, apenas quero que entenda o que está acontecendo. Eu prometo que vai ser rápido.

A ruiva suspirou alto, com uma expressão séria. Estava surpresa, assim como Lorelei.

-Está bem, eu entro. Não demore.

-Obrigada, Grace.

Entramos no quarto e eu tranquei a porta. Antes de começar a me explicar para a ruiva, eu fui verificar se Lore estava bem:

-Lorelei, nada aconteceu enquanto eu estava fora?

-Não... Eu fiquei arrumando o cabelo, apenas. Por quê?

-Eu já te explico. Mas antes, quero que arrume sua bolsa. Vamos sair daqui.

-Sair? Por quê?

-Eu já te explico.

Van Pelt guardou a arma e sentou na cadeira próxima a mesa.

-Querem que eu faça chá ? – Lorelei nos questionou, animada – Temos de vários sabores.

-Eu não quero nada – Grace respondeu rispidamente.

-Eu também não quero nada, Lore – Disse, me sentando na cadeira que estava na frente dela – Apenas peço que arrume logo sua bolsa. Temos que sair rápido daqui.

-Calma, já vou  – Reclamou, indo até o armário e a arrumando suas coisas.

-Então, me conte o que está acontecendo agora – A ruiva ordenou, já ficando irritada. Não por menos.

-Eu estou namorando com a Lorelei. É isso.

Falei bem por cima. Além do mais, Lorelei estava no quarto e ela poderia interpretar erroneamente algo que eu falasse e acabaria ficando brava, assim prejudicando meu plano.

-Patrick do céu, você é louco? – Esbravejou, de uma forma raivosa que eu nunca tinha visto antes – Ela está sendo procurada – Sussurrou – E você está a ajudando a fugir. Isso é crime, Patrick.

-Eu sei disso, mas você sabe muito bem os meus motivos – Falei baixinho, quase murmurando – Ela sabe quem é o Red John, e ela vai me dizer.

-Patrick, essa sua vingança está te deixando cego. Ela não vai te contar quem é o Red John. Ela está te usando... Você não vê?

-Eu estou usando ela, não ao contrário – Expliquei –Ela está nas minhas mãos.

Grace cruzou os braços e negou com a cabeça. Parecia contrariada.

Passamos a nos encarar como dois estranhos. Grace, ingênua, estava zangada e contrariada e eu, com medo. Ela era amiga da Teresa, ela poderia contar a ela a verdade. E eu sentia que ela ia.

-Então... Por que você veio com tanta pressa, amor? – Lorelei perguntou, quebrando o silencio – Fiquei até assustada.

-Red John esteve aqui –Revelei, sem deixar de encarar Grace.

-Red John? Como assim?

-Ele tentou abrir a porta, mas estava trancada – Virei para a morena, que parecia boquiaberta – Seu amiguinho leal, tentou te matar.

-Ele não é o meu amigo – Respondeu com os olhos cheios de ódio. Ela estava sendo sincera.

-Meh, então por que não pode dizer seu maldito nome pra mim?

-Por que é perigoso, Patrick.

-Perigoso? Mais perigoso que isso? –Retruquei – Você quase foi assassinada, hoje à noite e você ainda acha que estamos seguros?

-Ah, eu não vou mais argumentar com você.

-Bom mesmo – Respondi – Agora, termine de arrumar sua bolsa, que logo logo vamos sair daqui.

-Vamos pra onde?

-Vamos para o sótão da CBI. Lá você estará realmente segura.

Grace me olhava raivosa.

-Patrick, Teresa sabe disso? –Ela perguntou, cruzando os braços.

-Não, e ela não vai ficar sabendo por que você não vai contar certo?

-Não.

-Não?

-Ela é a minha amiga, Jane. Isso já é palhaçada.

-Você não pode contar a ela.

-Eu posso e vou contar a ela. Ela não merece ser enganada desse jeito.

Arfei de raiva. Van Pelt estava certa como amiga de Teresa em querer contar a verdade, mas ao mesmo tempo ela estava prestes a prejudicar o meu plano. Não poderia deixar que isso acontecesse.

-Se você contar para ela, eu conto para LaRoche que você está tendo um caso com o Rigsby.

Ela riu forçadamente.

-Você não tem provas.

-Meh, será que não? –Questionei-a, deixando uma leve expressão de curiosidade nela – O que será que eu vou encontrar na casa do Rigsby agora, se eu for lá?

-Ele com o filho dele – Mentiu.

-Ou será que talvez, eu encontre o jantar pronto, servido sobre a mesa?

Van Pelt estava corada.

-Não, não vai. – Tentou negar.

-Claro que eu vou. Vocês marcaram algo pra hoje à noite, o que eu deduzo que seja um jantar. Certo?

Pelo seu olhar, ela desejava me matar.

-Você não pode me manipular assim. Eu sou amiga dela...

-Eu sei disso, mas eu juro que você não vai ser prejudicada.

-Mentir pra ela é uma forma de prejudicar, Patrick – Explicou-se  – Eu estarei traindo a confiança dela, e estarei me sentindo culpada disso.

Grace parecia determinada em contar a verdade a sua amiga, mesmo com as minhas ameaças. Mas eu não iria desistir tão fácil, então eu tive uma ideia.

-Grace, que tal nós fazermos um acordo?

-Um acordo? Que tipo de acordo?

-Assim, se você guardar segredo disso e não contar para ninguém, especialmente para Teresa – Destaquei – Eu dou um jeito de você e o Rigsby burlarem as regras da CBI e poderem ficar juntos... O que acha? – Ofereci. Eu sabia exatamente como fazer isso, apenas falando com LaRoche.

Ela deu um risinho forçado.

-Como você faria esse milagre?

-Fazendo, oras. Sabe que quando eu quero alguma coisa eu consigo.

Ela passou a refletir sobre a proposta. Depois de dois minutos em puro silêncio, a doce Grace afirma:

-Tudo bem, eu fico quieta sobre a Lorelei, mas você vai ter que cumprir sua parte na promessa.

-Claro – Sorri alegremente pela resposta.

-Bom, agora...? – Van Pelt perguntou – Vocês vão pra CBI, certo?

-Certo – Respondi – Lorelei, você já está pronta?

-Já sim, amor.

-Então vamos – Disse, seguindo Grace que já sacava sua arma, antes de sair do quarto. Não sabíamos se Red John poderia estar por perto.

Lorelei deixou a bolsa que carregava, dentro do porta malas e entramos no carro da agente júnior. Ela, que dirigiu pacificamente até a CBI, nós deixou na porta do mesmo e seguiu seu caminho até seu encontro com Rigsby.

Eu peguei a grande bolsa da morena e subimos de elevador até o sótão, onde ficava o meu quarto. Como eu não esperava por Lorelei lá, as coisas ficaram um pouco caóticas.

-Onde eu vou dormir, Patrick? – Ela perguntou, olhando assustada para aquele lugar que não tinha nem metade do conforto que ela estava acostumada. Não haviam duas camas lá, apenas um colchão de solteiro, o que significava que apenas um iria dormir aquela noite. E eu sabia que não era eu.

-Ali, na minha cama – Apontei para a “cama” se é que pode ser chamada assim.

-E você? Vai dormir aonde?

-Não estou com sono – Menti. Estava esgotado – E outra, se eu quiser dormir eu posso deitar no meu sofá.

-Patrick, você está exausto... Vamos dormir juntos – Afirmou.

-Não precisa.

-Patrick, por favor...

Dei um suspiro alto. Eu não queria, mas eu estava realmente cansado. Então tirei meu paletó, ficando apenas com a blusa branca e a calça.

Lorelei jogou sua bolsa em um canto do quarto e se trocou, colocando seu pijama. Deitamos juntos na cama, eu, bem na beirada, quase caindo, apenas para deixa-la confortável.

O quarto estava gelado. Um vento forte batia na janela e fazia um ruído enorme. Poderia jurar que iria nevar a qualquer hora, mesmo sabendo que estávamos na California, e que infelizmente, não neva aqui.

**

Na manhã seguinte, eu estava quebrado. A noite mal dormida, em uma tentativa fracassada de dividir uma cama de solteiro, resultou em uma baita dor nas costas. Era como se eu tivesse sido pisoteado por uma multidão enlouquecida.  Pra piorar, uma gripe estava começando a anunciar sua nova vitima, eu, no caso. O frio que eu passei na noite anterior me deixou com o nariz escorrendo e uma maldita dor de cabeça. Era assim que começava o meu lindo dia.

Em compensação, Lorelei estava ótima: Noite bem dormida, sem dor nas costas ou sinais de gripe. Claro, ela também tomou posse do cobertor, me deixando com apenas um pedaço deste. Mas, ela estava grávida e nada se pode fazer contra isso, eu inocentemente, pensava.

Antes de qualquer coisa, fui tomar um banho e buscar algo para comer na lanchonete que tinha perto da CBI. Talvez eu passasse na farmácia, para comprar algumas aspirinas e pastilhas efervescentes sabor laranja, carregadas de vitamina C.

No elevador, me encontrei com Grace e Cho, ambos sérios. Não trocamos nenhuma palavra além do típico “bom dia” usual.

Já na lanchonete, comprei dois waffles com muito mel e um suco de maçã para Lorelei. Depois passei na farmácia e comprei todos os medicamentos possíveis para não piorar a gripe.

Depois, com tudo e mãos, voltei para meu quarto na CBI.

Quando eu cheguei, Lorelei já estava vestida com uma calça preta jeans e uma blusa de manga comprida cinza. Servi as coisas na minha pequena mesa que ficava frente a janela, e comemos juntos o café.

Estava tudo muito calmo. Calmo até demais. Eu deveria acreditar mais naqueles provérbios da época da minha mãe, que diziam “Depois da calma, a tempestade”.

Agora nada mais poderia me salvar.

Pov Teresa

Mais um dia de trabalho na CBI. Eu adoro o meu trabalho mas, de vez em quando uma folga é necessária. Principalmente daqueles formulários e fichas chatas que eu tenho que preencher, quase todos os dias.

Tomando um café quente, eu fui cumprimentar os agentes e meu consultor, Patrick.

A primeira coisa que eu percebi quando cheguei lá era que, Patrick não estava sentado no seu sofá marrom.

Ele era sempre muito pontual e quase sempre dormia na CBI. Agora inventou de ficar sumindo, principalmente depois que descobrimos que a Lorelei esteve próxima de nós. Eu não consigo entender essa fascinação em achar o idiota do Red John. É como se ele não tivesse vida própria e vivesse nessa obsessão sem fim, há mais de 12 anos.

Eu até estranhei o dia que ficamos juntos em Newport Beach. Não que eu não tenha gostado, mas foi estranho. Era como se ele tivesse finalmente esquecido de tudo que havia acontecido em todos esses anos e finalmente iria começar a viver a vida. Mas como nem tudo são flores,  logo, ele ficou estranho novamente. Tá bom que eu tive um pouco de culpa nisso, mas o que eu posso fazer, se todo mundo que fica com ele morre?

Bem, logo após eu colocar meus pés naquele escritório improvisado e reparar na falta do consultor, Cho como se percebesse, começou a explicar:

-Patrick parece que pegou uma gripe. Sua voz estava meio fraca e o rosto meio inchado.

Eu fiz uma careta. Fazia tempo que o Jane não ficava doente. Eu nem me lembrava da última vez.

-Nossa, se ele ficou doente, nós vamos todos morrer logo – Rigsby brincou, levando alguns olhares fuziladores do Cho.

Eu voltei meus olhares a Grace, a única que não havia dito palavra alguma. Geralmente, ela me cumprimenta com um lindo sorriso no rosto, e se não tem nada para fazer, conversamos sobre Ioga.

Mas hoje, a ruiva estava calada.

-Van Pelt? Está tudo bem?

A ruiva sorriu timidamente, quase sem jeito.

-Sim, estou – Afirmou. Eu tive uma leve impressão que ela estava me escondendo algo. A primeira coisa que me veio em mente foi ela e Rigsby, juntos. Eu tinha quase certeza disso.

Mesmo assim, eu não iria pressiona-la a contar nada. Apenas esperaria o momento certo, e eu sei que a ruivinha acabaria contando. Ou eu acabaria descobrindo. Um dos dois.

-Então tá... – Disse, dando alguns passos em direção das mesas dos agentes – Eu vou fazer algumas fichas na minha sala... Quando o Patrick chegar, mande-o imediatamente pra lá, por favor.

-Certo chefe – Os três responderam em uníssono.

Caminhei para a minha sala, dando bom dia a alguns funcionários que estavam no caminho. Tudo indicava ser um dia calmo e tranquilo na agencia. 

Mas, as coisas não são como parece, não é?

Dentro na minha sala, dando os últimos goles no meu café já morno e preenchendo sem a menor vontade algumas fichas, alguém bate na porta. Sem ao menos olhar quem era, eu mandei entrar, imaginando ser o Jane.

Continuei de cabeça baixa, escrevendo e esperando alguma piadinha do estilo do Patrick. Uma piadinha que não veio.

Logo que levantei a cabeça, vi um rapaz totalmente desconhecido, de uniforme amarelo, me encarando pacientemente, a minha frente.

-Ah, desculpe-me mas quem é você? – Perguntei, ligeiramente assustada, afinal esperava o Patrick.

-Trabalho pro correio – Respondeu, com um grande sorriso no rosto – Você é a senhora Lisbon?

-Sim.

-Tenho uma entrega para você.

-Eu não pedi nada.

-Está no seu nome – Ele pegou um pequeno embrulho amarelo e perguntou novamente – Teresa Lisbon, certo?

-Certo.

-Então é pra você mesmo.

Ele me entregou uma folha com algumas coisas insignificantes escritas, e eu apenas assinei.

-Aqui está – Ele me entregou o pequeno embrulho – Até mais.

-Até...

Mal ele fechou a porta, e eu comecei a rasgar o pacote. De dentro, tirei um cd com uma mensagem impressa ao lado.

“Querida Teresa;

Espero que aproveite o conteúdo deste CD, sozinha se possível;

Não quero que fique brava por tê-lo tirado do lugar de onde pertencia;

Mas é que eu achei que você gostaria de ver sozinha, sem ninguém, assim poderia refletir melhor sobre suas preferências amorosas....

Com muito amor;

O tigre”.

Eu estranhei aquilo, como assim, lugar de onde pertencia? Preferências amorosas? Tigre? Será que era outra brincadeira idiota do Patrick? Bom, eu só iria saber se visse o que tinha dentro.

Foi isso que eu fiz. Coloquei o CD no computador e esperei pacientemente até abrir uma pasta, sem nome. Cliquei nela e nisso abriu um vídeo.

Era câmeras de vigilância, mas não qualquer câmera. Eram as do hospital, as tais fitas perdidas.

A gravação mostrava apenas a área da recepção do hospital geral.

Foram minutos de imagens em preto e branco sem mostrar nada de mais, quando de repente, surge a maldita...

Isso mesmo, Lorelei.

E ela não estava sozinha...

Um certo loiro de olhos azuis estava ao seu lado.

Incrivelmente, o mesmo loiro que eu trabalho, usando sua mesma roupa de sempre, com a mesma expressão de sempre.

Eu não pude acreditar no que meus olhos viam: Patrick estava com a vaca. O meu Patrick estava com aquela vaca.

Tudo estava explicado: Perguntas sobre roupas, desaparecimentos constantes, pessoas que esqueciam as coisas magicamente... Tudo isso e mais, muito mais, tudo explicado.

Há quanto tempo será que esses dois estavam juntos? Dias? Semanas? Meses?

O meu sangue ferveu, e eu acabei agindo por impulso. Com muito ódio e nojo do Jane por ter me usado, já que a “verdadeira” mulher dele estava em casa, eu desliguei o computador e corri para o sótão da CBI, onde aquele cretino deveria estar.

No caminho, acabei passando pelo meio dos meus agentes. Meus passos rápidos e fortes, acabaram despertando a atenção de Grace, que logo me seguiu para ver o que estava acontecendo.

-Chefe, está tudo bem? – Ela perguntou, toda atenciosa e gentil, como sempre.

-Estou ótima – Respondi friamente, sem ao menos olhar para a agente.

Fui subindo a escada que dava acesso ao sótão, quando a ruiva me puxou delicadamente pela mão.

-Teresa, você não pode – Aconselhou-me.

Eu me virei, boquiaberta. Todos na minha volta estavam me traindo.

-Grace, me solte agora, ou eu juro que o soco que eu estou preparando pra dar na cara do Jane, vai na sua.

Sem pestanejar, ela me soltou.

-Me desculpa – A ruiva murmurou.

Eu já imaginava o que havia acontecido. Patrick havia ameaçado a pobre da Grace, que pelo que eu acho, deve ter um caso com o Rigsby.

Tudo para me enganar.

Um soco seria pouco nele. Enquanto eu não tirasse muito sangue, eu não pararia.

A cada passo que eu dava em direção ao sótão, eu sentia meu coração disparar mais e mais. Eu também me sentia forte, como se todas as minhas memórias com o loiro, fossem transformadas em força. O que era ruim para ele e ótimo para mim.

Nervosa e decidida a dar uns tapas no consultor, parei diante a grande porta de ferro que o protegia do seu triste destino, e gritei, com toda a minha força, quase que alarmando a CBI inteira:

-Patrick Jane, abra essa porta agora – Dei dois tapas fortes na mesma, para ele ver que eu realmente não estava de brincadeira.

No principio ouvi sussurros, de mais de uma pessoa. E ambos se calaram após meus gritos.

O sangue subiu mais ainda.

Ele trouxe a vadia para a CBI?

Era como se ele dançasse na nossa cara, dizendo: Eu sou melhor que todos vocês.

Talvez eu me arrependesse do que iria fazer, mas com certeza, ele merece.


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Notas finais do capítulo

Ahhh desculpem os erros :) Espero que gostem... Muitos tapas vão rolar como vcs me pediram...

Beijinhos :)