Menina Veneno escrita por Becca


Capítulo 6
Investigação - capítulo 6




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/343105/chapter/6

Os três permaneceram imóveis, apenas olhando para ela, que balançou a cabeça negativamente.

– Aonde vocês pensam que vão? - perguntou ela, cruzando os braços.

– Eu, vou interrogar a vítima. - concluiu Elliot. Olivia negou.

– Elliot, você, mais do que eu, sabe que as vítimas têm um contato mais difícil com homens, após o ataque. Não sei nem se ela vai conseguir falar comigo. - argumentou ela. Elliot assentiu, e os outros dois também. - Tyler, acho melhor você entrar, já que sabe de todo o procedimento.

Os três a fitaram confusos, e o médico assentiu, passando na frente dela. Abriu a porta, e adentrou o quarto, sendo seguido por ela.

– Oi, meu nome é Tyler, sou seu médico, ajudarei você no processo de recuperação, ajudando a detetive Benson e companhia. Quero saber se, - ele pausou - nós teríamos autorização para coletar os fluídos, do kit estupro.

A menina se mostrava assustada, até ver Olivia na sala.

– Você me ajudou... - suspirou a moça. Olivia sorriu timidamente, e assentiu.

– Sim. Dois de meus parceiros, estão lá fora, mas eu imaginei que, pelo o trauma ser grande, deveriam haver somente um homem, doutor Tyler, aqui, presente. - disse Olivia, com a voz serena. A jovem coçou os olhos. - Temos sua autorização, pro kit?

– Ah... Claro, desde que peguem o desgraçado. - gaguejou ela, passando as unhas levemente, nos cortes enormes, em seus braços.

– Ok, vou providenciar as salas, e, estarei aqui. Detetive, it's on you. - disse ele, saindo da sala.

Do lado de fora, os dois encheram o doutor de perguntas, cujas ele não respondeu, apenas afirmou:

– Se algum de vocês, pressionar a jovem, ou Olivia, são homens mortos. - e foi até a recepção, pegar certos arquivos, que continham informações da jovem moça.

No quarto, Olivia falava com a menina, a fim de conseguir algum dado, ou alguma lembrança do ataque.

– Eu... Não me lembro... Desculpe. - sussurrou a menina, em prantos. Olivia aproximou-se dela, e a abraçou, num gesto maternal. Ela se permitiu chorar, nos braços de Olivia.

– Tudo bem... Sh... Vai passar. - suspirou Olivia, afagando os cabelos ruivos da menina, que soluçava, devido ao choro contínuo.

– Prometa-me que ele nunca mais vai me machucar... Por favor... - pediu a menina, dentre soluços.

Olivia assentiu, e voltou a interrogá-la, sem intenção alguma, de fazê-la lembrar do ataque.

Ela contou sobre dois homens, que a puxaram, num beco, de tarde, mesmo, e a violentaram, cobrindo sempre sua boca, para que ninguém a escutasse gritar.

– Lembra-se de mais alguma coisa? - perguntou Olivia, com o bloquinho nas mãos. A moça negou, e respondeu:

– Só lembro de chegar à delegacia, e ver você, e um homem latino-americano, de cabelos cacheados. E, depois, de acordar aqui, sozinha. - e Olivia sorriu, um sorriso maternal.

– Vou deixar você descansar um pouco, e - ela deu uma pausa, pegando a carteira. - este aqui, é o meu cartão. Qualquer coisa que aconteça, - ela pausou, novamente - qualquer coisa, mesmo, me ligue. O celular está no verso.

A jovem sorriu, e olhou para o número, muito, para tentar memorizá-lo. Não sabia o quê, mas gostava de Olivia, de um modo especial, como se fossem da mesma família.

– Algumas enfermeiras virão pegar você, para fazer o kit, depois, você se alimentará, e se quiser conversar, à qualquer hora, ligue para mim. Estarei à sua disposição. - sorriu Olivia, abrindo a porta, dando de cara com Tyler.

– Então...? - começou Tyler, querendo o nome da jovem. Ele tinha os arquivos, mas queria ouvir dela, afinal, ela poderia mentir.

– Emma. - suspirou a jovem, coçando o couro cabeludo.

– Certo, Emma, as enfermeiras logo virão, e você só se alimentará, depois do procedimento, ok? - disse Tyler. A jovem assentiu, e olhou para Olivia.

– Qualquer coisa, chame por mim, Emma. - pediu Olivia. Emma assentiu, e depois, Tyler se retirou do quarto, junto à Olivia.

=========================

Do lado de fora, Elliot e Ash se contiveram, para não se matar ali. Se Olivia soubesse, o sacrifício, que Elliot estava fazendo, só por estar preso, naquela sala, com Ashok...

Quando viram o médico sair, seguido por Olivia, ambos se levantaram num pulo, e, Ash foi o primeiro a falar:

– Como ela está? - e Elliot o fitou com raiva.

"Ei, jackass! Ela não é sua parceira!", era o que ele queria falar, depois de dar uns empurrões nele. Mas, ao invés disso, apenas repetiu a pergunta:

– É, Liv, como está a garota?

Olivia negou, com a cabeça, e suspirou:

– Nada bem. O trauma é muito, você sabe disso, El...

Ash assentiu, e Elliot sentiu as bochechas queimarem.

De um jeito ou de outro, achava que qualquer um, flertava com Olivia, e isso destruía o coração dele, em mil pedaços, mas Olivia não parecia perceber nada disto, e, isso também destruía o coração dele...

Ah, Liv...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!