Mais Além De A Usurpadora escrita por Kah


Capítulo 39
Capítulo 39 Duras Pedras




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Todos da mansão procuraram por Paulinha, Carlinhos conta que estava com a irmã quando um homem com uma mascara no rosto pegou o bebê e saiu correndo em direção ao muro, o menino ainda tentou segura-lo, mas o homem o empurrou para trás fazendo com que ele batesse a cabeça e desmaiasse.

Carlos Daniel estava desesperado, não conseguia pensar direito, mas pior do que ele estava Paulina. Teve um momento em que ela procurou por todo o canto da casa e nas ruas junto com Carlos Daniel, deixando todos espantados e se perguntando de onde ela tirava forças, mas quando as horas foram passando e não encontraram a filha, Paulina ficou em estado de choque, seus olhos estavam paralisados, apenas derramavam as lágrimas incessantemente pela sua face, vovó Piedade havia ligado para Rodrigo e Estephanie para ajudá-los a encontrar a menina, todos estavam na mansão, Carlos Daniel e Rodrigo haviam ido a delegacia dar queixa do sumiço de Paulinha, Carlinhos foi junto para contar como tudo aconteceu, o menino chorava sem parar se culpando pelo rapto da irmã.

Paulina se levantou do sofá ainda com lagrimas pela face, e foi em direção a porta, Patrícia a segurou pelo braço.

— Aonde você vai Paulina? – ela perguntou preocupada pelo estado em que Paulina estava.

— Preciso encontrar minha filha Patrícia, - Paulina diz e começa a chorar descontroladamente – não posso ficar esperando mais, Carlos Daniel saiu e não voltou, não vou ficar aqui parada sem saber onde Paulinha esta.

— Paulina vamos esperar meu irmão chegar, - Estephanie diz indo ate a cunhada e a abraçando – já procuramos por todos os lados, o que podemos fazer agora é esperar.

Paulina não conseguia dizer mais nada, apenas chorava nos braços de Estephanie.

Carlos Daniel, Rodrigo e Fernando (marido de Estephanie) entram na mansão, ao ver a esposa chorando nos braços da irmã Carlos Daniel vai ate elas e puxa Paulina para seu peito e a abraça.

— Nós vamos encontrar Paulinha meu amor, vamos encontrar.

Paulina o abraçou forte e chorou mais, estava muito nervosa, Patrícia chega trazendo um copo de água e um calmante para Paulina.

— Aqui Carlos Daniel, - ela diz entregando para o cunhado – tente fazer ela beber, Paulina esta muito nervosa.

Carlos Daniel pega o remédio e se senta no sofá com Paulina, ele com um pouco de insistência a convence a beber, os dois ficam abraçados no sofá, o choro de Paulina passava a dor que estava sentindo, Carlos Daniel vez e outra deixava cair uma lágrima, não parava de pensar onde sua filhinha poderia estar, tentava afastar os pensamentos ruins mas não conseguia, não suportava a idéia de que sua filhinha estava na mãos de um bandido.

Aos poucos o remédio vai fazendo efeito em Paulina, as lágrimas continuavam a cair pela sua face, se sentia estranha, sonolenta, embora por fora parecesse mais calma, por dentro seu coração estava em pedaços, queria encontrar sua filhinha, sentir ela aninhada nos seus braços.

— Eu quero minha filha, - ela diz baixinho – onde você esta minha filhinha?

Carlos Daniel continuava abraçado a ela, suas mãos acariciavam o rosto da esposa.

 

As horas continuavam a passar, estavam todos muito angustiados na casa, vovó Piedade e Adelina rezavam pedindo proteção para Paulinha e para que encontrassem logo a menina, era tudo o que podiam fazer, rezar. Filó tentava acalmar Carlinhos e Lizete, e dizia ao menino que ele não teve culpa do que aconteceu.

Os demais esperavam algum contato do seqüestrador, a polícia agia tentando encontrar pistas sobre onde poderia estar à menina, Paulina continuava a base de calmantes, sempre que o efeito começava a passar e ela ficava a ponto de ter um colapso nervoso, Carlos Daniel lhe dava mais, e ela às vezes dormia, ele sabia que não era saudável, mas não suportava ver sua esposa sofrer e não poder fazer nada.

Se passa um dia, sem qualquer noticia de Paulinha, Carlos Daniel não saia do lado do telefone esperando alguém entrar em contato e pedir o resgate pela filha, mas não foi isso o que aconteceu, no final da tarde de domingo chegou uma carta, mas dessa vez destinada a Paulina.

Todos se olham espantados, Paulina e Carlos Daniel temiam o que veriam dentro da carta, mas mesmo assim Paulina abre com desespero o envelope, precisava saber se tinha noticias de sua filhinha.

No envelope havia uma foto de Paulinha, a menina estava numa cama simples, o local era desprovido de qualquer luxo, as paredes eram de madeiras, Paulinha parecia dormir tranqüila naquela cama, havia uma boneca entre as mãos da menina.

Ver a filha assim trouxe de volta as lágrimas no rosto de Paulina, aquele lugar não lhe era estranho, ela abre a carta que veio junto, mas as lágrimas dos seus olhos impedia de ver o que estava escrito, Carlos Daniel pega a carta e começa a ler para que todos os que estavam na sala pudessem ouvir.

 

‘’Paulina,

 

Venha me encontrar

No nosso lugar

Eu vou te esperar

Não demore a chegar

Estou na beira do mar

Ouvindo o vento soprar

Venha me salvar

Ou nunca mais vai me achar

Venha logo meu amor...

Não posso mais respirar,

Espero amanha quando o sol descansar.

 

Aposto que ainda se lembra, não meu amor?’’

 

Carlos Daniel olha sem entender a carta, Paulina ao seu lado estava paralisada sua expressão era de medo, Carlos Daniel a olha confuso.

— Paulina esta tudo bem? – ele pergunta.

Paulina olha para Carlos Daniel, ela estava pálida, suas mãos tremiam, seus olhos tinham o medo cravados neles, Carlos Daniel a fitou confuso pela reação que ela teve e Paulina cai inconsciente nos braços dele.

Carlos Daniel a pega nos braços e a deita no sofá, um desespero toma conta de si, a dor de ter sua filhinha seqüestrada e agora de ver sua amada esposa sofrendo tanto o consumia.

Alguns minutos depois Paulina recobra a consciência, Carlos Daniel estava ajoelhado ao seu lado com uma mão em sua cabeça e com o rosto afundado em seu pescoço, Paulina sentiu as lagrimas do marido molhar sua pele, um nó se formou em sua garganta deixando escapar um gemido, Carlos Daniel levantou a cabeça e a olhou.

— Paulina! – ele disse um pouco aliviado e beijou seus lábios.

Paulina olhou profundamente para Carlos Daniel, ambos viram no olhar do outro a dor que estavam sentindo, ela se sentou com a ajuda do amado, e olhou para as pessoas na sala, vovó Piedade, Estephanie, Fernando, Adelina, Rodrigo, Patrícia e Lalinha, todos estavam comovidos e tristes pelo o que havia acontecido.

Rodrigo e Patrícia estavam parados ao lado do sofá.

— Paulina, essa reação que você teve com a carta, - Rodrigo diz se sentando ao lado da cunhada e pegando suas mãos – sabe de quem pode ser?

Todos olhavam Paulina esperando alguma resposta, a angustia estava no olhar de cada um.

— Eu sei Rodrigo. – Paulina disse olhando para o cunhado enquanto as lágrimas voltaram a molhar seu rosto.

— Quem é meu amor? – Carlos Daniel pergunta desesperado – De quem é essa carta?

Paulina olhou para Carlos Daniel sentado ao seu lado, suas lágrimas se tornaram mais intensas, Carlos Daniel a abraçou e ela chorou incontrolavelmente nos braços do marido.


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