Sei Que Você Tá Afim escrita por Bianca Andrade


Capítulo 11
Primeira vez


Notas iniciais do capítulo

Preparados pra mais um cap? Então, esse tá um pouco grande pra compensar o anterior, que eu deixei vocês na maior bad né? Desculpem por isso hahaha E esse capítulo vai especialmente para Giovanna Diniz, que daqui a pouco tá fazendo aniversário! Parabéns gata. Felicidades mil! Sem mais delongas, espero que gostem.

Trechos da música: Closer - Ne-yo



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/342945/chapter/11

I can feel her on my skin (Eu posso senti-la na minha pele)

I can taste her on my tongue (Eu posso prová-la na minha língua)

Shes the sweetest taste I've seen (Ela tem o gosto mais doce que eu já vi)

The more I get, the more I want (Quanto mais eu tenho, mais eu quero)

She wants to, own me, come closer (Ela quer me ter, venha mais perto)

She says: "Come Closer" (Ela diz "venha mais perto") [...]


POV Bruno


Talvez seja o efeito do álcool que eu consumi há algumas horas atrás. Mas alguma coisa dentro de mim tocou, quando ela praticamente implorou pra que eu não a agarrasse aqui e agora. Mas eu a quero. E muito. E se ela não estivesse parecendo tão indefesa na minha frente, eu já teria arrancado isso que ela chama de roupa, pra eu por fim saciar o meu desejo.

Chega a ser divertido o modo como ela está, de olhos fechados, entreabrindo a boca. Totalmente a minha mercê. Eu não tava nem um pouco disposto a dar carinho pra essa diaba loira, mas eu também não sou um monstro.

Com cuidado, direciono minha boca em seu maxilar, bochecha, até chegar na sua boca. Não disposto a ser tão paciente, imponho logo o ritmo que desejo ao beijo.

Ela parece estar numa batalha interna, tentando decidir continuar ou não com isso. Então levo uma mão a sua cintura, e a puxo sem delicadeza, fazendo com que nossos corpos se choquem. Por fim, com um gemido abafado ela se rende, deixando que sua língua encontre a minha.

Quando o ar se faz necessário, forço seu rosto para o lado, pra que eu possa beijar e beliscar o seu pescoço.

– Bruno... – ela sussurra o meu nome, não sei se como um chamado ou como um suspiro.

Sem esperar que ela diga mais alguma coisa, seguro-a pela mão e praticamente a arrasto em direção ao meu quarto.

A diaba mal me dá tempo de fechar a porta, e já está cobrando minha atenção, me puxando pela camisa, e sem maior cuidado ou delicadeza, uso uma mão pra puxar os seus cabelos, voltando a cobrir sua boca deliciosa com a minha.

Nos guio para a cama, e aos beijos me posiciono em cima dela. Minhas mãos vão das pernas dela, para cintura, até chegar onde quero. A borda da camisa. Eu já estou ficando impaciente. Preciso acabar com isso agora!

– Calma Bruno – ela pede

– O que foi Fatinha? – a vejo respirar com dificuldade – Tá preocupada com camisinha? Eu tenho...

– Não é isso... – ela desvia o olhar, mas eu seguro seu queixo, fazendo com que ela volte a olhar para mim.

– Você tá bem?

Ela me fita pelo que eu presumo ser uns cinco ou seis segundos, até que por fim suspira aliviada, lançando um sorriso pra lá de excitante – Eu tô ótima.

Sorrio de volta, voltando a grudar nossos lábios, e sem mais cerimônias, faço com que nossas roupas vão parar em algum canto do quarto.

Álcool, desejo, luxúria, desespero, beleza. Foram os pontos fortes dessa noite. Fatinha descansava no meu peito, e eu ainda estava tentando regularizar minha respiração... Teria sido uma noite memorável, se não fosse pela macha de sangue no meu lençol.

****

POV Fatinha

Sinto meu corpo cansado e dolorido, mas ao mesmo tempo nunca havia sentido tamanha sensação de prazer. Minha mente percorria por algum lugar distante, mas não demora e eu levo um susto quando alguém do lado pula, me levando praticamente junto. Olho assustada para ele, que levanta da cama e vai até o canto do quarto. Ainda sem olhar pra mim, junta as roupas que estão no chão. Joga as minhas em cima de mim, e começa a vestir as dele.

– Se veste – ele ordena

– O que foi Bruno? – levanto da cama, pegando minhas roupas

– Tá vendo isso aí? – fala apontando para a cama. Engulo em seco. Droga. Ele não sabia que eu era virgem. Olho para ele sem conseguir falar nada. – Porque você não me disse que era virgem? – balança a cabeça em desaprovação

– E isso iria mudar alguma coisa? – pergunto indo em direção a ele.

– Claro! Eu nunca teria transado com você se soubesse

– É claro que você teria

– Mas que merda Fatinha, é claro que não! – ele me segura pelo braço, e me arrasta até a porta - Vai pro teu quarto Fatinha, e esquece o que aconteceu.

Ele só pode tá de brincadeira né?

– Esquecer? – enrugo a testa - Como você pode falar isso, depois de tudo que a gente passou aqui? – olho para ele, que não está fazendo o mesmo.

– Não testa minha paciência garota. Seu desejo de dormir comigo já se realizou não foi? Agora sai do meu quarto – falou seco

– Até parece que só eu queria - debochei

– É, não vou mentir. Eu tava a fim de te pegar mesmo. Agora que já matei minha curiosidade, isso não vai acontecer de novo.

E lá estava. O mesmo Bruno que eu havia conhecido nessa manhã. Frio. Arrogante. Como eu pude deixar que ele me usasse desse jeito? Porra. Já não basta tudo o que eu passei?

– Você é um idiota sabia? – gritei, levantando a mão pra bater no peito dele, mas ele foi mais rápido.

– Ta louca? Quem você pensa que é pra querer me bater? – me cerrou com os olhos, me deixando um pouco frustada – Quer saber? Chega! Sai do meu quarto – e dito isso, me empurrou para fora, batendo a porta da minha cara. Tentei resistir, mas já sabem né? Seria eu (uma magrelam, sem forças nenhuma), contra ele (alto e musculoso).

Respirei fundo e vesti o pijama que permanecia na minha mão até então. Entrei no quarto, e Ju parecia estar dormindo como uma pedra. Como ela não ouviu os berros que nós demos? Impossível! Até os vizinhos devem ter ouvido. Pensei comigo mesma.

– Ju? – balancei-a com uma mão – Ju, ta acordada?

– Hã? Fatinha... Que horas são? – falou se levantando apressadamente

– Relaxa, ainda é de noite

– E porque diabos você tá me acordando?

– Desculpa... só queria saber se você tava acordada – digo sem graça

– Eu tava né? Argh. Boa noite. – bufou e virou as costas, voltando a dormir.

Ainda rindo daquela cena, me deitei ao lado dela, passeando os olhares pela parede até pegar no sono.

***

– Fatinha, minha filha, acooooorda!

Dei um pulo da cama – Ta louca Juliana?

– A gente ta atrasada pra aula, sua louca. Bora, levanta.

– Você tá brincando né? E se meu pai aparecer na escola?

– Aí, por causa disso, você vai se trancar pelo resto da vida aqui?

– Pelo resto da vida não... Eu vou procurar um lugar pra morar ok?

– Não to falando disso... – disse me interrompendo

– E além do mais não tenho nem roupa – fiz beicinho enquanto olhava o pijama que eu estava vestida.

– Não seja por isso – falou indo para o closet – Toma! – disse jogando uma blusa, ou melhor, uma farda. – Hum... Esse aqui deve servir – e me deu uma calça.

– Ah Ju, tem saia não? E essa camisa aqui? – olhei com cara de desgosto – Preciso urgente de uma tesoura...

– Tá maluca Fatinha? Você não vai cortar minha farda! Isso é um empréstimo, e deixa de ser ingrata. Usa e não abusa pode ser? – falou e eu revirei os olhos.

– Tá, sua chata. – dei língua e ela riu.

– Vamos. Ainda tá nessa cama? – ironizou e saiu pela porta, parecendo uma mãe mandona.

Rolei os olhos, mas fiz o que ela disse. Levantei e fui tomar banho. Por sorte, Bruno ainda estava dormindo.

– Assim eu vou ficar mal acostumada sabia? – ri enquanto observava aquela maravilhosa mesa do café da manhã.

– Então eu sinto lhe dizer, que o almoço é por sua conta

Ri alto por alguns minutos. Mas parei quando percebi a cara séria dela.

– Você não tá falando sério... – franzi a testa, e ela levantou uma sobrancelha.

– Você tá falando sério. – afirmei dando-me por vencida

– Boa garota... Ah oi maninho!

Merda. Ele não podia acordar quando eu já tivesse saído?

– Bom dia maninha – passou por mim e deu um beijo na testa dela – Oi Fatinha – mas que cara de pau!

– Bom dia – falei tentando não demonstrar muita emoção.

– Bom, vamos Fatinha? Gil tá esperando a gente lá em baixo...

– Gil? – arqueei uma sobrancelha

– Longa história – se explicou, sorrindo logo em seguida.

***

Encontramos-nos com Dinho e Lia na frente do colégio.

– Olha aí o meu casal apaixonado favorito – falei abraçando os dois

– Menos Fatinha, bem menos – Lia ironizou

– Ah qualé, depois do que vocês fizeram por mim, vocês acham que não merecem todo o meu amor? – sorri arrancando risadas deles também.

Robson assoprou aquele apito insuportável, e nos mandou ir pra sala de aula.

– Minha rainha!!! – Pilha correu pra cima de mim

– E aí Pilhote, saudades?

– Saudade é pouco minha deusa. Deixa eu conferir se tá tudo aqui... – falou olhando para todo o meu corpo. Eu ri.

– Relaxa Pilhote, tá tudo no seu devido lugar.

– Ô se tá...

Professor César entrou na sala, e eu nem preciso dizer que a aula foi um saco né? Só começou a ficar interessante, depois que o diretor Mathias apareceu na sala, anunciando um novo aluno. Isso no final do ano. Que mané faria isso? Espero que seja um mané gato, pelo menos. Sorri maliciosa.

– Muito bem 2º ano, gostaria de apresentar um aluno que foi transferido de Brasília. E espero que vocês sejam muito bem receptivos.

– No fim do ano diretor? – Orelha leu meu pensamento

– Isso não vem ao caso Álvaro Gabriel. Ele está entrando, porque já passou para o 3º ano, mas como estamos no fim do ano, ele vai ficar nessa turma. Pra assim continuar ano que vem.

– Como assim ele já passou para o 3º ano? – algum nerd perguntou

– Quantas perguntas! – Mathias bufou impaciente – Estudo acelerado por assim dizer. Mas isso realmente não vem ao caso. Fiquem quietos, sim? – nos encarou, e logo continuou – Vitor, você pode entrar aqui por favor?

O tal aluno novo foi entrando... e AI.MEU.DEUS.

Foi a única coisa que consegui pensar. Mordi os lábios admirando aquela perdição de olhos azuis. E não era apenas eu. Ju, e praticamente todas as menina dali estavam de boca aberta. E pera aí, aquilo no canto da Lia era baba? Dinho batia o pé do meu lado, se remoendo de ciúmes. Gil também estava soltando fumaça pelas ventas. Fazer o que, se o cara era gato? E eu, como boa anfitriã que sou, é claro que vou ajudar ele a se instalar né?

– Senta aqui gato – falei apontando para uma carteira a minha frente, o fazendo sorrir. Sorriso esse que me deixou mais abobalhada ainda.

O gato de olhos de cristal veio sem pestanejar, acompanhado dos olhares de quase todos. Sim, Dinho e Gil estavam com raiva demais pra observar ele sentar.

– Bom, então é isso, agora que você já se instalou, vou deixar que o professor continue a aula dele - Mathias falou e foi embora.

– E aí gato, meu nome é Fatinha – cutuquei sua costa, ansiando por atenção.

– Oi Fatinha, o meu é Vitor – sorriu segurando minha mão.

– É, eu sei, o direito acabou de dizer

Ele riu, envergonhado.

– Depois eu te apresento o resto da galera tá?

– Pode ser – sorriu de canto e voltou sua atenção para frente.

Sinal do intervalo bate...

– Vem gato, deixa eu te apresentar o Quadrante – falei enquanto todos saíam da sala. Ele apenas assentiu, e me seguiu.

Mostrei a ele toda a escola, inclusive um cantinho que tinha, que o Robson não conhecia. Alguns alunos iam lá de vez em quando... Juliana e Gil entendem. Depois o levei pra onde todos estavam, aguardando a aula de educação-física.

– E ai galera? Esse aqui é o Vitor! – falei toda empolgada

– É Fatinha, a gente já sabe, o direito Mathias falou... Na sala, lembra? – Rita debochou. Rolei os olhos, a ignorando.

– Ainda guardando remorso sobre o Fera, Ritinha? – debochei

– Me erra Fatinha

– Bora galera, sentem que eu vou dar um aviso! – Da onde essa mulher saiu?

Nos sentamos, e se pensaram que fiquei do lado do gato de olhos azuis, acertaram.

– Então, como é fim de ano, o direito deixou que eu organizasse uma festa....

Mal foi terminando e todos já estavam com gritinhos empolgados.

– Woow, se acalmem! – Marcela ordenou – Vocês nem me deixaram terminar... É uma festa sim, mas também é um trabalho.

Tava demorando...

– Separem grupos de seis pessoas, e eu vou sortear uma tarefa para cada grupo. Ou seja, a festa é de vocês, e vocês vão organizar.

– Tá de sacanagem? – Orelha bufou

– Não Orelha, porque eu estaria? – o olhou impaciente

– Ué? Além de pagar pela escola, a gente ainda tem que fazer festas de fim de ano. Tenho certeza que meus pais não vão gostar nada disso...

– Pois fique sabendo, que os pais de todos já estão sabendo disso – meu coração apertou – E devo avisá-los que vale a maior parte das notas, e de todas as matérias. Então, se não fizeram, sofram com as consequências depois.

– O Vitor pode fazer professora? – perguntei

– Ah sim, o aluno novo... Mesmo não precisando, ele pode contribuir sim.

– ISSO! – pulei triunfante – Você vai entrar no meu grupo né gato?

– C-Claro Fatinha – respondeu sem graça

– Minha melhor amiga, me trocando por um novato... To chocado – foi a vez de Dinho se pronunciar

– Ai Dinho, menos né? São seis pessoas. Eu, o gato aqui, você, Lia, Ju e Gil.

– Ah é? – Gil perguntou, aparentemente irritado

– Por mim, tá ótimo, estando no grupo da Lia... – fiz beicinho, olhando para o chão – E no seu... – meus olhos brilharam e eu corri para abraça-la

– Bom, decidam-se. Dez minutos, e eu irei distribuir as tarefas de vocês.

E assim os grupos ficaram divididos:

1 - Eu, Vitor, Ju, Gil, Dinho e Lia

2- Morgana, Rita, Rafa, Fera, Pilha e Orelha

3- Joana, Bárbara, José, Yasmin, Viviane e Breno

4- Beatriz, Robert, Suzanne, Jorge, Sabrina e Yuri

Marcela separou quatro grupos: Organização, alimentação, bebidas, e fantasias.

Nosso grupo ficou com as fantasias, e como só restavam duas semanas, decidimos nos juntar na casa da Juliana.


[...] And I just can't pull myself away (E eu simplesmente não consigo me afastar)

Under her spell I can't break (Sob o feitiço dela que eu não consigo desmanchar)

I just can't stop (I just can't stop) (Eu simplesmente não consigo parar)

I just can't stop (I just can't stop) (Eu simplesmente não consigo parar)


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Entãaaao. Suprimiu a expectativa de vocês? Eu torço de verdade que sim. Já sabem, quanto mais reviews, mais inspirada eu fico. Beijus!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Sei Que Você Tá Afim" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.