Pokémon: Uma Lenda De Dois Reinos escrita por Linkusu


Capítulo 5
Ato 4: Os revolucionários.


Notas iniciais do capítulo

Peço desculpas pelo atraso do capítulo, eu realmente me esqueci de que eu deveria ter postado ele sexta-feira. :PCompensarei postando três capítulos na próxima semana, um na sexta, outro no sabado e outro no domingo.Enfim, este é o ultimo capítulo de introdução de personagens importantes por enquanto. Logo a história começará a andar mais rápido. Boa leitura.



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–Hum... Então, eles precisam de minha presença na capital? – Perguntou o homem com uma barba rala negra e corpo de baixa estatura ao soldado do rei que viera de longe para trazê-lo uma mensagem, que logo o respondeu acenando positivamente com sua cabeça. Os dois mal conseguiam se ouvir em meio à multidão barulhenta que vibrava com o espetáculo que estava acontecendo. Eles se encontravam sentados no meio da plateia da grande arena de Viridian, sede de um grande torneio que estava a acontecer. Perto da magnitude do evento, as palavras daqueles dois se perdiam como uma folha ao vento.

John Falco, 25 anos, estrategista militar e pesquisador de criaturas místicas.

   

Originalmente, o rei havia mandado uma carta para John, mas quando viu que a carta havia retornado sem ter sido lida, mandou Leonardo, um de seus soldados, investigar os paradeiros do estrategista. Após uma semana de busca, o soldado dos cabelos dourados ouviu rumores sobre a participação de John em um grande evento que aconteceria em Viridian e, sem falta, dirigiu-se até o tal local, onde fora capaz de localizar o pequeno homem.

–De qualquer jeito, achei que o senhor fosse participar do evento. – Leonardo falou com uma expressão serena em seu rosto, como já lhe era de costume.

Leonardo Morivier, 17 anos, soldado do exército real.

–Ah... Era essa a intenção, mas quando fui me inscrever, proibiram a minha participação. Deram a justificativa de que eu desencorajaria novos participantes devido às minhas três vitórias consecutivas nos torneios passados. Justo quando eu queria testar uma de minhas novas teorias de batalha... – Ele disse de maneira frustrada enquanto coçava a cabeça. – Pelo menos me ofereceram a oportunidade de lutar contra o vencedor. De certa forma, pode-se dizer que se aproveitaram de minha presença para me oferecer como um duelo de honra.

–Haha, bem, não posso dizer que discordo da atitude deles, assistir um torneio com você batalhando com principiantes é previsível demais. – Leonardo afirmou enquanto ria contidamente.

-Vocês falam como se eu fosse invicto, mas já perdi batalhas contra Evans, Schatten e mesmo Elder. Não tenho culpa nenhuma se o resto é tão fraco. – John disse de bom humor, metade jocosamente, metade seriamente.

–Ora, desculpe-me por não possuir uma obsessão não saudável por criaturas místicas, senhor Tauros. – O soldado dos cabelos dourados o respondeu.

–Ah, até você usando esse apelido, seu maldito?! Hahaha!

John Falco era de uma pequena família de burgueses sem muito renome. Com a intenção de expandir suas riquezas e influências, seus pais arranjaram seu casamento com uma nobre dama da casa do brasão da Pedra. Existem, atualmente, apenas 15 casas nobres detentoras de brasões, cada uma representando um tipo de criatura mística conhecida em Kanto, sendo eles: o brasão Normal, do Fogo, da Água, da Grama, da Eletricidade, do Gelo, do Dragão, da Terra, da Pedra, do Inseto, Psíquico, Lutador, Voador, Venenoso e, por fim, do Fantasma. Alguns desses brasões também eram conhecidos por outros nomes, como o brasão voador, por vezes chamado de brasão das aves, ou o brasão lutador, também conhecido como brasão marcial, dentre outros. Cada família detentora de um brasão se orgulhava de possuir uma coleção impecável de criaturas místicas que correspondessem ao tipo de suas casas: eram os melhores em todo o continente naquilo que decidiam treinar, possuindo conhecimento profundo e dedicando suas vidas para descobrir mais sobre as criaturas místicas que os representavam. Em muitos casos, sequer aceitavam treinar criaturas de outros tipos, por acreditarem que não era uma prática honorável.

Para qualquer pessoa, ser aceito como parte de uma família detentora de um brasão seria uma honra incomensurável, mas John não compartilhava dessa visão. Achava tolice se limitar a apenas um tipo de criaturas místicas para treinar, pois, em sua opinião, apenas através de um time diversificado e bem treinado poderia um guerreiro alcançar seu máximo potencial. Um time concentrado pode ser facilmente derrotado quando suas fraquezas são exploradas, enquanto um time misto que apresente boa sinestesia é muito mais difícil de lidar. Claro, vários eram os donos de brasões que discordavam de sua opinião, argumentando que ao se especializar em tipos demais, seria impossível aperfeiçoar seu estilo de luta, sincronizar seu time, dentre vários outros problemas. Sua esposa, inclusive, compartilhava desta opinião, sendo a conservadora dama que era. Talvez seja desnecessário dizer, então, que a relação entre os dois não era exatamente a melhor do mundo. Ainda assim, tentavam tolerar um ao outro pelo bem da relação de suas famílias.

O pequeno estrategista-pesquisador dos cabelos negros geralmente passava a maior parte de sua vida obcecado por seus estudos e descobertas. Raramente passava em casa, e mais raramente ainda nessas visitas tinha algum tempo para dedicar à sua esposa. Por causa disso, a inconformada senhora das pedras achava outras maneiras de satisfazer seus desejos. Diziam os rumores ao redor do continente que, em cada cidade de Kanto, a esposa de John Falco tinha pelo menos oito amantes diferentes. Por causa disso, ele havia arranjado um infame apelido entre os cidadãos das cidades de Kanto: o Tauros dos mil chifres. Quando ouvira seu novo título informal pela boca de um de seus soldados, ficara furioso, quase o expulsando de sua tropa pessoal. Entretanto, com o passar do tempo, acabou se acostumando e até mesmo fazia piadas com seu novo apelido. Seu lema era jamais levar-se a sério demais, preferia vestir suas fraquezas com orgulho para que os outros não pudessem as usar contra ele.

–Bom... Acho que eu não tenho outra escolha, não é? – John disse com um pouco de melancolia em sua entonação. – Em um momento tão frágil como esse, caso eu recuse ajudar com certeza não serei bem visto...

–Exatamente. – Leonardo concordou.

Porventura, poderia não ser tão ruim... De fato, teria de interromper seus estudos novamente, mas conseguiria também a oportunidade de trocar ideias com os grandes conhecedores que se encontravam na capital. Sim, talvez se encarasse aquela ocasião com a mentalidade correta pudesse tirar proveito dela. Entretanto, quando sua fortuna parecia estar finalmente clareando, uma grande cortina negra de fumaça pôs-se em frente a ele, metaforicamente e fisicamente também. Várias pessoas na plateia começaram a tossir, e o soldado Leonardo levantou-se alertamente, atento aos seus arredores enquanto se perguntava o que estava acontecendo. Seria parte de um dos efeitos de impacto do torneio? O jovem cavaleiro olhou ao redor com sua visão obstruída e conseguiu identificar algumas pessoas uniformizadas com grandes objetos esféricos aos seus lados, uma metade branca e a outra vermelha. Antes que pudesse ponderar do que se tratava, um cegante flash de luz vindo do centro do coliseu atordoou sua visão junto com a de todos os presentes na plateia por alguns segundos. Quando finalmente havia conseguido recuperar-se, encontrou uma face familiar de pé no centro do campo de batalha.

Drake Gablias, 22 anos, ex-conselheiro do rei e nobre do brasão lutador.

Um dos antigos conselheiros do rei, estripado de seus privilégios e insatisfeito com o atual regime, Drake Gablias, o homem representante do brasão das artes marciais. Sua aparência ali pouco lembrava a do nobre que um dia fora: seus cabelos negros, antes muito bem tratados e penteados para trás, agora se encontravam ríspidos, desorganizados e espalhados em sua testa, a muito tempo sem serem lavados. Utilizava uma simples camisa negra com um símbolo vermelho desenhado em seu peito, representando um martelo e um Machop. Trajava uma calça comprida igualmente negra e simples, bastante surrada e suja perto do pé, resultado da jornada para chegar até ali.

À sua esquerda e direita um Hitmonlee e Hitmonchan o protegiam de quaisquer tentativas de ataque inimigo. Os dois competidores que previamente escaramuçavam na arena foram capturados e, agora, apenas pessoas usando uniformes similares aos de Drake se encontravam ali. Quando a segurança do evento começou a se mobilizar para lidar com os intrusos, a voz do nobre ecoou ao redor do coliseu.

–Não se mexam mais um centímetro sequer. Caso algum de vocês tente alguma gracinha, as consequências serão graves. – Ele falava em um tom sério. Não, provavelmente irritado seria um melhor adjetivo para descrevê-lo. Ainda que seu tom de voz não fosse exatamente violento, certamente expressava uma ira camuflada, como se algo estivesse o perturbando internamente. Suas palavras ecoaram ao redor de todo o coliseu, que havia sido construído como um grande estádio, com a plateia acima do campo de batalha, erguida sobre grandes muralhas de pedra, com vários bancos de cimento enfileirados em colunas. – Caso haja alguma tentativa de fuga ou resistência, nossos agentes irão dizimar todos que estão aqui com explosões no meio da plateia. Vocês foram avisados.

Leonardo abriu seus olhos em espanto e finalmente se tocou o que era a grande figura esférica que ele havia visto. Voltorbs e Electrodes! Na possibilidade de algo dar errado, Drake havia espalhado ao redor do coliseu criaturas místicas capazes de se autodestruírem, causando grandes explosões que não só matariam todos ali presentes como poderiam também potencialmente demolir aquele prédio inteiro. Leonardo cerrou seus dentes e olhou raivosamente para o homem no centro do campo de batalha. Utilizar pessoas inocentes como reféns para seu benefício? Um ato imperdoável para o jovem cavaleiro que colocava honra e honestidade acima de tudo. “Quão baixo você pode chegar, Drake?”, perguntou-se o soldado de cabelos loiros.

–Mas... Humilde povo de Kanto, eu vos peço para que não temeis, pois não vim aqui para causar-lhes angústia. Muito pelo contrário, eu estou aqui para libertá-los de sua sina. – Drake falou de maneira inconsequente. Libertar o povo de Kanto? Afinal de contas, o que aquele homem pretendia fazer? Leonardo o olhou com confusão em seus olhos, enquanto John o fitava com uma expressão de extremama preocupação. Havia convivido com Drake por alguns anos, sabia exatamente onde o nobre do brasão lutador queria chegar. – O que é isto, eu vos pergunto? Um campeonato muito bem organizado devo concordar... Sem dúvidas deve ter custado uma fortuna. O dinheiro para o vencedor, a segurança, infraestrutura da cidade, os trabalhadores para reparar possíveis danos, médicos, dentre tantas outras despesas... Sem dúvidas mais dinheiro do que a maioria de vocês conseguiria em uma vida inteira de trabalho. E para quê? Para o divertimento temporário de alguns nobres e burgueses e uma distração fútil para fazer a população não se focar no que realmente interessa? Esse dinheiro poderia estar sendo usado para propósitos muito melhores, meus senhores. Ele poderia estar sendo usado pra reparar os problemas de nossa nação, os problemas que cada um de vocês tem de passar todos os dias. Mas essa é a grande política de vosso “honorável” rei: quando as coisas estão ruins, jogue um pouco de dinheiro ao ar e entretenha aos pobres miseráveis com um pouco de circo. Dê-lhes apenas o mínimo possível para que possam sobreviver em condições indignas. É assim que vocês querem ser tratados? Como uma plateia de macacos descerebrados que esquecem todos os seus problemas assim que o palhaço se apresenta no palco?

John não gostava nem um pouco do rumo que aquilo estava tomando. Desde sua época de conselheiro, Drake sempre nutrira consigo ideais revolucionários que não eram comuns aos outros nobres que compartilhavam de seu cargo. A perda de sua posição na capital fora apenas o empurrão que ele precisava para iniciar uma revolução civil através da camada mais pobre da sociedade. Mas não era apenas para angariar pessoas à sua causa que o nobre estava ali... Não, havia outro motivo que tornava aquela oportunidade particularmente tão favorável. Percebendo isso, John se levantou e chamou a atenção de Leonardo:

–Temos que ir embora daqui. – Ele falou em um tom baixo para que ninguém mais o ouvisse. Todos na plateia estavam de pé cochichando nervosamente entre si acerca da invasão repentina do nobre e das coisas que ele estava a dizer. – Agora é a melhor oportunidade que teremos de sair daqui vivos... Ou melhor dizendo, a melhor oportunidade para você sair vivo daqui.

–Do que está falando?! – Leonardo o fitou confusamente. – Vamos chamar atenção caso tentemos escapar! Eles não sabem que estamos aqui, tudo que precisamos fazer é ficar quietos e nos camuflarmos entre a multidão. Haverão oportunidades melhores, tenho certeza, então... – Mas antes que Leonardo pudesse continuar seu raciocínio, John o calou.

–Não, eles sabem que estamos aqui. Na verdade, eles sabem que eu estou aqui. – Disfarçadamente, John apontou a uma direção diagonal de onde eles estavam. Era um dos soldados de Drake, inspecionando cada uma das pessoas ali, como se estivesse procurando por alguém em particular. – Lembra que eu disse que me ofereceram a oportunidade de lutar contra o vencedor do torneio? Obviamente, essa foi uma ótima premissa para eles divulgarem o torneio. “O vencedor do 13º torneio anual de Viridian contra o antigo vencedor e estrategista do reino!”, uma boa oportunidade de fazer uns trocados a mais, não é? – Ao ouvir isso, Leo entendeu o motivo de John estar tão apressado para ir embora. Caso eles o encontrassem, com certeza o pediriam para se juntar à causa deles... Caso contrário, o usariam como prisioneiro de guerra ou pior. Leonardo, por outro lado, provavelmente seria morto caso recusasse, o que ele sem dúvidas faria tendo em vista a sua lealdade à coroa. Se quisessem sair dali a salvos, precisariam fazer isso antes que fossem localizados.

Enquanto Drake continuava seu eloquente discurso que já havia conquistado a atenção de muitas das pessoas ali presentes, John e Leonardo foram se locomovendo ao mesmo tempo em que se camuflavam no meio da plateia, sempre desviando de rota quando encontravam algum dos comparsas de Drake indo a suas direções. Rondaram o estádio inteiro, mas não conseguiram encontrar sequer uma saída que não estivesse sobre forte proteção dos rebeldes. Poderiam tentar forçar uma rota de fuga com força bruta, mas estavam sem criaturas místicas já que elas haviam ficado em uma cerca do lado de fora devido à proibição de criaturas místicas no lado de dentro do coliseu.

–Estamos sem escolhas... – John disse desencorajado, mas ele não pretendia desistir tão facilmente daquela forma. O que ele estaria prestes a fazer agora seria uma aposta arriscada. Iria sua jogada de moeda cair no resultado previsto, ou aguardava o destino outros planos para John? – Escute atentamente o que eu irei lhe falar agora.

Leonardo se aproximou e ouviu em detalhes a estratégia que ele havia formulado. Ao final da explicação, o cavaleiro encarou o homem à sua frente com seus olhos esbugalhados.

–Estás louco?! – Leonardo exclamou com indignação, tomando cuidado para manter um tom de voz baixo. – É arriscado demais, muito dependente de sorte, e não só você como o reino inteiro pode acabar sofrendo grandes consequências. Além do mais, como posso confiar se você irá cumprir de fato sua parte do acordo?! Não, é impossível. De maneira alguma eu concordarei com um plano absurdo como esse.

–Infelizmente, receio em informar-lhe que você não está em condições de concordar ou discordar do que eu tenho a dizer. Não posso lhe assegurar de nada, certamente... Até eu não tenho certeza do resultado que essa ação irá angariar. Mas isso não é apenas para o nosso bem, mas também para o bem estar do reino. – E colocando suas mãos sobre os ombros do soldado, ele proferiu suas ultimas palavras: - Confie em mim e volte à capital são e salvo, isso é tudo que lhe peço nesse momento.

Sem que o cavaleiro pudesse o responder, John deu-lhe as costas e dirigiu-se a uma das saídas que estava sendo vigiada por dois soldados. Leonardo observou de longe com seus punhos cerrados, uma gota de suor descia sua testa enquanto seu nervosismo aumentava. Ao fim da conversa entre o estrategista e os soldados, um dos homens armados com uma lança escoltou John para um local fora da visão de Leonardo. Seja lá o que aconteceria a partir de agora, estava fora do alcance de suas mãos. Mais do que nunca, sentiu-se completamente indefeso e fraco...


***


Pouco tempo havia se passado desde que Diego abandonara a capital. Duas, talvez pouco mais de três semanas, Bruno Dara não tinha certeza, havia parado de contar após sua atenção ser tomada por outros assuntos. Seus homens, que haviam sido enviados para ilhas além da cidade de Pallet por Diego, o enviaram uma peculiar mensagem: “o titã do gelo adormece em Seafoam. Não conseguiremos alcançá-lo. Precisamos de reforços”.

“O titã do gelo?”, Bruno pensou. Não poderia ser... Ou seria? A criatura mística que tanto perseguira por toda a sua vida? Precisava checar com seus próprios olhos. Sua ambição e desejo cresciam em um ritmo incontrolável. Se pudesse pôr suas mãos naquela magistral criatura... Apenas pensar nas possibilidades fazia seu sangue ferver como lava.

Ainda naquele dia, ele finalmente havia recebido a mensagem camuflada de Diego que o informava sobre a localização onde deveriam se encontrar. Então, já estava tudo decidido: mandaria uma carta-resposta de volta com as informações que o mesmo havia lhe pedido antes de partir, conversaria com Diego assim como já estava planejado quando chegasse ao local designado e, logo após isso, marcharia em direção a Pallet para velejar seus mares e confirmar a informação que recebera com seus próprios olhos. Arrumou sua bagagem com pressa, mas, quando estava pronto para partir, recebera uma inesperada visita dos soldados de Tauboss. Confuso com a razão pelo qual eles estavam ali, Bruno Dara os inquiriu sobre seus motivos, e foi então que a chocante notícia lhe fora entregue:

–Bruno Dara, ex-conselheiro real e atual detentor do brasão do gelo, é sob o comando do rei que estamos aqui para encarcerá-lo pelo crime de conspiração contra a coroa. Pedimos que o senhor nos acompanhe sem resistir, caso contrário teremos de utilizar força bruta.

–Mas o quê?! – o nobre de longos cabelos grisalhos como a neve indagou, com uma profunda indignação em sua voz. – Isto é um ultraje! Um absurdo! Eu não aceitarei calado tamanho desrespeito! Que evidências vocês tem para me prender dessa fo... – Antes que pudesse dizer mais alguma coisa, o homem do brasão de gelo recebeu uma forte joelhada em seu estômago, fazendo com que ele ficasse sem ar por alguns segundos. O metal da armadura no joelho do atacante fizera-o agonizar de dor. Ele encolheu seu corpo e pôs seus dois braços sobre a barriga enquanto buscava por ar. Jamais estivera em uma posição tão humilhante em toda sua vida. A ira de ser encurralado daquela forma por aquele reizinho indigno fazia-o queimar de dentro para fora.

–Não ouse questionar a autoridade da guarda real! – O soldado atacante trajava uma elegante armadura de prata com o emblema da coroa, um Pidgeot de asas abertas. Rapidamente, ele deu suas ordens a dois dos soldados que o acompanhavam. – Se apossem de todas as criaturas mágicas que acharem e investiguem cada objeto nessa casa! Não deixem sequer um alfinete passar despercebido!

O capitão da tropa segurou o nobre pela gola de sua camisa e o arrastou para fora de casa enquanto os outros soldados permaneceram para investigar. O movimento que causaria um imprescindível efeito sobre o reino havia finalmente sido executado...


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Notas finais do capítulo

Ato 5: A tríadeEstréia: Dia 29 (Sexta-Feira)



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