O beijei com tanta vontade que acho que ele pensou que eu queria fazer algo a mais que beijar...

Começou a alisar minhas coxas e passar as mãos em minhas costas, sem desencostar seus lábios dos meus. Ele alisava meus cabeços com delicadeza enquanto percorria meu corpo com sua outra mão acariciando cada parte de mim. Sua língua percorria minha boca com pressa, e eu não sabia o por que.

Eu estava ficando nervosa. Meu corpo estava quente e meu coração parecia que iria sair dali a qualquer momento! Não, eu nunca havia feito "aquilo". Vocês sabem muito bem o que eu quero dizer com isso. Tudo bem, vamos lá, sou uma garota de 19 anos que é virgem. É isso aí. E eu não tenho nenhuma vergonha disso.

Eu estava tensa e sabia que daquele jeito não ira ser bom. Nem pra mim, nem pra ele. Eu sempre quis que isso acontecesse com uma pessoa especial em uma ocasião especial. Sim, ele é uma pessoa especial, mas eu não estava preparada para isso.

Eu estava tentando fugir de seus beijos, mas era quase impossível. Ele me puxou com mais força e eu não conseguia me mexer e nem tirar minhas mãos de seus cabelos que eu agarrava com força. Ele estava me deixando totalmente maluca. Ele passou as mãos por dentro de minha blusa para tirar meu sutiã e, de repente, parou. Ainda sobre mim ele me olhava com os olhos estreitos.

– Você esta pronta para isso?– perguntou e eu senti um pouco de preocupação em sua voz.

– Ahm – gaguejei e eu sabia que não iria conseguir dizer que sim – Não – bufei – Desculpe.

Ele não parecia aborrecido da forma com que eu esperava que ficasse. Apenas se endireitou na cama e ficou sentado em minha frente me olhando arrumar meus cabelos extremamente bagunçado.

Eu queria estar pronta para ele, mas eu não estava. Eu sei que magoei-o, mas eu não tinha escolha! Aprendi que não devemos fazer isso sobre pressão alguma!

Estávamos lá, nós dois, olhando um para o outro, em meu quarto humilde.

– Desculpe – disse quase sussurrando.

– Desculpar você? Pelo o que? – perguntou ele fazendo careta de indignação, e eu sorri.

– Por eu não estar preparada para... – ele me interrompeu.

– Você não tem culpa. Quando chegar a hora nós vamos saber – ele sorriu pra mim e eu retribui o sorriso – Eu amo você, independente de tudo.

Eu sorri com mais vontade e ele ficou me fitando sério, talvez esperando uma resposta.

– Eu amo você, apesar de eu estar mais famosa que você – ri da careta que ele fez quando terminei de falar e ele começou a rir também.

– Famosa? Você? – fez cara de esnobe – Duvido.

– Querido, eu estou na página de todas as revistas de fofocas desta semana!– sinta a ironia.

Ele ficou sério e eu logo entendi que não deveria brincar com isso. Ele parecia querer me pedir alguma coisa, mas eu não sabia o que.

– Ju... – começou ele e eu fiz sinal para ele continuar – Eu andei pensando e... Você não acha que esta mais do que na hora da gente...

Desta vez eu não deixei que ele continuasse. Eu disse:

– Não! – quase gritei – Eu quero continuar tendo minha liberdade de sair na rua sem ser atacada por uma fã sua.

– Elas não são assim tão assustadoras – disse ele meio triste.

– Sim, elas são, eu as conheço! – disse séria e percebi que estava magoando-o.

Ele respirou fundo e eu peguei em sua mão, acariciando-a. E disse:

– Quando chegar a hora nós vamos saber.

Ele assentiu. Senti meu estomago roncando e percebi que ainda não havia almoçado. Disse a ele que estava com fome e ele me chamou de comilona. Ok, se isso viesse de qualquer outra pessoa seria ofensivo, mas era ele!

Ficamos conversando um pouco sobre os shows dele e ele me disse que as fãs estavam mais agitadas do que o normal. Deveria ser por minha causa, ou não...

Descemos para comer alguma coisa e enquanto eu comia Rafael ficou conversando com minha mãe na sala. Minha irmã estava ao lado concentrada em seu notbook, ou pelo menos era o que eu esperava que ela estava fazendo.

Quando terminei fui para a cozinha lavar o que eu tinha sujado. Arregacei as mangas de minha blusa e nem me lembrei de meus cortes de agora não doíam tanto. Eu já estava quase acabando quando senti ele me segurando pela cintura. Sua respiração estava em meu pescoço e ele dava beijinhos de leve ali me fazendo arrepiar.

– O que é isso no seu braço? – perguntou ele pegando meu punho com força.

Eu não tinha como escapar dele, não tinha mais como eu esconder. Ele estava vendo! Eu achei que ele iria me largar ali e ir embora pois sua expressão era de muita fúria. E sem perceber eu chorava, por raiva de mim mesma, mas e o que ele fez? Ele me abraçou forte, me passando toda a segurança que faltava em mim. E são por fatos simples como esse que me fazem ama-lo cada vez mais.