Um Caso escrita por Vtor V


Capítulo 4
Um caso restrito




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Catarina... Quem é ela? Ela é a chefe da organização de perícia mundial. Bruta e agressiva com todos, se metia com autoridades e ministros de todo o mundo, atrás de quem ela precisasse, ela tinha uma lema que a marcou pelo mundo todo:

"Você pode! Só não quer!"

Sua fama pairava pelo planeta. Aterra era o seu grande reino e nada podia lhe deter. Nada era demais para ela! Até que um dia... Ela precisou de ajuda.

...

Minha madrinha estava em sua sala, até a sua secretária, uma jovem chamada Emily, que havia sido contratada a pouco tempo, abre a porta e estica o telefone com seus olhos arregalados (isso significava uma coisa... Um telefonema importante).

Minha madrinha logo atende o telefone e diz:

– Alô... Sra. Amanda Say falando. Aqui é da Linnêar.

Logo a tal que havia ligado lhe responde secretamente:

– Alô. Quero falar com você sobre um caso em que eu estou tendo um pouco de... Dificuldade em resolver.

Amanda levanta as sobrancelhas em sinal de surpresa e pergunta:

– E por gentileza, você poderia me dizer com quem eu estou falando? - pergunta ela já desconfiada de um trote e sem reconhecer de jeito nenhum a voz de quem ligava.

Brevemente, a tal do outro lado do telefone ri e responde:

– Sou eu mamãe... Catarina.

...

Caio nos aparece gritando. Ele ainda não havia notado a Karine ao meu lado na minha sala, e logo começa a me falar aos prantos:

– A Amanda quer falar com você e... - ele finalmente nota a presença da Karine e se cala, em seguida se desculpa e sai correndo envergonhado.

O nervosismo tomava conta de nós duas. A Sra. Amanda (Minha madrinha, por sinal) estava nos chamando em sua sala. E pela aparência do Caio, parecia ser algo bem sério. Isso tudo, só fazia eu e a Karine pensarem o que se trataria a "tal conversa" dela conosco.

Karine subitamente se lembra que como foi o nosso comportamento no salão do térreo (cap. 2) ou sobre nossa união de trabalho. Mas nós duas preferimos esperar para saber o rela motivo.

Já na entrada do elevador, Karine se tremia toda. Ela estava com muito medo sobre o que poderia se tratar o que a Amanda queria falar com a gente. Eu já estava começando a me assustar, então lhe pergunto:

– O que você acha que é? - e lhe olho e vejo o seu rosto de preocupação.

Ela retribui o olhar e se acalma um pouco, mas me responde ainda um pouco receosa:

– Eu não acho que ela vai nos demitir, mas... Tenho medo do que ela vai fazer! Ela pode nos matar, ou... Sequestrar, ou... Não sei! - termina de falar, e começa a massagear a testa, em sinal de tensão.

Então, o elevador abre. Saímos rápido e nos deparamos com a porta da sala, enorme, de porta dupla e de madeira. Então nós duas nos aproximamos do balcão da secretária da Amanda. Ela estava comendo batatas fritas e vendo fofocas de famosos em um site tosco. E ao nos ver nos diz disfarçando o que estava fazendo antes:

– Oi... A Sra. Amanda estava lhes aguardando. Entrem por aqui por favor. - e abriu a porta para nós duas após dar o recado para Amanda, e depois de nós duas passarmos, ela fecha a porta e volta a fazer o que estava fazendo "antes de eu e Karine atrapalhar".

Entramos devagar, como se nunca tivéssemos entrado naquela sala antes. Um lugar desconhecido por nós. Logo vimos Amanda sentada em sua cadeira de cabeça baixa olhando uns papéis, e nos sentamos na sua frente. Brevemente ela nos interrompe dizendo:

– Que tal vocês duas começarem a trabalhar de verdade? - e se levanta, nos fazendo notar uma enorme janela de vidro que ia a um palmo do teto a um palmo do chão, ocupando assim o espaço inteiro da parede. Rapidamente ela olha para trás e aperta um botão que ficava ao lado da sua mesa, fazendo surgir uma placa de metal que cobriu toda a estrutura de vidro, que permitia a entrada do Sol, deixando a sala às escuras.

Brevemente ela se senta novamente, e fala a alguém que assim como nós também estava na sala, mas escondido:

– Você não vai se apresentar para as minha convidadas especiais? Que por acaso são a sua salvação! - e aperta os dois olhos como se estivesse dando uma ordem a quem falava.

Logo eu e Karine nos viramos para trás e de longe nós duas vimos uma sombra de formato humano se mexer em meio a escuridão vindo em nossa direção. Neste momento Karine sua frio e paralisa em sua posição. Eu então vejo seu rosto formado, em uma parte da sala onde se podia enxergar.

De repente, me analiso por completo e me vem a cabeça... Era Catarina. Eu já a conhecia (afinal, ela era filha da minha madrinha), mas não a via já se faziam anos, e a ultima vez que a vi, era em um de meus primeiros aniversários da vida, e ela ainda nem era uma adolescente.

Ela se aproxima de mim põe as mãos nos meus ombros, leva a sua cabeça até meu ouvido e encosta sua boca nele e me diz:

– Oi Anne... Meu Deus eu nunca imaginaria que seria você... Que bom que estou te vendo de novo! A quanto tempo... - e ria da minha cara de boba cada vez que abria os olhos.

Ela corre para o lado de Amanda e a abraça lateralmente, e neste momento Karine começa rir da minha cara e me diz:

– Desta vez... Elas te enganaram de verdade... - e não conseguia segurar o riso.

Eu me irrito muito, e para demonstrar minha ira, comecei logo a engrossar e pergunto:

– E para quê nos chamaram aqui mesmo? Estou perdendo meu tempo... E como você diz Amanda... "Tempo é dinheiro". Pode nos dizer agora? - e levanto uma das sobrancelhas para provocar.

Logo Amanda se senta e pega um bolo de papéis em uma de suas gavetas, e de lá ela tira uma ficha que tina o nome de Jairé Vitórion Frantches, e uma pequena foto, do tipo que tiram quando você está sendo preso. Ela pega a ficha e joga na nossa frente e nos diz:

– Está na hora de vocês fazerem uma coisa que vai satisfazer seus desejos... "Detetivais" - e continua se levantando e pegando uma pequena antena e a pondo no centro da mesa em um pequeno buraquinho e ele solta um laser de holograma que ilumina toda a sala de com uma luz azul.

Subitamente, aparece um boneco de um homem de mesmo rosto de Vitórion, e um outro um pouco menor, e Amanda joga outra ficha para nós... Este era Davi.

Logo Amanda resume a relação dos dois para mim e Karine:

– Esses dois já tiveram uma longa história... Foram companheiros de sela na cadeia, foram comparças... Mataram gente! Eles não só são criminosos perigosos... Como também são procurados a cada... Como dizer? - ela se enrola nas palavras, mas se recupera dando um exemplo que nos deixa assustadas - A cada 10 entre 12 países... "Eles", são procurados. Contrabandeiam e roubam... Matam e sequestram... Ameaçam e violam... São monstros...

Logo Catarina se assusta com o comentário da mãe, e tenta nos acalmar, amedrontada com o fato de nós não aceitar-mos "o caso". E fala para nós explicando-nos:

– Ela não explicou direito... - e suspira - Eles são só perigosos... Não assassinos psicóticos... Só criminosos perigosos e... Incontroláveis... - e arregala os olhos, enquanto olhava para o chão.

Karine se levanta irada e grita para elas dizendo:

– Vocês são loucas... Ou acham que nós duas somos? - ela olha para mim com um olhar de indignação e desaprovação, e me diz esperando minha posição - Não é Anne... Ela querem nos matar, só pode! Não acha isso?

Eu olho para ela de uma forma como se quisesse dizer: "não estou nem aí para o que você diga! Eu vou fazer isso, sim! Quer você queira ou não!"...

Era meu maior sonho prender um "grande criminoso", quanto mais um que era "super perigoso". Eu desejava tê-lo nas mãos... Poder sentir a sensação de... "Dever comprido". Eu amava pensar naquilo, então retruco a opinião de Karine a dizendo:

– Sinto muito mas... Eu vou tentar isso sim! E como eu sou a líder do grupo...

E ela retruca:

– "Dupla"

Mas eu continuo a dizer:

– Eu dou as ordens por aqui! E você não pode fazer nada para me impedir! - e me levanto da cadeira a empurrando.

Karine levanta as sobrancelhas e me responde, enfiando a mão no bolso de sua calça tentando tirar algo:

– Eu estou pouco me lixando para você! Quem não morre por aqui... Sou eu. E que se dane essa merda de "dupla"... Eu me demito "senhorita Amanda"... - e joga seu crachá na mesa, e sai andando rápido, mas volta e põe o dedo na minha cara e me diz - E você... Já que não tem amor próprio... Vê se se cuida... O tempo não é fiel a um belo sorriso! - e sai batendo a porta com força.

Eu me viro novamente para Amanda e Catarina, e me sinto pressionada a responder. Mas, antes de dizer qualquer coisa, eu lhes peço:

– Vocês podem me dar um tempo para pensar no assunto? Karine, precisa ir comigo em nossa primeira missão oficial em campo. - me levanto, pego a ficha da missão e os dados os procurados e termino - Estou indo! Darei a resposta terça de manhã. Passar bem. - e saio da sala.

Ao entrar no elevador principal (que levava até a sala de Amanda), chego ao meu andar. E vejo Karine em seu computador trabalhando em pesquisas sobre um tal chamado Michael, mas isso não me interessou e logo a interrompo perguntando-a:

– Você fez aquilo porque? - e ponho as duas mãos na sua mesa, na sua frente.

Ela brevemente se levanta me empurra de sua mesa e me responde com graosseria:

– Eu não sou idiota Anne! Acha mesmo que seria burra de arriscar a minha vida, por um canalha criminoso que mata todo mundo? - e joga o cabelo para cima.

Eu me irrito logo, e com um alto tom lhe respondo pondo o dedo na sua cara:

– Este é o trabalho da profissão que você escolheu! Se não está a fim de arcar com sua responsabilidades, se demita de verdade! - e me sento em uma cadeira que tinha em frente a sua mesa.

Ela responde:

– É o que eu estou fazendo agora neste minuto! Ou não sabe para que serve o site da O.D.A? Para jogar? - e se senta novamente em sua cadeira e me mostra o site em que estava.

Mas fico me perguntando porque ela estava naquele site... - Para quem não sabe O.D.A, é uma sigla inventada por mim para Organização de Desempregados da América, nada que exista de verdade - Já que nem estava desempregada de verdade!

Mas ainda sem entender, eu lhe pergunto, afim de tirar uma dúvida que me perturbava a todo esse tempo:

– Mas... Você nem deu entrada na demissão e... - sou cortada por Karine.

Ela me interrompe:

– Na verdade... Eu nem me demiti... Fiz aquele show para mostrar que tenho um pouco de amor próprio! - e se levanta, chegando em próximo ao meu rosto - Se fosse você, nem teria pegue as fichas... Fazem parecer que você realmente quer se matar...

Eu me irrito, e com o tom de voz alto eu a respondo em grossa e dura:

– Mas eu quer mesmo! Meu maior sonho é dar orgulho à minha nação... Prendendo um dos mais perigosos homens da história... - eu ergo a cabeça e olho para o teto, como em uma homenagem, e mais calme volto a falar para Karine - Quero fazer parte dela entende? Me sentir importante... Alguém...

Ela logo me corta, tirando com a minha cara:

– Já notou que todos os cara importantes já... Morreram? São lendas? Sim... Vivas? Não... Por isso não vale nem um pouco a pena, morrer para não viver a felicidade da importância!

Eu lhe olho de uma forma muito mais do que irritada... Eu sinto um ódio, que até ali só havia sentido por um rapaz chamado Jack, aos meus quatorze anos de idade. Então incho meu peito e a respondo bem firme:

- Um dia Karine... Você vai saber o que é ter orgulho de si mesma...  E neste dia você vai aprender a valorizar o que as pessoas sentem... - e saí pisando forte da sala.

Mas ao passar pela porta, eu escuto um leve gemido, que veio do fundo da sala, me viro rapidamente e me deparo com Karine chorando. Preocupada logo vou a seu encontro e a pergunto calmamente:

- O que houve? Por que está chorando? Foi algo que eu disse? - e me acolho junto a ela.

Ela olha para mim, e com lágrimas a escorrer em seu rosto me responde a soluçar:

- Meu pai se separou da minha mãe, e negou a minha guarda, porque... Por que ela... - e começa a travar a fala, mas me empurra e grita - Por minha causa!

Ela pega a ficha da missão e me diz aos prantos, se levantando e inchando o peito:

- Não sei o que temos que fazer ainda... Mas se é para eu fazer algo eu vou fazer! E o que me propõem é o que escolhi para fazer da minha vida...

Eu me levanto olho para ela em choque e continuo a sua frase a encorajando:

- Se você fizer isso... Você vai ser não só uma detetive... Mas será também uma guerreira...

Ela sorri. E então de súbito um pequeno rapaz aparece em sua sala gritando:

- Onde está a Catarina? Já a procurei por toda essa coluna de concreto e nada dela. - ele era baixinho (não era um anão, só era baixo) e enfurecido. 

Eu e Karine olhamos para o seu rosto , nos entreolhamos e começamos a rir incansavelmente, lhe deixando irritado. Ele logo se aproxima da mesa e joga com força uma bolo de trinta e cinco centímetros de fichas de criminosos, que ele deveria arquivar em nosso banco de dados. 

Ao vermos que a coisa era séria, nós duas o levamos até a sala da Amanda, onde estava Catarina. 

Chagando lá, as duas (Amanda e Catarina), estava com a face inteira enfiada no computador. Quando Catarina põe os olhos no nosso acompanhante, fica logo vermelha.

E então Amanda nos pede licença para que nós saíssemos da sala naquele momento. Quando saímos, eu e Karine corremos de volta para sua sala para que pudéssemos dar uma olhada na ficha do tal: Jairé Vitótion e seus maus feitos...

Chegamos lá e tratamos logo de começar a ler a ficha, e temo de admitir... Foi assustador descobrir com o que nós duas estávamos lidando.



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