-Sim, eu aceito ser um deus.

Todos os deuses estavam olhando para mim, algum olhavam incrédulos, outros, não estavam nem aí.

-Salve Perceu Jackson, deus dos heróis e dos dragões-disse Zeus. Dragões? Como assim deus dos dragões? Eu não entendi muito, mas não tenho com o que me preocupar.

Depois de tudo que aconteceu para eu me tornar um deus e blábláblá, eu finalmente me tornei um. Nossa! Que sensação maravilhosa! É como se eu tivesse acordado de um sono de 1000 anos e finalmente estava disposto para tudo.

Depois disso, eu me dirigi à sala de tronos. Iria ter uma festa e todos que foram convidados, ou seja, todos os heróis que participaram da batalha contra Cronos, estavam lá.

Estava muito cheio, mas eu não conseguia encontrar uma pessoa, somente ela que me interessava, e eu não estava conseguindo encontrá-la. Sim, todos devem saber quem ela é: Annabeth Chase. Queria desejar meus parabéns por ela conseguir o que sempre quis ser: uma arquiteta. Mas agora ela era mais que isso, ela era a arquiteta oficial do Olimpo. Isso merecia uma comemoração. Mas uma pessoa veio me atrapalhar.

-Percy! Parabéns! Agora você é um deus, que máximo! - disse Thalia, me abraçando, ou melhor, me sufocando.

-Obrigado Thalia, você sabe onde Annabeth está?-perguntei.

-Ah.. a Annabeth? Eu..eu não sei onde ela está.-ela respondeu, mas eu sabia que ela não estava falando a verdade.

-Tem certeza?

-Ah, Percy, curte a festa, se larga um pouco, não em cima das caçadoras-ela acrescentou.

-Tudo bem, mas depois vou procurar ela.

Depois de várias pessoas, ciclopes, ninfas, sátiros e deuses falarem comigo, me elogiando pelo trabalho na guerra e etc. eu finalmente consegui um tempo para procurar Annabeth. E me arrependi amargamente.

Quando eu a vi, ela estava com um garoto que, pelo que eu sei, ainda não tinha sido reclamado. Eles estavam sentados em um banco, nos jardins, se beijando. Acho que "se beijando" não é a expressão adequada para a cena. Se engolindo, sim, essa é a palavra. Eu fiquei tão decepcionado que me deu vontade de voltar para a guerra e me entregar ali mesmo, para Cronos, e minha vida teria acabado. Agora, eu vou ficar com aquela imagem na minha cabeça por toda a eternidade.

-Vejo que está decepcionado - disse uma voz ao meu lado, eu a conhecia, mas não conseguia identificá-la. Não me atrevi a olhar, estava muito ocupado olhando para meu tênis rasgado. - se fosse antes, já era para você esperar de mim dizer que tudo era para o bem da minha querida filha, e que você não tinha a honra de namorar uma jovem tão bela e pura. Como ela o chamava mesmo? Cabeça de alga? Pois bem, cabeça de alga, eu não vou dizer isso - eu simplesmente não acreditei quando ela disse isso.

-Não vai dizer?

-Não. Seu pai e eu, bem, tivemos uma conversa. Não somos mais rivais, somos... amigos - ela disse, mas eu ainda pensei que ela iria dizer outra coisa. - mas isso não vem ao caso, eu sinto muito pelo que a minha filha fez com você. Eu sei que você a amava. - não consegui dizer nada, tudo o que eu sentia era dor, dor de ter amado uma pessoa como nunca amei nenhuma antes, e ela me trocar por outro, outro que ela nem ao menos conhecia.

-Você...você sabe o nome dele? - perguntei.

-O nome dele? Ele é Matheus, filho de Íris. Eu sinto muito mesmo, também não esperava que ela iria... iria ficar com um filho de uma deusa menor enquanto um filho de um dos três grandes estava, como vocês dizem hoje em dia? Caidinho por ela. - ela disse. Depois de algo que pareceu ser uns 5 minutos, ela falou. - Eu vou ver, bem, vou ver meus outros filhos. - e se foi.

Eu não consigo imaginar como ela conseguiu fazer isso comigo, eu achei que ela gostava de mim, eu me lembro do nosso primeiro beijo, ainda consigo sentir seus lábios colados ao meu. E agora ela me larga por um filho daquela vadia que é Íris. Eu não preciso mais me preocupar com nomes dos deuses, pois agora eu sou um deus. Estou revoltado. E quando eu estava prestes a procurar o meu pai, o próprio apareceu.

-Estava te procurando. Atena me contou que - ele olhou para a janela e viu aquela cena horrorosa - bem, você entendeu. Eu queria lhe dizer que você irá morar comigo.

-Contigo? No palácio, é sério?

-Sim, até você aprender a ser um deus. Enquanto você aprende, vai viver comigo e me ajudar a governar o oceano. O que você achou disso?

-O que eu achei? Eu achei isso demais pai! Obrigado! - eu disse, sem muita animação. Não queria demonstrar isso, mas meu pai, infelizmente, percebeu.

-Eu sei que você está triste filho, eu entendo...

-Percy! Percy! Percy!

Virei para trás e vi uma Annabeth com o cabelo todo bagunçado correndo para falar comigo. Quando ela chegou eu perguntei.

-O que você quer comigo em?