Silena Beauregard's Life escrita por Becca Solace
Notas iniciais do capítulo
Espero que gostem.
Minha primeira reação ao acordar foi susto. Aquele não era o meu quarto, até que me lembrei que acabara de me mudar para um apartamento no Village.
Levantei-me e calcei meus chinelos de dedo. Caminhei até meu closet e escolhi uma roupa simples para ir ao meu primeiro dia de aula do nono ano. Passei uma maquiagem leve e me olhei no espelho. Pronto, disse a mim mesma. Simples, mas fabulosa.
Desci as escadas da cobertura e dei de cara com Amélia cozinhando.
- Bom dia, Amélia! - disse a ela. Dei um beijo em sua bochecha.
- Bom dia, srta. Beauregard. - Amélia me respondeu.
- Pare com isso. - revirei os olhos. - Já lhe disse para me chamar apenas de Silena.
Ela deu de ombros sorrindo.
Sentei-me a mesa comi meu típico sanduíche vegetariano. Tomei um gole de meu suco de laranja matinal.
- Srta. Silena, o motorista já está a sua espera. - Amélia disse, quando terminei de comer.
Vocês devem estar estranhando o fato de meu pai ser dono de uma loja de chocolates e ser tão rico assim. Só que o fato é que não é só UMA loja. São centenas. Uma em cada país que dá mais lucro.
Saí do apartamento e andei em direção ao elevador. Apertei o térreo e esperei. As portas se abriram e entrei no carro aonde o Juan, o motorista, já me aguardava.
- Olá, Juan. - o cumprimentei.
- Olá, srta. Beauregard.
- Por que vocês insistem em me chamar pelo sobrenome? - perguntei já irritada. - É só Silena!
Ele assentiu, parecendo se divertir com o meu stress por isso. Após vinte minutos, o carro parou em frente a New York School. Despedi-me de Juan e desci do carro. Senti alguns olhares masculinos sobre mim e me senti constrangida.
Quando entrei na escola, a vaca-mor me interceptou. E com vaca-mor eu quero dizer a Lilian Roberts.
- Olha só quem voltou esse ano, Julie. - a vaca-mor disse para a aprendiz dela.
Julie me olhou de cima a baixo com olhar de desprezo. Revirei meus olhos.
- Digo o mesmo, Lilian. - falei. - Agora se me dão licença, prefiro não me misturar com vacas.
Pisquei para elas e saí, indo de encontro a minha melhor amiga, Claire Smitches.
- Adorei o que disse pra vaca-mor. - ela me elogiou. Sorri e a abracei.
- Senti sua falta, idiota. - falei. Ela revirou os olhos.
- Nos vemos semana passada, Silena!
- É bastante tempo. - disse, e ela tornou a revirar os olhos. O sinal bateu, e Claire e eu entramos na fila em frente a secretaria para pegar nossos horários. Peguei o meu e esperei Claire pegar os seus.
- Qual sua aula agora? - perguntei.
- Biologia. - ela falou, suspirando. - E a sua?
- Química. - respondi. - Então, tchau. Até o intervalo, acho.
Ela assentiu e se despediu de mim. Corri para o segundo andar e entrei na sala de química.
Sentei-me na terceira mesa. E rezei para a minha dupla não ser algum garoto nojento igual ao do ano passado.
O professor Sidney Kandy entrou na sala e eu reparei que vinha um garoto ruivo que usa muletas ficar parado em frente ao quadro, constrangido, por todos já estarem sentados e ele não arrumar nenhum para ele, bom, foi o que eu percebi.
O professor colocou suas coisas em cima de sua mesa e virou-se para o garoto.
- Por que não está sentando, senhor...? - ele começou.
- Tyler Kane. - o ruivo respondeu. - E é porque não tenho lugar, senhor.
O sr. Kandy suspirou.
- Sente-se ao lado da srta. Beauregard. - ele apontou para mim. Comecei a rezar para que ele não dê em cima de mim.
Alguns garotos pervertidos se queixaram por Tyler poder sentar ao meu lado e eles não. Revirei os olhos.
Tyler sentou na cadeira ao lado da minha e pôs a mochila no chão.
- Oi. - ele disse meio tímido. - Sou Tyler.
- É, eu sei. - falei. - Ér, me desculpe. Silena Beauregard.
Estendi minha mão para ele. Ele a apertou.
- Ei, Silena! - gritou um idiota que senta no fundo. - Tá muito linda hoje, hein?
Virei-me para o idiota e mostrei o dedo do meio para ele.
- Você não parece confortável com esses idiotas dando em cima de você. - Tyler comentou. Ah, vá, jura, amigo?
- É. - falei. - Como você mesmo disse: um bando de idiotas.
O professor deu início a aula e eu resolvi ficar quieta.
***
O sinal bateu e saí ao lado de Tyler da sala.
- Quer sentar comigo no refeitório? - perguntei.
Ele assentiu e deu um sorriso de agradecimento.
Andamos até o refeitório e encontrei Claire fuçando em seu iPhone.
- Oi, Claire. - falei, tentando atrair sua atenção. Ela levantou os olhos para mim. - Esse é Tyler.
Apontei para ele, que estava constrangido ao meu lado. Lancei meu melhor olhar de seja-mal-educada-e-você-morre a Claire.
- Ah, oii, Tyler! - ela falou, sorrindo. - Pode se sentar.
Tyler se sentou, ainda parecendo desconfortável.
- Então, Tyler, como isso aconteceu? - ela apontou para as pernas de Tyler. Olhei para ela. Ela deu de ombros e continuou esperando a resposta de Tyler.
- Acidente de carro. - ele respondeu rapidamente demais. Achei estranho, pois ele parecia meio nervoso, mas não liguei.
***
As aulas acabaram e eu estava saindo do colégio ao lado de Tyler e Claire.
Claire logo se despediu de nós e entrou no carro que estava estacionado em frente a calçada e eu vi que Juan ainda não tinha chegado.
- Vou indo, Silena. - Tyler me disse. - Até amanhã, e obrigado por não me deixar sozinho.
Assenti e sorri, amigavelmente. Ele saiu um pouco rápido demais e deixou cair algo. Abaixei-me e vi que era uma pequena bolsa. Espera, aquilo era uma nécessarie? Franzi o cenho. Resolvi entregar para ele e tirar essa história a limpo.
Corri pelo caminho pelo o qual ele foi e logo o encontrei em um dos arredores escuros da escola, falando sozinho. Espiei e vi uma névoa com as cores do arco-íris e um cara de cabelos cacheados reluzindo na névoa. Tyler falava com ele.
- Sim, já achei uma. - ele disse para o cabeludinho. Tentei descobrir de quem ele falava.
- Tem certeza de quê ela é uma semideusa? - perguntou o cabeludo. Espera, semideusa?
- Sim, ela tem uma aura muito forte, e me disse que não tem mãe.
Arregalei os olhos. Não tem mãe. Espera, essa sou eu!
- Bem, a vigie mais um pouco só para ter certeza e quando tiver, conte tudo a ela e a traga EM SEGURANÇA ao acampamento.
Tyler assentiu ao cabeludo e passou a mão na névoa que logo evaporou.
Eu estava assustada. Muito assustada. Voltei para a frente da escola e reparei que Juan já estava lá. Entrei no carro e pedi para Juan ir rápido.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Espero com todas as minhas forças que gostem. Se gostar, comentem, pfvr!