Amanheceu escrita por Susana Marques


Capítulo 2
Revelações


Notas iniciais do capítulo

Perdão pela demora, é que eu tinha desanimado. Obrigada pela força. Espero que gostem. Beijão a todos vocês, meus queridos!



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Minha intuição dizia que naquele dia eu deveria ir caçar sozinha, sempre Edward e Nessie iam comigo. Queria ficar um pouco só, para reorganizar meus pensamentos, absorver tudo o que estava acontecendo, tentar montar peça por peça do enorme quebra cabeça que estava ficando cada vez mais embaraçoso de montar.

Não foi fácil convencer Edward, de que iria caçar sozinha. Eu era uma péssima atriz, e para mentir, era mais péssima ainda. Minhas investidas não foram convincentes, ele fazia perguntas após perguntas.

E logo começou com uma pergunta atrás da outra.

- Mas porque você quer ir caçar sozinha, Bella? Sempre vamos todos juntos; eu, você e Renesmee- desgostado.

- Por isso mesmo, Edward. Hoje quero ter uma experiência sozinha, quero me testar para ver se sou habilidosa e ágil- tentei convencê-lo.

- Você é habilidosa e ágil, sem dúvidas, aliás, a mais forte também. Dê uma desculpa melhor, essa não me pareceu convincente- Sorriu. Aquele sorriso que me constrangia, de tão alucinante. Em meias palavras, o ‘sorriso torto’ que eu amava, e ele sabia.

- Por favor, não sou mais frágil a ponto de quebrar uma perna, como James fez comigo, ou algo do tipo. Pelo contrário, agora eu sou forte, como você mesmo disse. Um tanque não seria obstáculo nenhum para eu destruir – de nada estava adiantando meu esforço para convencê-lo, mas eu não desistiria.

A despeito de, ser vampira, minhas características humanas permaneceram em mim, uma delas, era não saber simular uma situação, ainda mais quando se tratava de Edward.

- Você é teimosa, essa é uma particularidade humana sua, que trouxe junto para a vida de vampira- como era difícil mentir para ele, não queria isso, mas era a única forma de eu ficar um pouco só, e assimilar o que estava acontecendo a minha volta.

- E você é perfeito, da mesma forma é uma particularidade humana- cada palavra que eu acabara de pronunciar era com a mais pura veracidade. Ele realmente era perfeito, sem receio qualquer.

- Você que é perfeita. Por favor, Bella, não seja teimosa- agora, ele estava me pedindo encarecidamente. Quase cedi, mas voltei atrás novamente.

- Desculpa, mas eu vou ir caçar sozinha. Já está decidido- porém, estava sendo dura, mas era a única forma de eu conseguir.

- Está bem, Bella. Eu prometi não discordar mais com você, a última vez que fiz isso, quase nos matou. Contudo, vou cumprir- Edward, sempre Edward; constantemente queria se culpar por tudo de ruim o que acontecia. ‘Quase nos matou’, ele estava se referindo quando me abandonou, dizendo-se culpado pelas vezes que corri algum tipo de perigo, por exemplo, quando Jasper me desejou como sua refeição, e por ele quase ter sido condenado pelos Volturi. E isso não era verdade. Ele não era culpado por tudo isso, eu que era desastrada, um imã do perigo.

- Eu te amo, Edward. Desculpa, quero me testar- frisei, mas com certeza ele não acreditaria.

- Eu também te amo, Bella. Se cuide, e volte logo- ele disse, dando-me um beijo na testa.

- Desde que Bella é vampira, ela anda toda se achando a mais forte da casa- disse Emmett, zombando como sempre.

Ignorei, e acenei para todos que estavam sentados na sala. Num passo, eu já estava fora da mansão.

Amava aquela vida, tudo era perfeito. Cheguei à campina, onde Edward me levara várias vezes, era a segunda vez que ia sozinha, a primeira vez que fui sozinha, foi quando Edward me abandonou, e Laurent apareceu.

Sei que parece idiotice para uma vampira fazer isso, se fosse humana não diria o mesmo, mas eu deitei em meio ás flores e sobre o sol, para que minha pele brilhasse como diamante. Fiquei fascinada, parecia anormal, realmente era inumano. Girava minha mão, olhando ela brilhar junto ao anel que Edward me dera. Diria que a cena era semelhante ao dia que acordei após a transformação: girei a mão, observando o anel que era de sua mãe. Lembranças ecoavam em minha mente, como era magnífico lembrar momentos tão especiais. Estava tentando lembrar-me de nosso casamento, ainda era humana naquela época, a dificuldade foi imensa, mas logo veio à imagem em minha imaginação, quando Charlie me assegurava firmemente para eu não cair; contudo, tive que rir sozinha.

De repente, ouvi alguns passos no meio da floresta. Levantei rapidamente, e fiquei em posição de ataque, grunhindo os dentes, mas foi em vão, logo senti o fedor. Aquele cheiro era de Jake.

- Apareça, Jake. Sei que é você, senti o fedor- disse debochando.

- Olá, Bella. Sou eu, Sam. Vim a pedido de Jacob- naquele momento, queria que um buraco se abrisse para eu sumir. Estava totalmente constrangida, pois acabara de debochar do cheiro dos lobos.

- Oi, Sam. Mil desculpas, pelo termo ‘fedor’. Estava convicta que era Jake, por causa do cheiro, mas acho que vocês tem o odor bem parecido. Porque a pedido de Jake?- disse, sem muita saída.

- Tudo bem, nem faço conta. Para mim também não é nada confortável o cheiro de vampiros. Jacob mandou entregar a Nessie- Sam me entregou um bilhete.

- Está bem, Sam. Obrigada- disse a ele.

- Então é isso que vim fazer. Já vou indo. Tchau, Bella- disse-me ele, virando as costas.

-Tchau, Sam- respondi a ele, indo em direção à floresta.

Logo, li o bilhete.

Dizia:

Oi, Nessie. Sei que deve estar chateada comigo, por não ter ido te ver, desculpa. As coisas não andam nada fácil por aqui. Em breve, irei te visitar.

                                                                                                          Jake

Dobrei o bilhete a posição inicial, e guardei no bolso. ‘Não andam nada fácil’? O que Jake quis dizer com isso?

Um odor diferente invadiu minhas narinas. Ligeiramente, fiquei em posição de ataque, esperando. Em milésimos, apareceram três homens, e uma mulher, todos com olhos vermelhos. Imediatamente associei a visão de Alice, tudo se encaixava, só poderia ser o tal clã nômade.

Notava-se a beleza inumana neles. Eram lindos, similares a deuses.

Eles se olharam, e riram. Aquela atitude deles me deixou irritada.

- Quem são vocês, se não for perguntar demais?- disse estupidamente.

Uma coisa que eu não conseguia, era tratar cordialmente outros vampiros, como Aro, Carlisle faziam.

Eles pareciam se divertir com a minha cara.

- Ora, ora. Que bela imortal você é- disse um dos homens. Deu-me repulsa, ele me olhou com desejo e mordeu seu lábio.

-Concordo plenamente com você. É tão linda, e como andas sozinha na floresta?- me perguntou o outro homem.

- Quem são vocês?- perguntei novamente.

-A, claro, desculpe-nos. Prazer sou Pedro, e esses são meus amigos John, David e minha parceira, Paola. Somos recém-criados, como pode perceber em nossos olhos- ele proferiu formalmente.

- Prazer, Isabella. Estão com muita sede, certo?- interroguei.

- Sim, como sabe?- pronunciou.

- Visto que, são recém-criados- repliquei.

- Quer vir caçar conosco?- enunciou.

- Não, obrigada. Lamento, não irá poder caçar aqui, esse território é nosso- protestei.

- Nosso?- entoou John.

-Sim, nosso. O território é dos Cullen, sou esposa de um deles, Edward- afirmei.

- Edward, o famoso leitor de mentes- disse David. Como ele sabia?

- Como você sabe?- disse tensa.

- Aro me contou- eu estava pasma diante do que ele acabara de pronunciar.   Tremi a base, passou um filme na minha cabeça.

-Ar... Aro?- indaguei com a voz trêmula.

- Sim, Aro. Ele que nos criou- respondeu David.

- Mas porque ele os criou?- interroguei.

- Uma vez que, ele viu algum dom em cada um de nós, quando ainda éramos humanos- retrucou.

- De que modo, ele fez isso?- sondei.

- Fomos a Volterra, por saber que era uma cidade muito antiga, e turística. Chegando lá, ficamos maravilhados com um enorme palácio. Entramos naquele lugar, inocentemente, como qualquer outro turista, o que não sabíamos é que aquele palácio era um chamariz. Logo, apareceu um homem, dizendo-se guia. Ele apartou-nos do restante dos turistas, levando-nos para uma sala gigantesca, com três homens, sentados em três enormes poltronas, que respectivamente seriam Aro, Marcus e Caius- acabara de ficar mais apreensiva do que já estava.

- Vocês devem ser muito talentosos- convenci-os.

- Na verdade, não sabemos exatamente que talentos são esses. Aro nos liberou da guarda por um tempo. Disse que quando voltássemos, iria nos treinar para aperfeiçoarmos nossos dons- tive a impressão que Pedro estava sendo franco.

- Bom, vou indo. Boa caça a vocês, tchau- mirei em direção à mansão.

- Até breve- respondeu-me John.

Ã? Até breve? O que quis dizer?

Dirigi-me rapidamente à floresta. Notei a brisa no meu rosto, aquilo de alguma forma era bom, pois eu sentia cada sensação detalhadamente, e isso era indício que estava viva como nunca.

Na verdade, não cacei, e nem iria contar este pequeno detalhe a Edward.

Corria rapidamente para chegar logo na mansão.

No momento em que cheguei, todos estavam na sala sentados, como verdadeiras estátuas de mármore, exceto Edward e Renesmee.

Porém, imediatamente perguntei.

- Onde se encontram Edward e Renesmee?- esperava ansiosamente por uma resposta.

- Não se preocupe minha querida. Estão no chalé esperando por você- Esme respondeu gentilmente minha pergunta.

- Obrigada, Esme- agradeci-lhe.

- Até logo- virei às costas à mansão, e direcionei-me ao chalé.

Em segundos, cheguei. Edward sentiu meu odor, antecipou-se.

- Entre, meu amor- abri a porta e dei-o um abraço sufocante.

O melhor lugar do mundo era ao lado do meu Edward. Sentia que segurava o mundo em minhas mãos, pois ele era meu mundo.

- Desculpe-me a demora, amor. Encontrei alguns vampiros estranhos- olhei dentro de seus olhos.

- Como foi a caça? Bella, depois não quer que eu me preocupe? Primeira, última e única vez que você vai caçar sozinha- realmente ele estava chateado comigo. Mas logo, o calei com um beijo.

Agarrei-o, atacando urgentemente sua boca, puxando-o para mais perto de mim, acariciando sua nuca e seus cabelos macios e acobreados. A sensação do nosso beijo era indecifrável. Ele me puxou para si, agarrando-me pela cintura, e me pressionado contra a parede. Estávamos aproveitando loucamente aquele momento, a situação já não estava sobre controle, quando ouvimos os passos de Nessie em nossa direção. Como somos rápidos, nos ajeitamos em instantes.

Tentamos disfarçar.

- Voltando ao assunto, eu cacei um enorme leopardo, talvez o maior deles até hoje- menti.

- Alguma notícia de Jake, mãe?- me olhou com os olhos mergulhados em lágrimas.

- A meu amor, ele mandou-lhe entregar um bilhete- dei o bilhete em suas mãos.

- Mas como?- Nessie estava muito sensível.

- Estava caçando, de repente apareceu Sam. Ele entregou-me, pedindo para que eu entregasse-lhe, a pedido de Jacob- dito isso, ela rapidamente abriu e leu o bilhete.

- Ele não quer mais cuidar de mim, não quer mais ser meu melhor amigo. O amo tanto, porque ele está fazendo isso comigo?- eu a consolava, em meio a seus soluços.

- Venha cá, filha- disse Edward, chamando- a, para ir sentar em seu colo- não fique assim, é apenas uma fase, e vai passar- Renesmee estava sentada em seu colo, aos prantos, com a cabeça apoiada em seu peito- deixe-me ver esse bilhete- ela o deu o bilhete.

- Logo Jacob está de volta- reconfortei seu coração, que estava despedaçado, por Jacob não vim vê-la.

- Descanse. Vou levá-la para seu quarto- Edward levou-a, erguida em seu colo.

Acompanhei os dois.

- Está bem, pai. Pode ser que eu consiga dormir, acorde recém amanhã, e Jake esteja esperando-me, na porta da mansão, como de costume- Edward assentiu.

- Com certeza, filha. Qualquer coisa chame-nos- ele deu-lhe um beijo em sua testa.

Saímos do quarto. Chegamos à sala, e nos sentamos. Senti que Edward estava inquieto.

- Me fale mais sobre os tais vampiros estranhos que você viu- enlaçou minha mão a sua.

- Sim, meu amor. Como Alice já disse, são quatro, três homens e uma mulher. Chamam-se Pedro, Paola, John e David- fixou os olhos nos meus, arregalando-os.

- O que? Eu ouvi direito? Você conversou com eles?- desenlaçou nossas mãos brutalmente, apertando os punhos.

- Calmo amor, calmo. Mantenha a calma, não fiz imprudência nenhuma- peguei sua mão.

- Desculpe-me por tal brutalidade. É que, Bella, você tem que ver que, mesmo você sendo uma vampira, não deixa de ser altamente perigoso- passou uma de suas mãos em meu cabelo.

- Tudo bem. Mas eu sei me cuidar, fique tranquilo- passei a mão em seu rosto.

- Você continua sendo a mesma Bella, só menos frágil- se referiu a minha teimosia.

Nessie estava causando-nos uma preocupação desnecessária, se Jacob viesse pelo menos vê-la, não estaria havendo isso. Estávamos estranhando essa atitude repentina dele. De uma hora para outra, recuou.

Passaram semanas, e nada dele. Minha filha estava quase com depressão, não se alimentava, chorava, tinha pesadelos, não dormia direito. Eu sabia o que era isso, abandono. Quando Edward me deixou, aconteceu o mesmo.

Nessie não queria mais sair de seu quarto, não abria a porta para ninguém, exceto para mim e Edward. Já fazia algumas semanas que seus avós e tios não o viam mais.

Edward queria matar Jacob.

- Quando aquele cachorro aparecer, eu o mato, mato!- atirou a poltrona contra a parede.

- Calma, eu também quero matá-lo. Nessie não merece passar por isso- dei-lhe um abraço.

Nunca vira Edward naquele estado. Sua cara era de tristeza, remorso. Se fosse humano, estaria aos prantos. Eu ainda acreditava que Jake deveria ter um bom motivo para ter sumido.

Pensamos em ir até La Push, para verificar com nossos próprios olhos, o que estava havendo com Jake, mas, éramos todos orgulhosos, eu, Edward, Emmett, Rose, Alice, Jas, exceto Esme e Carlisle.

Esme e Carlisle achavam melhor ir a La Push. Acabamos cedendo, e deixamos o orgulho de lado. Não dava mais para ignorar o estado de Nessie. Precisávamos fazer algo, se mexer, ir buscar soluções e era isso o que iríamos fazer.

Eu e Edward fomos a La Push, na estrada nos deparamos com Sam. Ele não estava com cara de bons amigos. Edward freou bruscamente o Volvo, e logo lendo os pensamentos de Sam.

- Olá, Sam. Sim, eu me lembro do tratado, mas peço sua compreensão. Renesmee não está bem, está sofrendo muito, estamos preocupados, e a causa do seu sofrimento, é a ausência de Jacob- formalmente, ele explicou a situação.

- Bom, sendo assim... Tudo bem, Edward. Sabemos que não tem maldade nenhuma. Vá, mas não sei se encontrará o Black, ele anda misterioso e sumido, parece até que trocou de casa, agora ele vem passear para ver Billy- Sam foi sincero, essa era impressão que eu tive.

- Obrigado. Até mais- Edward acelerou rapidamente.

Isso tudo estava igual a uma bola de neve. Nada tinha sentido.

- Sam foi sincero. Revirei seus pensamentos- eu estava certa.

- Também achei, queria confirmar isso com você- disse a ele.

Chegamos a La Push, casa de Jacob. Billy certamente ouviu o ronco do motor do Volvo, e logo surgiu na porta, sentado em sua cadeira de rodas. Edward ficou no carro, somente eu sai do carro.

- Olá, Bella. Entre- ignorou Edward.

- Olá, Billy. Como está?- cumprimentei-o, apertando sua mão.

- Bem e você? Charlie como vai? Você está forte hein- Billy riu, se referindo ao aperto de mãos.

- Charlie está bem, obrigada. Impressão sua- menti sobre meu pai, já fazia alguns meses que não o via.

- Bom, vamos direto ao ponto. Do que se trata a sua vinda aqui?- olhou dentro dos meus olhos.

- Ok. Você sabe onde se encontra Jacob?- Billy olhou para o chão.

- Bella, Jacob anda estranho, revoltado, não é mais o Jake meu filho. Ele vem aqui de vem em quando- rolou uma lágrima de seus olhos- e para mim não anda nada fácil, nunca meu menino tinha abandonado seu velho pai- as últimas palavras falharam.

- Desculpe-me, mas minha filha está quase com depressão por causa dele- olhei para o chão- por favor, se tiver notícias, me avise, você tem meu número- Billy assentiu.

- Já estou velho, e Jake prometeu nunca me deixar. Ainda bem que Raquel vem frequentemente ver como estou, mas não basta. Alguém andou virando sua cabeça, eu conheço meu filho- eu estava sem palavras diante de tudo o que ele me dissera.

Deveria estar sendo dificultoso para ele, pela sua difícil locomoção e ao apego com Jake.

- Sinto muito, mas vou indo Billy. Se cuide, fique bem, e qualquer coisa, me ligue- apertei sua mão, e logo virei às costas, caminhando em direção ao carro.

Abri a porta do Volvo, e entrei. Edward estava tenso.

- Está bem?- olhei em seus olhos.

- Sim, meu amor- sua resposta não foi convincente.

Edward tinha lido algo na mente de Billy, mas tinha quase certeza que não me contaria. Retornamos à mansão. Nenhum de nós puxou assunto, ficamos em um silêncio profundo durante todo o caminho.  Saímos do asfalto, e entramos na úmida estrada de chão que dá acesso à mansão, e logo chegamos. Estavam todos parados a frente da mansão, exceto Alice e Jaspe, que ficaram reparando Renesmee.

- Novidades?- Carlisle perguntou.

- Nada de novo, só o que vocês já sabem; Jacob sumido- Edward estava nervoso.

- Vou até o chalé, ver como está Nessie. Até logo- disse a todos.

Num instante, cheguei.

- Bella!- a pequena fada me abraçou como se estivesse temendo algo.

- O que foi? Fala logo Alice- afastei-me dela.

- Vá Jasper, e diga a todos que Renesmee está bem- Alice deu-lhe um beijo, e Jas foi.

- Por favor!- implorei por uma resposta.

- Bella, vi algo horroroso, que só você pode saber. O motivo de só você poder saber é o seu escudo- ela pegou minhas mãos fortemente- Jacob está aliado aos Volturi!- eu tombei pra trás com essa, foi um choque.

- O que? Não pode ser! Mas ele me paga, eu o mato!- eu estava furiosa.

- Acalme-se, por favor. Não é bem assim. Ele está sendo obrigado a servir na guarda- a raiva que emanava em mim deu lugar a tristeza e vingança.

- Mas o que eles pensam que são? Jake deve estar sofrendo! Eu vou vinga-lo, não podem fazer isso com ele- sentei-me, apoiando a cabeça sobre as mãos.

- Não! Não faça isso. Não sabemos ao certo o motivo dele estar lá, mas é algo muito importante, só não consigo ver o que é- sentou-se ao meu lado.

- O que vamos fazer? Não podemos ficar parados. E como você vai esconder de Edward, sua visão? Ele lerá sua mente- eu estava chorando por dentro.

- Você que pensa. Eu controlo meus pensamentos. Não tenho escudo, mas não deixo meus pensamentos expostos, recuo-os- agora eu estava mais tranquila.

- Faça um esforço para tentar ver o porquê de Jake estar lá- peguei em sua mão- por favor- implorei-lhe.

- Sim, tentarei. Mas está sendo muito difícil, porque só consigo ver o futuro dos Volturi, de Jacob não- lembrei-me desse detalhe. De novo a tristeza invadiu meu ser.

- Tudo bem, Alice. Controle seus pensamentos, e, por favor, são suma novamente, como fez anos atrás- dei-lhe um abraço.

- Está bem, Bella. Vou indo lá, antes que Edward chegue- despediu-se, abriu a porta, e foi.

Porque Jake estava lá? Eu, aqui, o julgando o tempo todo, que pecado. Deus me perdoe, se eu tiver alma. O quanto ele deve estar sofrendo. Já odiava vampiros, e os Volturi pior ainda.

 E não poderia esquecer-me de minha Renesmee, nossa Nessie, como Jake a chamava. Os olhos de minha filha não brilhavam mais como antes, não tinha vida neles.

Estava na torcida, para que, Alice visse o motivo de Jacob estar lá.


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Notas finais do capítulo

Até, gente linda!