Next To Me escrita por Jessie Austen


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Dobradinha!YAY :D
Obrigada pela paciência, espero que gostem!



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Eles se encararam mais uma vez antes de John dizer:

– É, Sherlock...você me salvou e por isso sempre serei grato, mas acho que já estou melhor.

– Mesmo? Deixe me ver seu pulso...

– Não! Meu pulso está ótimo! Pare com isso!

– Você está tão nervoso agora. E com o rosto completamente vermelho. John, como você poderia estar com calor? Está 12 graus aqui dentro!

– Tá certo, homem de lata! Deixe me sozinho, por favor...essa situação está me deixando desconfortável!

O moreno se levantou, colocando sua calça, camisa e casaco.

– Você aparentemente está melhor, realmente. No seu normal pelo menos. – disse olhando de novo para John que o observava ainda imóvel na cama.

– S-sim, sim...obrigado.

– Uh, com licença...eu ouvi uma conversinha lá de baixo...e ah! John...Sherlock, matando aula! – disse a Sra. Hudson entrando no quarto.

– Não , na verdade John caiu em uma poça congelada. – Sherlock respondeu.

– Oh, meu querido! Você está bem? Deve ter virado um pinguim! – a senhora se aproximou preocupada.

– Estou sim, obrigado...

– Há algo que eu possa fazer por você?

– Na verdade há sim! John precisa de uma bebida muito quente. –Sherlock respondeu enquanto observava os dois de sua cama.

– Claro! Vou preparar um chocolate para você...- a mulher respondeu já descendo pelas escadas.

– Eu aceito uma caneca também, Sra. Hudson! – Holmes pediu.

– Eu não sou sua babá. Venha você mesmo preparar! – respondeu do andar de baixo fazendo-o sorrir. Voltou seus olhos para John que estava ainda encarando-o completamente transtornado.

– O quê?

– Sherlock. As pessoas, as pessoas não podem saber o que aconteceu hoje...

– E porque elas saberiam? Eu não vou contar, mal faço questão de cumprimenta-las. – Holmes respondeu sério.

– Certo...certo. Posso te perguntar uma coisa? – John disse enquanto se ajeitava ainda melhor debaixo das cobertas.

– Claro.

– Você é virgem mesmo?

– Oh, não me diga que você também...- o moreno respondeu revirando os olhos.

– Não, não que seja grande coisa, quero dizer...não há mal algum nisso, mas é que é um pouco difícil acreditar.

– E por quê?

– Porque você, bom...você é muito atraente. Quero dizer, para as mulheres e... você teve ter tido muitas oportunidades e...

– Você me acha atraente, John? – Sherlock perguntou, seus olhos azuis brilhando.

– É, quero dizer....você sabe que é, você tem espelho. Isso não importa, mas eu...

– Sim, John. Eu sou virgem. Satisfeito?

– Sim. Quero dizer, não. Ou melhor, tanto faz...era só uma curiosidade...

– Acho que você deve estar com febre, não esta conseguindo formar uma frase completa. Deve estar delirando. Deixe me pegar o termômetro com a Sra. Hudson. – o moreno respondeu saindo rapidamente e deixando Watson ainda completamente sem graça.

Era estranho o que John estava sentindo, os lugares onde sua mente passeava agora. A sensação de ter Sherlock cobrindo-o, seus corpos unidos. Não, provavelmente era febre. Definitivamente não era febre.

– Espero que goste de canela. – o moreno disse voltando após um tempo e lhe entregando uma caneca com cappuccino.

– Obrigado.

Os dois então ficaram em silêncio até John voltar a dizer:

– Como você ainda pode ser virgem?

– Eu ainda não tive relações com ninguém. Essa é simples até para você, meu caro.

– Haha. Não, falo sério...

– Pelo amor de Deus, John. Achei que tivesse entendido que a minha saída nada sutil era uma forma de querer não falar mais sobre isso!

– Desculpe, ok? Eu não estou te julgando, só estou curioso...

– Certo. Eu ainda sou porque esse tipo de contato humano não me interessa. As pessoas são confusas, assim como os seus sentimentos, suas prioridades que mudam assim como suas roupas. Eu só me importo com meus estudos, John. Me importo com o conhecimento, conhecimento é poder! Com os detalhes, com o que ninguém vê...com o que não é óbvio. Ter algo...com alguém é a coisa mais óbvia que poderia se esperar de uma pessoa.

– E você é uma pessoa, certo? – John brincou, mas Sherlock não respondeu. – Do jeito que você fala, parece algo forçado, algo...que não é verdadeiro! E nisso eu tenho que concordar com você, às vezes não é mesmo! Mas o que talvez ainda não tenha percebido é que esse tipo de coisa acontece quando tem que acontecer...você se sente atraído por uma pessoa e percebe que ela também está por você...e isso vai adiante.

– Mas para quê tanto esforço se tudo tem um fim?

– Nem tudo tem um fim, Sherlock. Não seja pessimista.

– Sou realista, você que é otimista demais.

– É claro. Eu quero encontrar uma pessoa...que me complete, que me faça bem. Que me entenda...

– Achei que você já tinha encontrado isso com a Sarah. – Sherlock respondeu curioso.

– Não, definitivamente não...ela é ótima, mas não.

Os ficaram mais um tempo em silêncio em seus próprios devaneios, até Sherlock dizer:

– Se você precisar de ajuda com o seus materiais, eu posso te ajudar. Sei que são caros...e bom, eu tenho uma quantia guardada.

– Oh meu Deus, sério? Seria fantástico não ter que pedir nada por enquanto lá de casa! É um empréstimo, eu juro que vou pagá-lo.

– Não é necessário. Ficarei feliz em ajuda-lo.

– E quem era aquele brutamontes que nos acertou hoje no refeitório?

– Teddy. Mais um dos sem cérebro que adora gabar Jim e sua trupe.

– Qual é o problema desse tal de Jim?

– O pai dele é o dono da faculdade. Mas como se não bastasse isso, ele realmente é inteligente. Não tanto quanto eu, obviamente, mas isso lhe dá vantagem com todo o restante dos alunos.

– Oh, certo. Valeu...

– Irene também é muito astuta e seus pais são amigos íntimos do de Moriarty. Enfim, eles formam uma dupla poderosa.

– E por quê eles cismaram com você? Sou novo aqui e acho que já perdi muita coisa...

– Bem, de forma simples eu os incomodo. Incomodo, pois consegui tudo o que eu tenho até hoje por mérito e não por influência ou joguinhos sujos. Não estou me gabando, são fatos.

– Eu acredito. – John sorriu e Sherlock sorriu de volta – Bom, já que é tarde para irmos para aula, poderíamos passar a tarde comprando meus materiais e depois podíamos ir comer algo, o que acha?

– Acho ótimo. – Holmes respondeu enquanto terminavam suas canecas.




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– Você nunca toma nada? Tem certeza que não quer chá? – o loiro perguntou enquanto mexia sua colher três horas mais tarde em uma padaria perto da republica.

– Sim, tenho certeza. – o outro respondeu analisando cada pessoa do local de maneira minuciosa.

– Então, me conte...o que aconteceu para você e seu irmão serem assim...tão distantes.

– Nada de especial, além do fato dele se achar o rei do universo, só porque é três anos mais velho.

– Implicâncias entre irmãos é algo normal. Eu mesmo sou o mais velho...e posso dizer que às vezes minha irmã me tira do sério.

– Eu cresci com Mycroft. Nossos pais são arqueólogos, então nunca estavam em casa. Não os julgo, eu faria o mesmo. John, olhe...aquele é o grupo que o Teddy, o brutamontes que nos atacou anda...

John olhou para a sua esquerda e avistou um grupo de quatro caras tão grandes e mau encarados quanto Teddy.

– Sim, são eles mesmo.

– Mas Teddy não está com eles. Há algo estranho nisso.

– O que quer dizer?

– Teddy não é do tipo que anda sozinho. Apesar de todo tamanho, ele precisa de seus companheiros para se garantir. Isso realmente é muito estranho. – Sherlock pensou em voz alta.

– Certo, bom...melhor irmos. Temos ainda os itens da aula de biologia. Amanhã mesmo falarei com o professor sobre a reposição da aula.

– Vamos então. – Sherlock acompanhou John até o caixa ainda encarando o grupo de longe.


















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