Next To Me escrita por Jessie Austen


Capítulo 26
Capítulo Final


Notas iniciais do capítulo

Final!! *_*
Espero que curtam...
=)



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Greg dirigia com Molly ao seu lado enquanto Sherlock e John dividiam de maneira apertada o banco de trás.

De tempos em tempos, quando o irmão mais velho de Holmes se distraia eles trocavam um olhar ou um sorriso.

O grupo em direção à Bournemouth, para a casa onde John cresceu a fim de passar uma semana de suas férias de meio do ano.

Watson estava radiante de poder levar seus amigos, mas principalmente Sherlock para o lugar onde ele havia nascido. Os dois não poderiam estar melhores. Depois da conversa franca que tiveram, ele tinham se entendido. John sabia que os passos seriam lentos e muito diferentes, mas Sherlock valia a pena.

– Ah...vai dar para a gente ir na praia né? – Molly perguntou animada enquanto arrumava seus óculos escuros no retrovisor.

– Claro! Minha casa fica a alguns metros do porto. É super legal lá...vocês vão gostar.

– Só de respirar ar puro eu já vou ficar feliz! – Mycroft comentou enquanto jogava em seu celular.

– Disse o sujeito que fuma igual a uma chaminé .- Sherlock provocou recebendo uma cotovelada na barriga do mais velho.

– Ei, ei...vocês dois...o espaço já é pequeno! Sem brigar aí atrás! – Lestrade disse enquanto acelerava na estrada livre a sua frente.

John se virou para a janela e ficou feliz de reconhecer aquela paisagem. Gostava de Londres agora, aprendera a amar a correria, os carros, os milhares de barulhos ao mesmo tempo. Mas era ótimo estar de volta.

Lá fora havia uma plantação de tom muito verde nos dois lados da estrada, que fazia um belo contraste com o céu completamente azul, sem nenhuma nuvem.

Procurou com os olhos por Sherlock e viu que este olhava para a paisagem também, da outra janela. Começou a reparar no jeito bonachão de Mycroft imitando o Diretor Cunningham enquanto Lestrade ria e Molly devorava alguns biscoitos de leite.

Sim, estava feliz de voltar para a casa. Mas sabia que o seu lugar agora era em Londres, com aquelas pessoas. Com aquele grupo que havia tido sorte em conhecer, mas principalmente ao lado do moreno que tanto amava.

Era louco pensar que sete meses antes daquilo tudo, ele estava triste por ter que mudar de cidade, de vida, de amigos. É, a vida pode ser maravilhosamente surpreendente.

– Ei, vejam! Minha antiga faculdade! – disse animado assim que viu a fachada do prédio cor cinza se aproximar.

– Oh, que legal, John! – a jovem comentou.

– Nossa, até que é grande! – Mycroft zombou, provocando Watson.

– Pois é...é a maior. E a melhor...uau. Parece que faz um século que sai daqui...

– Para a nossa sorte! – Greg sorriu pelo retrovisor.

– Sim, e para a minha também...- respondeu sorrindo para o Sherlock que piscou charmosamente.

Após alguns minutos, John avisou que eles haviam chegado. Parando em uma rua tranquila, eles saíram e caminharam até uma casa de cor azul.

– Lar, doce lar....- John sorriu para o grupo enquanto abria o portão e entrava pelo pequeno e simples jardim – Mãe! Cheguei! Vem gente, podem entrar...- acrescentou assim que todos entraram pela porta, chegando na sala.

– John!? – uma voz feminina respondeu de maneira animada e logo depois uma senhora de cabelos claros encaracolados e sorriso contagiante chegou na sala abraçando-o muito forte e cumprimentando um por um de maneira atenciosa.

– Pessoal, essa é a minha mãe! – John disse de maneira orgulhosa.

– Chegaram mais cedo, não terminei de fazer nosso almoço! Espero que todos gostem de lasanha! – ela disse beijando o rosto de Mycroft e parando por último em frente a Sherlock.

– É um prazer conhece-la, Sra. Watson. – este disse de maneira extremamente cordial.

– Oh, você deve ser Sherlock! John só sabe falar sobre você nos emails...- ela o abraçou enquanto Greg e Mycroft trocaram um sorriso.

– Mãe...a senhora esta sufocando ele! – John respondeu de maneira sem graça.

– Oh, mas ele é um lindinho mesmo! Seja bem vindo, querido...- a Sra. Watson ajeitava o sobretudo de Sherlock que sorria para ela.

– Obrigado, é ótimo estar aqui. – respondeu.

– Então, vocês podem subir para os quartos...sua irmã viajou, John. Volta daqui uns três meses só...então vocês tem três quartos: o seu, o dela...e o meu.

– Oh, e a senhora e o papai? – o loiro perguntou enquanto todos seguiam pelo corredor levando as malas.

– Seu pai foi para a casa do seu tio George. Vou para lá, só queria recebe-los...é melhor que a casa fica só para vocês. Mas se tiverem algum problema, podem ir para lá também! – a senhora respondeu enquanto ajeitava a gola do casaco de seu filho.

– Ah, tudo bem então. Podemos dar uma passada lá...

– Claro que sim! Bom, vou terminar as coisas lá na cozinha...qualquer coisa me chamem! – respondeu voltando enquanto John e Sherlock entravam na primeira porta.

– Meu quarto. – John disse fechando a porta enquanto Sherlock olhava cada centímetro da estante com miniaturas, perto do armário.

– Mycroft ficou com o quarto maior, o do seus pais...disse que ele merece por ser o mais velho. E Molly adorou o da sua irmã, logo Greg adorou a ideia também.

– É, acho que as coisas vão ficar iguais a Londres. Pelo menos já sabemos como é dormir um com o outro. Digo, no mesmo lugar...- Watson ficou nervoso ao ver que Sherlock encarava a cama de solteiro dele – É...eu vou pegar uns colchões.

– Não se preocupe, John. Não vamos dormir agora.

– É, eu...é que eu...

– Gostei da sua coleção de miniaturas. Esse carro é o do filme “De volta para futuro”, certo?

– É...é sim. – Watson sorriu aproximando-se.

– Genial. Esse da foto é seu pai...com você pequeno. - Sherlock apontou para uma foto em preto e branco de um rapaz segurando um bebê muito loiro.

– Sim...você vai gostar dele. Ele é muito legal...

– Vocês se parecem, naturalmente. Mas seus olhos...são da sua mãe. – Holmes observou.

– Meus olhos? Sério?

– Sim. – respondeu enquanto os dois se olhavam.

– E você...com quem você se parece mais? – John perguntou.

– Hm. Acho que com os dois...mas todos dizem que é mais com a minha mãe. Mycroft é uma versão mais nova do meu pai. Parece até mágica, se não fosse genética obviamente...até o comportamento. Quando eu era pequeno eu achava que era adotado, para dizer a verdade.

– Eu também. Eu acho que toda criança já pensou nisso...por um momento. - John riu.

– Não, eu realmente queria provas. Porque eu não conseguia entender como havia nascido em uma família comum. Eu até peguei os contatos da polícia...para denunciá-los de sequestro. Uma longa história. - Sherlock acrescentou enquanto olhava atentamente uma miniatura de Gremilin.

– É, você levou essa história toda a um outro nível...ei, vem ver. Minhas medalhas da escola! – Watson apontou para um quadro na parede.

– Oh. Atletismo...corrida. Você é mesmo um esportista, John. – o moreno respondeu.

– Pois é...sempre gostei! Oh, se você quiser...depois do almoço eu posso te levar onde eu praticava aqui perto. É uma praça super bonita!

– Claro. – Sherlock sorriu e então John o puxou, beijando-o carinhosamente.

– Eu estou muito feliz de que você esteja aqui. E quando eu digo aqui...é dentro do meu quarto.

Neste momento Molly bateu na porta avisando que o almoço já ia ser servido e Sherlock apenas sorriu saindo e deixando-o sozinho.





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Após uma longa e animada refeição, a mãe de John se despediu e o grupo de jovens arrumaram a cozinha em clima de brincadeiras e música.

Enquanto John esfregava uma frigideira, observou que Sherlock limpava o fogão de maneira concentrada e muito séria. Ele estava assim desde que chegaram ali, tinha observado.

– Podíamos ir até o porto! – Greg se animou assim que terminaram.

– Eu topo...vamos, Watson? – o Holmes mais velho perguntou.

– Claro. Quero dizer, eu tinha pensado em ir com Sherlock até o parque onde eu praticava corrida, mas...

– Quer saber...nós três vamos e depois a gente se encontra lá, o que acha? – Lestrade sugeriu.

– É mesmo, amor. O legal é explorar! A gente se vê mais tarde...- Molly sorriu enquanto os três voltavam para seus quartos para se trocarem.

Sherlock e John trocaram um olhar e então o primeiro disse:

– Podemos ir então.

– Oh, claro...só vou colocar um tênis. – este respondeu animado.

Quando saíram de casa, Watson trancou a porta e a escondeu debaixo do tapete para o caso de Molly, Greg e Mycroft voltarem antes do passeio. Enquanto seguiam pela rua, John encarou Sherlock que ainda estava muito sério.

– Então...o que achou daqui?

– Gostei bastante. Gosto do clima litorâneo e o ar é espantosamente melhor. – Holmes sorriu.

– Verdade...bom, este lugar aqui é onde eu praticava minhas corridas...- John disse assim que eles avistaram uma praça.

– Você não gostava de praticar na praia?

– Bem, sim...também. Aqui perto temos o porto... a praia para os banhistas e tudo mais fica a alguns quilômetros. Podíamos ir lá à noite, é muito bonito. O que acha?

– Eu vou adorar. – Sherlock sorriu novamente.

– Certo...combinado. – John respondeu sorrindo também enquanto se alongava.

Sherlock se sentou em um banco e enquanto John falava qualquer coisa sobre corridas, ele pensou que aquele era o momento certo. Para os dois. Para tal decisão.

Observando-o, Holmes concluiu que queria muito também, e após se decidir por completo, disse:

– John, podemos voltar para sua casa?

– Oh...já? Quero dizer...claro. Podemos ir nos encontrar com o pessoal...vamos.

Enquanto voltavam, Watson percebeu que Sherlock não parava se olhá-lo e isso o deixou estranhamente nervoso.

Ao chegarem em casa, subiram pelas escadas sem trocarem uma palavra, apenas sentindo o que iria acontecer. Sherlock foi para o banheiro e John se deitou na cama.

Sentia-se tenso, era a primeira vez que os dois estavam completamente sozinhos em um lugar. Levantando-se, tentou se distrair e pegou um de seus livros de infância.

Ouviu a porta do banheiro abrir e Holmes sair. Assim que se virou, viu o moreno voltar apenas com uma camiseta e sua calça jeans escura, mais belo do que nunca.

– Podemos ir? – perguntou vendo que Sherlock se deitava encarando-o, tirando seus sapatos com os pés.

– Eu prefiro ficar...aqui, com você. Se for possível. – respondeu, seu nervosismo aparecendo apesar de seu esforço em parecer natural.

John guardou seu livro e se aproximou lentamente, deitando-se ao seu lado.

– Eu também quero muito isso. – respondeu ao ver que Sherlock molhava seus lábios, tentando parecer natural.

Virando-se de lado acariciou o rosto do moreno, que em um movimento preciso, avançou deitando-se em cima de seu corpo.

– Sherlock...- resmungou enquanto este se ajeitava encarando-o com os seus olhos de gato.

– Me beije, John. – pediu enquanto as mãos do loiro seguravam sua cintura por debaixo da camisa.

– Eu vou, mas antes me explique o que estamos fazendo.

– Depois eu que sou o racional. – Holmes zombou fazendo-o sorrir.

Sherlock então o beijou de maneira apaixonada. John suspirou assim que se separam, abraçando-o Sherlock, deixando-o imobilizado.

– Tem certeza que quer isso? – perguntou.

– Eu sempre tenho certeza de tudo. – o moreno respondeu, fazendo Watson beijá-lo de novo e desta vez de maneira urgente.

Se olharam mais uma vez antes de loiro inclinar seu rosto e começar a beijar seu pescoço, segurando-o pelas pernas enquanto Sherlock se apoiava na cama. Tirou sua blusa e sua camisa enquanto Sherlock se ajeitava melhor em seu colo.

– Eu te amo tanto, Sherlock...- sussurrou em seu ouvido e isso fez o corpo de Holmes se arrepiar. O loiro não parou e de maneira precisa desceu suas mãos até a calça de Sherlock, apalpando-o.

– Oh. – este gemeu se surpreendendo enquanto John o deitava em sua cama, por cima.

– Tire sua camisa...- este pediu enquanto abria sua calça, tirando junto com sua roupa debaixo.

Sherlock obedeceu, jogando a peça longe e procurando pelos lábios do loiro que agora o acariciava com movimentos lentos e repetitivos.

Levantando-se rapidamente, John tirou sua calça também e Sherlock o admirou por completo. Sim, os dois não poderiam mais evitar nem mais um segundo.

John sorriu de maneira carinhosa, mas ao invés de beijá-lo, segurou suas pernas, abrindo-as e começou beijando sua barriga e mordendo sua coxa.

– Você é tão perfeito...- John se maravilhou ao ver Sherlock o encarando completamente sem ar.

– John...- gemeu alto ao sentir a boca quente do loiro toma-lo por inteiro.

Molhou seus lábios novamente, enquanto segurava com força a cabeça do loiro que o sugava com vontade agora.

A sensação era incrivelmente maravilhosa. Indescritível. Havia ficado tão temeroso quanto aquilo, mas ao perceber, observou que seus quadris acompanhavam o movimento de Watson, que o lambia também.

Puxando-o, beijou John com urgência enquanto seus corpos se esfregavam e suas mãos se descobriam. John segurou com força seus cabelos, enquanto suas línguas se confundiam.

Descendo novamente, levantou o quadril de Sherlock, lambendo-o enquanto este segurava com força na cama.

Sherlock sentia seu coração muito acelerado, quase saindo por sua boca. O corpo de John correspondendo-o da mesma forma o enlouquecia ainda mais.

O sangue percorrendo rapidamente seus corpos, enquanto suas peles se enrubesciam. Sentiu um arrepio subir por sua coluna e se admirou ao ouvir um gemido alto sair de seus lábios.

John o beijou mais algumas vezes enquanto se abraçavam.

– Só um momento...- Watson disse levantando-se e pegando proteção dentro de sua gaveta, enquanto Sherlock o encarava atentamente.

O corpo de John à sua frente, completamente exposto e implorando por ele. Sim, ele queria muito aquilo também. E o loiro era muito melhor do que tinha pensado.

Deitando-se novamente sobre ele, Watson disse:

– Eu quero tanto você...eu desejei tanto isso, você não faz ideia.

Holmes tampou seu rosto com as mãos, por um breve momento, hesitante.

– Você confia em mim? – Watson continuou.

– Sim. – concordou com a cabeça fazendo John sorrir e beijá-lo, descendo até seu pescoço, dizendo coisas que só ele poderia dizer.

Sherlock mordeu com muita força seu lábio inferior ao sentir ser penetrado aos poucos. Seu coração batendo agora muito mais forte, sentindo a respiração de John em seu ouvido e uma dor misturada com prazer.

O nível de testosterona e adrenalina tomando-o por completo. Sua respiração falha agora apontava que seu corpo estava inebriado pela endorfina.

John começou com movimentos lentos enquanto os dois se e olhavam. Sherlock podia ver as pupilas do loiro dilatadas, seu rosto corado. Prazer. Amor. Era maravilhoso poder tê-lo daquela maneira.

– Ah...- gemeu novamente muito alto quando os movimentos aumentaram.

Se beijaram de maneira apaixonada, as mãos de Sherlock segurando com força seu pescoço, as costas de Watson.

O corpo de John em atrito contra o seu, dentro dele, sobre ele fazia descargas elétricas passarem por ambos.

– Oh...Sherlock.- este gemeu quando o moreno teve coragem de mordiscar sua orelha.

A dor agora não era nada se comparada com a sensação de ter o seu John assim. Daquela maneira. Tão particular, tão pessoal. Onde nenhuma outra pessoa havia estado e onde jamais ninguém iria estar.

Deu um meio sorriso provocador para John que sorriu de volta, enquanto seus corpos seguiam em movimentos constantes.

Ele adorava tudo em John. Absolutamente tudo, teve certeza disso quando a mão de Watson cobriu a sua, se entrelaçando com muita força.

De repente, como um choque, o corpo de Sherlock tremeu novamente e sua mente se esvaiu. De novo. De novo e de novo. Pela primeira vez, ou ao que ao menos se lembrasse, havia ficado com sua mente vazia, limpa e completamente extasiada.

Sim, todas as células nervosas trabalhavam fazendo seu corpo e cérebro entenderem o que estava acontecendo e ele chegara agora ao seu limite, gemendo o nome de John que o observava de maneira devota.

Abrindo seus olhos, viu este olhando-o com aquele sorrisinho provocador. Por um momento quis xingá-lo ou no mínimo encontrar algo lógico para dizer, mas ao invés disso resolveu agir, afinal de contas seu corpo ainda pedia por muito mais.

Levantando-se o empurrou, fazendo-o o deitar enquanto se sentava em seu colo recomeçando os movimentos.

– S-Sherlock...oh meu Deus...- John sussurrou surpreendendo com os movimentos rápidos que Holmes fazia segurando sua cintura.

– Oh-oh...- este gemia ao sentir novamente a onda de choque crescer novamente.

Não demorou muito para John gemer alto, fazendo Holmes o sentir vir dentro dele, enlouquecendo-o.

Sherlock se deitou com tudo ao lado de John que olhava para o teto completamente ofegante. Os dois se olharam e começaram e sorriram.

Watson segurou seu rosto e os dois se beijaram por um longo tempo até ele encarar Sherlock e dizer:

– Isso foi...uau.

– Agora eu sei o por que os humanos se prendem tanto a sexo. – Holmes acrescentou fazendo John rir.

– Isso foi...

– Maravilhoso? Indescritível? Inesquecível? Escolha uma dessas palavras.

– É, todas essas na verdade...- John sorriu segurando sua mão, beijando-a.

– Me conte como foi a sua primeira vez, John. – este pediu, deitando-se sobre o ombro do loiro após um tempo, após recuperarem o fôlego.

– Bem, foi legal...eu tinha 17 anos e foi com uma namorada do colégio...eu fiquei com ela até os 22 anos, depois terminamos. A Jenny, ela é legal...e está noiva hoje em dia.

– E quando foi que você se sentiu atraído por outro homem?

– Sinceramente? Quando eu te vi. Antes nunca tinha tido problemas em reconhecer que um cara era bonito e coisa parecida...mas com você, Sherlock, bem, foi bem diferente...- John declarou fazendo Holmes beijá-lo enquanto sorriam.

– E você não teme o que as outras pessoas possam falar? Não há nada de errado...mas você sabe...

– Não. Honestamente não. Jamais deixaria que isso influenciasse o que eu sou como pessoa, como profissional, como amigo...então ninguém deveria se importar.

– A vida real não é assim tão fácil. – Holmes disse.

– É, eu sei. Mas eu não importo...você me faz muito feliz. Não me importam com o que possam dizer ou pensar, não é da minha conta. - John sorriu enquanto os dois se olhavam – E tem outra coisa: eu ainda não sei se você é mesmo um humano...ou talvez um alien sexy ou até mesmo uma máquina...- provocou e Sherlock fez uma careta, fazendo-o gargalhar – Desde quando você decidiu que queria...você sabe...

– Fazer este experimento? – Holmes interrompeu.

– É...eu conheço como outro nome...mas tudo bem.

– Desde que tivemos aquela conversa. – Sherlock declarou.

– Uau. Mesmo?

– Definitivamente. Eu conclui que tinha sorte por ter você. E que se pessoas estúpidas se limitam a este estado por menos, então por que eu não poderia experimentar também?

– Oh, Sherlock...você é sempre tão romântico. – John brincou enquanto acariciava os cachos do moreno.

– É sério. É uma condição humana curiosa, básica...primária, John. É feita para reprodução.

– Não no nosso caso...- sorriu.

– Você me entendeu. Mas de qualquer modo eu me peguei pensando em você desta maneira, e tenho sonhos de conteúdo erótico.

– Oh..sério? Como estes sonhos eram? – John riu.

– No começo eram angustiantes, mas com o tempo ficaram insuportáveis.

– Me conte um...

– Oh. Bom, teve um dia que eu sonhei que estávamos no laboratório da faculdade e acabamos transando em cima da bancada, perto dos tubos de teste.

– Hum...legal. Mas pode ser perigoso, certo? Se tiver alguma substância sendo analisada....e tal...- brincou.

– Naturalmente, por isso era insuportável. Eu não gostava dos cenários. Tão comuns! Minha mente é capaz de criar coisas bem mais fantásticas.

– Eu não tenho dúvida...mas a realidade é bem melhor, certo? Aqui...no meu quarto...sozinhos?

Sherlock sorriu de lado e concordou com a cabeça fazendo John sorrir, ambos completamente satisfeitos com o resultado final.




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3 meses depois




– Sherlock, vamos! – Watson chamou o moreno enquanto ajeitava sua jaqueta preta em frete ao espelho.

– Estou quase pronto! Não me apresse! – este respondeu do banheiro.

– Ei...e aí, John? Pronto para a festa do Halloween mais legal de todos os tempos? – Greg entrou no quarto da república vestido de Darth Vader.

– Mais que pronto!

– Está vestido do quê exatamente?

– Do Nono Doctor...da série Doctor Who! “Fantástico!” – brincou apontando a chave de fenda sônica com uma luz verde, típica do personagem – Ele é meu favorito até hoje...

– Estou pronto. – Holmes surgiu vestido de Spock, do Star Trek, em uma caracterização perfeita.

– Uau! Ficou o máximo! – os dois disseram.

– Bom gente, vou indo na frente...minha chapeuzinho vermelho me aguarda no carro. Vocês já estão descendo, certo? – Greg perguntou.

– Sim, já descemos. – John respondeu.

– Doctor, gostaria que soubesse que você é um alienígena de sorte de muita sorte, pois justamente hoje completa sete anos que eu tive meu último ritual Vulcano de acasalamento e que, portanto eu deverei ter outro. – Sherlock brincou quando ficaram sozinhos.

– Oh...temos que ir mesmo para esta festa mesmo? – Watson o abraçou sorrindo.

– Interessante. Você tem a mesma reação física que um humano teria. Vou adorar realizar experimentos com você hoje à noite...Doutor Watson. – Holmes provocou e os dois se beijaram, mas ao ouvirem a buzina do carro ficar incessante, tiveram que descer.





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John e Sherlock bebiam enquanto observavam Mycroft, Molly e Greg dançarem assim como muitos outros personagens famosos na pista de dança do pub “The English” aquela noite.

– Vamos dançar? – Watson perguntou e ganhou um olhar sério do moreno que o fez rir – Qual é. Você não está drogado desta vez.

– Não, mas estou de Spock e os vulcanos são sérios demais para isso.

– Pois os Doctors dançam. Me conceda essa dança vai...

O moreno suspirou muito fundo antes de se levantar e ajeitar sua blusa azul justa e ser levado por John até o meio da multidão.

– Você não acha esse planeta fascinante? Adoro os humanos. - o nono Doctor comentou.

– Já vi melhores, já vi piores. – Spock respondeu sem emoção.

Uma música lenta começou a tocar e todos os casais se abraçaram. John pensou em fazer o mesmo, mas se lembrou que ninguém sabia sobre eles.

– Melhor voltarmos – disse já voltando.

– Sim. – Sherlock respondeu.

Assim que se sentaram de novo viram Sally e Anderson se aproximarem, ambos vestidos de caçadores.

– Até na falta de bom gosto e bom senso vocês combinam. – Holmes zombou.

– Oh, o casalzinho! E aí, esquisitão? – ela disse enquanto ficava perto de John.

– Parem vocês dois, pelo menos hoje... – Watson disse tomando um gole de sua bebida.

– Há boatos que vocês dois estão juntos. Comentei com o Anderson que iria ser engraçado vê-los juntos...- a jovem comentou.

– Mais engraçado do que ver vocês dois vestidos desse jeito? Duvido. – John respondeu.

– Já pensou? Sherlock lontra e John porco espinho...- Anderson provocou.

– Ei, por que que vocês não vão...- Watson ia dizer, mas Sherlock segurou sua mão e disse em alto e bom som:

– Não se desgaste, John. Vocês querem nos ofender nos comparando com animais? A lontra além de ser inteligente é uma ótima nadadora enquanto o porco espinho é muito esperto e se defende muito bem dos perigos de maneira natural. Para nós ofendermos, pediríamos para apenas se olharem no espelho. Eu jamais os compararia com um animal, a natureza não seria capaz de cometer tal erro e criar duas criaturas tão inúteis como vocês dois.

Anderson e Sally se olharam e saíram sem graça enquanto John ria ser parar agora.

– Está afiado hoje, hein Sr. Spock. Me senti de volta ao colegial agora.

– Hoje e sempre, Doctor.

– Eles tem razão...as pessoas tem comentado sobre nós.

– Isso é inevitável. – Holmes respondeu - É melhor assumirmos. – disse de maneira entediada e completamente inesperada.

– Espere, você quer assumir nosso namoro?! – John respondeu não conseguindo se conter.

– Sim, John. Pode atualizar seu status no Facebook e escrever um post sobre mim no seu blog finalmente. – Sherlock brincou dando um meio sorriso.

– Não duvide nenhum segundo que eu farei isso. Uau...que evolução! Não vale voltar atrás, Sherlock!

– Não voltarei. – este tentou não sorrir.

– Certo, onde estão todos? Vou ligar para a Sra. Hudson agora mesmo! – este respondeu puxando-o e beijando-o, deixando Sherlock completamente sem jeito.

– Não vejo a hora de voltarmos para a República, isso sim. Esta festa está chata. - este sussurrou beijando-o de volta.

– Hm...droga. – John reclamou enquanto algumas pessoas olhavam para eles.

– O que houve?

– Acho que vou ficar excitado toda vez que eu ver o Spock a partir de hoje. – ele brincou fazendo Sherlock sorrir, os dois se beijando mais uma vez.




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Notas finais do capítulo

~~~* Fim! *~~~

— Vocês gostaram? :B
Espero do fundo do meu coração que sim.
Gostaria de agradecer pelo carinho e todos os comentários. Vocês são fucking awesomes!

Amo demais esse ship, e foi muito bom iniciar essa trilogia.
Sim, trilogia. Teremos continuação da história desses dois lindos.
Não será necessariamente uma continuação, porque nenhuma das histórias dependerá da outra, mas mesmo assim as personalidades, os fatos continuarão.
A próxima se chamará "My Kind Of Love" e será postada até o final deste mês! :3
Estou muito empolgada com a história, será diferente desta, naturalmente, mas será muito legal vê-los mais velhos e se tornando mais próximos com quem eles são na série.
Enfim, espero que vocês queiram me fazer companhia nesta nova jornada que começará em breve. ♥

Um beijo para todos e até em breve! *_*