Next To Me escrita por Jessie Austen


Capítulo 22
Capítulo 22




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– Jim, tem dois rapazes esperando por você na sala de visita. – a governanta chamou o jovem em sua suíte de luxo.

– Ah, meus fãns! Nunca conseguem separar o mito do ser humano! – disse enquanto descia as escadas, vendo John e Sherlock esperando – Oh! Um dos casais mais ilustres! O que devo a deshonra?

– Nada de especial. John insistiu e eu tive que vir para fazê-lo entender que não faz sentido. – Sherlock revirou os olhos sem paciência.

– Oh, sou inteligente, mas não tenho bola de cristal! – cantarolou – Me digam logo porque estão aqui.

– Sabemos que você envenenou Mycroft e Teddy...apesar de não termos prova disso. Sabemos dos motivos também. Você queria controlar o Conselho através de Sarah e queria impedir Teddy de contar para todos que você é o grande responsável por toda droga que é vendida no campus. Logo você, o filho do dono daquele lugar! – John revelou enquanto o encarava.

Moriarty então deu um sorriso e olhando para Sherlock respondeu:

– Você é inteligente, não é? Diga para seu namorado que ele ficou louco em vir até a minha casa e dizer tudo isso. Ouça o Holmes...isso não faz sentido, Watson.

– Então tudo isso é verdade? – John se aproximou, olhando-o de perto.

– Oh...ele é tão fofo, não é? Parece um ursinho de pelúcia que eu cortei a cabeça e arranquei os olhos quando tinha cinco anos! Estou na fila, Holmes...me avise assim que terminar de usá-lo. Eu quero brincar também! – zombou.

– Fale logo ou eu arrebento a sua cara. – o loiro respondeu entredentes.

– John, não. Ele quer te provocar, não vê? – Sherlock segurou sua mão rapidamente, e isso fez os dois se olharem e o loiro parar.

– Ohhh...que momento lindo! Obrigado por compartilharem! – Jim provococou – Então...John. É verdade. Eu fiz aquilo...e faria de novo. Farei com você se continuar falando desse jeito comigo. Sabe por quê? Porque eu posso...e eu quero!

– Vamos embora, John. Por favor...- Sherlock pediu nervosamente já saindo.

– Isso. Obedeça ao Sherly, como um filhote de cachorro. – o dono da casa sorriu, mas isso não fez John se mexer.

– Ok, se quiser ficar...fique. Isso tudo é uma bobagem! – o moreno respondeu saindo rapidamente já sem paciência.

John e Jim ainda se encaram por uns instantes antes de John sorrir tranquilamente.

– O que é isso? Eu disse brincando...você não faz meu tipo, sinceramente. – Moriarty esnobou estranhando tal comportamento.

– É como sempre minha avó fala...o problema de quem se considera muito esperto, é achar todo resto é trouxa. Obrigado por sua confissão. Você sabe o que é isso? Um gravador! – o loiro sorriu ainda mais enquanto tirava um aparelho muito pequeno de dentro de seu casaco, fazendo Jim se aproximar.

– O quê?!

– É. Você acabou de ser bem idiota, na verdade. E ah, não se preocupe em querer pegar esse...Sherlock acabou ir embora com outro além de uma escuta. Acabou.

A expressão de Jim tornou-se raivosa, mas ele respirou fundo e disse:

– Oh, Watson. Eu vou acabar com você.

– O chato disso tudo é que não vai não...sabe por quê? Neste momento existem três emails sendo enviados com a gravação: um é para seu pai, outro para o diretor e o outro para os alunos. E não posso esquecer do meu blog também. Você não vai querer se comprometer ainda mais, né? Afinal todos te odeiam, não percebe? É só um psicopata com dinheiro...dinheiro do seu pai, aliás.

Moriarty então pulou em cima de John, mas esse se esquivou rapidamente, segurando- pela blusa e acertando-o com um forte soco em sua boca, fazendo-o cair com tudo.

– Nossa, se doeu em mim...imagina em você! Não é tão legal socar alguém quanto nos filmes. – John disse massageando seus dedos enquanto Jim o encarava com a boca sangrando e sem um dente – E ah! Antes que eu me esqueça...você vai devolver o trabalho do Sherlock e fará a faculdade reconhecer seu devido mérito. Isso é uma exigência, seu mimado metido a traficante.

John então sorriu e saiu tranquilamente enquanto a governanta agora encontrava seu patrão caído no meio da sala.




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– Isso é seu...- Sherlock disse entregando uma bolsa de gelo para John que agora estava sentado na poltrona do quarto deles – E não havíamos combinado essa parte do soco.

– Obrigado. É, não havíamos mesmo...mas ficou bem mais legal assim. – John respondeu fazendo uma careta ao colocar a bolsa em cima da sua mão inchada.

– Oi gente! Comprei cookies...- Molly apareceu com Greg.

– E eu cafés...- o rapaz disse entregando um copo para cada um.

– Obrigado. E obrigado por nos levaram lá hoje, pessoal. – John disse.

– É, obrigado. Vocês se arriscaram ao nos esperarem com o carro...algo poderia ter dado errado. - Sherlock completou surpreendendo o casal.

– Imagina, gente! E foi super legal, vai! Foi perfeito! – Molly riu.

– Foi bom fazer Jim provar do seu próprio veneno. Voluntários para isso que não faltariam...foi bom ser escolhido! – Lestrade respondeu – Agora Mycroft já deve ter postado a gravação em todas redes sociais possíveis...o reinado de Jim chegou ao fim.

– Aparentemente. Mas temos que ficar atentos...ele pode querer uma revanche. – Watson observou.

– Eu duvido. A essa altura o Moriarty pai deve ter lido o email e ter ficado furioso...é uma família tradicional, John. Agora, Jim deve estar em um avião indo para a Suécia.

– Uau. Eu nem acredito, sabia? Isso foi épico...foi histórico! Finalmente a faculdade terá paz...- a jovem disse.

– Não seja inocente, Molly. Jim não estava sozinho. Ele era apenas a cabeça de rede corrupta que anda por aquele lugar, buscando poder. Temos Irene...Sarah e agora o grupo de Teddy que provavelmente se aproveitará da queda dele. – Sherlock contestou.

– Sherlock está certo, mas dessa vez demos nomes aos bois. O diretor sabe quem pode estar envolvido, fica bem mais fácil...- John disse bebericando seu café.

– Bom, já está tarde e amanhã temos a festinha do Mycroft. Vemos vocês lá, certo? – Molly perguntou enquanto pegava sua bolsa.

– Claro...vai ser o máximo! – John sorriu.

– Legal. Tchau gente, até amanhã! 20hs no pub. – Greg disse fechando a porta depois de se despedirem.

Sherlock olhou para John que passava bem devagar a bolsa em sua mão. Agachando perto dele, pegou a bolsa e começou a fazer isso cuidadosamente.

– Oh, obrigado...- Watson sorriu se surpreedendo.

– De nada. Na verdade eu quero agradecer. Por hoje. Por tudo.

– Você não precisa.

– Sim, eu preciso. Você me fez tomar coragem para uma coisa que eu queria ter feito antes...que muitas pessoas queriam. Obrigado, John. – Sherlock disse olhando-o com seus olhos muito azuis.

– Foi divertido. E eu odeio injustiças e isso se tornou pessoal quando você me contou sobre seu trabalho. Eu não podia permitir deixar isso ficar impune.

– Você fez isso por causa do que aconteceu comigo?

– Naturalmente.

Os dois se olharam demoradamente e isso fez John ficar sem graça. Sim, aquilo mostrava o quanto ele se importava com Sherlock. Quais eram seus verdadeiros sentimentos.

– ...m-mas eu não teria conseguido se não fosse por você. Q-quero dizer, você...que deu a ideia do gravador...e todo o restante. Você foi um gênio. – completou.

Sherlock deu um meio sorriso e se inclinou beijando-o lentamente. Quando se afastou, porém John o puxou pelo cachecol beijando-o ainda mais intensamente.

– Somos geniais juntos, John. Mais café? – o moreno sorriu pegando seu copo.



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