Next To Me escrita por Jessie Austen


Capítulo 13
Capítulo 13




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No dia seguinte quando acordou, Sherlock já havia saído. Não haveria de estar mesmo, os dois haviam brigado.

John se levantou rapidamente e comeu cereal enquanto se arrumava. Pegando seu material, correu a tempo para pegar a primeira aula sem atraso.

Após as aulas, foi para o ginásio, mas descobriu que não teria aula já que o professor estava doente e eles não conseguiram arranjar alguém a tempo.

Aproveitou então para ir à biblioteca e adiantar alguns trabalhos e quando o relógio marcava quatro horas, já se encontrava deitado em sua cama lendo uma revista quando Sherlock chegou.

– Ei...- disse sentando-se.

– Oi.

– Sherlock, você ouviu algo que eu disse ontem? Depois de te acordar, quando cheguei à noite?

O moreno pensou rapidamente antes de responder não com a sua cabeça.

– Certo. Eu queria pedir desculpas, eu não acredito que...você não é esquisito, ou anormal...ou um ET. - Os dois se encararam até John completar: É só isso que eu queria te dizer.

– De certa forma, você esta certo, John. Eu penso que tenho perdido muito em ser como sou, talvez seja hora de mudar mesmo. – Sherlock respondeu calmamente enquanto tentava montar um cubo mágico sentado à mesa.

– Sério? Fico feliz...

– Sim, hoje mesmo aceitei o convite da Molly. Tenho um...como vocês costumam dizer mesmo?

– E-encontro? Você tem um encontro? – John se espantou.

– Sim. Obrigado, um encontro.

– Mas você não a suporta, Sherlock...

– Eu mudei...

– Não, você não pode ter mudado tão rápido e tão drasticamente. – Watson se levantou enquanto os dois se encaravam.

– Eu nunca disse que não a suportava. Não com tais palavras. – ele respondeu se levantando, os dois agora muito perto. John respirou fundo e perguntou:

– Para aonde vocês vão?

– Eu pensei em chama-la para uma lanchonete, você sabe, o comum. Mas ela disse que preferia que fôssemos para a casa dela. Seus pais estão viajando e ela quer me mostrar algo em seu quarto. - respondeu enquanto largava o cubo e pegava seu violino.

– Você tem que tomar cuidado.

– Por quê? Não vou voltar tarde, e voltarei de táxi. Molly mora em um bairro considerado seguro, eu não entendo...

– Tá, Sherlock. Tá...esquece, vai.

– E por falar em garotas, como vai a Amy?

– Amy? Quem é Amy? Ah, Mary...não sei. Não retornei a ligação dela...- John respondeu confuso.

– Isso é rude. Até mesmo para mim que não faço questão em encontrar sentido nessas coisas. Bom, se me der licença, vou me arrumar. – Sherlock sorriu indo para o banheiro.

Sim, o feitiço virou contra o feiticeiro e Watson sentiu na pele como era ter ciúme.




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– Oi! – Molly abriu a porta de sua casa e Sherlock tentou sorrir – Chegou em ponto. Entre, quer tirar seu casaco?

– Sim. Trouxe para você. Você gosta de bombons de cereja? – ele perguntou enquanto entregava uma caixa e pendurava seu sobretudo no cabideiro perto da porta.

– Eu amo! São meus favoritos...obrigada, Sherlock.

– Que bom que gostou. Seus pais estão fora?

– Sim, foram visitar meu irmão. Sente-se, aceita algo para beber? – a jovem perguntou enquanto os dois agora sentavam-se perto um do outro no sofá cor verde musgo.

– Não. Obrigado. – agradeceu enquanto observava a casa.

– Eu nem acredito que finalmente você tenha aceitado o meu convite. Eu te cansei, não foi? – ela brincou enquanto ajeitava seu cabelo – Eu estava tão ansiosa, quero dizer...

– Certo. Molly. Que tal irmos ao que realmente nos interessa? - ele se aproximou sem paciência.

– O-o quê?

– Sim, pulamos esta parte enfadonha que você tenta me seduzir, sem parecer atirada e eu tento mostrar que sou o melhor que você poderia ter conhecido.

– Eu aceito...- ela engoliu seco quando viu que Holmes agora a encarava de perto.

– Ótimo! Posso beijá-la? Faz parte de um experimento, na realidade.

– Experimento?

– Sim. Obtive um resultado uma vez. Mas não consigo me decidir se o ato em si que causou as sensações ou se foi o condutor dela o responsável?

– Condutor? Responsável?

– É, Molly. Agora, eu posso tentar?

– Sim. Por favor. - ela respondeu e Sherlock então se aproximou lentamente antes de beijá-la de maneira tímida. Molly se aproximou ainda mais e virou seu rosto enquanto procurava por mais, foi interrompida por ele que se levantou e começou a andar de um lado para o outro.

– Não. Nada. Absolutamente nada. – observou em voz alta enquanto ela o encarava com um olhar bobo.

– Nada?

– É. Nada. Talvez você devesse tentar usar a língua! – ele respondeu sentando-se perto dela novamente.

– Seria muito legal.

– É isso que vamos ver. Certo. Lá vou eu...- Sherlock disse enquanto a beijava novamente. Molly então segurou seu pescoço e o provocou com a língua, mas isso fez o jovem se afastar imediatamente.

– Não. Isso foi um erro. – observou enquanto se levantava novamente.

– Talvez você pudesse usar a sua língua também...

Sherlock parou por um momento antes de dizer:

– Molly, agradeço imensamente pelo convite e por sua gentileza em me conceder...você sabe, isto, além deu seu tempo, naturalmente. Preciso ir embora.

– O quê? Não...eu ia pedir pizza pra gente!

– Realmente preciso voltar. – respondeu vestindo seu casaco novamente.

– Espere, se você quiser eu tiro minha blusa...ou meu sutiã!

– Não há sentido nessa frase. Até amanhã, Srta. Hooper. – respondeu enquanto já saía porta afora deixando-a completamente sem graça.


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John fingiu estudar quando ouviu o barulho da maçaneta.

– Oi. – Sherlock respondeu enquanto trancava a porta.

– Ah, oi...nossa. Já? – perguntou enquanto olhava para o relógio.

– Sim. O resultado do que eu precisava foi obtido com êxito em pouco tempo.

– Oi?

– Não importa. – ele disse se jogando na cama.

– Sherlock, Molly é louca por você...espero que não a tenha magoado...

– Ela não se magoou. Deixamos tudo muito esclarecido antes do teste.

– Teste? Que teste?

– Eu queria experimentar com ela. Beijá-la e ela deixou.

– Você quis beijá-la? – John perguntou enquanto se virava.

– Eu quis fazer um experimento.

– Você é louco, pelo amor de Deus? As pessoas tem sentimentos, Sherlock...você não pode simplesmente...

– Oh, lá vem você de novo com esse papo de sentimentalismo, John. – respondeu virando os olhos.

– Sim, lá venho eu sim...como pode fazer isso com ela?

– Disse o maior conquistador da faculdade...- zombou.

– O quê? Eu...eu não sou o maior conquistador.

– Sério? Se tudo é sobre sentimentos, então você não foi sincero com Sarah, com Mary. Eu fui honesto com ela.

John riu e isso irritou Sherlock que se levantou.

– Você quer comparar meus encontros reais com isso que você mesmo chamou de experimento?

– Eu estava curioso, agora não estou mais. Ela é grande, vai superar.

– Como você é egoísta!

– E você, com essa pose de herói nunca me enganou. – Sherlock disse levantando.

– Aonde você vai?

– Andar. Estou entediado.

– Você está fugindo isso sim! - John respondeu e isso fez Sherlock parar na porta e encará-lo.

– Eu nunca fugo de nada.

– Você está fugindo neste exato momento. De mim.

– Não seja ridículo.

John se levantou e se aproximando de Sherlock, rapidamente fechou a porta atrás dele, fechando-o contra ela.

– Você...você não é o único que pode...que tem...- Sherlock tentou formar uma frase, mas agora John o encarava com seus olhos castanhos convidativos.

– Sherlock...se era isso que você precisava testar, era só pedir. – John sorriu antes de puxá-lo pelo cachecol, beijando-o de maneira intensa, enquanto Sherlock segurava desajeitadamente seu rosto.

– John...você disse que não faria mais isso. - sussurrou ao sentir a língua do loiro ir para seu pescoço enquanto pressionava seu corpo ainda mais na porta.

– Shh, eu menti, ok? Cale a boca uma vez...- Watson respondeu e isso fez Sherlock encará-lo antes de tomar a inciativa, beijando-o carinhosamente, começando pelo lábios inferiores.

John intensificou o beijo mordendo o lábio superior dele, que resmungou e abraçou o loiro com força.

– Então...esse é como um beijo deve ser. Não um experimento...gênio Holmes. – declarou quando o moreno pediu por fôlego.

– Você me pegou de surpresa. De novo. – respondeu tentando se recompor.

– Você implorou por isso. – John riu se afastando e sentando novamente na mesa, enquanto Sherlock o observava e tentava lidar com o que sentia naquele momento.



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