QUEM NÃO LEU AS NOTAS INICIAIS, VOLTE E LEIA, ELAS SERÃO IMPORTANTES PARA O ENTENDIMENTO DESSE CAPÍTULO!!

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Pov. Hermione Granger

A guerra estava prestes a começar e nós estávamos escondidos na Sala Precisa com o restante do pessoal que andava fugindo das detenções severas de Alecto e Amycus Carrow.

Neville estava com a cara arrebentada de tanto apanhar dos irmãos mas não estava nem perto de estar tão arrebentado quanto Simas.

Harry tinha certeza que havia uma horcrux escondida dentro do castelo, mas não sabia nem onde nem o que era, sabia apenas que o objeto pertencia a Rowena Ravenclaw.

Luna Lovegood, com sua inteligência excepcional e diferente de todas que eu já havia visto, sugeriu que a horcrux poderia ser o diadema perdido de Rowena Ravenclaw, e comecei a pensar nessa possibilidade.

O diadema havia se perdido a mais de cinquenta anos e pelo que se sabia apenas Helena sabia onde o objeto se encontrava. Além disso, o diadema era uma relíquia que Voldemort faria questão de obter para poder se vangloriar. E também tinha uma ultima coisa. Harry havia dito que Voldemort estava usando como horcrux alguns objetos que pertenciam a três de quatro dos fundadores de Hogwarts, apenas não tendo usado um objeto de Godric Griffindor.

De Salazar Slytherin ele havia usado o medalhão do próprio. De Helga Hufflepuff ele confiscará sua famosa taça. E finalmente de Rowena Ravenclaw poderia ser muito bem o diadema.

Fazia sentido e Luna foi à única pessoa capaz de observar isso.

Aposto que agora estavam respeitando-a mais que antigamente, quando a chamavam de "Di-Lua Lovegood".

Algumas pessoas concordaram e Harry saiu correndo da Sala a fim de procurar o objeto.

A única coisa que percebi depois que Harry saiu, e antes que todas as pessoas encontradas naquela Sala grudarem em mim e em Ron fazendo perguntas que não conseguia entender era Luna correndo feito uma louca atrás de Harry gritando seu nome.

A primeira pergunta que consegui entender entre todas foi a de Lilá Brown:

- Como foi que vocês conseguiram chegar aqui? Lá fora está cheio de Comensais!

E eu e Ron começamos a contar toda a nossa viagem, apenas não contamos sobre as horcrux.

Pov. Ron Weasley

Depois que eu e Mione acabamos com a história, senti seis braços me envolverem em um longo abraço. Quando eles se afastaram de mim, reconheci quem era.

Fred, George e Ginny Weasley. Meus irmãos mais velhos e minha irmã mais nova.

Espere ai! O que a minha irmã mais nova esta fazendo aqui? Eu nunca iria sonhar em deixa-la entrar em uma guerra em que Voldemort estaria presente. 

- Roniquito, estávamos com saudade dessa sua cara cheia de sardas! - O Fred sabe que eu não gosto desse apelidinho que eles me deram, mas mesmo assim eles usavam.

Que raiva.

- Também estava com saudades dessas suas caras feias, tirando a minha maninha aqui, que é linda! - Olhei sorrindo para Ginny e ela retribuiu com um sorriso típico de Weasley e que a deixava muito fofa!

- Isso é jeito de falar com seus irmãos mais velhos Roniquito? - Por que eles gostam tanto de me irritar?

- Chega disso vocês três! - Ginny e Mione interferiram juntas já exasperadas por essa briguinha.

A essa altura, todos da Sala já estavam nos observando e rindo.

Hermione se aproximou de mim, me beijou e depois falou:

- Ron, temos horcrux para destruir ainda, lembra?

- Infelizmente eu lembro - Sussurrei de volta com um tom melancólico.

Seguramos as mãos um do outro e saímos da Sala Precisa sem dar alguma explicação.

Pov. Hermione Granger

A única coisa que eu não entendi ao sair da Sala Precisa com Ron foi do porque todos os corredores estarem vazios, sem nenhum aluno, sem nenhum professor, sem Filch, sem Madame Norra e sem fantasmas. Apenas os quadros que estranhamente fingiam que cochilavam para não chamarem atenção para a si mesmos.

Isso tudo estava muito estranho, principalmente pelo fato de ainda ser seis da tarde, horário que os corredores estão cheios e os quadros não param de se comunicarem entre si. Nunca no meu tempo de Hogwarts coisa assim aconteceu. 

Estava com uma sensação estranha de estarmos sendo vigiados mesmo sem ninguém aparente nos nossos arredores.

Continuei seguindo em frente até me dar conta de que não sabíamos para onde ir. Parei de repente e segurei o braço e de Ron, enquanto sussurrava:

- Ron espere você sabe onde estamos indo? Porque eu não tenho ideia de como destruir essas horcruxes.

- O que? Que milagre é esse que Hermione Granger, a irritante sabe-tudo de Hogwarts, não sabe de alguma coisa? Ok, eu falo onde estamos indo - Ele falou antes que eu pudesse retruca-lo pela resposta mal educada com a sua namorada - Não sei se você lembra, mas uma senhorita uma vez me disse que veneno de basilisco destruía uma horcrux. E você lembra que no nosso segundo ano em Hogwarts, Harry matou um basilisco na Câmara Secreta? Com certeza os ossos daquele monstro ainda estão lá, e com certeza os dentes daquela criatura ainda esta cheia de veneno. Portanto, estamos indo a Câmara Secreta.

Ele pode até ser meu namorado, mas eu nunca pensei que ele pudesse chegar a um resultado tão lógico que nem eu mesma pensei! 

- Ronald Bilius Weasley, eu acho que você esta passando tempo demais comigo! Já esta até chegando a resultados muito lógicos! Eu te amo!

- Também te amor Hermione Jean Granger, e eu também acho que estou passando tempo demais com a Senhorita.

Seguimos para a Câmara e eu olhei para Ron novamente. Havíamos esquecido uma coisa. Tem que saber ofidioglossia para entrar lá.

Mas para a minha surpresa Ron assim o fez. Ele começou a falar língua de cobra e abriu a porta. Olhou para mim sorrindo e disse todo cheio de si:

- Harry fala dormindo, sabia?

- Não, não sabia.

Adentramos no local que demorou séculos para ser descoberta a entrada e caminhamos direto para o esqueleto gigante de cobra que se encontrava largado de qualquer jeito no chão.

Ron arrancou um dente e o ofereceu a mim.

- Eu não vou conseguir Ron, não vou.

- Vai sim Hermione, eu confio em você.

- Eu nã...

- Você vai conseguir sim.

E assim me entregou o dente gasto, mas ainda cheio de veneno enquanto tirava a Taça de Hufflepuff da mochila que carregava.

Eu olhei pra ele com uma cara "faça-isso-pra-mim-porque-eu-não-vou-conseguir" mas ele negou com a cabeça e me encorajou a apunhalar a peça que se encontrava no chão a minha frente.