Beautiful Bones escrita por loliveira


Capítulo 24
Simplesmente Linda


Notas iniciais do capítulo

ULTIMO CAPÍTULO GENTE FSKDJFHSKDJHFSKDJHFSKJDHFSKDJHF
obrigada por lerem.
obrigada mesmo, tá bem? vocês não fazem ideia do quanto são importantes pra mim, cada um de vocês que tá lendo, e eu quero que saibam que, primeiro, eu escrevo para mim, porque isso é uma forma que eu tenho de me entender e entender o mundo, mas depois de mim, eu escrevo para vocês.
vocês me apoiam, e me ajudam todos os dias, e eu serei eternamente grata por isso.
eu quero agradecer a vocês que comentaram, que sentem as emoções da Willow e que se conectam com ela. É bom saber que eu não sou a única que já sentiu as coisas que ela sentiu, e é bom saber que pessoas maravilhosas como vocês sabem como eu me sinto às vezes. me faz entender que eu não estou tão sozinha nesse mundo, e que tem gente que me entende. então, muito obrigada. de verdade. amo vocês, okay? aproveitem o capítulo.
e se quiserem, vou postar minha nova fic hoje. se gostarem ou puderem, está lá, xoxo, L



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Eu não estou pronta.

Cadê meus saltos? E a maquiagem deve estar horrível. E eu tenho que escovar os dentes. Eu não posso esquecer o buquê. Eu tenho que levar dinheiro para pagar o garoto do bar e eu tenho que fazer isso tipo... AGORA. Eu corro pela casa, me sentindo esquisita com todo o silêncio, que me deixa mais nervosa ainda. Meu celular toca.

–Alô.

–CADÊ VOCÊ? -Minha mãe grita. Depois geme de dor. Aposto que estão arrumando o vestido dela.

–Eu não estou pronta ainda.

–O casamento é em meia hora, minha filha. -Ela diz, impaciente, depois xinga. Eu respiro fundo, mas minhas mãos tremem e meu coração está batendo rápido, de ansiedade. Acho que eu estou mais ansiosa que ela.

Mentira. Não tem como estar mais ansiosa que a minha mãe. Acho que, se ela pudesse beber álcool, estaria bêbada para se livrar do nervosismo agora.

–Tudo bem, tudo bem. Eu estou indo. -Eu digo, sabendo que ela vai ficar calada por alguns minutos, depois vai me ligar, outra vez. Assim que desligo a ligação com ela, ligo para Will. Ele passou a tarde toda com a família dele, arrumando o terno e tendo uma "despedida de solteiro" diurna (ou seja, sem ninguém bêbado). Agora, segundo meus cálculos, ele já deve estar na igreja, louco para ver minha mãe.

–Willow, você está bem? -Ele pergunta e eu detecto em sua voz um tom de nervosismo.

–Sim. Um pouco nervosa e ansiosa. Parece que eu vou explodir. -Ele dá um riso curto.

–Sim, eu também estou assim.

–Você já está na igreja? -Pergunto, calçando meus saltos altos azuis, que combinam com o vestido vermelho que Owen escolheu para mim.

–Sim. Você também?

–Ainda não. -Tomara que ele não brigue comigo por causa disso. Quando ele fica quieto, eu continuo. -Tenho que terminar algumas coisas e estou esperando Owen vir me buscar.

–Ramona já está aqui. -Ele comenta e eu suspiro de alívio por ele não ter dito nada sobre meu atraso. -Tenho que ir.

–Até daqui a pouco. -Eu digo, rindo nervosa mas uma vez, e desligo. Respiro fundo, paralisando no lugar. Bem fundo mesmo. Preciso me acalmar. Mas não é todo dia que minha mãe se casa. Não é todo dia que a minha mãe se casa com um cara de que ela está esperando um filho. Não é todo dia que minha mãe vai até o fim na decisão de casar com um cara. E o cara é Will. Tipo, acho que Will faz minha mãe uma pessoa melhor. E sendo assim, eu estou feliz que ela esteja com ele. Eu gosto dele. Acho que ele vai ser um pai maravilhoso, e vai conseguir botar minha mãe de volta aos trilhos quando eu não conseguir. Eu não vou precisar mais cuidar dela.

Acho que minha vida vai mudar tanto quanto a dela, agora que ela está se casando. Acho que pela primeira vez na história minha mãe vai realmente cuidar de alguma coisa. E eu não estou falando só do bebê. Acho que ela ama o Will e vai se esforçar para que isso dê certo. Porque eles simplesmente foram feitos um para o outro.

A campainha toca e tudo que eu tentei acalmar dentro de mim volta subitamente. E eu saio correndo tirando os saltos outra vez para correr ainda mais rápido, abrindo a porta. Assim que eu checo que é Owen, eu saio correndo de volta para a cozinha, pegando o meu buquê de rosas vermelhas imaculadas e olhando para o espelho, certificando que meu cabelo está certo.

–Oi para você também. -Ele diz, adentrando. Eu dou o buquê para ele, nervosa demais para responder, e saio correndo para o meu quarto outra vez. Pego o perfume e reaplico, meio contra a minha vontade o batom vermelho que minha mãe fez questão que eu usasse. Eu estou me sentindo a Barbie. Passei o dia todo no salão, junto com a minha mãe. Meu cabelo está impecável, minhas unhas estão impecáveis, minha maquiagem está... impecável, e o vestido está impecável. Só falta eu colaborar e me acalmar agora. Owen não sobe. Então eu desço. Alarmada, faço uma contagem de tudo que eu tinha que pegar, tudo que eu peguei e tudo que eu tinha que fazer hoje. Meu celular toca de novo.

–Pai? -Eu pergunto. Meio desconfiada. Ele veio da França para cá, para ver o casamento. Trouxe Sophie e Benoît junto.

–Sua mãe está pirando. Venha logo, filha. -Ele diz, com sotaque engraçado, resultado de muitos anos na Europa. Quase sinto raiva da minha mãe por mandar meu pai me ligar. Quase.

–Estou indo.

–Corre. -E então, ele desliga. Eu olho para Owen, desesperada.

–Estou esquecendo alguma coisa, não estou? -Ele ri, se levantando do sofá da minha casa. Eu invejo a tranquilidade dele.

–Sim. O meu "oi".

–Oi. -Eu digo, ainda inquieta. Estou esquecendo alguma coisa. Meu buquê está aqui, o dinheiro está no bolso de Owen, eu já peguei o bolo, já levei as damas de honra pra igreja, o padre já está lá, o DJ já está no lugar, também, se preparando. Eu já paguei o confeiteiro, meu pai já está aqui, e minha mãe não está bêbada. O QUE EU ESTOU ESQUECENDO?

–Engraçadinha. -Ele me dá um beijo na testa. -Que tal seus sapatos? -Eu exclamo de surpresa, saindo dos braços dele, que estavam se fechando nas minhas costas, e saio correndo até achar meus saltos altos. Volto ofegante, e ele me entrega o buquê. -Pronta?

Termino de calçar os saltos.

–Não. Sim. Não sei. -Eu paro de novo, sentindo meu corpo relaxar a medida que eu vou respirando fundo. É só mais um dia. É só mais um dia. Eu abro os olhos e no meu rosto, um sorriso cresce quando eu vejo Owen. Ele está maravilhoso. Tipo, um deus grego ou algo assim. Ele está com um terno preto, e uma gravata da mesma cor que o meu vestido. Da. Mesma. Cor. Acho que eu estou apaixonada.

–Você está bem? -Ele diz, quando percebe que eu estou imóvel por muito tempo.

–Sim. Você... está muito bonito. -Eu digo, meio envergonhada. E nos seus olhos, eu vejo um pouquinho de orgulho e diversão. Ele controla um sorriso enquanto diz:

–Você também. Devia prender seu cabelo mais vezes, está demais assim. -Ele diz, olhando para o meu choque complexo. Nem morta eu consigo recriar esse penteado. A mulher que o fez demorou umas duas horas só pra conseguir deixar ele do jeito que está. Mesmo assim, eu sorrio.

–Obrigada. -Meu celular toca, acabando com nosso clima.

–EU VOU MANDAR A POLÍCIA TE PEGAR WILLOW DURIEUX. -Minha mãe grita.

–Estou indo, estou indo! -Eu digo, tentando acalmá-la e puxo Owen para fora de casa. Ele segura minha bolsinha, enquanto eu tranco a casa e eu olho para ela uma última vez.

Vamos nos mudar. Depois do casamento, vamos nos mudar para o andar de cima do restaurante, que é onde Will morava, sozinho. É uma casa bem grande, e é perto da minha escola também. E é muito, muito legal. Corremos até o carro dele e ele acelera e passa por alguns sinais vermelhos (o que eu agradeço) e conseguimos chegar na igreja bem a tempo. Um minuto antes, ainda por cima!

Abro a primeira porta da igreja, e encontro minha mãe, com mais um monte de gente. Até minha avó está aqui. Owen me aperta para que eu não pire. O que esse pessoal está fazendo aqui? Vejo minha mãe abrindo caminho e então ela me vê.

–Ela chegou, graças a Deus. -Ela diz, alto, para todos ouvirem. Minha mãe está linda. Com aquele vestido longo e colado ao corpo (bem... bem a cara dela), e com o cabelo solto, em cachos graciosos. Ela está linda. E reluzindo felicidade. E eu estou tão feliz. Me viro para Owen.

–Pode ver como Will está? Tem um lugar guardado para você do lado de Ramona também. -Eu digo, rápido e ele entende a mensagem que é para sair logo dali. Ele concorda com a cabeça e sai, indo até a porta e fechando-a atrás dele. Me viro para minha mãe, outra vez. As pessoas continuam falando e eu estou ficando zonza.

–Já chega! -Minha mãe diz, pra todas as pessoas tentando botar a mão nela. -Podem ir. Eu preciso ficar a sós com a minha filha. -Ela diz, séria e com a voz firme. Todos levam um susto pela explosão dela, mas ninguém protesta. Um a um, as mulheres vão saindo do recinto, sobrando só uma mulher que finge não estar prestando atenção, que vai nos dizer exatamente quando posso entrar e quando minha mãe pode entrar.

Ela resolveu ir sozinha. Já que o pai dela já morreu. Mas eu acho que isso combina mais com ela. Não é como se ela não soubesse como fazer uma entrada triunfal sozinha. Acredite, ela sabe.

–Você está pronta? -Eu digo, meio nervosa outra vez. Eu sinto que tudo que eu disser vai trazer uma rodada de lágrimas para nós duas. Principalmente ela por estar grávida.

–Sim. -Me surpreendo com a firmeza em sua voz. -Você e o garoto ficam muito bonitos juntos. E você está linda, Willow.

–Obrigada. -Eu digo, meio constrangida. -Owen deixa as coisas mais bonitas mesmo, não é? -Eu rio.

–Você não precisa de um garoto para estar linda. -Ela diz, com o tom de... de uma mãe de verdade. -Você está pronta? -Ela pergunta.

–Sim. -Eu digo, respirando fundo, enquanto a mulher concorda com a cabeça e vai até a porta. Primeiro ela chama as damas de honra. E então, elas vão jogando pétalas de rosas, por todo o corredor, até na frete, onde Will está parado, irradiando nervosismo mas uma felicidade também. Ele não para de sorrir. A mulher faz um sinal para que eu vá, e eu dou uma última olhada na minha mãe. Ela sorri levemente e eu me viro, me segurando para não chorar outra vez, e começo a andar até o altar.

Eu sinto todo mundo olhando para mim. Mas eu não ligo. Nem um pouco. Bem, eu não ligo até meus olhos encontrarem o de Owen. Ele está me encarando de um jeito muito esquisito, mas sorrindo imensamente também. E meu coração bate mais rápido e eu tenho que me forçar a olhar para outro lugar para não estacar no lugar e ficar encarando ele por muito tempo. Meus olhos vão para... Ramona. Eu ainda estou andando, e quando meus olhos encontram os dela, ela levanta dois dedos, num sinal de paz e amor. Eu rio. Quando chego lá na frente, a música que minha mãe escolheu começa a tocar pela banda, e um violino toca enquanto ela se posiciona para fazer sua entrada.

Ela parece um anjo. Ela parece minha mãe e ela parece feliz. Mais feliz do que quando ela estava com meu pai. E isso é o melhor presente que eu poderia pedir. Ela anda com atitude e ao mesmo tempo se segurando para não chorar, olhando fixamente para Will. Parece que não existe mais ninguém no lugar além dela e dele.

A hora seguinte passa como um borrão. Talvez porque eu não estivesse mesmo conseguindo enxergar alguma coisa, por causa das lágrimas, mas tudo passa muito rápido. A cerimônia arranca alguns suspiros e eu fico contente porque todos estão vidrados nas declarações de amor da minha mãe e de meu novo padrasto. Eles merecem.

Quando a cerimônia acaba, os dois saem correndo (tipo aquelas coisas de filme) e entram na limousine. Eu fico na igreja até todos saírem, menos Owen e Ramona. Eu não consigo parar de chorar. De emoção. E é tão bom chorar por outra coisa além ser a Cathy que isso me faz ter vontade de chorar mais ainda. A gente não vê muitos felizes para sempre hoje em dia, e quando acontece, eu acho que é uma boa razão para se chorar de felicidade. Eu acredito que minha mãe e Will vão ser a prova viva disso. Porque os dois já foram casados. Os dois já sofreram por outras pessoas, mas os dois encontraram um caminho até o outro, e agora, tudo o que os resta é ser felizes para sempre. Simples.

Os dois sentam comigo no banco e eu percebo que Ramona está usando um vestido azul, daqueles que ficaram esquisitos em mim, mas que nela ficam demais.

–Você está linda. -Eu digo, em meio aos soluços. Graças a Deus eu não estou usando aquelas maquiagens que não são a prova da água, senão eu estaria parecendo um monstro.

–Valeu. Você também, Willow. -Eu estou recebendo elogios demais hoje. Acho que todo mundo está sensibilizado por causa do casamento e resolveu ser bonzinho comigo. Mas eu não ligo. É legal receber elogios até. Quando eu paro de chorar, nós vamos para a recepção da festa. Já é de noite e a lua está reluzente, lá em cima, numa noite escura e fria, mas ao mesmo tempo clara e agradável. Há várias conversinhas entre as pessoas quando nós chegamos e eu vejo Will e a minha mãe rindo de alguma coisa na mesa principal. Depois eu procuro meu pai e Sophie. Acho os dois algumas mesas para a esquerda e Sophie está perfeita, segurando meu meio irmão. Tenho que vê-lo depois. Nós sentamos, e conversamos por algumas horas, depois comemos e os noivos fazem os brindes.

Tudo isso parece um sonho. Daqueles que você não quer acordar nunca. Ramona está rindo de alguma coisa que meu pai está dizendo, e Owen também. Estou brincando com Benoît e conversando com Sophie, e Will está beijando sua nova esposa. Eu sorrio com a cena, tentando não chorar de felicidade outra vez. Tudo parece certo.

Eu falei com a diretora. E entramos em um processo contra os dois - Gabe e Cathy. Meus sentimentos por ela se foram, então não me sinto mal fazendo ela pagar por tudo que fez comigo, e com outras pessoas, aposto. Gabe... sempre foi um babaca e eu sempre soube disso, então realmente não precisei nem pensar para prestar queixas oficiais contra ele. Espero que os dois tenham uma vida boa, realmente espero. Acho que ainda resta um tantinho de humanidade neles (gosto de imaginar) e espero que eles vivam para descobrir isso. Mas... que vivam bem longe de mim.

–Me concede a honra dessa dança, senhorita? -Owen diz, interrompendo Sophie no meio de uma fala. Ela sorri e olha para mim, já pegando Benoît no colo. Eu fico nervosa.

–Ninguém está dançando. -Eu digo, mas me levanto. Ele pega na minha mão. A banda está tocando, mas realmente ninguém está dançando.

–Então vamos mudar essa situação. -Ele diz e me conduz até o centro, onde a luzes brilhando para lá e para cá. Eu fecho os meus olhos, para não encontrar o olhar de ninguém da minha família silenciosamente me perguntando quem era aquele e se eu já tinha mudado meu status de puritana. Ele me puxa para os braços dele e eu passo os meus pelo seu pescoço.

–Se eu pisar no seu pé de novo...

–Negativo vezes negativo igual a positivo, lembra?

–Nossa, você é um chato. -Eu reclamo, enquanto ele me gira.

–E você esquece disso toda hora. -Eu olho pra ele divertida, mas não digo nada. Nós começamos a nos mover, e eu percebo que há mais casais agora, dançando assim como nós. Ele me gira mais rápido e os passos ficam maiores, até estarmos na varanda do lugar. Eu paro quando percebo que estamos na frente do jardim do salão de festas. É lindo, também.

–Esse lugar é incrível, não é? -Eu comento, maravilhada. Ele descansa o queixo dele no meu ombro, dando um beijinho depois.

–É sim. -Eu encosto minha cabeça entre seu ombro, enquanto ele me gira de novo, longe de todo o público que aposto que tínhamos lá dentro. Aqui está mais quieto também. Eu relaxo. Ficamos em silêncio, só dando passinhos mínimos de um lado para o outro, dançando do nosso jeito.

–Obrigada por vir. -Eu digo, depois de um tempinho. Ele me aperta mais forte.

–O prazer é meu.

–Não. -Eu digo, olhando nos olhos dele. -Obrigada de verdade. Você é uma das pessoas mais especiais da minha vida e eu realmente estou agradecida por você ter vindo. Obrigada por ter ido ao baile comigo, e por ter me abraçado enquanto eu chorava na sala da diretora... na sala da sua mãe, obrigada pelos desenhos, e por ter escolhido um vestido tão lindo para mim. De verdade. Obrigada por...

–Amar você? -Ele diz, e meu coração pula uma batida. Ninguém tinha comentado sobre amor antes. -Eu também estou falando sério. O prazer é todo meu. -Eu encaro ele.

Ele me encara.

E o meu coração começa a bater mais rápido.

Sabe quando você simplesmente SABE que vai acontecer? Como se o destino te avisasse naquele momento que algo grande vai acontecer, só pra você se preparar?

Ele se aproxima, e eu sinto a respiração dele contra a minha. Ele bota as mãos ao redor das minhas bochechas, e ele me olha nos olhos com uma certeza... um amor tão grande que eu sei. Isso é certo.

Ele.

Vai.

Me.

Beijar.

E então, ele me beija. Primeiro, nossos lábios se encostam, e eles são quentes e macios, então, Owen aprofunda o beijo e faz o que eu acho que as pessoas fazem num beijo. É... esquisito. Mas então, é perfeito para mim. Eu sou esquisita. E eu descobri que nem todo esquisito é ruim. Na verdade... esse esquisito é meio maravilhoso. Ele aperta minhas bochechas e depois de um tempo, eu meio que perco nas emoções e deixo tudo acontecer naturalmente. Eu paro de pensar e boto minha mão no seu peito, para sentir o coração dele batendo tanto quanto o meu. Ele me puxa para mais perto, e eu fecho os olhos.

Ele me beijou. Owen me beijou e foi perfeito.

Ele para o beijo, e vai dando beijinhos nos meus lábios, de olhos fechados. E quando os abre, eu fico o olhando, meio ansiosa. Ele está meio sem fôlego. E sorrindo.

–Por Deus, você é maravilhosa. -Ele diz, e então eu estou ocupada demais para responder. Ele me beija e dessa vez, é melhor ainda. Não sei como as pessoas não ficam se beijando toda hora. Isso é muito bom. Quando nós nos separamos, outra vez, ele diz, no meu ouvido: -Eu espero que você acredite em mim. Você é incrível. Você está linda. -Ele dá um beijo na minha bochecha, depois na outra, depois no meu nariz, testa, e finalmente um beijinho nos meus lábios.

E eu sei que ele está errado.

Dessa vez, ele está.

Eu não estou linda.

Eu simplesmente sou linda.

Então, num ato de coragem, eu levanto na ponta dos pés, e dessa vez, eu beijo o garoto que me fez finalmente perceber isso.


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Notas finais do capítulo

fim ♥