Olivia estava estirada no chão, como se tivesse sido atingida por uma bala, que por sinal, foi o primeiro pensamento de Elliot. Ele estava completamente apavorado, nervoso e com todos os sentimentos ruins que uma pessoa podia ter naquele momento.

Elliot chega até Olivia e a primeira coisa que faz é ver sua pulsação. Normal. Ela estava respirando, com muito dificuldade, mas estava. Isso fez com que ele ficasse um pouco mais aliviado.

– Meu Deus do Céu, Olivia! O que aconteceu com você? Fala comigo, Liv, por favor... - Elliot estava derramando lágrimas de seus olhos e, praticamente, se encontrava na mesma situação quando Olivia foi atacada com uma faca no caso Guitano.

Na mesma hora chega Fin, que se apavora com a cena que vê e liga imediatamente chamando uma ambulancia.

– Detetive Fin, Unidade de Vitimas Especiais. Preciso de uma ambulância na rua ... número ... apartamento 4D urgentemente. Uma de minhas parceiras está desmaiada em seu apartamento.

– Entendido, estamos há caminho.

Elliot, depois de colocá-la deitada no sofá, estava andando de um lado para o outro sem saber o que fazer e sem paciencia de esperar a ambulância.

– Fin, se-será que nós não podemos levá-la de carro até o hospital? A ambulância está demorando muito...

– Calma Elliot, eles já estão a caminho!

Por um lado, Elliot concordou com Fin, mas era impossivel ver Liv desmaiada e não poder fazer absolutamente nada.

– Acho que eles chegaram... - falou Fin, indo até a janela para ter certeza. Eles tinham chegado.

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Não demorou muito e eles estavam levando Olivia para a ambulância. É  claro que Elliot foi junto. Ele não podia ficar um minutos sequer longe dela. Ela era tudo na vida dele. Era ela que sabia de todos, ou praticamente todos seus segredos. Era com ela que ele sempre saía para beber alguma coisa. Era ela que ele amava e dava tudo pra tê-la ao lado dele. Ele nunca imaginou que poderia ter um sentimento tão forte por ela, mas por causa da vergonha e por outras milhares de coisas também, nunca se aproximou dela para falar desse assunto. Ah, Olivia... Elliot perdeu as contas de quantas vezes suspirou de jeito por você. Isso com certeza virou rotina na vida dele, acordava pensando nela, dormia pensando nela e também, às vezes, sonhava com ela.

Elliot passou todo tempo segurando a mão de Olivia, que parecia uma pedra de tão gelada. Ele tinha parado de chorar, pois estavam indo para o hospital e tudo ficaria bem. Ele estava com ela, sempre esteve.

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Quando chegaram no hospital, Olivia foi transferida para a UTI sob orientação médica, para saberem o que, de fato, tinha acontecido com ela. Elliot ficou na recepção esperando por alguma noticia.

Fin, não pôde ir com Elliot até o hospital, pois tinha que resolver alguns problemas com o filho, Ken. Mas avisou que iria visitá-la mais tarde.

Elliot passou um bom tempo na recepção, que quase pegou no sono, apesar da preocupação, estava exausto. Nesse momento, chega a médica responsável pela Olivia.

– Olá, você é o marido de... Olivia Benson? - perguntou a médica, inocentemente.

– Ér... não, sou parceiro dela e um grande amigo. - respondeu Elliot. Ele não queria ser só um amigo, mas não quis complicar mais as coisas.

– Oh, me desculpe! Mas você é o responsável por ela, certo?

– Certo.

– Está bem. Olivia foi envenenada. - falou a médica, curta e grossa. - Até agora não sabemos pelo que, mas estamos fazendo diversos exames e assim que soubermos, iremos entrar em contato com o senhor.

– Envenenada? - sussurrou. Ele jamais poderia imaginar que ela pudesse ter sido envenenada.

– Eu sinto muito, senhor!

– E como que ela está?

– O caso de Olivia parece bem instavel, no momento. Ela está na UTI, mas em torno de alguns dias estará sendo encaminhada para o quarto. - explicou. - O senhor pode ir para casa, ela está bem cuidada conosco.

– Uh... tudo bem. - respondeu Elliot, com a voz rouca, quase não dando para ouvir. - Esse é meu número, me ligue quando ela estiver indo para o quarto.

– Pode deixar.

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Depois de um dia carregado como aquele, Elliot deixou o hospital e foi para casa descansar um pouco, pois acordaria cedo no outro dia para retornar e ver o estado de Olivia.

Elliot se deitou e em seguida adormeceu, mas foi acordado pelo toque do celular.

– Senhor Elliot? - falou uma voz feminina, um pouco familiar, do outro lado da linha.

– Sim... Quem é? - perguntou, sonolento.

– É a doutora Ruth, responsável pela...

– Olivia Benson!

"Caramba, ela nunca sabia os nomes dos pacientes?" pensou.

– Isso. Desculpa ligar numa hora dessas, mas o senhor pediu que eu o fizesse quando ela estivesse indo para o quarto.

– Não, está tudo bem. Estou indo pra ai.

Elliot desligou o telefone e foi direto para o hospital, sem ao menos dormir 10 minutos. Estava muito cansado, mas por Olivia ele aguentaria qualquer coisa.