Depois de algum tempo conversando, todos começaram a sair, abraçando o Harry e a mim!

Assim que todos já tinham ido embora, e só o meu pai, minha mãe, Lisa, Harry e eu estávamos em casa. Minha mãe falou vindo me abraçar.

---Filha, eu não acredito que vou viajar com você, estou louca pra saber qual é a casa de vocês... E tudo! ---falou. Eu quase tive um ataque ali. Aquilo me pegou de surpresa, nem eu sabia qual casa eu ficaria, e provavelmente eu teria que morar na casa do Harry, o que não seria preciso, se minha mãe não tivesse essa ideia. Eu ficaria num hotel esperando duas semanas para o nosso divorcio. Mas agora a gente vai ter que fingir para a minha mãe, essas duas semanas, e ainda fingir algumas brigas, pra provar que o nosso relacionamento não está dando certo, até o divorcio sair! Ai meu Deus.

---Tenho certeza que a senhora vai amar! ---falou Harry forçando um sorriso.

---Vamos logo, Cris, eu preciso de ar! ---falou meu pai. Depois olhou pra mim e forçou um sorriso. ---Querida, eu desejo a você toda felicidade que você consegui... Quer dizer do mundo. E amanha eu vou levar vocês até o aeroporto.

---Não precisa, senhor...

---Eu faço questão! ---disse o meu pai fulminando o Harry com o olhar.

---Tudo bem... ---sussurrou Harry.

---Ok, Matheus, vamos embora... Amanha vai chegar logo... Tchau, meu amor! ---falou pra mim e se virou pro Harry. ---Cuide da minha filha, mas eu sei que nem precisa falar isso, eu sei muito bem que minha filha vai ser muito feliz ao seu lado, e também sei que você não vai fazer a minha filha sofrer... Não é?

Ele pareceu triste por um momento, e eu me perguntei por que.

Demorou um pouco pra ele se recuperar, e quando o fez sorriu pra minha mãe:

---Não tenha duvida! ---falou e beijou minha testa. De repente me deu vontade de chorar, como eu queria que toda essa encenação fosse de verdade, quer dizer, não precisava ser necessariamente com o Harry, mas com qualquer homem que me amasse do jeito que o Harry estava fingindo me amar.

---Filha, por que você está chorando? ---falou meu pai de repente preocupado. Eu nem tinha percebido que estava chorando, o Harry me olhou assustado.

Limpei uma lagrima e a olhei com um sorriso, não podia dizer o que estava pensando então menti:

---É de felicidade! Estou muito feliz por vocês terem aceitado o Harry! ---falei, e pela primeira vez naquela noite, o meu pai sorriu com sinceridade.

---Estou feliz que esteja feliz. ---falou ele. Minha mãe já estava chorando.

---Ah mãe não começa, por que se não eu vou chorar também! ---falei.

---Vamos logo, Cris eu tenho mais o que fazer, e além do mais, você tem que arrumar sua coisas! ---falou meu pai. E puxou minha mãe pra fora, depois de um abraço em mim. E um olhar fulminante pro Harry.

Assim que eles já tinham ido embora, e Lisa estava dormindo no sofá, Harry falou:

---Estou aliviado, ainda estou vivo! ---falou ele rindo. ---Foi um dia estranho, mas foi divertido... Foi como um teatro!

Sorri sem vontade.

---Mas agora eu tenho que voltar... ---falou depois olhou pra mim. ---Por que foi que você chorou? Tenho certeza que não foi de felicidade!

---Não é da sua conta! ---falei corada.

---Eu sou seu marido, tudo que é da sua conta é da minha! ---falou rindo.

---Não vou te contar! ---falei. ---Acho melhor você ir pra casa arrumar suas coisas!

---Já arrumei!

---ótimo, então me deixe em paz, pra eu poder arrumar as minhas! ---falei.

Ele me olhou e falou:

---Então ta, até amanha de manha, vou pra lá mais cedo pra comprar as passagens, e você vai com os seus pais... Ok? ---falou, eu assenti. ---Diga a eles pra irem oito horas da manha, por que eu não quero chegar tarde em Nova York, sabia que é oito horas de viagem até lá?

Eu olhei pra ele irritada.

---É claro que eu sabia, o fato de eu nunca ter ido pros Estados Unidos não significa que eu não estudei geografia! ---falei. Ele gargalhou.

---Ta... Fui! E vê se não me deixa esperando. ---falou e eu o empurrei pra fora já me estressando com a sua presença. Eu fechei a porta na sua cara e encostei nela. Respirei fundo e Lisa que parecia já estar acordada falou:

---OH, meu Deus!

POV HARRY!

Acabei de acordar, e nem parece que eu dormi, minha cabeça estava latejando e eu pensar em mandar dipirona pro meu organismo, quando me veio a cabeça. Eu vou voltar pra Nova York, vou voltar pra minha vida. Mais ou menos, já que eu vou voltar casado e vou ter que fingir estar apaixonado pela Bella quando a mãe dela estiver perto. E provavelmente vou ter que morar na mesma casa, essas duas semanas até o divorcio, e pronto! Tudo vai voltar ao normal!

Comecei a me arrumar, e pensei m ligar pra Bella, pra ela não s atrasar, mas vendo a hora, era realmente muito cedo, era 6:00 da manha, e eu tinha que encontra-la apenas oito horas da manha.

Assim que terminei de me arrumar, colocando uma roupa parecida com a que usei ontem. (Um Zac Efron da vida!) e desci. Encontrei o George tentando fazer um ovo, já todo arrumado com uma mala no sofá.

---O que está fazendo? ---falei assustado. Ele olhou pra mim estressado e falou:

---Sabe a quanto tempo eu to tentando fazer esse maldito ovo? ---disse. ---Eu já gastei meia dúzia de ovos.

---O que?! Agora, sinto te dizer que você vai ter que repor. ---falei com sorriso.

---E sinto te dizer, que não é culpa minha se ovo pipoca a cara da pessoa, e quando eu vou virar ele de cabeça pra baixo, ele voa da frigideira. ---falou ele.

---Quem disse que ovo se vira , é pra deixar do jeito que você jogou na frigideira, seu idiota! Agora mais um motivo pra você repor o que você gastou. ---falei agora realmente irritado.

---Eu não acredito que vai me fazer pagar...

---Sabe quanto é uma meia dúzia de ovos? ---falei, busquei no pensamento, mas não me lembrei do preço. ---Não me lembro, mas eu sei que é caro!

---Ah cara, fala sério, deve ser só quatro reais.

---Eu não acredito que ficamos cinco minutos falando sobre ovo! ---falei, ---vamos, tenho que chegar lá cedo pra comprar a passagem.

---Tá bom... ---falou largando lá mesmo, eu não me importei já que é o hotel que limpa não eu!

**

Quando estávamos no carro em um silencio absoluto, George fala:

---Você não me falou como foi o jantar...

---E nem quero falar... ---falei sem nenhum interesse a continuar a conversa.

---Vai cara. O pai da Bella é tão horrível quanto ela falou?

---É! É meio assustador, e um pouco possessivo pela filha... Mas eu não me deixei levar, agi como um perfeito marido na frente de toda a família. ---falei encarando a pista enquanto dirigia.

---Eu queria ter visto isso! ---falou ele rindo. ---Parece que o seu plano não valeu de nada, vocês deixaram a mãe vir conosco. Agora vão ter que continuar fingindo...

---Só duas semanas, não matam!

---Não era isso que você pensava a dois dias atrás...

---É que a mãe dela realmente gostou da gente, quer dizer, de eu e Bella juntos, e eu vi que ela gostou de mim, na hora não pude negar... ---falei. Ele me olhou como se eu fosse maluco.

---Você gostou de fingir, foi isso?

---Gostei, é divertido! É como se eu tivesse encenando. ---falei depois ri. ---As duas vezes que eu beijei a Bella, ela ficou paralisada e meio tonta, hiper engraçado!

---Você beijou a Bella? ---perguntou ele parecendo um maluco.

---Não sei por que a surpresa, você sabe que eu fiz muito mais do beijar a Bella! ---eu não sabia por que eu estava falando aquilo, mas queria provar que o beijo não tinha importância.

---Sim querido, só que você tava drogado, e não tinha a mínima ideia do que estava fazendo! ---falou ele. ---E dessa vez você estava consciente, cuidado cara!

---Eu só fiz aquilo por que queria tornar a minha encenação mais real, sabia que só mãos dadas e palavras de amor não convencem ninguém! ---falei. ---Eu tive que fazer, cara, não quis!

---Tá, não ta mais aqui quem falou!

*

Assim que chegamos no aeroporto fomos direto pro caixa, quer dizer só eu, por que o George decidiu ficar sentado jogando Sudoku. Um jogo bem estranho, que exige muita paciência. Mais sinceramente eu acho que ele está no Facebook!

Eu olhei bem pra garota que estava no caixa e quando ela olhou pra mim sorriu timidamente. Eu sorri.

---Duas passagens pros Estados Unidos: Nova York, por favor... ---falei dando o meu melhor sorriso paquerador. Ela olhou pro computador e disse a quantia, eu dei. E eu ja estava anotando mentalmente, que Bella me devia 300 reais. Pela passagem dela e da mãe. ---Obrigado, anjo!

Ela sorriu abertamente, e olhou pro meu dedo, tinha o meu anel de casamento, me arrependi de não ter tirado, mas as mulheres tem essa mania de olhar o dedo de casado quando encontra algum homem bonito, só Bella que em nenhuma vez olhou pro meu dedo, pelo menos não quando eu estava sóbrio, mas também Bella não devia ter me achado um Deus Grego, se não, não estaria louca pra se divorciar de mim...

---Próximo! ---praticamente ela gritou no microfone bem no meu ouvido, atropelando meus pensamentos confusos.

Eu sai sem falar nada, meio constrangido.

E quando fui falar com George, avistei de longe, Bella com um vestido azul bebê com um sapato alto, Estava bonita e não consegui tirar os olhos de suas pernas. Meu Deus, se controle, homem, você está indo pra Nova York pra se divorciar dela. Mas nesse momento você está casado com ela, então não é nenhum pecado.

Fui até ela, o pai e a mãe, então sorri, pegando o meu lado mais cavalheiro e colocando a tona, peguei a bagagem de Bella que me olhou surpresa, e depois peguei a da sua mãe, é claro que depois de uma noite sem ver “minha mulher|” eu teria que beijá-la, dar, pelo menos um selinho. Então, com as malas na mão mesmo, me inclinei e dei um selinho um pouco demorado demais, e então a soltei. Bella me deu um olhar mortal e meio ofegante. Eu sorri.

---Ainda bem que chegaram... Acabei de comprar as passagens. Como foram as suas noites? ---falei. Eles já andando do meu lado até onde estavam as minhas bagagens. Lisa estava do nosso lado, mas não falou nada.

---Bem, obrigado, querido! ---falou Sra Cris.

---Prefiro não comentar! ---falou Sr Dantes, enraivecido. Eu estava levando as duas coisas que ele mais amava. Até que entedia um pouco o seu estado.

Bella chegou perto do meu ouvido e falou:

---Eu não acredito que está me fazendo fazer isso! ---sussurrou.

---O que, amor? ---sussurrei irônico, ela me olhou irritada e eu falei, agora alto:

---Eu não acredito que vou levar o amor da minha vida para o meu país, realmente isso era mais do que eu tinha planejado. ---falei, a mãe dela sorriu, e o pai revirou os olhos.

---Pare com essas declarações de amor! ---sussurrou ela.

---Por quê? Até que ficou bonitinho!

---Sim! Mas aí vai ficar ainda mais difícil explicar pra eles por que nós terminamos, se a duas semanas atrás nós estávamos completamente apaixonados... ---falou ela como se fosse obvio.

---Desculpe, amor, mas juras de amor nunca é demais! ---falei a pirraçando. Estava morrendo de rir por dentro. Ela me olhou estressada.

POV BELLA!

Eu não estava acreditando no que estava acontecendo! É sério! A minha vida já estava bastante louca, pra ele ainda ficar fazendo essas coisas, a cada minuto que eu passo com o Harry junto com a minha família, fico envergonhada. Por que ele fazia questão de ficar falando essas coisas, sendo que depois é eu que vou ter que dar conta da confusão dos meus pais? Eu sei por que, por que ele é um ser egoísta que não liga pra minha destruição moral. Assim que chegamos perto do George, ele veio até mim e falou:

---Oi querida! ---me abraçou. E sussurrou no meu ouvido. ---Ta sendo divertido encenar?

Não entendi muito bem a pergunta, mas sussurrei:

---Não tanto quanto eu queria. ---ele sorriu e se afastou.

Fui pro lado de Harry e ele segurou na minha cintura, minha pele formigou.

---Ok, filha, eu tenho que ir... ---falou meu pai, com tanta tristeza, que eu tive que o abraçar. ---Oh filha, espero que venha sempre me visitar.

Olhou pra Harry.

---E espero que você cuide bem da minha filha lá em Nova York, por que se não você vai se entender comigo! ---falou ele.

---Pai! ---falei assustada.

---Pode deixar, senhor, juro que a sua filha vai ser a mulher mais feliz do mundo! ---falou com um sorriso. Eu senti raiva do Harry naquela hora, quer dizer ele não vai me fazer feliz, tudo aquilo não passa de uma mentira. Quando eu me separar todos vão ficar abismados, e então eu vou sofrer, por que vou querer que tudo aquilo fosse de verdade. E por acaso existi um amor como esse que se acaba em duas semanas? Não! Já vi que a minha vida é um fracasso. Lisa estava com um sorriso engraçado no rosto.

Vi que o meu pai estava me chamando, e eu olhei pra cima perdida.

---Filha, estava aonde?

---ãh? ---isso é ótimo quando você não sabe o que dizer. O meu pai falou:

---Tenho que ir. O motorista está esperando. ---falou e olhou pra minha mãe que estava chorando. Eu estaria chorando também, se eu não soubesse que voltaria daqui a duas semanas!

---Querido, eu vou sentir a sua falta! ---falou e o deu um selinho.

---E eu a sua. Mas eu sei muito bem que quando você ver a tifanny, a saudade vai logo se mudar do seu coração! ---falou.

---Como pode falar isso? Eu nunca iria te...

---Tudo bem, Cris! Só prometa que não vai ficar lá mais que um mês, vou me sentir muito sozinho, sem minha filha, e ainda sem minha mulher! ---falou e a deu outro beijo. Eu sorri. O meu pai e a minha mãe, estavam juntos a tanto tempo e mesmo assim, ainda sentiam a mesma coisa.

Ele saiu depois de me beijar delicadamente na testa. Eu respirei fundo e sentei no banco, minha mãe foi comprar um salgadinho, Harry estava do meu lado rindo por alguma coisa do seu Notebook, e George estava falando com alguma pessoa aí. Lisa do meu lado falou:

---Incrível! ---falou. ---a sua situação não pode piorar, você não acha?

Eu olhei pra ela estressada.

---Obrigado pela analise da situação, Lisa, muito obrigado. ---falei e olhei pro meu relógio, faltavam apenas dez minutos pra chamarem todos pro voo.

---Ah, não fique assim, ta sendo até divertido, quer dizer... ---falou ela, depois sussurrou: ---O Harry ta se esforçando um bocado pra fingir ser um ótimo marido.

---Sim... É esse o problema, se ele fingir ser um ótimo marido, que motivo eu vou ter pra me separar? E se ele diz que me ama desse jeito, por que daqui a duas semanas eu vou voltar sozinha pra casa? ---falei. E dei uma olhada rápida pro Harry que parecia estar se divertindo a beça com alguma coisa no computador.

---É impressão minha ou você queria que isso tudo fosse real? ---falou ela com uma sobrancelha erguida. Eu olhei pra ela abismada.

---Obvio que não! Eu quero que isso acabe logo, não aguento mais. ---falei. ---Eu só não quero que isso pareça um conto de fadas que misteriosamente vai acabar em duas semanas! Imagine... ---ela estava me olhando compreensiva.

---Tudo bem, eu entendo. Será que o Harry ta gostando desse negocio?

Não respondi. Também, não sabia o que dizer. O Harry parecia se divertir com aquilo, mas ele é tão idiota e sínico que eu estava começando a acreditar que ele fazia isso só pra me atormentar.

E então uma voz de mulher soou no teto do aeroporto:

“Quem comprou a passagem para o voou 180, favor ir pra o departamento 05, o voou está pra decolar!”

Ai meu Deus!

Eu olhei pra Lisa, ela olhou pra mim, Harry olhou pra mim, George olhou pra ele e minha mãe olhou pra gente confusa.

---Vamos, pessoal! ---falou ela entusiasmada. ---Por que desses olhares cumplices?

---Nada, Sra Cris. ---falou Harry rápido, e puxou minha mão.

********

POV HARRY!

Assim que entramos no avião, Bella apertou a minha mão com tanta força que só Deus sabe.

---Bella, quer parar? ---falei. Ela me olhou com o rosto pálido, e suado. Comecei a rir. Nós estávamos indo até nossas cadeiras numeradas. ---Eu não acredito que você tem medo de altura...

---Pare de rir! E eu não tenho medo de altura... Eu só não gosto de estar... No alto! ---falou ela tentando sem esforço me convencer de que ela não tinha medo de altura. Achamos o nosso lugar, era um perto da janela e outro no meio. Ela olha pra mim. ---Eu não vou ficar na janela!

---Tanto faz! ---falei rindo e sentei na janela. Ela sentou no meio e quando olhou, viu que um cara obeso iria sentar do seu lado. Ela olha pra mim e eu começo a gargalhar. ---Que sortuda você!

---Oi! ---falou o gorducho e sentou do seu lado, ela olhou pra mim pedindo socorro.

---Eu juro por Deus, que quando eu saí Daqui eu vou te matar. ---sussurrou.

---O que eu tenho haver com isso? ---sussurrei com um sorriso maquiavélico. ---Fala Sério!

Lisa estava sentada do lado da Sra Cris, e George estava sentada com uma mulher que parecia bem bonita olhando daqui. Sortudo! Falei pra mim mesmo.

“Por favor, apertem os cintos, e fiquem sentados nos seus devidos bancos, até que o avião esteja no alto, qualquer duvida podem consultar a aeromoça, que ficará circulando pelo setor a todo estante! Bom voou!”

George olhou pra mim e sussurrou:

---Aeromoça? Pode deixar que vou consultar ela... E muito! ---eu tenho medo desse cara.

A mãe da Bella estava tão entusiasmada que não fiquei tão culpada por leva-la. Lisa estava ouvindo musica como se a Sra Cris não estivesse sentada do seu lado falando alguma coisa. Assim que o avião começou a andar sobre a pista, Bella se espremeu no banco e fechou os olhos.

---Calma Bella, não é por que o numero do avião é o mesmo que Premonição 1, que você precisa agir assim! ---falei, ela me olhou assustada.

---O que?!

---Não se preocupe, até agora ninguém teve uma premonição, se eu tiver te falo! ---falei, Bella pareceu ter dado louca começou a me bater que nem uma maluca.

---Seu Idiota! Isso é tudo culpa sua, eu não queria está aqui! ---falou me batendo, eu não sabia se ria ou se a afastava.

---Temo que não seja uma boa ideia brigarem enquanto o avião está pegando voou! ---falou a aeromoça gatinha. Bella pareceu ter levado um choque, olhou pra ela e se afastou.

---Desculpe.

---Não tem nada, apenas deixem para brigarem em terra firme!

---Só se você jantar comigo... ---falei sem querer. A aeromoça pareceu confusa, e Bella pereceu ter ficado possuída. Quase tinha esquecido, que a mãe da Bella estava olhando tudo atentamente, logo tratei de me explicar. ---... e com a minha esposa, Bella Potter! Gostaríamos de agradecer, por ser tão gentil conosco, poucas pessoas são assim...

Bella suspirou aliviada, e a Sra Cris sorriu.

---Gostaria muito! ---falou ela e saiu confusa. Bella olhou pra mim irritada.

---O que deu em você? Quase colocou tudo a perder!

---Dei o meu jeito! –falei. Não entendi o motivo por ela ter ficado que nem uma namorada ciumenta, mas também não quis nem saber.

Assim que o avião já estava no ar. Bella respirou fundo e fechou os olhos, pensei que ela teria um ataque cardíaco, mas depois o abriu e colocou a mão na boca. Fiquei assustado.

---Você ta bem? ---perguntei olhando pra ela. Ela não falou nada apenas saiu correndo e foi pro banheiro. Eu fiquei pensando em ir atrás dela e ver se estava tudo bem. Ok! Com Certeza ela não deve estar bem, mas resolvi ficar no banco, não sabia o que fazer. A Sra Cris veio até mim, e sentou onde Bella estava.

---A Bella está bem?

---Espero que sim! ---falei, como eu vi que isso não convenceu ela, argumentei: ---eu acho que ela só estava apertada.

Eu sabia que não era nada disso, mas a mãe da Bella estava preocupada e se eu falasse uma das minhas suposições, provavelmente não ajudaria em nada!

---A Bella sempre teve problemas com altura. Éramos pra termos ido de navio!

Não falei nada. Não queria ir de navio, demoraria muito tempo, e eu estava louco pra chegar em casa. Apenas balancei a cabeça.

---Tenho que voltar pra meu banco antes que a aeromoça venha. ---falou já se levantando, e então ela olhou pra trás. ---Gostei do que você fez, homens gentis como você não caiem do céu.

---Não foi nada! ---imaginei que ela estivesse se referindo ao que eu falei para a aeromoça. ---Mas eu duvido que ela vá aparecer.

Ela olhou pra mim solidaria, e saiu. Eu me senti estranho, como se estivesse falando com a minha mãe sobre uma mulher que talvez não fosse pra o encontro.

30 MINUTOS DEPOIS!

Eu já estou ficando preocupado!

A Bella está quase quarenta minutos no banheiro. Será que ela morreu? Que idiota, eu sou.

Vi que a mãe da Bella me olhou acusativa. O que eu tenho haver com isso? Tudo bem, como marido preocupado eu já estaria lá vendo o que estava acontecendo com ela, mas como eu não sou...

POV BELLA!

NÃO VOMITA BELLA! FORÇA, FORÇA, FORÇA!

Eu estava com a cabeça “enfiada” no vazo sanitário do avião. Só que o cheiro do banheiro do avião é tão horrível, que me dá mais vontade de vomitar. Além de ser hiper apertado. Eu não estava acreditando que logo eu, estava passando por aquilo! Quer dizer, eu nunca viajei de avião, e em Londres sempre tive pavor de lugares altos. Tanto que até hoje eu nunca subi na Torre do Big Bang, situada no departamento Inglês, sabe, o meu pai trabalha no departamento Inglês, e sempre me convidavam pra subir lá, quer dizer, quem não quer subir em um dos lugares mais famosos do mundo? Eu! Talvez...

Peguei a minha bolsa e vasculhando ela toda, á procura de alguma coisa pra eu tomar, acabei achando um papel que eu sempre levo comigo pra onde quer que eu vá, e o abre. Era a minha Lista de coisas que eu teria que fazer em 2011, já fiz todas, menos subir na Torre do Big Bang, eu sempre a coloco no topo da minha lista, mas nunca a realizo.

Lista de 2011!

Subir na torre do Big Bang! Ler Morros dos ventos uivantes!* Assustar seu pai dizendo que vai fugir de casa!* Ir a praia sozinha e paquerar alguém!* Sair de Londres!* Mentir pra meu pai!* Conhecer algum cara lindo!* Pintar minha unha de vermelho fluorescente!*

Realmente a minha vida é uma droga!

Quer dizer, todas as coisas que eu coloquei, são supérfluas. Claro que pra mim, não, mentir pro meu pai dizendo que eu ia fugir de casa, foi realmente difícil. E andar na rua com todo mundo olhando a sua unha vermelha, é muito constrangedor, além de que Morros Dos Ventos Uivantes foi uma luta pra mim, sendo que a cada pagina tinha ódio de um ou de outro personagem principal, mas qualquer pessoa que olhe pra essa lista, ia me achar uma maluca e uma perdedora. Isso me fez querer vomitar de novo. Encostei minha boca na privada e não saiu nada, comecei a me irritar, quer dizer, eu não consigo fazer mais nada nessa vida? Nem vomitar? Que é uma das coisas mais fáceis do mundo se você estiver enjoada? Quando já ia fazer uma coisa que eu poderia me arrepender depois, que é botar o dedo na guela, eu sinto uma tremida no banheiro, eu paro e vejo que fica cada vez mais forte. Seguro em uma barra de ferro, pronta pra sair correndo dali, quando eu vejo que a porta está trancada. AI MEU DEUS!

“Senhores passageiros, favor permanecer sentados, e com os seus devidos cinto de segurança, estamos tendo um problema com a turbulência, mas logo esse problema será resolvido, enquanto isso, não saiam dos seus lugares, obrigado”

O quê?!

Isso só acontece comigo, só acontece comigo!

Sentei em cima da tampa da privada, e me vi em uma turbulência horrenda, onde eu estava presa em um banheiro que fedia a tudo, menos a uma coisa boa.